INTRODUÇÃO
Os efeitos danosos da mastite infecciosa bovina são mais bem visualizados ao considerar-se as caracter ísticas de produção dos animais por um perí- odo específico e o padrão temporal da redução do leite por parte do animal. Segundo LESCOURRET e COULON (1994), o impacto negativo da doença é superior no início da lactação, com reduções mais aparentes na quantidade do leite produzido que podem durar até a fase de secagem das vacas doentes.
A produção de leite de um determinado animal pode ser significativamente afetada pelo número de lactações, época do parto e o estágio de lactação, com as vacas de três ou mais lactações estando entre as que mais sofrem com a influência de temperaturas elevadas, fator que pode colaborar com a redução da produção de leite do animal (COLDEBELLA et al., 2003).
O número de lactações é relevante ao ser estudada a produção leiteira de um animal, não devendo ser esquecidas, entretanto, as variações individuais possíveis de acontecerem no rebanho, assim como a etiologia infecciosa da doença. Quando o Staphylococcus aureus está envolvido, o dano tecidual à glândula mamária é mínimo e reversível durante os estágios iniciais de infecção e, se efetivamente tratado neste período, o quarto mamário retornará à produção próxima da normal nas lactações seguintes (NICKERSON, 1993).
A mastite bovina causada por S. aureus, em termos econômicos e em aspectos relacionados à saú- de pública, pode ser considerada a enfermidade mais freqüente do gado leiteiro. O prejuízo decorrente da infecção estafilocócica da glândula mamá- ria atinge cifras elevadas, em conseqüência da redu ção da produção do leite e dos prejuízos na composi ção físico-química do produto, tanto para o consumo, como para o beneficiamento. O S. aureus pode causar infecções de longa duração e com tendência para a cronicidade, com baixas taxas de cura e elevadas perdas na produção de leite devido à alta prevalência (SABOUR et al., 2004).
O uso de antimicrobianos tem um importante papel no controle da mastite. OMORE et al. (1999) testaram a sua utilização e verificaram que a higiene adequada do úbere e o tratamento de casos subclínicos, quando utilizados isoladamente, não atuaram sobre a mastite nem elevaram a produção de leite. Porém, quando estas duas estratégias de ação foram realizadas em conjunto, diminuíram a prevalência de microrganismos contagiosos.
Vários fatores podem interferir negativamente na cura de infecções por S. aureus quando se utiliza a terapia com antibióticos, como por exemplo o est ágio infeccioso na glândula mamária e a presença de bactérias encapsuladas em abcessos, sem contar os mecanismos de virulência inerentes a este patógeno que torna as células de defesa incapazes de combatê-los (DINIZ et al., 1998). O tratamento das vacas com elevada contagem de células somáticas (CCS) durante a lactação pode apresentar resultados variados, ou indicando efetividade em reduzir o número de células somáticas ou não sendo efetivo nem promotor de ganhos financeiros (SHEPHARD et al., 2000).
Na terapia da vaca seca, o número de células somáticas ao final da lactação e o seu efeito sobre as taxas de cura de S. aureus devem ser vistos com ressalvas e avaliados de acordo com o animal, a sua idade e o rebanho ao qual pertencem. A probabilidade de cura neste período é menor quando a CCS é mais elevada e em animais com idade mais avan- çada, assim como no tratamento durante a lactação. Além disso, outros fatores como a localização dos quartos infectados e o número de quartos afetados por animal também influenciam no sucesso do tratamento (SOL et al., 1994).
Uma vez que a antibioticoterapia pode diminuir a duração de infecções intramamárias e este fato constitui-se em um dos principais objetivos em programas de controle das mastites por S. aureus, idealizou- se este trabalho com o objetivo de traçar caracter ísticas físico-químicas e celulares do leite, assim como produtivas, anteriores à cura e também nos casos sem a ocorrência de cura, frente a diferentes estágios e número de lactações, como forma de auxiliar na escolha ou não do tratamento durante a lactação.
