A certificação é realizada por meio da avaliação da conformidade, que é um método de garantir a qualidade de um produto, processo ou sistema, que, também, pode ser usado nos sistemas de produção animal. Ela é importante, pois transmite informações, não visualizáveis no momento da compra, sobre...
Roberta,
Toda forma de controle que tenha por finalidade garantir a segurança alimentar é bem vinda. Só acho que no Brasil isso é muito difícil visto que nosso país possui diferenças sócio-economicas gritantes e onde nem sequer conseguiu implantar a Instrução Normaiva 51. Dentro dos próprios estados, existem regiões com excelente qualidade na produção e áreas que tem produções ainda primitivas. O Estado Brasileiro quer recolher e inventar taxas de comercialização, fundos, normas e regras e se esquece de aplicar esses recursos em assistência técnica, por exemplo, aos milhões de pequenos produtores rurais mergulhados na pobreza técnológica. O MAPA que cria as normas, não possui nem pessoal para as demandas que cria e depois transfere aos estados, quer exemplo melhor que o Sisbi. Além dos Institutos de Pesquisa, Embrapa entre outros, que depois de décadas de existentêcia estão dizendo que precisam repensar sua responsabilidade social no que diz respeito à transferência de tecnologia. Ninguém efetivamente combate a Clandestinidade, maior câncer do setor, paralelamente à baixa qualidade da matéria prima e produtos processados. Ninguém mexe na ferida, pois ela é populista. Acredita-se, no entanto, que dá Votos. Enquanto isso, nosso sistema de Saúde, SUS, não consegue diagnosticar nada, só tem tempo para tentar curar. Onde estão as estatísticas de toxininfecções, toxinoses, infecções provocadas por alimentos, as chamadas DTAS ou DOA. Será que é bom para o Brasil gastar bilhões ou trilhões no processo curativo, onde fica a prevenção. Por isso, o SUS está cada vez mais inchado. Para vovê ter idéia do que estou dizendo , aqui no meu estado, os órgãos de assistência técnica estão dando curso aos produtores de fabricação de queijo ao invés de treiná-los para o atendimento à IN 51. A maioria dos produtores nem sabe o que é isto. Por isso, os Intitutos de Pesquisa deveriam ser porta da identificação dos problemas e ao mesmo tempo pressionar os órgãos responsáveis para a correção e implantação, de fato, dos rumos da produção de leite nesse país, além da produção científica, extremamente necessária ao avanço da produtividade e à segurança dos alimentos. Do jeito que está, o consumidor continua desprotegido, já que, quem fica responsável pela implantação das normas são os Laticínios e os Clandestinos. Desculpe-me pelo desabafo.
Atenciosamente,
Silvio Moura
CRMV_BA 2426
Roberta , teu comentário é de 2009 e são as atribuições da normativa 51 , que já foi reformulada duas vezes. Acho ótima a iniciativa no Paraná,pois nós no RS temos dois laboratórios da RBQL realizam as análises oficiais do leite e não resolve quase nada. Em 5 anos de trabalho conseguimos somente 10% dos produtores e 25 % do leite dentro da normativa,por iniciativa espontânea de alguma industria e dos produtores que recebem melhor pela qualidade. Enquanto o MAPA não sair da burocracia e achar que as coisas vão acontecer somente porque alguém escreve uma norma e atira na cara de todo mundo, as coisas vão de mal a pior. A que haver comprometimento da industria ,principalmente, pois é ela o elo entre as leis e os produtores de leite. Sem isso é mais um laboratório que vai detectar que estamos longe do ideal, e só isso.
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