INTRODUÇÃO
A atividade pecuária gaúcha caracteriza-se por índices produtivos abaixo do real potencial de produção, além de baixa rentabilidade econômica. Essas dificuldades anteriormente não eram tão claras, pois o modelo econômico permitia ganhos em aplicações financeiras e criava ilusão inflacionária, que mascaravam a falta de produtividade (ANUALPEC, 2001).
Atualmente, com a estabilidade da economia, torna-se necessário a utilização de técnicas que possibilitem maior giro de capital e retorno econômico da atividade. Sendo assim, alternativas de manejo, como suplementação e confinamento, são meios que devem ser pensados e estudados, visando à intensificação da bovinocultura de corte, e objetivando um maior desempenho bioeconômico (NEUMANN et al 2002, ANUALPEC, 2002).
Segundo RESTLE et al. (2000a), a terminação de vacas em confinamento no estado do Rio Grande do Sul tem aumentado nos últimos anos, graças a boa rentabilidade obtida pela comercialização desses animais na entressafra. A atividade de confinamento é definida como a etapa do ciclo de produção pecuária em que os animais devem ganhar mais peso em período menor, procurando compensar os custos mais elevados com preços mais atraentes na entressafra da carne bovina. Hoje, entretanto, a atividade deve ser encarada mais como uma estratégia para a redução da idade de abate, diminuição da lotação das pastagens, preservação dos pastos com aumento da oferta de massa durante o período seco e eliminação de uma geração inteira de animais na fazenda (ANUALPEC, 2002).
A suplementação alimentar tem sido utilizada para corrigir a deficiência de nutrientes das forragens, alcançando posteriormente desempenhos mais elevados (LANA et al., 2001). Durante toda a década de 90 e nos últimos anos, houve um incremento no País de 137% e 657% no número de confinamentos e semi-confinamentos, respectivamente (ANUALPEC, 2002). A adoção dessas tecnologias potencializam o crescimento e engorda do gado como forma de aumentar o desfrute do rebanho.
Atualmente se faz necessário buscar não somente a máxima produtividade animal, mas, sim, um adequado controle dos custos de produção e viabilidade econômica das atividades desenvolvidas. Segundo GOTTSCHALL (2002), a produção deve ser eficiente sob o ponto de vista biológico (boa taxa de crescimento - ganho de peso dos animais) e sob o ponto de vista econômico.
A análise econômica é uma ferramenta fundamental para a tomada de decisões em uma propriedade rural, permitindo a avaliação do impacto econômico de novas tecnologias no sistema, com a utilização de recursos disponíveis, terra, capital e mão de obra (RISCO & SERÉ, 1986, citados por PÖTTER, 1997).
A pecuária de corte dispõe de escassos trabalhos relativos a sua economicidade, contrastando com a abundância de dados que dizem respeito à área de geração de tecnologias (PÖTTER, 1997). Desse modo, este experimento objetivou avaliar desempenho e produção animal do ponto de vista biológico, assim como o retorno econômico das atividades de suplementação e confinamento, contribuindo para tornar os sistemas de produção mais rentáveis e competitivos.
MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho foi conduzido entre 11/05 e 10/10 do ano de 2000, tempo que representou o período médio total (PMT), em uma propriedade particular situada no município de Cristal/RS. Foram analisados os dados de 79 vacas de descarte, base genética composta de sangue britânico (Angus e Devon), suplementadas para terminação em regime de pastoreio entre 11/05/00 e 03/08/ 00, representando o primeiro período (1ºP). Destas, 56 vacas foram vendidas para abate de forma escalonada, à medida que atingiam acabamento, expresso por deposição visual de gordura subcutânea. O restante, 23 vacas, foram terminadas em regime de confinamento entre 03/08/00 e 10/10/00, representando o segundo período (2ºP).
A dieta utilizada para alimentação dos animais (Tabela 1) era composta de:
- 1ºP (Suplementação em campo nativo): concentrado formulado a partir de resíduos de lavoura de arroz, milho, uréia e calcário, na base de 1,8 % do peso vivo.
