No Brasil os períodos chuvosos são bastante pré-determinados por regiões, no entando é estritamente necessário entender que neste período é muito importante à observação e planejamento nutricional do rebanho com antecedência. O manejo inadequado implicará diretamente na qualidade da produção de toda cadeia do rebanho.
Visto que a produção do Brasil se baseia predominantemente na utilização de pasto, a suplementação nos períodos chuvosos, está relacionado intimamente ao teor de proteina das forragens. Por consequência, a produção destas forragens se limitara durante um período do ano, estando disponíveis com elevada qualidade em estações chuvosas e baixas qualidades em estações de secas, sofrendo assim instabilidades climáticas.
Apesar da estação chuvosa oferecer qualidade de forragem, ainda assim se faz necessário a introdução de suplementação proteica e energética na dieta do rebanho, visando garantir a performance dele.
Para introduzir o manejo nutricional correto, utiliza- se um parâmetro de referência numérico (11 a 12% PT), que configura o valor total de proteína disponível das forragens. Quando o teor de proteína das forragens for superior a estes valores, o manejo mais adequado neste caso seria a introdução de adição de energia na dieta, e no caso do valor ser inferior, o manejo indicado, seria a suplementação proteica.
Nas águas os suplementos podem ser utilizados para otimizar o uso das forragens, aumentar a taxa de lotação, aumentar o ganho de peso dos animais e reduzir o ciclo produtivo. Porém, existem muitas dúvidas quanto ao tipo e quantidade de suplemento a ser utilizado (BARBERO et al., 2015).
A formação de N microbiano no rúmen, pode se limitar devido ao fornecimento de substratos fermentáveis das forrageiras tropicais, pois pequenas quantidades de grãos para animais em fase de cria, pode elevar o acúmulo de N microbiano que atinge o intestino delgado (via câmera fermentativa pré estomacal), melhorando assim sua performance biológica.
A suplementação passa a ter níveis nutricionais diferentes - principalmente menor teor de ureia - devido à mudança sazonal das forrageiras na época das águas em relação à época da seca, com maiores teores de energia, proteína, minerais, vitaminas e digestibilidade. Entretanto, acredita-se que à medida que a estação das chuvas vai avançando, principalmente no seu terço final, o teor de proteína bruta das pastagens vai decrescendo, justificando, assim, a inclusão da ureia em pequenas proporções neste tipo de mistura (TOMICH et al., 2002).
O foco da suplementação com a utilização da ureia pecuária é ocultar as deficiências nutricionais nos períodos de chuvas, mantendo o desempenho do animal homogêneo.
Auxiliando o animal desde a ingestão do alimento e em todo o processo fisiológico, para que eles obtenham grandes resultados de performances, pois apenas com o pastejo o animal não consegue expressar toda a sua potência produtiva.
Resultados estes que tragam um ganho de peso médio diário na proporção na fase de recria, variando de 0,543 a 1,380 kg /cabeça/dia, para consumos de suplementos de 0,2 a 0,5% do peso vivo; e na fase de engorda, variando de 0,671 a 1,24 kg /cabeça/dia para consumos de suplementos de 0,06 e 1,2% do peso vivo.
São múltiplos os suplementos que auxiliam na otimização da produtividade do rebanho, propiciando ganhos elevados desde a recria ao abate, podendo abater animais precocemente na propriedade rural. Portanto é necessário planejamentos preliminares para que esteja disposto juntamente com o produtor a expectativa que lhe seja mais viável economicamente, proporcionando melhores condições de manejo e de vida.