MATERIAL E MÉTODOS
Um rebanho composto por vacas da raça Holandesa 7/8 pertencente à Fazenda Experimental do Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios da Alta Mogiana, situado em Colina, Estado de São Paulo, foi acompanhado de maio de 2000 a maio de 2002. A ordenha era mecânica e realizada uma vez ao dia. A alimentação baseava-se em concentrado (rolão de milho, milho, calcário, fosfato bicálcico, uréia e sulfato de amônia) e pastagens de Panicum maximum cultivar Tanzânia. No per íodo das secas foi realizada suplementação com silagem de milho e a quantidade de concentrado era aumentada de 1Kg/cabeça/dia para 2 Kg/cabeça/ dia.
Durante visitas mensais realizadas à propriedade, todas as vacas lactantes eram submetidas ao ?California Mastitis Test? (CMT). Para as análises das características físico-químicas, celulares e da produção láctea foram selecionadas as fêmeas que apresentavam, concomitantemente, pares de quartos mamários em que o leite proveniente de um dos quartos mostrava-se reagente ao CMT, enquanto no quarto homólogo correspondente era não reagente e considerado como controle. Assim, foram selecionados 156 quartos mamários, 78 sadios e outros 78 com mastite subclínica.
Os quartos com mastite subclínica foram divididos em dois grupos: Grupo dos Curados, composto por 32 quartos mamários analisados antes do tratamento e que, posteriormente, foram considerados curados após a antibioticoterapia ou apresentaram cura espontânea e o Grupo dos Não Curados, formado por 46 quartos mamários analisados antes do tratamento e que foram considerados não curados após a terapia antimicrobiana ou que não apresentaram cura espontânea.
Os quartos homólogos tamb ém foram divididos em dois grupos, um deles formado pelos 32 quartos homólogos aos que foram curados ou curaram-se espontaneamente e outro composto pelos 46 quartos mamários homólogos aos que não foram curados pelo tratamento com antimicrobiano ou que não apresentaram cura espont ânea. Os quartos mamários também foram classificados de acordo com os estágios de lactação e o nú- mero de lactações dos animais. Nos diferentes está- gios de lactação, os animais foram divididos em quatro grupos: Grupo ?1? (um a 60 dias em lactação); Grupo ?2? (61 a 120 dias em lactação); Grupo ?3? (121 a 180 dias em lactação); e Grupo ?4? (animais com mais de 180 dias em lactação). Com relação ao número de lactações, os animais foram agrupados em três grupos: Grupo ?Lac 1? (primeiras três lactações); Grupo ?Lac 2? (quarta e quinta lactações); e Grupo ?Lac 3? (a partir da sexta lactação).
Para a confirmação do S. aureus como responsá- vel pela etiologia infecciosa da mastite subclínica, duas amostras de leite (5 a 10 mL) obtidas no início da ordenha e originadas de um mesmo quarto mam ário foram semeadas (10 mL) sobre a superfície de ágar sangue de carneiro contido em placas de Petri. A identificação baseou-se nas características de crescimento e realização de esfregaços corados pelo método de Gram. As colônias classificadas como cocos Gram-positivos foram submetidas às provas da catalase e da coagulase lenta com plasma de coelho (HOLMBERG, 1973). As cepas catalase e coagulase positivas foram submetidas à prova para verificação da produção de acetoína e as amostras acetoína-positivas foram testadas quanto à utiliza- ção ou não da maltose e da trealose. As amostras que se mostraram positivas a estas duas últimas provas foram classificadas como S. aureus (HOLT et al., 1994). Os quartos mamários não reagentes ao CMT foram confirmados como sadios após a aus ência de crescimento de microrganismos a partir das amostras de leite.
