Uso probióticos e prebióticos na alimentação de suínos: vantagens e desvantagens
Publicado:25 de maio de 2022
Por:Gabrielle De Medeiros Moreira, Leticia Tâmara Dutra Silva Zaninetti, Luiza Rodrigues Da Silva Amaral, Matheus Venançoni De Faria, Natalí Del Gaudio, Fausto Moreira da Silva Carmo
Introdução:
A suinocultura é um segmento importante da agroindústria brasileira e competitiva no comércio mundial. Para se manter é necessário reduzir custos e otimizar a produção, a saúde animal e o meio ambiente. Os probióticos e prebióticos podem ajudar no aumento da produção e redução dos custos. Objetivos: Discorrer sobre vantagens e desvantagens desses moduladores intestinais. Metodologia: Revisão literária da: Capes, Elsevier, Google Scholar, Pubmed, Scielo, Science Direct e Scopus, das últimas quatro décadas. Termos de busca: antibióticos; probióticos, prebióticos, alimentação dos suínos. Revisão de literatura: Saúde intestinal possui cinco critérios: digestão e absorção eficazes, ausência de doença gastrointestinal, microbiota normal e estável, eficiente estado imunológico, bem-estar animal. A microbiota, em simbiose, equilibra o intestino dos hospedeiros e influencia os outros critérios de saúde intestinal. No desmame, transição de alimentação, mistura da leitegada, uso de antibióticos, pode ocorrer desequilíbrio (disbiose). Os probióticos podem devolver o equilíbrio. Eles são microrganismos vivos, não patogênicos, melhoram o equilíbrio intestinal. Não deixam resíduos na carcaça, atuam nos distúrbios gastrointestinais, não promovem resistência dos microrganismos patogênicos. Colonizam o trato intestinal crescendo até em baixa disponibilidade de nutrientes e sobrevivem ao processamento da ração. Os Bacillus spp., Lactobacillus spp., Streptococcus spp. e Saccharomyces cerevisiae melhoraram 10% a 15% - Ganho de Peso Diário - GPD; 15% - Conversão Alimentar- CA de leitões desmamados. Mas o Enterococcus faecium, em dieta a base de cevada e farelo de trigo, (terminação) não apresentou diferenças na altura das vilosidades, profundidade das criptas e altura das vilosidades x profundidade das criptas no jejuno. Usando Bacillus toyoi não tiveram melhor desempenho no consumo de ração, GPD e CA. Já Lactobacillus spp., Bifidobacterium spp., Enterococcus spp., Candida spp. e Aspergillus spp. em fêmeas prenhez, em lactação, na ração dos leitões (14 – 35ds) mostrou benefício na microbiota de leitões ao desmame. Já prebióticos são substâncias não digestíveis que promovem o crescimento seletivo da microbiota intestinal. Oligossacarídeos são os principais representantes. Os frutoligossacarídeos, mananoligossacarídeos e os glucolideossacarídeos são os mais usados. Promovem alteração da microbiota intestinal atuando como substratos para os microrganismos intestinais benéficos. Melhoram a integridade da mucosa intestinal, diminuindo a incidência de infecções, otimizando o funcionamento do intestino. Estimulam o sistema imune ao induzirem o crescimento de (Lactobacillus e Bifidobacterium). No entanto, frutoligossacarídeos, em doses acimas das recomendadas (7,5 e 15g/kg) podem causar redução do GPD em leitões. Conclusão: O uso de probióticos e prebióticos nas dietas dos leitões se mostrou eficaz no aumento do GPD, CA. Animais alimentados com esses aditivos aumentaram o número de vilosidades, reduziram pH intestinal. O uso de aditivos como é uma estratégia na substituição de antibióticos promotores de crescimento.