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Unidade de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos (Parte 2)

Publicado: 27 de julho de 2006
Por: Paulo Armando Victória de Oliveira e Martha Mayumi Higarashi, Embrapa Suínos e Aves.
A Tabela 3, apresenta a evolução dos parâmetros matéria seca, nitrogênio total, carbono orgânico e pH durante a impregnação dos dejetos à biomassa, de acordo com a diminuição da relação maravalha:dejeto para os tratamentos T1 e T2. Os resultados apresentados referem-se ao material antes e após a aplicação quinzenal de dejetos para ambos os tratamentos. Na relação maravalha:dejeto apresentada foram considerados os volumes de dejeto excedente escorrido nos intervalos entre as aplicações.
 
Tabela 3 – Teores de matéria seca (MS%), Nitrogênio total (N_NTK%), Carbono orgânico (C_org.%) e Relação Maravalha:Dejetos (Mar./Dej.) e seus respectivos desvio padrão (dp) para os tratamentos T1 e T2, anteriormente e posteriormente a cada aplicação de dejeto.
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Os resultados dos trabalhos desenvolvidos demonstram a possibilidade do uso da compostagem para manejar e tratar os dejetos de suínos, sendo que existe a possibilidade de realizar a incorporação dos dejetos aos substrato no leito de compostagem tanto por procedimentos mecânicos, com o uso de máquinas, ou manual (Nunes, 2003).
Uma vez concluído que a incorporação dos dejetos pode ser em camadas ou com a utilização de máquinas, foram realizados estudos para otimizar as taxas e freqüências de incorporação do dejeto aos substratos maravalha e serragem (Oliveira, 2004; Kunz et al., 2004).
Os estudos conduzidos por Kunz et al. (2004) foram realizados na unidade de compostagem da Embrapa Suínos e Aves, onde foram utilizados dejetos de suínos misturados aos substratos maravalha e serragem. O experimento foi realizado em leiras com 12 m2 e 0,50 m de altura, sendo que a incorporação do dejeto no substrato foi feita por aspersão durante um mês (revolvimento mecânico duas vezes por semana). A maturação foi realizada em leiras por mais 30 dias. A aplicação de dejeto foi testada de duas maneiras distintas. Na primeira foi realizada uma aplicação com aproximadamente 80% da quantidade total de dejetos e posteriormente, foram feitas mais duas aplicações para corrigir a umidade, mantendo-a próxima a 70%. A segunda incorporação se deu em quatro aplicações semanais e o valor ótimo observado para a taxa de incorporação (relação dejeto:substrato) foi de 8:1, sendo esta obtida para a aplicação fracionada em 4 vezes. Os autores observaram durante a fase de maturação que a maravalha apresentou uma capacidade maior de reter umidade quando comparado a serragem, se refletindo nos dois manejos de mistura dos dejetos estudados. No caso da aplicação inicial ao substrato com 80% de dejetos observou-se um maior escorrimento de chorume, para o substrato maravalha, quando comparado com a serragem e a aplicação fracionada em 4 vezes.
Dai Prá (2006) realizou um estudo em escala de campo, avaliando os sistemas de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos, instalados em 16 granjas terminadoras (suínos com peso entre 25 e 110 kg), tendo como substrato a serragem, maravalha e a cama de aviário. O autor demonstrou a viabilidade da compostagem no tratamento dos dejetos com duração de 105 dias, compreendendo as fases de impregnação e maturação do composto. As temperaturas observadas na biomassa, nos diferentes sistemas de compostagem, conforme pode-se observar na Tabela 4, situaram-se na faixa de 48°C.
 
Tabela 4 - Temperaturas médias (°C) registradas na biomassa na compostagem dos dejetos de suínos, utilizando como substrato a serragem, maravalha e cama de aviário.
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Os valores percentuais médios da umidade inicial e final dos diferentes substratos, utilizados por Dai Prá (2006) durante o período de compostagem dos dejetos de suínos estão na Tabela 5.
 
