Nutrição da vaca em lactação e a qualidade do leite
Publicado:23 de março de 2011
Sumário
Introdução A qualidade do leite como alimento e matéria prima para a indústria de laticínios depende da sua composição nutritiva e qualidade microbiológica, características que nos países de pecuária leiteira desenvolvida são critério comum de pagamento, o que também vem send...
Caro Palo:
Os minutos de ruminação nas tabelas apresentadas parecem-me manifestamente exagerados.
22 a 26 mins por kg de MS ingerida são os valores mais comuns no campo (vacas leiteiras) o que soma 450a 550 mins por dia.
De resto Muito Bom e extenso o artigo. Parabéns.
Prezado André Oliveira,
Obrigado pelo interesse. A Tabela 2 do artigo foi tomada "ipsis letteris" da fonte referida (Bachman,1992, que fez uma compilação de vários autores) e os dados questionados são atribuídos à atividade masticatória diária, ou seja, incluindo movimentos de mastigação de ingestão e de ruminação.
Olá Paulo!
Diante do extenso texto, cabe criticá-lo de forma construtiva, deveria te-lo dividido em no mínimo duas partes, facilitando a leitura e entendimento. Uma pergunta relacionada ao MUN, dissestes que quanto maior este elemento presente na urina, menor o teor de caseina, certo? Pois bem, penso eu que, para ser liberada na urina ha um excesso de proteina na dieta e esse fato não alteraria a síntese da caseína, teríamos sim, diante desta situação, perdas reprodutivas e ou intoxicação do animal, certo? Aguardo sua colocação!
Prezado Eder,
Primeiramente, devo informar que o presente artigo é originário de uma palestra que apresentei no ano de 2000 num encontro de produtores de leite que organizamos em Panambi, RS, e que, com os demais textos compos um livro publicado pela UFRGS. Em 2003 o texto foi ampliado e atualizado e apresentado como nova palestra por mim proferida num simpósio organizado pela NUCLEOVET, em Chapecó, SC, sendo publicado e também disponibilizado na Internet. Em 2008, por solicitação da editoria da Revista Leite Integral este mesmo conteúdo foi publicado (em dois capítulos) por esta revista técnica. Por ser um assunto ainda bastante atual, concordei também com a Engormix em disponibilizá-lo aqui neste portal. Desta forma, creio que sua crítica quanto à forma de apresentação deva ser dirigida à Engormix.
Nos últimos anos surgiram muitas publicações em relação ao uso do MUN (hoje a sigla em português é NUL, nitrogênio uréico do leite) como um dos instrumentos para monitorar a utilização do N da dieta da vaca em lactação e estão bem claras as correlações entre esta variável e a excreção de N urinário, problemas reprodutivos, problemas ambientais, custo da alimentação, etc. Entretanto, concordo que nem sempre um maior teor de NUL resulte num menor teor absoluto de caseína. Contudo, é certo que quanto maior o NUL, proporcionalmente, tanto menor a quantidade de N da caseína, em relação à quantidade total de N no leite.
O tema é vasto, e fico agradecido por sua participação.
Caro Paulo:
Gostaria que explicasse melhor o efeito da adição direta de gordura protegida (ou bypass) no alimento sobre a percentagem de gordura no leite.
Obrigado
Prezado Miguel,
Obrigado por sua participação.
Vários tipos de gordura inerte no rúmen (por proteção química ou por “by-pass”) vem sendo usados, fundamentalmente, com o propósito de aumentar o aporte energético, que pode ser de um déficit crítico, quando do balanço negativo no pós-parto em vacas de alta produção.
Seus efeitos sobre a percentagem de gordura no leite vão depender do tipo de lipídio a ser submetido ao processo de proteção, da quantidade fornecida, da forma física e da sua digestibilidade intestinal, portanto, de ação muito variável sobre o respectivo teor e composição no leite, conforme já expus no texto.
Complementando: óleos insaturados de origem vegetal poderão resultar em queda do teor de gordura (prejuízo na síntese “de novo” de gordura no úbere), especialmente quando associados a elevado teor de concentrado na dieta. Por outro lado, algumas pesquisas dão conta que certos produtos, como “Megalac”, podem aumentar a gordura no leite, especialmente, em vacas de 1ª lactação.
Outros estudos não apontam uma alteração na percentagem de gordura no leite, porém, demonstram uma modificação na composição dessa gordura, em relação ao balanço entre ácidos graxos saturados e insaturados e seus comprimentos de cadeia.
Em suma, o assunto é amplo e mais detalhes fogem do escopo do presente artigo.
Desde que o senhor citou o nome de um produto comercial, o Megalac, tomo a liberdade de lhe pedir o nome de outros, oriundos da soja, como o Megalac, e de outras fontes, como a palma. Muito obrigado
Paulo R. o que eu desejo saber não é o enfoque do texto, eu queria saber o que causa queda no extrato seco total do leite. Através da leitura vi que a nutrição, ou melhor, a dieta é o que mais influencia. Teriam outros fatores?
Parabéns pela clareza do texto, possibilitando assim o entendimento de até mesmo iniciantes do assunto.
eu estou com um grande problema em uma propriedade,porque a produção de leite esta sendo afetada por um alto indice de leite acido , 80% das vacas estão com produção afetada pela acidez