- 2ºP (Confinamento): silagem de sorgo, resíduo da lavoura de arroz, farelo de soja e calcário.
As exigências nutricionais foram calculadas levando-se em consideração o custo mínimo conforme o NRC (1996). A dieta foi fornecida uma vez ao dia no 1ºP e, no 2ºP, em duas ocasiões, pela manhã e a tarde. As pesagens no 1ºP e 2o P ocorreram ao início e posteriormente por ocasião das vendas.
Os dados coletados (pesos, custos e tempo de permanência) foram tabulados e analisados em planilha de MS Excel/97. As variáveis avaliadas foram: - Análise biológica: peso inicial (PI); peso final (PF); ganho médio diário (GMD); tempo de permanência (TP). - Análise econômica: desembolso/kg produzido (D/kg); custo de produção/kg produzido (CP/kg); margem bruta (MB); margem líquida (ML); lucro líquido (LL);
O PI e o PF foram obtidos pela pesagem no início e por ocasião das vendas, que ocorreram de forma escalonada, nas seguintes datas: 26/06/00, 24/07/00 e 03/ 08/00 (1ºP) e 08/09/00, 21/09/00 e 10/10/00 (2ºP). Posteriormente foram calculadas as médias de cada período. O GMD em cada período foi obtido pela diferença entre as pesagens do início e final do 1ºP e 2ºP, dividido pelo número de dias de cada período, assim como no PMT. O TP foi calculado pela média ponderada, por meio da soma total de dias de cada animal dividido pelo número total de animais no 1ºP, 2ºP e no PMT.
Os custos de produção foram subdivididos em fixos (mão de obra fixa e depreciação) e variáveis (alimentação, compra de animais, medicamentos, combustíveis e Funrural). O custo de oportunidade do capital foi calculado levando-se em consideração um taxa de juros de 10% ao ano. A receita obtida com a venda dos animais para o abate teve o Funrural descontado.
A partir dos dados coletados foram calculados:
- Desembolso = Custo Fixo (sem depreciação) + Custo Variável;
- Custo de Produção = Custo Fixo + Custo Variável + Custo de Oportunidade do Capital;
- Margem Bruta = Receita – [ Custo Fixo (sem depreciação) + Custo Variável ] ;
- Margem Líquida = Receita - (Custo Fixo + Custo Variável);
- Lucro Líquido = Receita - (Custo Fixo + Custo Variável + Custo de Oportunidade);
No 1ºP, 2ºP e no PMT, o D/kg e o CP/kg foram calculados dividindo-se, respectivamente, o valor total de desembolso e o custo de produção pelo total de quilos produzidos em cada período isoladamente e no PMT, ou seja:
- D/kg = Desembolso / total de quilos produzidos;
- CP/kg = Custo de Produção/ total de quilos produzidos;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos para PI, PF, GMD e TP no 1ºP, 2ºP e no PMT encontram-se na Tabela 2.
O PI médio foi de 392,09 kg para as 79 vacas. Ao final do 1ºP o peso médio foi de 441,04 kg, sendo a média de peso das 56 vendidas para o abate de 448,96 kg enquanto as 23 remanescentes (confinadas no 2ºP) pesaram 421,74 kg.
O PF foi de 481,48 kg e 458,43 kg, respectivamente, para o 2ºP e o PMT. Esses valores são similares aos encontrados por PEROBELLI et al. (1995) que, estudando características de carcaça de vacas de descarte, obtiveram antes do abate, pesos de fazenda entre 444,80 kg e 496,80 kg. Entretanto, é difícil a comparação entre vacas de descarte em relação a valores de PI e PF por causa da grande variação de valores encontrados nos trabalhos de pesquisa. Nessa mesma linha, RESTLE et al. (1998) afirmam que existem diferenças em relação a peso final e peso de carcaça, pois as vacas de descarte possuem diferentes idades e diferente histórico reprodutivo e nutricional.