Tabela 5 - Valores percentuais médios de umidade (%) na biomassa de acordo com o período das coletas realizadas, durante as fases de impregnação e de maturação do composto.
Unidade de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos (Parte 2) - Image 3
 
Na Tabela 5, observa-se que teor de umidade mais alto ocorreu para o substrato serragem. Isso pode ser explicado pela origem do material, pois a mesma foi produzida com madeira verde, de árvores recém cortadas, que não sofreram nenhum processo de secagem. Os valores observados na fase inicial de maturação para os substratos utilizados, mostram redução do percentual de umidade em relação aos valores iniciais da fase de impregnação.
 
Tabela 6 - Valores médios de nitrogênio total (N_NTK g/kg) de acordo com o período das coletas realizadas, durante as fases de impregnação e de maturação do composto.
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Na Tabela 6, observa-se que na fase de impregnação o N-total inicial da cama de aviário foi superior aos demais tratamentos em função da cama já ter recebido a excreta das aves. Nas demais fases, observa-se um aumento na concentração de Ntotal pela adição de N contido nos dejetos líquidos. Os valores observados para o carbono orgânico (%) na fase final de maturação (105 dias) foram de 41,47; 45,87 e 36,50, respectivamente para os substratos Serragem, Maravalha e Cama de Aviário, não havendo diferença significativa entre os substratos (Dai Prá, 2006).
O método de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos, na França, vem sendo cada vez mais empregado pelos suinocultores localizados em zonas geográficas cujas águas estão fortemente poluídas por nitrato (Baudon et al., 2005: Paillat et al., 2005) e por determinação da legislação torna-se impossível a ampliação de novas criações.
Estudos conduzidos por Mazé et al. (1999) e Paillat et al., 2005, demonstraram a viabilidade do uso de sistemas de compostagem para o tratamento dos dejetos líquidos de suínos, concluindo que é possível atingir uma absorção de 8 a 12 m3 de dejetos líquidos para cada tonelada da mistura de maravalha e palha. Estudos conduzidos na região da Finistère na França, demonstraram a viabilidade do uso da compostagem em médias propriedades produtoras de suínos, para tratar até 6.000 m3/ano de dejetos (Dorffer, 1998).
Levantamento realizado por Levasser & Lemaire (2003), sobre o balanço total de estações de tratamento dos dejetos de suínos na França, demostraram que do total dos sistemas existentes 17% utilizam a compostagem como forma de tratamento.
O grande desafio para a agropecuária, em especial para a suinocultura, é o desenvolvimento de sistemas de produção que sejam altamente competitivos sem afetar adversamente os recursos ambientais. Os dejetos de suínos podem e devem ser usados nas fertilizações das lavouras, trazendo ganhos econômicos ao produtor rural, sem comprometer a qualidade do meio ambiente e de vida da população nas regiões produtoras, desde que sejam feitos os balanços de nutrientes para determinação das dosagens adequadas. Os resultados agronômicos e econômicos da produção de grãos (milho e soja) nas pesquisas conduzidas pela Embrapa Milho e Sorgo com adubação de dejetos de suínos, mostram altas produtividades (6.000 a 7.800 kg ha-1) e custo/benefício da ordem de 38 a 63% (Konzen, et al. 1998).
 