Os casos de mastite subclínica foram tratados por infusão intramamária após a ordenha, durante três dias consecutivos, sendo utilizada a dose de 150 mg de gentamicina (Gentocin® ? Schering-Plough) uma vez ao dia. Todos os S. aureus isolados dos quartos mamários tratados apresentaram sensibilidade ao princípio ativo nos testes ?in vitro?. Foram considerados curados os quartos mamários cujas amostras de leite mostraram-se negativas ao isolamento de S. aureus. O isolamento e identificação dos microrganismos foram realizados 28 dias após o término dos tratamentos, de acordo com os procedimentos previamente descritos. Os quartos mamários sem tratamento foram considerados recuperados espontaneamente quando, em um intervalo de 28 dias entre as colheitas das amostras de leite, deixaram de apresentar o isolamento de S. aureus. A interpreta ção dos resultados bacteriológicos seguiu o preconizado por HARMON et al. (1990).
O método de referência para a determinação da CCS foi a contagem direta em microscópio óptico em objetiva de imersão (IDF, 1991) e o corante utilizado foi o Broadhurst-Paley. As amostras de leite obtidas para as análises físico-químicas e celulares foram oriundas da produção total dos quartos mam ários.
A pesagem do leite foi feita com a utilização de um dispositivo acoplado aos copos da ordenhadeira mecânica, o que permitia a obtenção individualizada do leite oriundo de cada quarto mamário. O referido dispositivo era formado por quatro tubos maiores de calibres iguais aos das mangueiras destinadas ao leite (mangueiras longas) e por dois outros tubos menores, aos quais eram ligadas borrachas que, por sua vez, eram ligadas ao pulsador. Dessa maneira, o leite de cada quarto da glândula mamária seguia individualizado até cada latão. Foram utilizados neste processo latões com capacidade para três litros de leite, sendo que o conteúdo era transvasado para um recipiente plástico que foi submetido à pesagem em balança de precisão com capacidade para dois litros de leite.
O mesmo procedimento foi adotado nos tetos dos quartos homólogos sadios, sendo as pesagens efetuadas durante dois dias consecutivos (BAILEY et al., 1998). Após a obtenção da produção de leite oriunda dos quartos mamários estudados, calculava- se a produção média nos dois dias de pesagens.
Para a determinação da acidez titulável, foram misturados 10 mL de leite com três a cinco gotas de uma solução alcoólica de fenolftaleína a 2%. Efetuouse o procedimento de titulação pelo gotejamento da solução de hidróxido de sódio (N/9) ao leite contendo fenolftaleína, até o aparecimento de ligeira tonalidade rósea persistente. O volume de hidróxido de sódio gasto durante o processo de titulação foi multiplicado por 10 e o resultado obtido correspondeu ao grau de acidez titulável da amostra analisada (BRASIL, 1981).
A análise de gordura do leite foi realizada utilizando- se o aparelho eletrônico Milko-Tester®, modelo mk 3.2 (ITR), calibrado pelo método convencional de Gerber (ZAFALON, 2003) e o extrato seco total (EST) foi determinado pela utilização do Calculador de Ackermann (Gerber Instruments). Por sua vez, a determinação do extrato seco desengordurado (ESD) foi calculada a partir da subtração do resultado do teor de gordura das amostras de leite do resultado encontrado para o extrato seco total (BRASIL, 1981).
A pesquisa do teor de cloretos foi feita após a mistura de 10 mL de leite com cinco gotas de solu- ção de cromato de potássio a 5%. Após a homogeneização dessa mistura, efetuou-se a titulação com solução de nitrato de prata a 0,1N até o respectivo ponto de viragem (AMARAL et al., 1988).
O volume gasto de nitrato de prata na titulação foi multiplicado pelo fator 0,0355, obtido a partir do peso molecular do cloreto do NaCl e do peso da amostra, calculando-se, dessa forma, a concentra- ção do teor de cloretos existente nas amostras de leite (MORITA e ASSUMPÇÃO, 1972).
