Abscesso umbilical em Suínos

Umabscesso é uma coleção de pus que é formada em uma cavidade no tecido corporal, sendo resultado de uma infecção bacteriana ou fúngica. Ressalta-se que o abscesso pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, incluindo tecidos moles, ossos ou órgãos internos, e suas manifestações clinicas consistem nos sinais inflamatórios. Em suínos, abscesso umbilical são os mais recorrentes e podem ser fatais, levando a morte do animal e/ou contaminação da granja, sendo necessário medidas de intervenção para evitar tal intercorrência. O objetivo desse estudo é identificar a fisiopatologia do abscesso em suínos e as causas que permitem a propagação dessa patologia, que, muitas vezes, é ignorado por produtores, levando a grande perca produtiva. O trabalho em questão se trata de uma abordagem analítica e descritiva, sendo um estudo feito por meio de uma revisão narrativa da literatura disponível. Frente a isso, realizou-se em duas etapas, sendo a primeira uma análise de dados de artigos disponíveis virtualmente nas plataformas Scielo, PubMed e Google Acadêmico e a segunda, usou-se a estratégia de seleção de informações provenientes dos trabalhos analisados. O processo de formação do abscesso, inicia-se quando ocorre a invasão de bactérias ou fungos em algum tecido, consequentemente, o sistema imune desencadeia a cascata inflamatória, enviando leucócitos para o local infectado pelo patógeno. Nesse momento, começa a formação do pus, uma substância espessa e amarelada que se forma no local da infecção, sendo o seu infiltrado inflamatório composto por plasma sanguíneo que incluem proteínas, anticorpos, células de defesa mortas e vivas (bactérias e leucócitos). Ao notar a presença dessa infecção purulenta em alguma cavidade, o corpo delimita o abscesso formando uma cápsula composta de tecido de granulação e fibrina, formando assim o cisto sebáceo. Nos suínos, a principal causa de abscessos é Streptococcus do grupo E. Essa bactéria costuma penetrar no corpo do animal através de feridas cutâneas ou pelos orifícios externos e, ocasionalmente, podem atingir a circulação sanguínea e causar infecção em outros locais, levando a quadros clínicos mais graves, além de possível contaminação de outros animais e a rejeição da carcaça pelos frigoríficos. Assim, é imprescindível realizar o tratamento diante dos abscessos, deve-se estar ciente da localização do processo inflamatório para garantir um operatório de boa visualização. Dessa forma, prossegue-se com incisões e drenagem do conteúdo purulento, a fim de evitar que tecidos mais profundos sejam atingidos, podendo proporcionar agravos crônicos. Nesse contexto, vale destacar que para remoção do pus contido será necessário a punção, desbridamento, uso de analgésicos e anti-inflamatórios, feito por um profissional capacitado e qualificado. Além disso, como fator de contribuição para o tratamento destaca-se o processo de limpeza diário, usando produtos como soluções de clorexidina e possíveis compressas. Portanto, estudos sobre abscessos são de grande importância, contribuindo para a conscientização de produtores quanto o saneamento básico da granja, métodos para controle do problema, e técnicas de tratamento, impedindo com que haja morte do animal e demais contaminações.