5 DIMENSIONAMENTO DE UMA UNIDADE DE COMPOSTAGEM PARA O TRATAMENTO DE DEJETOS LÍQUIDOS DE SUÍNOS (SISTEMA MANUAL)
Uma unidade de tratamento dos dejetos líquidos de suínos por compostagem para operar em escala real, deve construir uma seqüência de depósitos dimensionados para receber o volume diário de dejetos de suínos produzidos na granja (Oliveira, 2004; Dai Prá et al. 2005). Nestes depósitos, são desenvolvidas as duas fases do processo de compostagem, que serão descritas a seguir:
Fase de impregnação – A fase consiste em uma seqüência de depósitos dimensionados para receber dejetos líquidos até a saturação do substrato (serragem, maravalha ou palha). Os dejetos são conduzidos através de tubos de PVC (150 mm) da granja de produção até os depósitos onde imediatamente são misturados no leito de compostagem. Um metro cúbico de substrato (peso específico da maravalha aproximadamente de 250 kg/m3), formado com resíduo novo e seco, com capacidade para absorver aproximadamente 800 litros (800 L/250 kg: relação 3,2:1) de dejetos líquidos, na primeira incorporação de dejetos. Após a incorporação no leito, no primeiro tanque, os dejetos produzidos posteriormente pela granja, devem ser conduzidos para o tanque primário subseqüente e assim, sucessivamente, até o último tanque. Com a incorporação finalizada no último tanque primário, o processo é reiniciado, sendo que cada tanque primário pode receber de 4 a 5 saturações de dejetos líquidos, sempre se levando em conta que após cada incorporação, a capacidade de absorção da cama é reduzida em torno de 25%, (passando de 800 para 600 litros; de 600 para 400 litros e de 400 para 200 litros, completando assim 2.000 litros para cada m3 de substrato seco, ou seja, para o caso da maravalha uma relação de 1:8 (1 kg maravalha para 8 litros de dejetos). O leito, após cada incorporação de dejetos, deve ficar em descanso por um período aproximado entre 10 a 15 dias, tempo suficiente para que ocorra a elevação de temperatura e a evaporação parcial da água. Este processo reduz consideravelmente o teor de umidade do material. Após esse tempo o substrato (biomassa) está apto para receber novamente mais uma incorporação de dejetos líquidos.
Fase de maturação – A fase consiste em uma seqüência de depósitos maiores do que os existentes na fase de impregnação. Cada depósito da fase de maturação deve comportar o recebimento do material de dois depósitos da fase de impregnação. Estes depósitos vazios recebem a biomassa formada na fase de impregnação. Neste local ocorre a fermentação aeróbia do material, ou seja, a maturação propriamente dita. A biomassa deve permanecer em processo de maturação por um período não inferior a 45 dias. Com isso, se completa a maturação da biomassa, formando um composto orgânico para uso na agricultura, como fertilizante.
No dimensionamento do sistema de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos, será usado como exemplo uma granja de produção de suínos que produz aproximadamente 2.000 litros de dejetos por dia.
Como um metro cúbico de substrato (serragem ou maravalha seca) tem capacidade para absorver aproximadamente 800 litros de dejetos líquidos na primeira incorporação, os depósitos primários deverão ter as dimensões de 3,0 m x 3,0 m x 0,7 m de altura, totalizando um volume de 6,30m³/pilha. A espessura do leito de compostagem deve ser de no mínimo 0,50 m de altura, com isso teremos um volume do leito de 4,50m³.
800 litros X 4,5 m³ = 3.600 litros (relação kg substrato: kg dejetos de 3,2)
Um depósito com estas dimensões tem capacidade de absorver aproximadamente 3.600 litros de dejetos, ou seja, a produção de quase dois dias de dejetos da granja. Neste caso a cada dois dias, teremos um depósito saturado. Então para que o depósito permaneça 15 dias em descanso sem receber dejetos, são necessários oito tanques primários (1 a 8 ) e quatro tanques secundários (9 a 12 ).
Os depósitos devem ser cobertos, preferencialmente com material de PVC transparente, para evitar a entrada da água da chuva e permitir a incidência solar sobre o leito. Como cobertura pode-se usar filme agrícola, o mesmo plástico (ou telhas transparentes) usado em cobertura de estufas de produção de hortaliças, que permite a passagem da radiação solar, fator fundamental para o aquecimento do ar sobre os tanques, facilitando a evaporação da água e a secagem do material. Na Fig. 7, pode-se observar a planta baixa e corte das construções das câmaras de incorporação e compostagem.
 
Fig. 6 - Planta baixa e corte das construções das câmaras de incorporação e compostagem.
 
Outro fator importante a ser observado, quando se opta por esse sistema de compostagem para o tratamento de dejetos, consiste em evitar o desperdício de água nos bebedouros dos animais e nas tarefas de limpeza das edificações, bem como a incorporação das águas de chuva aos dejetos.
A passagem da biomassa dos depósitos primários para os secundários, é realizada de forma manual, sendo assim não se recomenda a construção de tanques com dimensões muito grandes, pois dificulta o trabalho de transporte.
O tratamento dos dejetos de suínos por compostagem, exemplificado acima, está sendo usado por pequenos e médios produtores de suínos no Rio Grande do Sul em substituição a esterqueiras e tratamento em sistemas de lagoas anaeróbias (Oliveira, 2004; Dai Prá et al. 2005).
 
