Me esqueçi de mencionar alguns pontos importantes e agora é para acabar de vez com a polêmica.
A Monsanto, detentora da tecnologia, vendeu a tecnologia para a Lilly por 300 milhões de dólares. Se fosse uma coisa boa a Monsanto com certeza ou não venderia ou venderia bem mais caro, pois 300 milhões é uma micharia. Lembrem-se que uma micro refinaria de petróleo em Pasadena foi comprada pela Petrobras pelo mesmo valor.
Os únicos dois países que ainda permitem o uso do rBGH ou somatotrofina recombinante são os EUA, onde a grana fala mais alto, e o Brasilzão, onde também a grana fala alto.
Apesar de estarmos caminhando para uma republica socialista o Brasil ainda copia os EUA em tudo.
E aqui fica a minha previsão a longo prazo: Dentro de duas décadas as classes mais favorecidas não estarão tomando leite e nem seus derivados em virtude de todos os riscos envolvidos, ficando assim o leite relegado às classes C, D e E.
Se hoje já é uma commodity barata, imagina, então, no futuro.
Se hoje tirar leite não é um negócio muito lucrativo, vocês imaginem então no futuro com a concorrência dos chineses que já estão até clonando vacas leiteiras e transgênicas!!!
Eu gostaria de colocar uma pá de cal nessa discussão por que a Somatotropina, somatotrofina ou rBGH BOVINA (veja bem trata-se de um hormônio bovino e não humano) está ligada ao aparecimento de câncer de mama em seres humanos.
E para o amigo veterinário que gosta de referências bibliográficas eu vou acrescentar algumas ao final desse texto e provenientes de publicações científicas de peso.
Por outro lado a aplicação de rBGH vai aumentar ainda mais o nível de IGF-1 no sangue e consequentemente no leite das vacas em lactação. Estudos científicos demonstram que mulheres pós-menopausa cujo nível de IGF-1 é mais elevado tem até 7 vezes mais chances de desenvolverem câncer de mama.
Para complicar ainda mais as coisas pesquisas recentes nos dão conta de que a Insulina bovina presente no leite também causa o aumento de IGF-1 complicando, ainda mais, o problema.
Então, é como eu disse no início. Faz-se uma pesquisa onde se visualiza apenas um único aspecto, ou seja o aumento da produção leiteira. Esquece-se de outros malefícios como queda da fertilidade animal, diminuição da vida animal e agora, e principalmente, os malefícios que esse injeção hormonal pode causar à saúde humana.
Referencias
1. Juskevich, J., et al. Bovine growth hormone: Human safety evaluation.SCIENCE 249(1990):875-84.
2. Mephan, T.B.Bovine Somatotropin and Public Health. BRITISH MEDICAL JOURNAL 302(191):4833-84.
3. Outwater, J.L., et al.Dairy Products and Breast Cancer: The IGF-1,estrogen,and BGH hypothesis. Medical Hypothesis 48(1997): 453-61.
4. Hankinson, S.E.,et al. Circulating Concentratios of IGF-1 and risk of Breast Cancer. LANCET 351(1998):1393-96.
5. Peyrat,J.P. et al. Plasma IGF-1 concentrations in Breast Cancer. EUROPEAN JOURNAL OF CANCER 29(1993):492-97.
6.Qin, L.Q. et al. Milk consumption and circulating IGF-1 level:a systematic literature review . INT.J.FOOD SCI. NUTRITION 2009;60Suppl 7:330-340.
Jose Luiz M Garcia
Bom dia!
Caros amigos e colegas, este assunto abordado é de grande interesse tanto para nós técnicos quanto aos nossos clientes. O uso do BST, conforme vários relatos já feitos até aqui, é bastante importante para pecuária leiteira. Deixando de lado as controversias, acredito e tenho acompanhado vários casos de sucesso e vários de insucesso no uso desta tecnologia. O que acontece na verdade é uma falta de intrução técnica comercial de vendas desta tecnologia que faz com que os resultados não sejam homogêneos a campo. Com relação aos maleficios desta tecnologia, todos nós sabemos que todo o residual químico de todo e qualquer tipo de tratamento fica armazenado no fígado dos animais tratados e com o tempo os indivíduos perdem resposta imunológica e vêm a ter falência deste orgão que acarreta em vários danos aos bovinos tratados, não somente por uma ou outra tecnologia mas por vários fatores em torno da vida útil de um semovente.
