Srs.
Em relação ao exposto, é sabido que ainda estamos engatinhando em termos de ofertarmos carne bovina, com Qualidade. Indicadores de exportações da ABIEC é algo que se pode considerar, uma vez que se adonou dos dados estatísticos e presta um serviço informativo relativo. Há de se considerar ainda que a pecuária bovina de corte contribui e em muito para o PIB, equivoca-se ao se considerar que só as exportações de carne são as grandes responsáveis por esta situação do PIB, há de se considerar ainda o consumo interno e todo o cluster pecuário bovino. A não citação das exportações de wet blue também fazem parte do contexto PIB, deve-se considerar ainda que no APL/PECUÁRIA BOVINA DE CORTE, os calçados fazem parte do contexto e que no ano de 2012, exportou U$ 1,09 bilhões.
Em relação à baixa lotação e rendimento por hectare, a culpa não cabe totalmente ao pecuarista e tão pouco aos técnicos, mas sim à falta de um sistema mais organizado. Analise-se da seguinte forma. A UNICA tem mais poder de influência, no balcão das negociações governamentais, do que qualquer outro representante do desordenado segmento produtivo. As perspectivas futuras em relação à pecuária bovina de corte não são brilhantes e tão pouco positivas. Nós ainda estamos muito longe de se igualar aos rebanhos bovinos para corte, do Uruguai e Argentina, em termos de Qualidade.
A realidade ainda está muito longe de se tornar satisfatória, se analisarmos que o Brasil é detentor de 117 milhões de hectares de pastagens degradadas, que deverão fazer parte do Sistema ILPF, voltaremos a ser um dos países com maior rebanho bovino, em termos numérico, mas muito aquém em termos de Qualidade. Dados estatísticos analisados demonstram uma realidade comparativa fria e cruel. Mas por sua vez não apresentam soluções plausíveis e exeguiveis. Programas do tipo ABC/RAD ou ABC/ILPF por certo trariam melhores benefícios não só à pecuária bovina de corte, como aos demais sistemas criatórios como a suinocultura, avicultura que por direito deveriam fazer parte dos dados estatísticos citados no trabalho. A sugestão seria de apontar não as exportações de carne bovina, mas sim as exportações de proteínas nobres de origem animal e por segmento.
Atenciosamente.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.