Explorar

Comunidades em Português

Anuncie na Engormix

Ácidos Graxos produçao animal

Ácidos Graxos de Cadeia Média (AGCM) na Produção Animal

Publicado: 8 de novembro de 2011
Por: Zoot. M.Sc. Neventon Santi Vieira (gerente técnico/produtos Nutrifarma)
Nos últimos anos a utilização de aditivos alternativos aos promotores de crescimento antibiótico, tem se intensificado devido às restrições impostas quanto ao uso de aditivos antibióticos na cadeia de produção animal.
Os AGCM possuem propriedades nutricionais, fisiológicas e antimicrobianas únicas, e por isso constitui-se em excelente “ferramenta” para substituição ou ser associado com promotores de crescimento antibióticos. Quando nos referimos a associação de AGCM com promotores antibióticos, é possível a redução nos níveis dos antibióticos conforme orientação técnica.
A Nutrifarma está comercializando no mercado brasileiro uma linha de produtos contendo AGCM (capróico, caprílico, cáprico e láurico) que levam a marca Aromabiotic, produzidos pela empresa Vitamex. Dentre os produtos encontram-se Aromabiotic 50 (suínos), Aromabiotic Cattle (ruminantes), Aromabiotic Poul 60 (frangos e perus) e Shellbiotic (matrizes pesadas e poedeiras).
Os AGCM presentes nos produtos Aromabiotic estão na forma livre, o que os caracteriza por serem mais ativos que os sais de AGCM e os triglicerídios de cadeia média. Esta característica confere ao Aromabiotic alta eficácia como antimicrobiano.
Os AGCM possuem potente ação sobre bactérias patogênicas como é o caso de Escherichia coli, Clostridium perfringens, Salmonella sp, entre outros, conforme demonstrado no Quadro 1.
Quadro 1 - Concentração mínima inibitória (MIC em g/kg) em pH 7 para o Aromabiotic comparado com ácidos
Contra diferentes bactérias (University of Ghent, prof. DVM Houf, K.)
 
Os AGCM possuem ação antibacteriana a nível de flora do sistema digestório. Inicialmente desestabilizam a membrana celular da bactéria o que possibilita a sua entrada na forma não-dissociada e acidificam internamente a bactéria após sua dissociação.
O desequilíbrio de pH (acidificação) faz com que a bactéria tente manter o pH em um nível adequado e com isso, consuma muita energia e é levada a morte. Além disso, os AGCM interferem na replicação do DNA impedindo a multiplicação das bactérias. Outro ponto importante é que os AGCM inibem a produção de lípase microbiana, necessária para a fixação, por exemplo, do Clostridium perfringens nas paredes do trato digestório reduzindo a pressão de infecção.
Em estudo conduzido pela Vitamex na Universidade de Wageningen-Sterksel, se constatou melhora no status sanitário de suínos. No Quadro 2 estão apresentados os dados deste estudo.

Quadro 2 - Ocorrência de problemas em suínos sem administração de antibióticos, com administração de antibióticos e com administração de Aromabiotic.
 
 
 
 
 
 
 
Animais que receberam o Aromabiotic tiveram uma significativa redução no número de ocorrências/tratamentos o que resultou em redução dos custos com tratamentos dos animais.
A melhora da saúde do trato digestório e da imunidade também estão relacionadas com o uso do Aromabiotic. Os AGCM além de ser uma fonte de energia, prontamente absorvida pelos enterócitos contribuem para o aumento do comprimento dos vilos conforme demonstrado no Quadro 3.
Quadro 3 - Efeito dos AGCM do Aromabiotic e de promotor de crescimento antibiótico na morfologia intestinal de frangos de corte macho aos 42 dias de idade.



 
 
 
A melhor relação vilos/criptas está diretamente relacionada à superfície de absorção de nutrientes e conseqüentemente, com o ganho de peso e conversão alimentar. No Quadro 4 são apresentados dados de experimento com frangos de corte onde o Aromabiotic Poul 60 melhorou a conversão alimentar de frangos de corte em cerca de 2,3%.
Quadro 4 - Efeito do Aromabiotic Poul 60 na conversão alimentar de frangos de corte.
 
Quanto à imunidade se tem evidenciado que o uso de AGCM além de reduzir os quadros de inflamações, melhora a qualidade dos neutrófilos. O neutrófilo sadio é a primeira defesa do organismo contra inflamações provocadas por bactérias patogênicas. No caso de bovinos leiteiros, os neutrófilos sadios reduzem o número de células somáticas (CCS), contribuindo para a melhora da qualidade do leite.
Os AGCM tem um efeito positivo sobre o desempenho zootécnico dos animais. No Quadro 5 se verifica que aos 35 dias após o desmame, animais suplementados com Aromabiotic pesaram em média 8,6% a mais que os não suplementados. Além disso, apresentaram uma taxa de mortalidade 77% menor.
Quadro 5 - Teste a campo com suínos realizado na França (2005).



 
 
 
O uso de AGCM nas rações animais promove a estabilização da microflora e previne o desenvolvimento de bactérias patogênicas. Afeta positivamente o ganho de peso e a conversão alimentar dos animais contribuindo para otimizar o desempenho zootécnico e o custo de produção.
Os AGCM do Aromabiotic são produtos naturais, seguros, que não deixam resíduos e por não requerer período de carência podem ser mantidos nas rações finais.
Tópicos relacionados:
Autores:
Neventon Santi Vieira
Agrifirm do Brasil
Recomendar
Comentário
Compartilhar
Paulo Araujo
14 de febrero de 2013

Comecei a usar o aromabiotic em vacas leiteiras e, coincidência ou não, elevou as células somáticas e começou mastites subclínicas. O produto exerce algum tipo de depuração?

Recomendar
Responder
Profile picture
Quer comentar sobre outro tema? Crie uma nova publicação para dialogar com especialistas da comunidade.
Usuários destacados em Suinocultura
S. Maria Mendoza
S. Maria Mendoza
Evonik Animal Nutrition
Evonik Animal Nutrition
Gerente de Investigación
Estados Unidos
Ricardo Lippke
Ricardo Lippke
Boehringer Ingelheim
Estados Unidos
Jose Piva
Jose Piva
PIC Genetics
Estados Unidos
Junte-se à Engormix e faça parte da maior rede social agrícola do mundo.