Os valores relacionados com as características do leite oriundo dos quartos mamários foram submetidos à análise de variância ou ao teste de Kruskal- Wallis, de acordo com os desvios-padrão encontrados, complementados pelos testes de Tukey e de Dunn, respectivamente. O teste exato de Fisher foi utilizado para verificar se as categorias ordenadas de acordo com as fases de lactação e a ordem de lactação apresentavam ou não independência depois de verificada a evolução dos casos de mastite subclínica (SAMPAIO, 1998).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Quadro 1 apresenta os resultados referentes aos quartos mamários que se recuperaram ou não da mastite subclínica, de acordo com o estágio de lactação em que se encontravam os animais.
Não foi encontrada diferença significativa entre os grupos estudados, quando comparadas as taxas de cura nas diferentes fases de lactação ao teste exato de Fisher. Houve um menor número de quartos mamários pertencentes à Fase ?2? (oito quartos), sendo esta distribuição representativa de casos não induzidos de mastite, o que explica a divisão encontrada para cada grupo. Entre os quartos curados há a predominância de cura pela utilização do antimicrobiano gentamicina, enquanto entre os quartos não curados há a predominância de quartos mamários em que não foi utilizado tratamento, quando comparados com a recuperação espontânea e com a utilização de antimicrobianos, respectivamente.
A maior porcentagem de quartos curados foi encontrada para os animais com mais de 180 dias em lactação (52,4%), seguida pela fase correspondente dos 121 aos 180 dias em lactação (41,7%). Segundo SOL et al. (1997), vacas em estágios finais de lactação (com mais de 200 dias em lactação) apresentam uma melhor taxa de cura quando submetidas à antibioticoterapia. Existe uma preocupação referente a elevados índices de infecção em vacas em final de lactação já que estas podem contribuir para uma maior taxa de infecção ou reinfecção durante o período seco. Além disso, há relatos de aus ência de redução espontânea do nível de infecção desde o final da lactação anterior até a semana do parto ou mesmo no primeiro mês da lactação subseq üente (FARIA et al., 1996). Assim, quando realizado o tratamento de casos subclínicos durante a lactação, mesmo em animais em fase lactacional mais avançada, a terapia com antimicrobianos pode se mostrar útil. Muitas vezes, entretanto, pode ser mais econômico adiantar o momento da secagem de um animal e efetuar a terapia da vaca seca.
Qaudro 1. Quartos mamários curados (com antimicrobiano ou com recuperação espontânea) e não curados, de acordo com o estágio de lactação
COSTA et al. (1997) efetuaram o tratamento de vacas com mastite subclínica com cefacetril, gentamicina e cloxacilina e obtiveram a cura microbiológica e/ou resultados traços ou negativos ao CMT de, respectivamente, 78,6%, 86,1% e 95,4% dos quartos tratados, sendo os estafilococos 33,6% dos agentes isolados antes do tratamento. LANGONI et al. (1997) obtiveram taxas de cura para mastite subclínica que variaram de 85,3% a 90,3% para tratamentos que foram realizados uma e duas vezes ao dia, respectivamente, utilizando hidroiodeto de penetamato associado com a dihidroestreptomicina, sulfato de framicetina e prednisolona. O tratamento foi realizado contra Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae.
SEARS (2001) comentou sobre o fato do tratamento da mastite por S. aureus durante a lactação, geralmente, não ser eficaz para eliminar o microrganismo. Citou-se, entre as explicações, dificuldades para os antibióticos alcançarem o local de infecção numa concentração adequada, seja pela incapacidade em manter níveis terapêuticos até o tempo necessário para eliminar a infecção, seja por limitações farmacocinéticas como a absorção, além da disponibilização da droga, o grau de ionização e a presença de microrganismos intracelulares; resistência antibiótica; ?dormência? bacteriana (antimicrobianos bactericidas não conseguem atuar sobre bactérias que não se multiplicam); ?L-forms? da bactéria (bactérias que são deficientes em parede celular e, dessa maneira, não são sensíveis a beta lactâmicos); encapsulamento bacteriano; e reinfecção.