O GMD apresentou valores de 0,730 kg/dia, durante o 1ºP, com ganho de 0,848 kg/dia para as 56 vacas destinadas ao abate e de 0,442 kg/dia para as 23 remanescentes. ALVES FILHO et al. (2001), em trabalho com suplementação de vacas de descarte sobre o campo nativo com diferentes fontes energéticas, obtiveram valores de 0,734 kg/dia e 0,847 kg/dia, respectivamente, para silagem de milho e casca de grão de soja.
O GMD para o 2ºP e PMT foi de 1,321 kg e 0,827 kg, respectivamente (Tabela 2). No 2ºP, os animais alcançaram um maior ganho de peso. Essa diferença está relacionada a melhor qualidade nutricional da dieta do confinamento, além de provável ganho compensatório dos animais remanescentes. Segundo RESTLE et al.(2000b), um maior aporte energético, através da oferta de alimentos concentrados, tem importância principalmente em animais cujos ganhos de peso requerem mais energia, como é o caso de vacas de corte em terminação, pelo fato de estes animais já terem completado seu crescimento. Da mesma forma, FEIJÓ et al. (2000), relataram que vacas de descarte em confinamento respondem positivamente ao incremento de concentrados na dieta refletindo em maiores ganhos de peso. Em trabalho experimental, utilizando dieta composta por volumoso e concentrado (65% : 35% - silagem de sorgo, farelo de soja, casca de soja suplemento mineral e ionóforo) com 10% de proteína bruta, RESTLE et al. (2000a), obtiveram com vacas confinadas durante um período de 80 dias um GMD de 1,737 kg/dia. Esse mesmo autor afirma que, quando se trabalha com terminação de vacas, podese esperar que o ganho de peso seja em parte constituído por recuperação de estado corporal, sendo um fenômeno que pode ser considerado como ganho de peso compensatório (RESTLE et al., 2001). Diversos trabalhos de pesquisa que aferiram o GMD de vacas de descarte em regime de confinamento com diferentes padrões raciais e qualidade nutricional distinta, obtiveram valores de 1,009 kg/dia (TOWSEND et al., 1988), 0,800 kg/dia a 1,363 kg/dia (FEIJÓ et al.,2000), 1,516 kg/dia a 1,550 kg/dia (RESTLE et al., 2000c). Comparando esses valores de GMD citados ao do presente experimento, pode-se relatar que todos alcançaram boa eficiência de ganho de peso, o que comprova a boa resposta de vacas de descarte quando submetidas a dietas de boa qualidade.
A discriminação dos custos de produção (custos variáveis, fixos e custo de oportunidade) e o custo por animal de cada período isolado e do PMT estão dispostos na Tabela 3. A determinação dos custos possibilita a localização dos pontos de estrangulamento, para depois concentrar esforços gerenciais e tecnológico, para obter sucesso na sua atividade e atingir os seus objetivos de maximização de lucros ou minimização de custos. Para RIES (2001) e GOTTSCHALL (2002), a análise econômica da atividade mediante o custo de produção e de indicadores de eficiência econômica, como a margem bruta, margem líquida e resultado (lucro ou prejuízo), é um forte subsídio para a tomada de decisões na empresa agrícola.
No presente trabalho, os custos variáveis (CV) representaram 97,3 % dos custos totais no PMT (Figura 1). Os valores referentes aos CV no 1º P, 2º P e no PMT foram respectivamente de R$ 24.672,87, R$ 11.641,67 e R$ 36.314,54. Dentre esses custos, a compra dos animais e a alimentação representam as maiores parcelas, 83,5 % e 12,1%, respectivamente.
