Bom dia, Dr. Joseir Monteiro.
Seguindo as condições da propriedade, o manejo das vermifugaçoes anuais,
é determinante para que o produtor tenha bons lucros. Quanto ao vermifugo, tenho bons resultados com a MICROSULES...
Boa noite Dr. Monteiro,
Esse tema é muito interessante de ser abordado porque se o pecuarista seguir o esquema estratégico de controle dos nematodeos citado acima ele terá um bom resultado dentro do sistema de produção e consequentemente bons lucros
Abraço
MArcelo Rosa.
Boa tarde Dr.
Qual principio ativo tem se mostrado mais eficaz frente a Cooperia spp., e Haemonchus spp.?
Abraço
João
PREZADO JOÃO HENRIQUE
Um bom anti-helmíntico deve ser eficaz para uma ou várias espécies de parasitos e alem de atuar sobre as formas imaturas, deve possuir uma boa margem de segurança, de fácil aplicação e preço baixo. Em condições naturais, os animais são parasitados por várias espécies, indicando assim a conveniência do uso de droga de amplo aspéctro.
Nesse caso, eu aconselho os seguintes princípios ativos:
• Ivermectina
• Doramectina
• Moxidectin
Pertencente do grupo das LACTONAS MACROCÍCLICAS, onde estes são obtidos pela fermentação de fungos streptomyces avermitilis ou similares, por meio de potencialização do ácido gama amino butírico (GABA).
Qualquer dúvidas estarei á disposição.
Dr.Joseir Monteiro
LABORATÓRIO MICROSULES DO BRASIL
Prezado João Henrique
Temos um produto no mercado, que é revolucionário no combate desses parasitas.
I V E R M I C + A D3 E (Ivermectina + vitaminas AD3E)
FÓRMULA:
Cada 100 ml contém:
Ivermectina ................... 1.1 g
Vitamina A palmitato .... 5.000.000 U.I.
Vitamina E acetato ........ 1.000 U.I.
Vitamina D3 ................... 40.000 U.I.
Excipientes q.s.p............ 100 ml
Informações comerciais
INDICAÇÕES
Endectocida injetável com vitaminas para Bovinos, Ovinos, Caprinos, Suínos e Equinos. Para o controle de Nematódeos gastrintestinais (adultos e L4) e pulmonares: Haemonchus contortus e placei, Ostertagia ostertagi e spp., , Trichostrongylus axei e spp., Cooperia oncophora, punctata, surnabada e spp., Oesophagostomum radiatum, Bunostomum phlebotomum; Dictyocaulus viviparus.
Piolhos sugadores: Linognathus vituli, Haematopinus eurysternus, Solenopotes capillatus.
Ácaros da sarna em bovinos e suínos: Psoroptes ovis, Sarcopetes scabiei var bovis.
Dermatobia hominis. (Ura, Berne ou Tórsalo)
Carrapato: Boophilus microplus, ajuda no controle cada 21 dias.
A associação de Ivermectina com vitaminas A,D3,E ajuda na manutenção basal e funcional do organismo animal, incorporando elementos necessários para isto, que geralmente não são equilibrados pelo dano parasitário.
Dr.Joseir Monteiro
LABORATÓRIO MICROSULES DO BRASIL
A verminosis são parasitas que causam lesões e desnutrição ao animal, podendo levar a morte e além perda de ordem económica. A incidência inicial parasitária não identificada dificulta o controle, muitas vezes precisa imunizar o rebanho inteiro. Saber o momento certo do controle é importante para evitar danos irreversível. O tratamento deve ser eficaz considerando a relação custo benefício. Quando fazer o controle preventivo é necessário analisar outras variáveis que interfere no resultado principalmente na escolha do medicamento mais adequado. Gostaria de saber qual o procedimento carreto neste caso tratando de uma ataviada económica.
Prezado Mário Furtado
Como já comentei no artigo, podemos afirmar que os fatores climáticos são os que determinam, geralmente, a estação na qual o parasitismo se apresenta como uma ameaça para a economia da produção, um método eficiente de vermifugações em gado de corte é o uso de um programa estratégico baseado nas variações sazonais de incidência de parasitos.
E é de supra importância medir a pressão de infestação por nematódeos nos animais, medindo assim a contaminação por larvas infectantes na pastagem.