A glândula mamária é protegida por mecanismos de defesa primários e secundários. Os mecanismos de defesa primários são aqueles que previnem a entrada de patógenos para o interior da glândula e são associados com o canal do teto. Os secund ários são um complexo sistema de mecanismos químicos, celulares e imunológicos, localizados no interior da glândula (GUIDRY, 1985). Fazem parte destes mecanismos a lactoferrina, o sistema-complemento, a lisozima e o sistema lactoperoxidase - tiocianato - peróxido de hidrogênio (SORDILLO et al., 1997).
Segundo SOL et al. (1997), um estímulo inflamat ório determina uma reação local representada pela liberação, ativação e síntese de mediadores químicos e manifesta-se por alterações hemodinâmicas e hematológicas. A grande quantidade de mediadores derivados do plasma ou das células e a atuação dos mecanismos de defesa da glândula mamária podem influenciar na sobrevivência de microrganismos como o S. aureus e, conseqüentemente, nas taxas de recuperação espontânea dos quartos mam ários com mastite subclínica.
O Quadro 2 apresenta o número de quartos mam ários curados e não curados, classificados de acordo com o número de lactações dos animais.
Quadro 2. Quartos mamários curados (com antimicrobiano ou com recuperação espontânea) e não curados, de acordo com o número de lactações
Assim como para as fases de lactação, não foi encontrada diferença significativa entre os grupos quando comparadas as taxas de cura de acordo com as ordens de lactação, apesar da taxa de cura inferior apresentada pelos quartos mamários pertencentes aos animais nas primeiras três lactações, quando comparados com os quartos oriundos de animais com seis ou mais lactações (23,8% contra 55,6%).
O nível de cura foi superior em animais com seis ou mais lactações (55,6%), seguindo-se animais na quarta e na quinta lactações (43,6%) e animais com até três lactações (23,8%). Estes resultados contrariam os achados de NICKERSON (1993), segundo o qual há uma resposta melhor ao tratamento da mastite quanto este é realizado em animais com um menor número de lactações.
O Quadro 3 apresenta os valores médios das caracter ísticas referentes aos quartos mamários com mastite subclínica curados e não curados, oriundas deleite colhido antes do tratamento, de acordo com o estágio de lactação.
Antes da instituição do tratamento com antimicrobianos, o período em que os quartos mam ários não curados apresentaram a CCS mais elevada foi aquele em que os animais estavam com mais de 180 dias em lactação (656.000 células / mL). Apesar de quartos mamários com contagem celular mais elevada serem considerados mais difíceis de obtenção de sucesso ao tratamento durante a lactação, os quartos mamários da Fase ?2? foram aqueles que apresentaram menor CCS mas também menor taxa de cura (211.000 células / mL e 25%). Entretanto, os resultados referentes à esta fase devem ser considerados com precaução, já que apenas dois quartos mamários curados foram estudados neste período.
Animais recuperados de casos de mastite subclínica podem apresentar uma produção de leite inferior no início da lactação seguinte e, em alguns casos, apresentar uma menor produção por toda a lactação posterior. Isto deve ser levado em conta na fase ?2?, apesar do reduzido número de quartos estudados já exposto no parágrafo anterior, e na fase ?1?. Em ambas as fases mencionadas, os quartos mamários curados apresentaram uma produção média de leite, antes do tratamento, inferior à produção dos quartos não curados (4379,6g x 4641,0g na fase ?1? e 3003,0g x 4183,7g na fase ?2?). Talvez o tratamento possa não ser efetivo em elevar a produção de leite destes quartos mamários, tornando não vantajosa, economicamente, a terapia durante a lactação.
