Introdução
A ordem Coleoptera é uma ordem megadiversa ocorrente em áreas distintas; é um grupo muito bem sucedido dos seres vivos em termos de diversidade, havendo quase 360.000 espécies descritas, distribuídas pelo mundo(1). Tal ordem de insetos ocorre em vários ambientes perturbados ou não e, portanto é considerado importante em relação à diversidade, mas também na possível utilização como indicação da qualidade ambiental, e pouco se sabe sobre a diversidade no oeste catarinense. Há necessidade de estudos que propiciem o conhecimento da fauna de besouros do estado de Santa Catarina, permitindo um melhor conhecimento da composição e estrutura das comunidades de besouros e suas respostas a influência antrópica. Ainda em áreas com diferentes graus de preservação e perturbação espera-se encontrar uma alteração proporcional dos grupos tróficos em virtude da sua diversidade de habitats.
Materiais e Métodos
A área onde estão ocorrendo as amostragens possui 12,8 hectares e situa-se ao oeste de Santa Catarina, numa região que preserva fragmentos de floresta dentro de uma área rural. As principais perturbações verificadas são quanto a adição de inseticidas, herbicidas e agrotóxicos nas lavouras de milho e soja vizinhas.
Serão realizadas amostragens bimestrais de julho de 2012 a junho de 1014. Estão sendo levantados dados da fauna de coleópteros de dois estrados da vegetação, um estrado relativo as espécies voadoras que transitam no espaço que vai do solo á altura de 1,20m, sendo capturadas com guarda-chuva entomológico, e outro estrado envolvendo espécies, principalmente ambulatórias, que vivem no folhiço, sendo capturadas por armadilha de solo (pitfalls). As armadilhas pitfalls são instaladas e deixadas durante sete dias para a captura dos insetos, e no momento da coleta realiza-se a captura com guarda-chuva entomológico.
Resultados e Discussões
Nesta amostragem realizada em 11/08/12 resultou na captura de 11 insetos das famílias Scarabaeidae, Carabidae, Chrysomelidae e Coccinellidae. Conforme podemos observar na Figura 1. O número de insetos variou visivelmente entre as áreas amostradas, sendo que totalizou-se 4 insetos para áreas próximas de cultivo de plantas transgênicas e 7 insetos na Área de Preservação Permanente, figura 2.
Figura 1. Número de insetos por área amostrada
Figura 2. Número de insetos por armadilha
Conclusões
Por se tratar do início do projeto e ter sido realizada apenas uma coleta, há pouco número de insetos, mas já pode-se observar diferenças, ainda não testadas estaticamente entre áreas onde foram realizadas as amostragens, e espera-se que com o aumento das temperaturas haja maior incidência de insetos nas áreas amostradas.
Referências
1. LAWRENCE, J.F., A.M. HASTINGS, M.J. DALLWITZ, T.A. PAINE & E.J. ZURCHER.1999. Beetles of the World: A Key and Information System for Families and Subfamilies. Version 1.0 for MS-Windows (CSIRO Publishing: Melbourne).
2. BORROR, D.J. & D.M. DELONG. 2011. Introdução ao estudo dos insetos (7 ed.). Cenagage Learning, São Paulo, 816p.
**O Trabalho foi originalmente publicado durante JINC – 6ª Jornada de Iniciação Científica Embrapa /SIPEX – II Seminário de Pesquisa e Extensão da UnC - 25 de outubro de 2012 – Concórdia/SC.