Em qualquer análise econômica de sistemas intensivos, como suplementação e confinamento, retirando-se o custo de compra dos animais, a alimentação é a base para o êxito financeiro da atividade . Deve-se conhecer o custo da alimentação na terminação de bovinos de corte (NEUMANN et al,2002), sendo de fundamental importância para que o pecuarista possa decidir sobre a alocação de recursos visando obter maior competitividade no setor. Vários são os trabalhos que demostram a grande parcela da alimentação em relação aos custos de produção (LAZZARINI NETO, 1994; BERETTA, 1999; COLLARES, 1999; ANUALPEC, 2002; NEUMANN et al, 2002).
Segundo COLLARES (1999), para aumentar a produtividade haverá algum aumento de custos globais, principalmente os variáveis, que só compensa enquanto o acréscimo de benefício for superior ao acréscimo dos custos. Também MÜLLER (2001) relata que, ao se utilizar tecnologias novas e posteriormente mais insumos, aumenta o uso do capital variável.
Sendo os insumos a variável de maior impacto, deve-se procurar diminuí-la, buscando-se-lhe o melhor preço na hora da compra. Neste trabalho, os animais utilizados foram vacas de descarte adquiridas com custo abaixo do preço de mercado. LAZZARINI NETO (1994) concorda que se deve procurar minimizar o custo dos animais adquiridos para a engorda intensiva, integrando ao confinamento a cria/recria (descarte), pois, 60% dos CT referem-se à compra de animais. Do mesmo modo, FEIJÓ (1998) afirma que os produtores costumam desprezar uma categoria animal que pode constituir-se em importante fonte de produção de carne, a vaca de descarte.
Em relação aos custos fixos, no 1º P, 2º P e no PMT, as atividades desenvolvidas apresentaram valores referentes de R$ 571.55, R$ 429,76 e R$ 1.001,31 respectivamente. No experimento analisado, deve-se levar em consideração que a propriedade anualmente confina cerca de 800 animais e suplementa 1200 animais. Dessa forma, esses custos encontram-se diluídos nesta proporção. Esse aumento da escala de produção promove uma redução dos custos de produção e um maior retorno econômico das atividades desenvolvidas (PÖTTER, 1997; ANUALPEC, 1998). Segundo ANUALPEC (1998), verificase que os custos de produção caem de US$ 31,70 por arroba produzida em confinamento de 500 cabeças para US$ 19,40 em um hipotético confinamento de 32 mil cabeças.
A Receita no PMT foi de R$ 40.901,01, correspondeu a R$ 27.814,46 no 1ºP e R$ 13.086,55 no 2ºP. Neste experimento, a venda dos animais na entressafra permitiu a obtenção de melhores preços, possibilitando um aumento na receita. Conforme o ANUALPEC (1997), a maioria dos produtores comercializa mal sua produção e seus preços médios de venda nem sequer atingem a média anual do mercado pecuário. Essa realidade sugere que existem oportunidades para aumentar a margem de lucro na pecuária, melhorando-se a eficiência da comercialização. O conhecimento e obtenção de informações atualizadas e precisas são imprescindíveis para se obter sucesso nesta forma de negociação. Pode-se melhorar a comercialização da produção, adotando-se estratégias específicas, como aproveitamento das oscilações de preço no mercado para realização de compra ou venda ou diferenciação do produto final.
O custo de oportunidade (CO ) foi de R$ 586,03, R$ 19,00 e R$ 605,02 respectivamente para o 1ºP, 2ºP e PMT. O maior valor encontrado no 1o P está relacionado ao maior desembolso, devido ao maior TP e número de animais.
Tabela 1 – Composição da dieta durante os processos de suplementação (1ºperíodo- 1ºP) e confinamento (2ºperíodo- 2ºP).
Tabela 2 – Desempenho biológico expresso pelas variáveis analisadas nos processos de suplementação (1ºperíodo- 1ºP), confinamento (2ºperíodo- 2ºP) e no período médio total (PMT).