As outras características do leite constantes est ão relacionadas com alterações da glândula mamá- ria que podem estar vinculadas com as mudanças nos níveis celulares. Em determinadas fases, os teores de cloretos parecem acompanhar inversamente os resultados relacionados com a produção de leite. Nas Fases ?3? e ?4?, antes do tratamento, quando os quartos posteriormente considerados curados apresentaram maior produção de leite quando comparados com os quartos considerados não curados (Fase ?3?: 4115,5g x 3671,7g; Fase ?4?: 3532,8g x 2039,9g), o teor de cloretos foi inferior para estes mesmos quartos mamários em comparação com os quartos mamários sem cura. Já nas fases ?1? e ?2? o conteúdo de cloretos do leite dos quartos posteriormente curados foi superior (Fase ?2?: 0,1551g x 0,1467g) ou semelhante ao dos quartos não curados (Fase ?1?: 0,1376g x 0,1379g).
A elevação do conteúdo de cloretos no leite de animais com mastite subclínica pode ser explicada pela alteração da concentração iônica devido ao aumento da permeabilidade capilar, assim como pela destruição de junções celulares e do sistema de bombeamento ativo de íons. O sódio e o cloro, presentes em altas concentrações no fluido extracelular, se direcionam para o lúmen do alvéolo, aumentando suas concentrações no leite (NIELEN et al., 1992).
Quadro 3. Valores médiosa para as características do leite de quartos mamários com mastite subclínica curados e não curados, de acordo com o estágio de lactação
O teor de gordura, geralmente, sofre decréscimo no leite de vacas com mastite. Uma provável explica ção para o valor médio do teor de gordura ter sido mais elevado nas amostras de leite dos quartos não curados (Fase ?4?) deve-se à redução da produção. Assim sendo, apesar desta redução, a síntese de gordura nestes quartos pode ter continuado a um mesmo nível que nos quartos não doentes (efeito de dilui ção) (ZAFALON, 2003). Os valores médios reduzidos de gordura para os quartos curados das Fases ?1? e ?4?, talvez sejam pelas características individuais de determinados animais que foram selecionados para a colheita das amostras.
Amostras de leite de vacas sadias e de vacas com infecção clínica e subclínica foram avaliadas quanto à acidez titulável e sólidos totais por MOHAMED et al. (1999). A forma subclínica da mastite fez com que a diferença média para sólidos totais fosse significativa ao nível de 1%, enquanto o coeficiente de varia- ção para acidez titulável foi significativamente afetado ao nível de 5%, apresentando o leite de vacas doentes valores inferiores de sólidos e acidez titulável, quando comparado com o de animais sadios.
NICOLAU (1994) observou que amostras de leite de quartos mamários sadios apresentavam valores médios mais elevados nas determinações de acidez titulável, E.S.T. e E.S.D., quando comparadas com amostras de leite oriundas de quartos com mastite subclínica e achados semelhantes foram encontrados por VIANNI e NADER FILHO (1990) e NICOLAU et al. (1996). ZAFALON e NADER FILHO (2001) relataram serem a acidez titulável e o teor de cloretos as caracter ísticas do leite mais alteradas por microrganismos do gênero Staphylococcus e Corynebacterium quando verificadas as diferenças entre os quartos mamários sadios e com mastite subclínica.
A mastite bovina determina uma série de altera- ções na composição e nas características físico-quí- micas do leite produzido por uma glândula mamá- ria infectada. Pode-se atribuir estas alterações a três fatores principais: alterações na permeabilidade vascular devido ao processo inflamatório; lesão do epitélio secretor responsável pela síntese de alguns componentes do leite; e ação de enzimas originadas das células somáticas e de microrganismos presentes no leite (FONSECA e SANTOS, 2000).
A glândula com mastite subclínica apresenta altera ção na composição do leite, com a tendência da mesma em aproximar-se à composição do sangue.
O leite de vacas com mastite possui maior teor de sódio, menor concentração de potássio, cálcio e fósforo, um pH maior e também uma menor acidez titulável. Somente em poucos casos as infecções da glândula mamária podem provocar o aparecimento de leite com maior acidez titulável, quando os microrganismos envolvidos são produtores de ácidos (RODRIGUES et al., 1995).