6 DESENVOLVIMENTO DE UMA UNIDADE DE COMPOSTAGEM AUTOMATIZADA PARA O TRATAMENTO DOS DEJETOS DE SUÍNOS
6.1 Instalação da unidade de compostagem
A Embrapa Suínos e Aves em parceria com a Bergamini Indústria de Máquinas Agrícola, desenvolveu em 2003 um projeto de uma Unidade de Compostagem Automatizada para o tratamento dos dejetos de suínos. Esta unidade foi desenvolvida no âmbito do Projeto Suinocultura Santa Catarina, integrante do Componente Gestão Integrada de Ativos Ambientais pertencente ao Programa Nacional de Meio Ambiente – PNMA II, projeto vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, com financiamento do Banco Mundial (BIRD).
A Unidade de Compostagem foi instalada em uma propriedade, na Bacia do Lajeado dos Fragosos no Município de Concórdia, SC, no ano de 2004, para testes e validação da tecnologia. Na referida propriedade foi construída uma edificação denominada de Unidade de Compostagem, possuindo cobertura em PVC transparente, piso e muretas internas em concreto, com medidas de 10 m de largura por 30 m de comprimento. Na Fig. 7, pode ser observada uma vista geral da unidade de compostagem que foi instalada na propriedade.
 
Fig. 7 - Vista geral da Unidade de Compostagem e da máquina para a automatização da compostagem instalada na propriedade.
Unidade de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos (Parte 2) - Image 5
 
Foram realizados experimentos de compostagem utilizando como substrato a maravalha, porque ela é comercializada seca e sua composição é uniforme requisitos esses para testes de validação do sistema. Os dejetos de suínos usados foram oriundos de uma Unidade de Produção de Leitões–UPL, com 80 fêmeas e 288 leitões, com produção diária de 1,70m3 de dejetos. Foram realizados testes com a maravalha para conhecimento do seu e peso especifico. O leito de compostagem foi construído em alvenaria com piso em concreto, medindo 2m de largura, 30m de comprimento e com muretas laterais de alvenaria de 1m de altura. No seu interior foi instalada a máquina revolvedora e distribuidora automática de dejetos no leito de compostagem. A máquina é dotada de uma bomba hidráulica elétrica para a distribuição e um conjunto de pás rotativas para o revolvimento e homogeneização da maravalha e dos dejetos.
O monitoramento da temperatura ambiente foi realizado por meio de um termohigrômetro modelo 175, da Testo, para as medições das temperaturas de bulbo seco e umidade relativa do ar. As temperaturas no interior da biomassa, no leito de compostagem, foi medida pelo Termômetro digital Lutron Modelo PH-206 e na superfície por termômetro infravermelho modelo Raytek (MiniTemp).
Nas Fig. 8 e 9, apresentam-se as vistas do deslocamento da máquina de compostagem e do momento da distribuição dos dejetos sobre o leito, na unidade de compostagem.
 
Fig. 8 - Vista do deslocamento da máquina de compostagem, desenvolvida pela Embrapa Suínos e Aves e pela Bergamini Ind. Máq. Ltda.
Unidade de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos (Parte 2) - Image 6
 
Fig. 9 - Vista do momento da distribuição e incorporação dos dejetos sobre a maravalha pela Máquina de compostagem, desenvolvida pela Embrapa Suínos e Aves e pela Bergamini Ind. Máq. Ltda.
Unidade de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos (Parte 2) - Image 7
 
