Brasil - Mercoláctea 2008: Boom do leite em 2007 estimula Feira

O mercado do leite viveu um período de forte aquecimento em 2007, com aumento da produção e do consumo, valorização de cerca de 40% dos preços no varejo e reposicionamento das marcas em razão de grandes aquisições de empresas.

As indústrias lácteas que operam na Bolsa de Valores lideraram os ganhos entre as empresas do agronegócio no ano passado. Esse quadro se reflete na organização da primeira grande feira econômica, técnica e científica do leite, a MERCOLÁCTEA MILK FAIR Feira Internacional do Setor Lácteo, que acontecerá em Chapecó no período de 8 a 11 de abril deste ano, numa iniciativa da Associação Comercial e Industrial, Prefeitura Municipal, Agência T12 e entidades do agronegócio.

Ao fazer essa avaliação, o coordenador geral e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo (foto), mostra que alguns fatores que ajudaram a puxar os preços do setor lácteo foram o aumento da renda média da população e, conseqüentemente do consumo interno, além da elevação de preços no mercado internacional.

No último boom que o setor teve, no início do Plano Real, o consumo per capita saltou de 110 quilogramas para 130 quilogramas; agora, situa-se em 140 kg. A produção no setor lácteo cresceu a uma taxa média de 4,3% de 2000 a 2005 e 3,4% em 2006. No ano passado, o incremento projetado foi de 6%, atingindo 27 bilhões de litros, o que qualifica o Brasil como um dos seis maiores produtores mundiais.

O coordenador assinala que a Mercoláctea reunirá todos os agentes da cadeia produtiva, tendo como expositores as empresas fornecedoras de produtos e serviços para manejo, nutrição, sanidade, qualidade, genética, máquinas, equipamentos, embalagens, etc., atendendo necessidades que vão da granja ao supermercado. A principal clientela visitante e compradora é formada por produtores rurais e indústrias de processamento. A expectativa é de 30.000 visitantes e negócios da ordem de R$ 80 milhões de reais.

EXPRESSÃO

Santa Catarina é o sexto produtor nacional com 1,650 bilhão de litros/ano. Praticamente todos os 190.000 estabelecimentos agropecuários produzem leite, mas 60.000 deles vivem da atividade leiteira. O oeste catarinense responde por 64% desse volume. Pesados investimentos estão em curso para impulsionar o setor, elevando a qualidade para nivelar-se aos padrões europeus. Nessa linha, a publicação da Instrução Normativa 51 modificou o mercado, exigindo de criadores e das indústrias esforços para alcançar os objetivos propostos.

A feira tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), do Sindicato das Indústrias do Leite de SC (Sindileite), da Organização das Cooperativas do Estado de SC (Ocesc), da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de SC (Fecoagro), da Fiesc, da Epagri, do Sebrae, da Fundação de Eventos de Chapecó (FEC), do Governo do Estado, do Sindicato Rural de Chapecó e da Revista Agromais que desenvolve o catálogo oficial da feira.