MEDICINA VETERINÁRIA DE PRECISÃO NA PECUÁRIA DE CORTE. TÓPICO – II-

MEDICINA VETERINÁRIA DE PRECISÃO
NA PECUÁRIA DE CORTE.
TÓPICO – II-

2. MATRIZES BOVINAS. Podemos concluir que não só os touros tem o destaque merecido.
As matrizes das mais diversas raças e de acordo com o mercado, merecem destaque.
São fêmeas selecionadas via vários critérios, que podemos citar com: histórico reprodutivo; linhagem genealógica; habilidade materna.
São na realidade doadoras de material genético intrínseco, ou seja, com tendências majoritárias raciais, morfológicas, habilidade materna que serão transmitidas para futuras gerações.
Nesse tópico compreende-se que não só a matriz que recebe os cuidados referentes a aspiração, mas todo um complexo sistema que vai desde:
Análise do Genótipo e Fenótipo; Excelente padrão genético; Excelente índice de fertilidade; Ausência de alterações anatômicas da cervix; Total ausência de Patologias Ginecológicas; Excelente escore corporal, que de uma forma substancial é de responsabilidade profissional da (o) Médica Veterinária (o).
CONFINAMENTO.
Levando-se em conta o Brasil apresentam 240.000.000 de bovinos, desse total estima-se que de 7.000.000 a 8.000.000 bovinos se destinam ao sistema de confinamento.
A Medicina Veterinária de Precisão na Pecuária de Corte, se responsabiliza tecnicamente não só pela escolha e classificação dos bovinos a serem confinados, mas também pela ambiência, bem estar animal, conforto térmico, local seco e confortável, (levando em conta que um bovino confinado permanece entre 8 a 10 horas deitado), bem estar animal, ausência de poluição.
Afora essas responsabilidades, não se olvida da Sanidade Animal, provocada por agentes patológicos, afora as alterações nutricionais e alimentares. Cuide-se de acidentes provocado por traumatismo entre confinados. Sempre lembrando que a Administração do Confinamento não é de competência exclusiva da Medicina Veterinária, mas sim da somatória de ações que resultem em lucros para o confinador, obedecendo todas as Normas Ambientais e as Posturas Estaduais.
O saber da Medicina Veterinária de Precisão na Pecuária de Corte, não se prende ao exercício em si. Mas uma transversalidade a ser inclusa ao processo como um todo. Administração. Economia. Recursos Ambientais. Engenharia Agronômica.

