Segundo a diretora do laboratório de genética do instituto, após testar a vacina em animais, pesquisa entrará em uma nova fase para verificar a extensão da proteção
A papilomatose bovina, causada pelo vírus BPV, pode desencadear doenças graves nos animais. O surgimento de feridas no úbere, que impede a ordenha, e o aparecimento de verrugas, que compromete a qualidade do couro, são alguns dos sintomas. Na tentativa de combater a doença, conhecida como HPV bovino, o Instituto Butantan de São Paulo criou uma vacina.
Por enquanto, a vacina ainda está em fase de testes. Por 300 dias, cerca de 15 animais foram isolados e receberam doses do remédio. A partir de agora, segundo a diretora do laboratório de genética do Instituto Biológico Butantan, Rita de Cácia Stocco, o instituto trabalha para verificar a durabilidade da vacina.
- Nós estamos com níveis de anticorpos bastante significativos, mostrando que há uma eficiência do produto que estamos desenvolvendo. Agora, nós vamos entrar em uma nova fase para verificar a extensão dessa proteção, quantas doses seriam necessárias para manter a proteção, verificar o escalonamento industrial, analisar uma adequação de valores, tentar obter um produto que atenda o maior número possível de tipos virais, tentar ver quais são os tipos mais prevalentes e em quais regiões do país e, depois, entrar em consonância com a legislação.
De acordo com Rita de Cácia, o instituto está buscando, além de um produto profilático, um produto que também tenha efeito terapêutico, para evitar que o produtor perca os animais infectados.
- O produtor rural não pode perder os animais afectados. No início da afecção, pelo menos, nós queremos que esse produtor tenha uma chance de reabilitar seu animal.