Tabela 3 – Especificação dos custos de produção (fixos, variáveis e custo de oportunidade) na suplementação (1ºP), confinamento (2ºP) e período médio total. Valores em reais (R$)
Tabela 4 – Análise econômica das atividades e determinação da rentabilidade dos processos de suplementação (1ºP), confinamento (2ºP) e período médio total. Valores em reais (R$)
Figura 1 – Percentual dos custos de produção, fixos (mão de obra e depreciação) e variáveis (alimentação, compra de animais, medicamentos e combustíveis), no período médio total (PMT)
Os valores referentes a análise dos resultados (custo de produção, margem bruta, margem líquida e lucro líquido) do trabalho encontram-se na Tabela 4. A determinação dos custos de produção possibilitou aferir quanto custa cada uma das atividades que estavam sendo analisadas nos seus respectivos períodos e no PMT. No 1ºP, 2ºP e no PMT, os valores referentes para CP foram de R$ 25.830,44, R$ 12.090,43 e R$37.920,87, respectivamente.
Conforme RIES (2001), a confeccção dos custos de produção por unidade produzida, é de fundamental importância para o sucesso de qualquer análise econômica de atividades agropecuárias. O CP/kg produzido foi de R$1,03, R$1,09 e R$1,05, respectivamente, para o 1ºP, e 2ºP e PMT. Levando-se em conta que os animais foram vendidos a R$1,11 (1ºP) e R$ 1,18 (2ºP), pode-se determinar que houve um ganho entre o preço do quilo vivo produzido e o comercializado, tornando estas atividades viáveis do ponto de vista econômico. O custo de compra dos animais foi R$ 1,00/kg vivo, o que demonstra uma rentabilidade de 11 % e 18 % no kg vivo referente a diferença entre a compra e a venda dos animais, o que caracteriza um ganho especulativo de mercado, considerando os preços de comercialização de safra e entressafra.
A MB foi de R$ 2.893,49, R$ 1.201,42 e R$ 4.094,91, respectivamente no 1ºP, 2ºP e PMT. Quanto à ML, da mesma forma analisada, apresentou valores de R$ 2.570,04, R$ 1.015,12 e R$ 3.585,16, respectivamente, para 1º P, 2º P e no PMT. O resultado do LL gerou valores para o 1º P, 2º P e no PMT de R$ 1.984,02, R$ 996,12 e R$ 2.980,14, respectivamente. Dessa forma, tanto a MB, como a ML e o LL apresentaram resultados positivos em todos os períodos analisados, o que caracteriza a viabilidade econômica das técnicas de manejo analisadas neste experimento.
No 1ºP a suplementação apresentou uma lucratividade de 7,68 % no período do experimento, enquanto que, no 2ºP, o confinamento teve uma lucratividade de 8,24 % no período, correspondendo a uma lucratividade de 7,86 % no PMT. A lucratividade ao mês durante o 1ºP, 2ºP e no PMT foi respectivamente de 3,44 %, 5,47 % e 2,94 %. Esses índices, comparados a indicadores do mercado financeiro no ano de 2000, foram superiores à poupança (média de 0,70 % ao mês) e ao IGPM (média de 0,83 % ao mês). Segundo PÖTTER (1997), sistemas que fazem uso de uma tecnologia mais intensiva sempre apresentam resultados melhores se comparados com "sistemas tradicionais" de produção de bovinos de corte. Da mesma forma, ANUALPEC (2002), relata que um investimento planejado e organizado proporciona rentabilidades positivas nas propriedades rurais, principalmente na fase de terminação.
CONCLUSÕES
O uso de práticas envolvendo a suplementação a campo e o confinamento permitiram atingir um bom desempenho biológico pois proporcionaram um incremento no GMD e, posteriormente, o acabamento desejado, permitindo o desfrute dos animais.
As técnicas também demonstraram-se viáveis, tanto isoladamente ou associadas sob o ponto de vista econômico, uma vez que a receita obtida foi superior aos custos de produção (custo fixo, custo variável e custo de oportunidade do capital) em todas as etapas do processo produtivo.
A lucratividade durante toda atividade pode ser considerada satisfatória, pois apresentou índices de 7,86% no período, correspondendo a 2,94 % ao mês, superiores à poupança e ao IGPM no período.
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