6.2 Avaliação da unidade de compostagem
6.2.1 Fase de impregnação
A fase de impregnação é a fase de incorporação dos dejetos líquidos ao substrato, até atingir o limite da absorção de dejetos pela maravalha. Nesta fase os dejetos de suínos foram incorporados ao substrato em 4 etapas de aplicações, com intervalos de 10 dias entre elas, sendo a taxa de aplicação implantada de 8 litros de dejetos bruto para cada 1 kg de maravalha existente no leito de compostagem.
O volume total de maravalha utilizada no leito de compostagem foi de 32,40m3, (peso especifico de maravalha 151 kg/m3, com umidade de 15%), sendo a massa total de 4.892 kg e o volume de dejetos incorporado de 39,139m3. O volume de dejetos distribuído foi 881,26 litros, para cada aplicação efetuada no leito de compostagem. O procedimento de distribuição dos dejetos líquidos sobre a maravalha obedeceu as recomendações de resultados dos trabalhos desenvolvidos com este tipo de substrato (Mazé et al., 1999; Oliveira et al., 2003a; Oliveira et al., 2004). Após o período de aplicação (30 dias) a biomassa ficou no leito de compostagem por mais 10 dias, encerrando-se assim a fase impregnação. Nesta fase do experimento o objetivo foi de avaliar o manejo da máquina, aplicação dos dejetos, consumo de energia elétrica, taxa de incorporação de dejetos à maravalha, desenvolvimento da temperatura na biomassa de compostagem, a taxa de evaporação da água contida nos dejetos e a relação C/N.
Durante a fase impregnação, foram coletadas amostras da maravalha, antes da mistura dos dejetos, sendo analisadas a matéria seca e o carbono orgânico. Para todo o dejeto líquido utilizado na unidade de compostagem, foram analisados os sólidos totais, nitrogênio total, e o carbono orgânico. No acompanhamento do comportamento da biomassa na unidade de compostagem, foram coletadas amostras semanalmente. A amostragem, foi realizada em 5 diferentes pontos no leito da biomassa na profundidade de 25cm, sendo após misturadas obtendo-se uma amostra composta representativa da biomassa existente na unidade de compostagem. As amostras compostas eram enviadas ao laboratório para as análises físico-químicas.
6.2.2 Fase de maturação
A Fase de maturação também denominada de fase de compostagem ou estabilização do composto que ocorre logo após a fase de impregnação. Ela começa depois da máxima incorporação dos dejetos à maravalha, após sua saturação (40 dias). A saturação é considerada quando a maravalha não tem mais capacidade de absorver os dejetos líquidos. Na fase de maturação à biomassa ficou retida no leito de compostagem durante 30 dias. O composto permaneceu na leira para avaliação do processo de estabilização sendo à biomassa revolvida, com a máquina, uma vez por semana para acelerar sua secagem.
Nesta fase, o objetivo do trabalho foi de avaliar a possibilidade de transformação da biomassa formada na Fase impregnação, em composto orgânico estabilizado que poderá ser comercializado como adubo orgânico.
6.2.3 Resultados obtidos
Os resultados obtidos nas fases de impregnação e de maturação, para as variáveis temperaturas da biomassa, características dos dejetos produzidos e análise físico-química do composto e dos dejetos líquidos são apresentados a seguir.
6.2.3.1 Temperatura da unidade de compostagem e da biomassa
Na Fig. 10 são apresentados os valores médios observados das temperaturas na biomassa, no leito de compostagem, e da temperatura ambiental registrada no interior da unidade de compostagem durante o período de 40 dias que durou a fase de impregnação dos dejetos à maravalha.
 
Fig. 10 - Temperaturas observadas na biomassa e no ambiente interno na unidade de compostagem durante a fase de impregnação.
Unidade de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos (Parte 2) - Image 8
 
Conforme se pode observar na Fig. 10, a temperatura da biomassa no início do procedimento de impregnação passa de um valor em torno de 32°C para um valor de 64°C, no intervalo de 4 dias após adição dos dejetos à maravalha, indicando intensa atividade dos microorganismos presentes na biomassa. Conforme são adicionados dejetos à biomassa, essa aumenta seu teor de umidade e sua temperatura diminui. Este comportamento da temperatura na biomassa é semelhante ao encontrado por Mazé et al. (1999) e Paillat et al. (2005). A temperatura média do ar ambiente observada na unidade de compostagem foi de 31,89°C, porém as variações de temperatura observada são em função da incidência ou não da radiação solar sobre a superfície da biomassa.
6.2.3.2 Características físico-químicas do composto
As características físico-químicas dos dejetos de suínos utilizados na unidade de compostagem foram em média para o Nitrogênio total (N_NTK) de 3,42, sendo os valores máximo de 6,25 e mínimo de 3,26 (g/kg). Os valores médios dos Sólidos Totais observados nos dejetos foram de 68,2, sendo os valores máximo de 82,2 e mínimo de 34,4 (g/kg). A matéria seca média da maravalha utilizada foi de 94,9% e o carbono orgânico de 317,1 g/kg. O valor médio da densidade (kg/m³) dos dejetos utilizados foi de 1.025,47, sendo o valor máximo de 1.040 e o mínimo de 1.020.
 
