Vamos inicialmente explicar o que significa SAÚDE ÚNICA. -ONE HEALTH- Inicialmente se apresenta teoricamente um tanto confusa essa explicação. A primeira vista se consolida nos três (3) ditames ou sustentáculos: Saúde Humana, Animal e Ambiental. A complementação nos direciona para o seguinte: Saúde Única busca integrar áreas de estudo como a Medicina Humana, Medicina Veterinária, Ecologia e Engenharia Agronômica. Que praticamente formam as quatro (4) colunas básicas da Saúde Única. Temos ainda, uma conceituada posição “Uma Só Saúde (ou também Saúde Única) Trata-se de uma abordagem que demanda "os esforços colaborativos de múltiplas disciplinas que trabalham local, nacional e globalmente, para alcançar a saúde ideal para as pessoas, animais e nosso meio ambiente", conforme definido pela Força-Tarefa da One Health Initiative (OHITF)” ( wikipedia.org) O direcionamento da Saúde Única entre a Saúde Humana e Saúde Animal, exige um intercâmbio de conhecimentos teóricos e práticos, muitas vezes distantes dos aprendizados acadêmicos, como exemplificado: “A moringa (Moringa oleifera) é uma planta medicinal e muito nutritiva com vários usos, como:Purificar água: A moringa pode ser usada para limpar e purificar a água de beber. Estudos indicam que as sementes da moringa podem ser usadas como agente coagulante em estações de tratamento de água, formando um lodo biodegradável.” Um ambiente mais amplo, ampliado entre essas duas citações antes citadas. Uma história recente. No ano de 2008 a OMS – Organização Mundial da Saúde e a OIE -Organização O termo Saúde Única foi instituído em 2008 pela Organização Mundial da Saúde (OMS); Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), tendo por objetivo maior a conscientização da Sociedade, na urgente necessidade de impulsionar procedimentos direcionadas à estabelecer de forma concreta e internacional, relacionados com a Saúde Animal, Saúde Humana e Saúde Ambiental. Já são passados dezesseis (16) anos, ou melhor, no ano já findo mês de janeiro foi instituído o DIA NACIONAL DA SAÚDE ÚNICA, que passa a ser oficialmente celebrado no mais findo ainda dia 3 de novembro. (Antes tarde do que nunca). Conceitua-se como um dos propósitos da Saúde Única a difusão da Saúde Humana, Animal (animais domésticos e selváticos) a Flora como um todo, englobando o Meio Ambiente em especial. A evolução da humanidade, desde os primórdios tempos, a convivência com os animais sempre foi tida como uma forma providencial de alimentos, (isso há 10.000 anos passados, na Mesopotâmia, daí a expressão animais domésticos -domestica animália-), ao mesmo tempo que o surgimento de algumas doenças especificas de animaia, passaram a afetar o ser humano. A princípio o número de doenças se restringia a pequenos núcleos populacionais, assim como o número causantes dessas anomalias da saúde. Na evolução do raciocínio aventou-se que se uma pessoas ficasse doente ela produziria uma substância que contaminaria outro seu semelhante. Trataram de dar um nome nessa substância: MIASMA. Gripe por exemplo. Já de outro lado a humanidade no seu processo de desenvolvimento progressivo, propiciou alterações significativas, representados por mutações e seleções naturais. Raiva. Contaminava cães. Cães contaminavam o homem. Processos? Os de sempre.
O contágio era compreendido como uma substância que, derivada do corpo do doente, passava de um indivíduo para outro, transmitindo a doença. Miasma era uma substância gerada fora do corpo que, espalhando-se por intermédio do ar, produzia a doença.
Desta maneira a sífilis, de homem a homem, e a raiva, do cão ao homem, eram exemplos típicos de moléstias transmitidas por contágio.
Adiantando no tempo estamos diante de algumas premissas coletivas em relação a SAÚDE ÚNICA, como : saneamento básico, em especial água limpa e livre de contaminantes – água potável -; qualidade do ar. A qualidade do ar é considerada ótima quando o Índice de Qualidade do Ar (IQAr) está entre 0 e 40, algo que a cidade de São Paulo apresente a pior qualidade mundial do ar e sem sombra de dúvidas os alimentos saudáveis e nutritivos. A grande impactante negativa se dão pelas mudanças climáticas, que de certa forma afetam a Saúde Única. E essas mudanças climáticas afetam de forma indiscriminada tanto a Saúde Humana como a Saúde Animal. Em suma afeta de forma direta a SAÚDE ÚNICA. E de forma contundente o Desenvolvimento Sustentável. A Medicina Veterinária na conjuntura dos fatos, não se restringe a significativa e necessária expertise das Clínicas e Hospitais Veterinários, ela se posiciona de forma contributiva no fabrico de vacinas, como por exemplo: “Os ovos SPF (Specific Pathogen Free) são ovos livres de agentes patogénicos específicos, utilizados para a produção de vacinas para humanos e animais, bem como para pesquisas científicas e diagnóstico” (google.com). Afora na produção de soro antiofídico a SAÚDE ÚNICA, tem na Medicina Veterinária a presença marcante na Equoterapia ou Hipoterapia focada em pacientes com atenção para necessidades especiais. Durante a pandemia – COVID-19 –a Medicina Veterinária na conjuntura dos fatos contribuiu de forma direta: Os cavalos foram inoculados com a proteína S recombinante do novo coronavírus. Depois de 70 dias, os plasmas dos equinos apresentaram anticorpos neutralizantes 20 a 100 vezes mais potentes. A SAÚDE ÚNICA, em que pese ter as autoridades sanitárias federais, definirem o conceito seguinte: “A Saúde Única é uma abordagem dada à saúde pública, com uma visão 'global multisetorial, transdisciplinar, transcultural, integrada e unificadora, que visa equilibrar e otimizar de forma sustentável a saúde de pessoas, animais e ecossistemas” é um conceito teórico muito bem apresentado. Faltam ações transversais.