Além do ácido lático, outros componentes interferem na acidez do leite, entre eles os citratos, fosfatos, proteínas e gás carbônico. Dessa forma, a análise de amostras individuais de leite pode apresentar resultados que variam de 10 a 30o D, mesmo sabendo-se que no leite fresco é improvável haver presença de ácido lático e que a carga microbiana é, normalmente, reduzida. Essa acidez deve-se aos demais componentes acídicos e não ao ácido lático (FONSECA e SANTOS, 2000). Além disso, deve ser considerada a grande variação no nível de acidez quando se analisa o leite de cada vaca. Estas variações individuais são diluídas no leite de conjunto, sendo que o valor obtido passa para níveis aceitáveis como normais. Pelo fato dos valores apresentados no presente trabalho serem oriundos de amostras de leite de quartos mamários individuais, esta seria a prov ável causa dos valores considerados anormais para a acidez titulável (Fase ?2?) e EST (Fases ?1?, ?2?, ?3? e ?4?).
Depois de realizada a análise estatística dos dados, foi constatada diferença significativa apenas para os resultados referentes à produção de leite entre os quartos curados (4379,6g) e não curados (4641,0g) da Fase 1, quartos não curados da Fase 2 (4183,7g) e quartos mamários curados da Fase 3 (4115,7g), quando confrontados com os quartos não curados da Fase 4 (2039,9g). Ao serem analisados os resultados referentes aos quartos sadios que serviram de controle (dados não tabelados), as mesmas diferenças significativas foram encontradas. Os quartos mamários curados da Fase 2 não foram analisados estatisticamente pelo número reduzido de amostras.
No Quadro 4 estão presentes os valores médios de características, referentes aos quartos mamários com mastite subclínica curados e não curados, de leite colhida antes do tratamento, de acordo com o número de lactações.
Quadro 4. Valores médiosa para as características do leite de quartos mamários com mastite subclínica curados e não curados, de acordo com o número de lactações
Entre os Grupos ?Lac 1?, ?Lac 2? e ?Lac 3?, a maior diferença entre o número médio de células somáticas dos quartos que posteriormente apresentaram- se curados quando comparados com os quartos não curados foi encontrada para ?Lac 1? (-72,9%, +5,8% e +35,7%, respectivamente). Além disso, nesta fase foi encontrada a menor taxa de cura para a mastite subclínica por S. aureus (23,8%). O número médio de células somáticas nos quartos mamários não curados de ?Lac 1? foi superior aos encontrados para os grupos ?Lac 2? e ?Lac 3? (Quadro 4). Isto pode ter influenciado nas taxas de cura destes animais. Segundo SOL et al. (1994) e SOL et al. (1997), quanto maior o número de células somáticas no momento do tratamento, menor parece ser o sucesso da terapia intramamária durante a lactação.
MATTHEWS et al. (1992) citaram a importância de um úbere saudável em vacas que estão iniciando a sua vida produtiva, já que a condição sanitária destes animais terá um impacto sobre a futura produ- ção e qualidade do leite, sendo imperativo que estas vacas comecem a lactação com uma baixa prevalência de infecções intramamárias no período inicial de lactação. Um rebanho em uma dada propriedade com um alto nível de reposições e contí- nua exposição das vacas ao S. aureus poderá ter uma alta incidência de infecções mesmo sendo o rebanho relativamente jovem. Se os níveis de cura após o tratamento durante a lactação apresentarem-se como os aqui encontrados para animais em lactações iniciais, a antibioticoterapia contra S. aureus não deve ser considerada vantajosa. Entretanto, vale lembrar que o Grupo ?Lac 1? aqui estudado continha animais não apenas de primeira lactação, mas também de segunda e terceira lactações.