Para finalizar minha opinião e inriquecer este debate quero que os amigos atentem para um detalhe se assim posso dizer: "O bovino seja qualquer sua finalidade tens uma estrutura metabólica e fisiológica a função de processar fibras e assim quebrar as proteínas das mesmas e degradar em aminoácidos ... Em suma: Foi feito para pastar... Um bovino não sabe fazer ração, um bovino não sabe plantar... Então aos grandes amigos deste debate pesso-lhes que não me interpretem mal, quanto ao meu raciocínio mas que vejam o que estamos fazendo com nossos rebanhos, principalmente o leiteiro. Toda a tecnologia é bem-vinda e bem bosta desde que seja bem aplicada, mas na minha sincera opinião a Homeopatia é a bola da vez e com certeza o método mais limpo de se produzir com qualidade e volume".
Neste estudo foi considerado que o uso do bST (tratamento preferencial) quando considerando no modelo de análise para estimação de parâmetros genéticos e do valor genético do animal é possível fazer a correção para este efeito preferencial. Este trabalho analisou apenas a produção de leite e verificou-se que quando anotado corretamente no banco de dados o uso do bST não acarreta viés na avaliação genética dos animais. Quanto da conversão alimentar eu acho que é um ponto muito importante que foi levantado, mas eu não posso dizer quais os possíveis efeitos porque eu não estudei esta característica. Acho que precisamos estudar!
Atenciosamente,
Claudia Cristina Paro de Paz
O artigo foi muito claro na determinação de que em duas lactações é positivo o uso da bST. O que questiono é que os animais tratados possam estar sendo usados para seleção genética, o que mascara o potencial natural dos animais. Aí vêm minhas perguntas: 1-Animais tratados com bST, ou qualquer estimulador/incrementador de produção, poderiam/deveriam participar de avaliações genéticas?
2-Qual a consequência em termos de herdabilidade para conversão alimentar a longo prazo, pensando-se no rebanho como um todo?
Bom dia aos participantes,
Vejo o BST como uma ferramenta de tecnologia a ser definidamente estudada com mais continuidade, pois o que me parece é que o escore corporal de animais que utilizaram durante a lactação é prejudicado para próximos partos, sendo que não respondem muitas vezes a partir de 5 e 6 lactação como a segunda e terceira. Temos que ter imenso cuidado nutricional para que o BEN não seja criticamente evidenciado.
Ferramenta tecnológica de uso técnico e não comercial.
Concordo que a antítese da ciência passe perto do bate boca. Contra fatos não há argumentos. José Luiz M Garcia, fiquei impressionado com seus títulos. Faça o favor de descer de seu pódio natureba e panfletário e volte ao Português 101 - Interpretação de texto. Ao usar picolés orgânicos, e não de soja orgânica, eu generalizei a condição orgânica da produção. Estou mencionando seu nome e posição porque, sem termos nos conhecido, você me citou ocultamente.
Penso que todos tenham o direito de achar qualquer coisa sobre qualquer assunto. Não sinto a compulsão de convencer aos outros de meus pontos de vista. Eu, pessoalmente, penso que essa questão da organicidade da produção agrícola esteja meio exacerbada. Na hora que o resultado for melhor trabalhando 100% verde, serei 100% verde.
Caros participantes,
Tentar encaminhar a discussão como se vocês fossem os donos da ciência (ou pelo menos o que chamam de ciência como esse estudo parcial e falho) não irá a lugar nenhum pois também tenho instrução acadêmica superior em Universidade americana (Michigan State University) e creio ter melhor qualificações para julgar esse assunto que a maioria das pessoas que responderam aos meus comentários.
O meu objetivo foi alcançado porque consegui que vocês se sentissem ameaçados ao ponto de responderem aos comentários de forma até mesmo preconceituosa e agressiva, e se dizendo donos da verdade. Estou errado? Seriam os senhores alguma espécie nova de preconceituosos que ainda não conhecia? Seriam os senhores algum tipo de Organofóbicos ou Naturofóbicos? E ao serem Naturofóbicos, estarem negando a omniciência do nosso Criador?
A pessoa que tentou fazer chacota ao mencionar "picolé de soja orgânico" demonstra, no mínimo, que carece de informação atualizada, pois creio, ainda a considera um alimento natural e saudável.
Eu gostaria de assinalar que a soja não se enquadraria como alimento saudável por ser alergênica, goitrogênica, formadora de gases, inibidora da libido, entre outras características maléficas dessa leguminosa que, também, é defendida com unhas e dentes pela chamada "ciência". Mas isso já seria motivo para um outro grupo de discussão, desde que também não tenham fobia a idéias novas e que não queiram encerrar as discussões se dizendo donos da verdade e sempre ostentando terem o que chamam de "ciência" ao seu lado.
Abaixo o preconceito
Abaixo a Fobia de conceitos e ideias novas.
Jose Luiz M Garcia