Tabela 7 - Valores médios observados do Nitrogênio total (N_NTK), Carbono Orgânico (C_org), Matéria Seca (MS) e a Relação C/N nas fases inicial, de impregnação e final de maturação na unidade de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos.
Unidade de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos (Parte 2) - Image 9
 
Os resultados observados nos parâmetros físico-químico (Tabela 7) ao longo das fases de impregnação e de maturação demonstram a possibilidade do uso da Unidade de Compostagem Automatizada para o tratamento dos dejetos de suínos. Podem-se a redução do Carbono Orgânico no composto, da relação C/N e da umidade do composto.
O composto orgânico gerado na unidade de compostagem para ser comercializado deve se enquadrar nas especificações técnicas estabelecidas na Instrução Normativa N°15, dadas aos "Fertilizantes Orgânicos Composto Classe A", onde Classe A se refere a fertilizantes cuja matéria-prima é de origem vegetal, animal ou de processamento de agroindústria (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2004). As especificações exigidas pela Instrução Normativa são as seguintes: umidade máxima 50%; NT mínimo 1%; CO mínimo 15%; CTC 300; pH mínimo 6,0; relação C/N máxima 18; relação CTC/C mínima 20; N, P, K ou a soma NPK, NP, NK, PK 2%.
O valor da umidade final do composto foi de 47,2%, valor este abaixo da especificação da IN_N°15 (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2004). Os valores do Carbono Orgânico e do Nitrogênio Total no composto final também estão de acordo com a IN_N°15 (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2004). Porém, a Relação C/N esta acima de 18 que é o valor estabelecido pela legislação, então o composto deve permanecer por um período maior que 30 dias na unidade de compostagem para diminuir a relação C/N até atingir o valor estabelecido pela legislação em vigor.
Resultados semelhantes foram encontrados por Dorffer (1998), trabalhando com estações automatizadas de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos, ficando demonstrado que é possível tratar 15 m3 de dejetos líquidos para cada tonelada de maravalha ou palha, obtendo-se 4 toneladas de composto estabilizado com relação C/N <20 e uma redução da metade do nitrogênio. Em sistemas de compostagem com o uso de palha, em unidades de tratamento com área de 620m2, desenvolvido pela Station Pilote Multi-Déchets Organiques (Vaulx, 1999), foi demonstrado ser possível tratar 1.000m3 de dejetos de suínos por ano com uma quantidade incorporada de 12m3 de dejetos por tonelada de palha. Como resultado obteve-se 250 a 300 toneladas de composto orgânico.
 
