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O controle do carrapato

Publicado: 7 de maio de 2012
Por: Mário Pinto Furtado

Agradeço por abrir esta discussão. O controle do carrapato tem um custo elevado e baixo retorno financeiro devido a reinfestação que leva perda de produtividade provocada por fatores climáticos e ambientais específicos de cada região do país. Estamos trabalhando na contramão sabendo que o controle não é eficaz embora temos os produtos mas não temos pesquisa e nem assistência técnica.

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Mário Pinto Furtado
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Verônica
IZ - Instituto de Zootecnia / Secretaria de Agricultura e Abastecimento
IZ - Instituto de Zootecnia / Secretaria de Agricultura e Abastecimento
27 de junio de 2012

Aqui está a oportunidade para aprofundar esta discussão !!!!!

II Workshop Controle do carrapato-do-boi - 16 de agosto de 2012 Instituto de Zootecnia - Nova Odessa/SP www.infobibos.com/carrapato

Vagas Limitadas!!!

O carrapato-do-boi causa graves prejuízos a bovinos suscetíveis, geralmente os que têm elevado grau de sangue europeu. O objetivo desta segunda edição do Workshop Controle do Carrapato-do-boi é levar a técnicos, produtores e estudantes descobertas recentes de como se dá a resistência dos hospedeiros ao carrapato, e como estudos do genoma bovino podem contribuir para a seleção de animais resistentes ao parasita, assim como os fatores que afetam a resistência dos bovinos ao carrapato. Esperamos com mais uma edição deste evento, estar contribuindo para o controle racional deste carrapato, Rhipicephalus (Boophilus) microplus que tantos prejuízos tem causado ao país.

Objetivos: Transmitir informações atualizadas sobre o controle do carrapato-do-boi, com ênfase na resistência do hospedeiro.
Palestrantes Confirmados

Cecília José Veríssimo, Instituto de Zootecnia, Nova Odessa, SP
Isabel K. F. Miranda Santos, FMRP-USP, Ribeirão Preto, SP
Marcos Vinicius G. Barbosa da Silva - Embrapa, Juiz de Fora, MG
Fernando Flores Cardoso - Embrapa, Bagé, RS
Roberto Carvalheiro - Gensys, Jaboticabal, SP


Público-alvo: Técnicos, pecuaristas e estudantes interessados no tema.






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Edson Cedotte
Eurofarma
27 de junio de 2012

Minha opinião é que um dos grandes problemas no controle do carrapato está na quantidade de produtos disponíveis no mercado brasileiro, muitos sem qualidade e muitas vezes até sem o ativo que deveria fazer o efeito desejado, muitos produtos pirateados, falsificações, sem um adequado controle de qualidade, e isso acontece devido a precariedade ou inexistência de fiscalização pelos orgão responsáveis, nas indústrias, nas revendas, atacadistas e distribuidores. Quando esses produtos são denunciados, o que acontece muito raramente, pois tem muita gente ganhando dinheiro com isso, até que o orgão competente faça qualquer coisa, já se passou mais de ano e o estrago foi feito, pois essas porcarias foram para o mercado e foram usadas de boa fé.
Outro grande, e eu diria que o maior problema está nos balconistas vendedores de revendas, que abusam da boa fé, da amizade e da credibilidade que o pecuarista / produtor deposita na loja de produtos agropecuários e empurram qualquer produto sem o critério de avaliação quanto da raça, pasto, clima, região, nível de infestação, produtos já utilizados, etc. O único critério que esses balconistas vendedores utilizam para indicar um determinado produto, é o valor da comissão (bola) que vai receber do laboratório detentor da marca. É isso mesmo! Esses laboratórios pagam em médio ao balconista R$ 5,00 a R$ 10,00 por frasco vendido, em alguns casos para produtos de alto custo, essas comissões chegam a R$ 30,00 por frasco, e obviamente é o pecuarista / produtor quem está pagando essa comissão, pois esses valores estão embutidos nos preços dos produtos.
E nesse caso a culpa é exclusivamente dos laboratórios de produtos veterinários, principalmente os maiores e mais poderosos, multinacionais e nacionais, que criaram e alimentam esse abuso sobre o homem do campo. E isso acontece porque não existe controle de preço dos medicamentos para uso veterinário. O governo deveria intervir nesse mercado efetuando controle de preço como é feito com medicamentos de uso humano.
Portanto, acho que somente quando esse tipo de "suborno" aos balcinistas vendedores acabar e quando houver um controle real e efetivo das indústrias, dos comércios e dos produtos existentes no mercado, feito por fiscais competentes e honestos é que será possível pensar em um controle adequado do carrapato
Sem essas duas situações que prostituem o mercado veterinário, e que são os responsáveis pelas reinfestações e que arrancam do bolso do homem do campo o dinheiro ganho com muito trabalho, é possível sim fazer um controle adequado e eficáz dos carrapatos, utilizando menos produtos químicos, poliundo nemos o meio ambiente, permitindo mais facilmente pecuarista / produtores o acesso a produtos éticos, eficázes, com preços justos, e dessa forma montar um controle estratégico com avaliações dos diversos fatores que influenciam e respondem ao controle do carrapato.
Antes de se falar em pesquisas e assistência técnica, temos que falar e agir contra as "bolas" pagas a balconistas inescrupulosos e para um efetivo controle de produtos confiáveis.
Ed Ctte.