Vacas mais velhas e com maior número de lactações podem ser mais propensas a adquirir infec ções por S. aureus e são mais difíceis de serem curadas quando se estabelecem infecções crônicas, com abcessos bem estabelecidos, ou ainda por danos permanentes à glândula por infecções prévias (COLDEBELLA et al., 2003). Apesar disso, no presente trabalho, vacas com seis ou mais lactações e, conseq üentemente, consideradas mais antigas no rebanho, foram as que apresentaram a maior taxa de cura após o tratamento (55,6%). Uma possível explica- ção é que estes animais podem ter sofrido com menor intensidade fenômenos de estresse calórico acarretados por temperaturas mais elevadas, quando comparados com animais com menor número de lactações.
Outros fatores que podem influenciar na taxa de cura bacteriológica são o número de colônias que são obtidas em culturas de laboratório, quando a contagem é feita antes do tratamento, além da dura ção da terapia. Quanto menor o número de colô- nias e mais longo o período de tratamento, maior a possibilidade de sucesso ao tratar os animais durante a lactação (DELUYKER et al., 2005). Além disso, desconhece-se o estágio infeccioso na glândula mam ária durante a obtenção dos dados ou mesmo a virulência das estirpes de S. aureus que acometeram os animais durante o estudo.
A produção média de leite dos quartos mamários de vacas que após o tratamento apresentaram cura foi superior à produção de quartos não curados, com exceção do Grupo ?Lac 3?. A mesma tend ência foi observada para os quartos mamários sadios (dados não tabelados). Os resultados apresentados demonstram que os quartos mamários não curados classificados como pertencentes ao Grupo ?Lac 3? produziam uma quantidade superior de leite quando comparados com os outros quartos. REIS et al. (2003) deduziram que a eficiência do tratamento durante a lactação, além da suscetibilidade dos agentes patogênicos frente aos antimicrobianos, estava relacionada à manutenção da droga no interior da glândula mamária por um período mínimo de 24 horas. Quanto maior a produção leiteira do animal, menores as chances de cura após o tratamento por possível diluição do medicamento na secreção láctea no interior da glândula mamária. Apesar disso, a menor taxa de quartos não curados foi a encontrada para o grupo ?Lac 3?.
Diferenças significativas após a análise estatística foram observadas para a gordura e para o EST, este influenciado pela primeira, entre os quartos mamários não curados do Grupo ?Lac 1? e os quartos mamários não curados do Grupo ?Lac 2?. BUENO et al. (2005) constataram que apenas 0,16% da varia- ção do teor de gordura deveu-se à CCS e que existe grande influência de outros fatores na concentra- ção da gordura do leite. Estas diferenças também aconteceram nos quartos que serviram de controle (dados não tabelados), o que corrobora a possibilidade de fatores nutricionais, por exemplo, atuarem nas mudanças dos teores de gordura do leite.
A viabilidade econômica do tratamento da mastite subclínica por S. aureus durante a lactação deveria ser considerada, apenas, quando a produ- ção de leite após a terapia aumentar a receita líquida do produtor, somadas as vantagens de elimina- ção de fontes de infecção quando as taxas de cura forem adequadas. A associação de medidas posteriores de manejo para prevenir novos casos de mastite, como a higiene do animal e do local onde as vacas são ordenhadas, o correto funcionamento do equipamento de ordenha e a anti-sepsia dos tetos após a ordenha, seriam de grande utilidade como parte de um programa de controle da mastite subclínica por S. aureus.
CONCLUSÕES
A terapia durante a lactação contra a mastite subclínica causada por S. aureus mostrou-se mais eficiente em animais com mais de 180 dias em lactação. Na propriedade estudada, o tratamento não foi considerado eficaz em animais com menor número de lactações, quando comparados com animais em idade mais avançada. Os resultados encontrados não permitem a utilização de características físico-químicas ou celulares para selecionar animais para o tratamento durante a lactação.
AGRADECIMENTOS
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Processo no 98/16087-6.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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***O trabalho foi originalmente publicado no Boletim da Indústria Animal (BIA), do Instituto Zootecnia (IZ/APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, Brasil.