7 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DA COMPOSTAGEM
7.1 Vantagens
A compostagem atua diretamente no volume total dos dejetos produzidos na granja, reduzindo-os consideravelmente, e age também na maturação dos mesmos tornando-os menos agressivos em termos de contaminação microbiana.
Na fase impregnação ocorre a absorção dos dejetos líquidos pelo substrato e a posterior evaporação da água contida nos mesmos, em função do calor gerado pelo processo de compostagem, reduzindo o volume de dejetos na ordem de 50 a 70%.
Na fase de maturação o potencial de risco de poluição é reduzido pela compostagem aeróbia da biomassa, eliminando grande parte dos microorganismos e estabilizando a matéria orgânica.
O nitrogênio é fixado no composto não sofrendo os efeitos da lixiviação, quando utilizado como adubo orgânico, em lavouras. No caso dos adubo líquidos o nitrogênio se infiltra no solo podendo atingir mais facilmente o lençol freático provocando sua contaminação. O nitrogênio presente nos dejetos líquidos de suínos está na forma mineralizada, isto é prontamente disponível para ser utilizado pelas plantas. Quando a lavoura não estiver estabelecida no local, a tendência é que ocorra a lixiviação deste nutriente para as camadas mais profundas do solo podendo atingir eventualmente o lençol freático, provocando sérios problemas de contaminação. No sistema de compostagem de dejetos, o nitrogênio está em boa parte na forma orgânica, ou seja precisa passar pelo processo de mineralização para ser utilizado pelas plantas. A passagem do nitrogênio da forma orgânica para a forma mineral é lenta, sendo isso bastante benéfico para as plantas, pois receberão o nitrogênio gradativamente conforme as necessidades. A oportunidade de extração deste nitrogênio na forma orgânica é bem maior do que quando na forma mineral, minimizando desta forma a possibilidade de lixiviação para as águas subterrâneas (Konzen, 2000).
No tratamento de dejetos na forma líquida em lagoas ou estações de tratamento a fermentação é anaeróbia, gerando odores bastante desagradáveis, porém no tratamento na forma de compostagem sólida a fermentação é aeróbia, reduzindo consideravelmente a emissão desses odores.
A compostagem permite ao produtor estocar o composto, para ser utilizado no momento mais oportuno, conforme a sua necessidade, fato que não ocorre no sistema de tratamento na forma líquida normal, onde o produtor necessariamente tem que distribuir os dejetos na lavoura, mesmo que o momento não seja o mais adequado, caso contrário o produtor tem de prever um numero considerável de lagoas para armazenagem dos dejetos.
No sistema convencional de produção de suínos os dejetos são manejados gerando fertilizante na forma líquida, não sendo economicamente viável o transporte das regiões com excesso de nutrientes, para regiões com falta de fertilizante orgânico. Entretanto a transformação dos dejetos em composto sólido viabiliza esta transferência. Além disso, permite ao produtor aumentar o número de animais em sua granja pela redução no volume de dejetos, melhor maturação do mesmo e possibilidade de exportar nutrientes na forma de composto orgânico.
A instalação de unidade de compostagem reduz, na ordem de 35%, o custo de implantação do sistema de tratamento em relação ao tratamento na forma líquida. Além da redução do custo de implantação do sistema ocorre uma racionalização e maximização da mão-de-obra envolvida no processo de manejo dos dejetos líquidos de suínos em sistema de compostagem automatizado.
7.2 Desvantagens
As desvantagens do uso de compostagem são as seguintes: Necessidade de previsão de substrato para a utilização no leito de compostagem; Custo do substrato; Exigência de um monitoramento constante para a avaliação da evolução do processo de compostagem; Necessidade de uma instalação coberta para operação do sistema; Maior necessidade de mão de obra em sistema de compostagem manual.
 
8 CONCLUSÕES
A instalação de um sistema de compostagem para o tratamento de dejetos líquidos de suínos em uma granja de produção beneficia o produtor com redução no custo de implantação, melhor qualidade agronômica do adubo orgânico e menor custo de transporte e distribuição.
O tratamento dos dejetos via fermentação aeróbia em unidades de compostagem, reduz significativamente o risco de impacto ambiental e os odores gerados quando comparado aos processos anaeróbios.
A alternativa de manejo e tratamento de dejetos líquidos de suínos pelo processo de compostagem é extremamente importante e absolutamente segura para as regiões de pequenas propriedades com alta concentração populacional de suínos e pouca área agrícola disponível.
A implantação de unidades de compostagem é viável para a maioria dos produtores de suínos, desde que, projetada adequadamente para o volume de dejetos gerado na granja.
O volume de dejetos de suínos a ser tratado por ano, determina se o sistema de compostagem para o tratamento deve ser manual ou automatizado.
 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CHIUCHETTA, O.; OLIVEIRA, P. A. V. Variação cambial e sua influência na utilização agronômica dos dejetos suínos sólidos como fertilizante. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE SUINOCULTURA, 1.; CONGRESSO DE SUINOCULTURA DO MERCOSUL, 3.; CONGRESSO DA ALVEC, 9., 2002, Foz do Iguaçú, PR. Anais dos trabalhos científicos... Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2002. p.293-294.
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(**Editar desde la pagina 20 hasta 39)

***O trabalho foi originalmente publicado pela Embrapa Suínos e Aves / Junho, 2006.
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Autores:
Paulo Armando V. de Oliveira
Embrapa Suínos e Aves
Martha Mayumi Higarashi
Embrapa
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