Dra. Maria Cristina.
Na realidade a Medicina Veterinária é uma ciência e ao mesmo tempo um profissão, digamos oculta.
Digo isto em função do artigo exposto. A ciência que permeia os meandros dos sistemas produtivos, no qual encontramos um vasto cabedal de conhecimentos, como os citados, sem os quais (conhecimentos) não teríamos sistemas e nem Arranjos Produtivos Locais, devidamente organizados e protegidos, para houvesse uma Segurança Alimentar. Esta é a parte ciência;
De outra forma,quando falamos em profissão oculta, o fazemos no sentido de que a maioria da população brasileira ignora.Explico. Ao fazer a sua primeira refeição do dia, o leite, o queijo, a manteiga, a ricota,ovos, salames, presuntos, lingüiças,cremes, bebidas lácteas e outras tantas se fazem presentes nas mesas dos brasileiros.E então pergunto: O quanto está "embarcado" nestes alimentos, relativo à Medicina Veterinária,seja ela como ciência e o quanto está "embarcado" como profissão? A resposta está explicita no seu excelente artigo publicado. Nossos parabéns.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
Dra. Maria Cristina.
Temos na pecuária leiteira intensiva problemas do sistema locomotor (cascos). Atualmente qual o verdadeiro diagnóstico (quantitativo e qualitativo). Temos em literatura que o Fusobacterium necrophorum é um agente importante, assim como o vírus da Blue Tong, essas informações procedem? Quais os principais métodos de tratamento e profilaxia das doenças podais em geral?
Outro sistema vastamente atingido principalmente na recria inicial é o respiratório, com as perversas pneumonias, agudas e crônicas. Poderia abordar algo a respeito (situação atual, tratamentos eficazes, imunização, etc)?
Grato pela atenção.
Bom artigo, acrescentaria a ele a Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina (CIB), também conhecida por "pinkeye", lágrima e olho branco, a doença ocular mais importante dos bovinos , pode apresentar curso agudo, subagudo ou crônico, afetando apenas um ou ambos olhos. Seus primeiros sinais são lacrimejamento intenso, fotofobia e blefaroespasmo, seguidos, um a dois dias após, de opacidade no centro da córnea, que pode evoluir até ulceração, ocasionando cegueira temporária ou permanente, descematocele e ruptura da córnea. O agente etiológico da CIB, Moraxella bovis, é o único microorganismo capaz de reproduzir a doença de acordo com os postulados de Koch .
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-84782003000400033&script=sci_arttext