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Valdemar Cornélio Carlos Júnior
Eurofarma
28 de junio de 2012

Concordo plenamente com os comentários acima pois é nítida a pressão exercida por vendedores para que o pecuarista compre para sua propriedade apenas aquilo que lhe convem e atende seus interesses financeiros.
O pecuarista está hoje refém de uma prática abusiva e inescrupulosa por parte de maus profissionais, que infelizmente estão se mostrando maioria no mercado veterinário do país.

Valdemar Jr.

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Ricardo Lacerda
29 de junio de 2012

Além das informações coerentes acima, também devemos levar em consideração, o que vemos no campo no momento do controle ou combate ao carrapato, que é o mau uso dos produtos carrapaticidas por parte dos produtores, onde muitas vezes não seguem as informações de bula e sempre querem um produto que combate todos os parasitas ao mesmo tempo, não levando em consideração a biologia do parasita em questão! Ricardo Lacerda (Médico Veterinário).

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Edson Cedotte
Eurofarma
29 de junio de 2012

Prezado Ricardo,
Perfeita as suas considerações. O mau uso dos produtos carrapaticidas com consequente caso de reinfestações ocorrem porque na ansia de receber a sua "gratificação", os balconistas empurram qualquer produto (aquele que lhe dá melhor retorno financeiro, é claro) sem qualquer orientação técnica.
Muitas vezes, por estar consciente de que está indicando um produto de procedência duvidosa, eles orientam o uso de quantidades muito acima do recomendado para uma aplicação, achando que aumentando a dosagem aplicado, haverá uma compensação, o que sabemos que não acontece. Com isso, o pecuarista gasta muito mais sem conseguir o retorno esperado, infesta o seu animal, cria resistência e polui o meio ambiente.
É preciso ter consciência, procurar esclarecimentos e assistência técnica do Médico Veterinário, para que ele faça um diagnóstico correto e completo, levando em consideração todos os apectos necessários para indicar o produto ideal, e específico para cada propriedade, de acordo com as suas características.
Abraço.
Ed Ctte.

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cecília josé veríssimo
IZ - Instituto de Zootecnia / Secretaria de Agricultura e Abastecimento
IZ - Instituto de Zootecnia / Secretaria de Agricultura e Abastecimento
30 de junio de 2012

Hoje em dia não se pode fazer o controle do carrapato com carrapaticida sem ter antes o resultado de um teste conhecido como biocarrapaticidograma, ou teste de eficácia de carrapaticidas. A Embrapa Gado de Leite em Juiz de Fora faz esse exame DE GRAÇA para os produtores. Para isso, basta enviar em um pote descartável (por exemplo, de margarina, limpo é claro, fechado com a tampa (furar a tampa com uma faca) e cheio em cerca de 2 dedos com as carrapatas mais gordas que encontrar nos animais). De preferência, deverão ser tiradas as "mamonas" ou "jabuticabas", ou, simplesmente, as fêmeas totalmente ingurgitadas (cheias de sangue) de animais de vários pastos da propriedade, e os animais não devem ter recebido carrapaticida há pelo menos 30 dias. Maiores informações sobre como coletar e como enviar o material podem ser obtidas diretamente no site da Embrapa Gado de Leite.

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Edson Cedotte
Eurofarma
2 de julio de 2012

Prezada Cecília,
Esse Forum está sendo de grande valia para esclarecimentos importantes aos pecuaristas e produtores rurais. Importante seria que mais e mais pessoas ligadas a pecuária pudessem tomar conhecimento do mesmo para se previnirem contra gastos desnecessários e ir em busca de soluções verdadeiras.
Você lembrou uma coisa muito importante que é a necessidade do teste de biocarrapaticidograma para identificar qual é o carrapaticida ideal para cada propriedade, e não ficar utilizando qualquer produto que só serve para aumentar cada vez mais a resistência do parasita, contaminar o meio ambiente, colocar em risco a saúde dos aplicadores, impregnar os animais de produtos tóxicos e gerar desperiçando dinheiro ao produtor.
Muitíssimo bem lembrado por você o fato da EMBRAPA Gado de Leite de Juiz de Fora, MG, fazer “gratuitamente” esse teste, inclusive passou as orientações perfeitas e completas de como coletar as amostras para enviar, e eu vou aproveitar e informar o endereço para onde devem ser enviados :
EMBRAPA GADO DE LEITE
Rua Eugênio do Nascimento, nº 610, Bairro Dom Bosco, Juiz de Fora, MG, CEP 36038-330
Importante que o remetente informe o seguintes:
Nome da Propriedade, nome do Produtor, endereço completo inclusive com CEP, para que a EMBRAPA possa enviar o resultado do Biocarrapaticidograma, indicando quais os produtos que melhor responderão as necessidades dos animais da propriedade.
Mas é importantíssimo que ao comprar, o pecuraista / produtor exija o produto correto e não aceite sugestões ou trocas.
Além disso, é importante que se procure um profissional competente, um Médico Veterinário, para montar um calendário sanitário com o controle estratégico específico para a propriedade, considerando todos os fatores que podem influenciar na contaminação por parasítas.
Precisamos continuar lutando para que o homem do campo tenha cada vez mais informações, conhecimento e apoio, para que possam produzir cada vez mais, gastando cada vez menos.
Abraço.

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