Para o controle preventivo, temos que levar em consideração vários fatores importântes:
-Temperatura
-Umidade relativa
-Radiação solar
-Tipo de exploração
-Tipo de pastagem
-Faixa etária
-Raça
-Estado Nutricional
-Imunidade
Sendo que as infecções por vermes gastrintestinais em bovinos de corte criados extensivamente são mais graves a partir do desmame e durante a época seca do ano, enquanto as populações de larvas infectantes nas pastagens são mínimas durante esse período e maiores durante a estação chuvosa.
Portanto no período seco indica que há necessidade de se concentrar o tratamento anti-helmíntico durante esse período, quando as reinfestações são mínimas e o problema da verminose soma-se ao de nutrição.
Aconselho também, fazer um exame coprológico de uma amostragem do rebanho, onde esse seria um instrumento muito importante para a melhor escolha do princípio ativo a ser usado, caso isso não aconteça a dosificações estratégicas com anti-helmínticos de amplo aspecto de sua escolha, seria a melhor forma de controle preventivo.
Espero ter respondido a sua pergunta........
Qualquer coisa coloco-me a disposição para melhores esclarecimentos.
DR.JOSEIR MONTEIRO
O planejamento estratégico é otimo, mas ocorreu em anos passados não funcionar por causa da sazonalidade e também, locais com resistencia anti- helmintica, mormente Cooperia punctata e Haemonchus Contortus, para bovinos o H. placei , não podendo usar as lactonas macrociclicas devido a baixa eficacia, contornando com bombas a 3% para aceleração do processo de resistencia. Envolvendo também a resilencia e nutrição animal, e reforçando o refugio e seleções de nematodeos resistentes a multidrogas para gerações subsequentes.
PREZADO DR.RICARDO GOMES
Concordo com a vossa avaliação, e para reduzir o número de tratamentos anti-helmínticos nos animais evitando assim o agravamento de resistência é necessário levar em consideração os estudos epidemiológicos da região, utilizando os produtos somente em épocas e categorias de animais que necessitam.
A resistência parasitária aos produtos químicos é um grande problema para o qual ainda não temos uma solução e as perspectivas não muito animadoras.
Tecnicamente considera-se a probabilidade de resistência quando a eficácia de uma droga falha em alcançar 95% e esse é um fenômeno esperado quando se usa uma determinada droga, pois se inicia um processo de seleção dentro da população-alvo, ou seja, os parasitos que sobrevivem aos produtos antiparasitários transmitem essa capacidade para seus descendentes. O processo é gradativo e deve ser diagnosticado precocemente para prevenir prejuízos decorrentes da doença sub clínica.
Estádios de vida livre e parasitários não afetados por tratamentos quimioterápicos são descritos como refugia, ou seja, esses indivíduos escapam à exposição e consequentemente, à seleção por determinado agente químico.
Quando 30% a 75% dos nematoides encontram-se em refúgio, o desenvolvimento de resistência é significativamente reduzido.
A utilização de um único método de controle alternativo não tem se mostrado eficiente para dispensar o uso de anti-helmínticos em animais que necessitam ganhar peso e isso dificilmente vai acontecer.
Temos que pensar que: as maiorias das fazendas, não têm assistência técnica e os seus gerentes relutam em introduzir tecnologias de longo prazo, e dessa maneira podemos afirmar que a resistência dos parasitos vai continuar aumentando com o tempo.
Alguns sintomas clínicos como diarreia, anemia e perda de condição corporal associados com o parasitismo gastrintestinal podem não significar casos de resistência por não serem específicos. Isso ocorre geralmente devido à presença de agentes infecciosos, nutrição deficiente, deficiência de elementos minerais e intoxicações por plantas.
Outros fatores que contribuem para uma aparente falha de tratamento anti-helmíntico incluem a rápida reinfecção por causa das pastagens altamente contaminadas, presença de larvas hipobióticas ou em estádio de desenvolvimento que não são atingidas pelo quimioterápico, utilização de equipamento de aplicação defeituoso, subdosagem e/ou escolha de medicamento inadequado para o parasito que se deseja controlar.
Podemos dessa forma concluir que a combinação de vários métodos alternativos de controle, aliada aos produtos químicos tradicionais, seria uma forma aconselhável para o controle das resistências, porem teria que envolver o comprometimento e consciência dos pecuaristas e técnicos envolvidos.
Dr.Joseir Monteiro
LABORATÓRIO MICROSULES DO BRASIL LTDA
Concordo plenamente Dr. Joseir Monteiro, otima explanação. somente muito cuidado quando citar larvas hipobioticas para algumas das nossas regiões, mormente quando os experimentos não foram utilizados animais traçadores.
Muito bem lembrado Dr.Ricardo Alexandre, temos que nos atentar quanto as particularidades individuais de cada região.