Introdução A suinocultura é uma atividade praticada em diversas regiões do mundo e tem grande importância sócio econômica. O Brasilpossui um importante posicionamento no mercado internacional, como quarto maior produtor de carne suína com 3,6 milhões de toneladas produzidas em 2015 (ANUALPEC, 2018). O faturamento desta cadeia em 2015...
Prezados (as);
Há um aspecto, após a fase reprodutiva, onde com certeza há muito espaço para melhorias no
Bem Estar Animal (BEA), do Sistema Suinocultura;
Refiro-me nessa cadeia ao Processo do Manejo Pré - Abate, e Pós abate Aqui há muito a ganhar evitando perdas;
Imaginemos um lote de suínos no dia previsto para seu carregamento/abate. Todos devidamente limpos, em jejum na propriedade...etc;
IMPORTANTE: estes animais não têm mais ganhos para serem acrescentados, pois neste lote: a mortalidade, a CA, o GPD...já estão definidos, resta então EVITAR PERDAS, como:
PRÉ ABATE DE SUÍNOS (Abate Humanitário, Bem Estar Animal, Qualidade da Carcaça e da Carne):
*Devemos ter em mente o seguinte: - “No dia previsto para o embarque, “o suíno no Parceiro Terminador”:
1. Está lá PRONTO e % SAUDÁVEL;
2. Já fez sua CA, GPD e Mortalidade do Lote...;
3. Daqui em diante “não há mais GANHOS a fazer”, somente evitar PERDAS, nas 30 - 40 Tarefas Críticas nos Processos de Pré Abate ? Abate e ? Pós Abate;
• SUSCEPTIBILIDADE AO ESTRESSE:
– PSS (Porcine Stress Syndrome): stress no animal vivo = > mortalidade no manejo;
– PSE ~ 5 e 20% das carcaças
– PSE:
Ocorre independentemente da presença do gene halotano;
A remoção (seleção genética) dos animais susceptíveis ao estresse devido ao gene halotano, pode praticamente eliminar a ocorrência da PSS, mas grande parte da incidência de PSE não será afetada se cuidados no pré-abate não forem tomados;
• OPERAÇÕES PRÉ-ABATE:
– Embarque e Transporte
• Jejum e Dieta Hídrica
– Ideal 8 - 12 horas antes do transporte;
» O Jejum reduz: taxa de mortalidade, contaminação na evisceração, volume de dejetos na Pocilga, consumo de água para limpeza, volume de efluentes para tratar;
• Inclinação da rampa de embarque:
– Preferência não inclinada
– 12 hs. já é aceito pelo SIF;
• Jejum e Dieta Hídrica:
– Priorizar o abate pelo tempo total do Jejum (desde a granja);
– Tempo de Jejum: mínimo 15 h, máximo 20 h (ideal 16 a 18 hs.);
– Esvaziamento do trato gastrointestinal;
– Hidratação do animal;
• Condução ao Abate:
– Máximo de 10 a 15 animais no corredor;
– Banho por aspersão:
(Limpeza dos animais, reduz contaminação, melhora o choque);
– No brete pré restrainer, conduzir 5 animais cada vez;
– Corredores, brete pré restrainer e restrainer (sem uso de “picas elétricas” ou qualquer material contundente ou stressante);
(Aqui, operações mal-conduzidas, podem prejudicar tudo o que foi bem feito antes: “Não há mais tempo para recuperação”);
– Atordoamento (Insensibilização):
• Eletronarcose (Choque):
– 300 a 400 V (1,25 A) por 6 a 10 segundos, se MANUAL;
– 600 a 800 V (1,25 A) por 6 a 10 segundos, se AUTOMATIZADA;
– Reduz fraturas, hemorragias e salpicamento;
– Melhora a CRA e reduz a PSE;
OBS. Porcas e Machos de plantel (“grandes”):
• Terceirizar o abate (Problemas com o Choque, Restrainer, Depiladeiras ou
• Abater sempre num horário especial
• Sangria:
– Na horizontal (10 a 15 segundos após o choque);
– A Sangria mata o animal por hipovolemia;
Após seguem as operações padrão do Pós Abate: Escaldagem, Depilação, Evisceração, Toalete, “Choque Térmico”, Câmaras frias...;
A J Zanuzzo ajzanuzzo@gmail.com e 47-3263 0840).