3. RODUÇÃO INTENSIVA A PASTO.
Em um país continental como o Brasil, as nuances e formas diversificadas, de se produzir mais@ por hectare, os raciocínios se apresentam de formas muito variadas.
Em geral se configuram em sistemas definidos como: Sistemas de atividades específicas de Matrizes/Cria; Sistemas de Desmame e Pré-Engorda; Sistemas de Terminação e Engorda.
Rapidamente esses três (3) Sistemas, variam em si, na sua finalidade, tempo, recursos aditivos e ambientais.
Considerando sempre que se faz necessário que em cada um dos Sistemas, há de se considerar o fator tempo/fornecimento alimentar natural e aditivado; disponibilidade de material alimentar natural sem aditivado/tempo.
A moderna Agrostologia exige conhecimentos das condições de solo, sistema de chuvas, períodos de temperaturas variáveis durante o ano, uso alternado da área entre produção de grãos e pastagens e em especial qual o tipo de gramínea e leguminosa a ser absorvida, no sistema de Produção Intensiva a Pasto. Sempre lembrando que o simples fato de se fornecer alimento forrageiro, não corresponde a real necessidade de um planejamento direto a respeito da lotação de U.A./ Hectare/ Tempo de permanência na área. Dedução simples. Para se adotar esse sistema, se requer uma área onde a rotação de pastagens se fará presente. Considerando que lotação/U.A./ Hectare/Tempo/ Stand das plantas, definem o sucesso ou insucesso. Neste particular há de se contar com a transversal presença do Engenheiro Agrônomo que trará a definição exata do potencial instalado e o devido manejo.
Sempre lembrando que a Produção Intensiva a Pasto, tem um período definido da sua utilização econômica e ambiental em relação a sua utilização temporal.
O número de U.A. por hectare, está na dependência direta dos seguintes pontos. Traduzindo. Dependendo de alguns fatores como mercado, contrato de entrega, escala de abate, safra /entre safra, disponibilidade de matéria prima (animais destinados ao abate), peso médio do lote ou lotes. Esse tipo de produção não permite a presença de “ catireiros”.
Quando nos referimos em relação ao Sistema em si, não excluímos de forma alguma o manejo de se alimentar de maneira suplementar.
O mercado oferece uma gama de Sal Mineral Proteinado, que nada mais é que uma adição de proteínas, digamos na acepção da palavra verdadeira proteína de origem vegetal, como farelo de soja e algodão e uma fonte de energia representado pelo milho ou sorgo.
Em geral se adiciona um premix, representado por minerais macro, como Sódio, Cálcio, Fósforo, Magnésio, Enxofre. Além dos considerados como microminerais como: Manganês. Molibdênio, Ferro, Iodo, Zinco, Cobre, Selênio, Cobalto, Molibdênio.
Destaca-se a possibilidade de se fornecer ensilagem de milho.
Mais usualmente comum. Podendo no entanto se fazer uso de Sorgo Granífero, Sacarino e Forrageiro.
A Medicina Veterinária de Precisão na Pecuária de Corte, como anteriormente falamos está em determinadas fazes, inter-relacionada transversalmente com a Agronomia, em relação aos produtos advindos de conhecimentos plenos de culturas destinadas a alimentação de bovinos, assim como na implantação, condução e manejo. Sejam elas de culturas temporais ou de pastagens de verão (definitiva) e ou de inverno (região sul do Brasil).
Há de se considerar que na Medicina Veterinária de Precisão na Pecuária de Corte, exige conhecimentos técnicos de Nutrição Animal e Alimentação direcionados relativos ao crescimento, desenvolvimento e aptidão final em si.
Dependendo da faze, do momento específico e destino. Novilhas para reprodução; matrizes fornecedoras de óvulos, matrizes pré-parto, matrizes pós parto. Touros em crescimento, em estado de reprodução e coleta de material genético ou em estado destinado ao abate.
São exemplos da capacitação profissional da ou do Medica (o) Veterinária (o) inerentes a sua formação acadêmica.
Não se descuida da saúde animal, nomeadamente nas Patologias mais comuns aos bovinos confinados. A simples citação de algumas dessas ocorrências, não indica ou orienta aos leigos tomarem para si diagnosticar e receitar as devidas dosologias.

RASTREABILIDADE.
O ministro Roberto Rodrigues, em um evento promovido pelo Jornal Valor Econômico, falou muito declaradamente: A RASTREABILIDADE NÃO É CRIVEL. Fala do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A realidade dos fatos nos conduzem a uma só dedução. A Rastreabilidade em si, em termos de Brasil não passa de uma ação cadastral e sanitária. Nada mais que isso. Sem se prolongar o mencionado Certificado que hoje é emitido pelas empresas, carecem de uma análise mais aprofundada, a respeito do produto final.
As etapas de uma Certificação sequer são aventadas em si.
? Certificação da Propriedade como um todo;
? Certificação do Processo Produtivo;
? Certificação da Mão de Obra;
? Certificação das Instalações;
? Pré-Certificação
? Certificação do Produto Final;
Afora esses procedimentos, que devem fazer parte dos ditames do Inmetro, aditados as informações do MAPA, pode-se aventar que o produto final na mesa do consumidor está dentro do “minimum minimorum”.
Aventa-se ainda que possa vir a existir um tipo de procedimento relativo a Rastreabilidade, próprio do organismo adquirente.

Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.

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