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Peletes - dureza e a durabilidade

Publicado: 25 de fevereiro de 2008
Por: Vitor
Queria perguntar porque quando fala da percentagem de finos, não os relaciona com os parâmetros durabilidade e dureza? È sabido que este dois factores, e em especial a durabilidade tem grande influência na quantidade de finos no produto final. Aliás estes dois parâmetros devem ser constantemente analisados no processo de fabrico e ajustados consoante o tipo de alimento a espécie e a idade a que se destinam. Porque, por exemplo, para uma ração de leitões de iniciação a dureza do produto é diferente da dureza de uma ração para reprodutores, no caso concreto, a ração de leitões deve ser de dureza branda, mas com um bom grau de durabilidade. Existem diferentes métodos para avaliar a dureza e a durabilidade das peletes. No que se refere a temperatura de granulação, em granuladoras convencionais dificilmente conseguirá atingir temperaturas acima dos 80ºC bem como é quase improvável que consiga alguma gelatinização do amido. Em rações com valores de proteína bruta acima dos 17 e amido acima dos 35, com temperaturas de granulação a partir dos 65ºC corre o risco de obter reacções indesejadas, sendo a mais comum a reação do escurecimento. Por exemplo em rações de leitões pré-starter a temperatura de granulação não ser superior a 62ºC. Penso que o efeito que a granulação tem sobre o controlo de microrganismos não é assim tão efectivo tendo em consideração a relação tempo/temperatura. Aliás se o processo de arrefecimento for mal conduzido, o que por vezes acontece, estamos a potenciar o risco de contaminações microbiologicas, especialmente de fungos. Um arrefecimento inadequado traduz-se por aumentos no teor de humidade no grão bem como na água disponível (aw) para o crescimento microbiano. Além disso pode trazer problemas no manuseamento do produto nos silos, como no caso da ração que fica agarrada dentro dos silos. De facto o processo de granulação é um processo muito complexo que se não for bem conduzido dará origem a produtos menos eficientes e de pior qualidade quando comparados á ração farinada. Mais vale uma ração farinda que uma ração mal granulada. E uma ração mal granulada não se avalia só pela quantidade de finos, mas por uma séries de factores, alguns deles já falados. Por último queria só mencionar que existem dois conceitos que são o FORMULA PELLET QUALITY FACTOR – FPQF –, e o FORMULA PRESS CAPACITY FACTOR – FPCF –. Estes dois parâmetros devem ser tidos em conta no momento da formulação das dietas pois dão uma ideia aproximada de como vai a fórmula se comportar em termos de granulação. Estes 2 parâmetros tentam avaliar a qualidade do grão em termos de dureza e a taxa de fluidez do alimento pela matriz de granulação. Existe uma escala de 0 a 10 que classifica as várias matérias-primas. Por exemplo o trigo tem um valor de FPQF de 8 enquanto que o Corn glúten feed tem um valor próximo dos 4. Existem muitos factores que podem e devem ser controlados antes durante e depois do processo de granulação.
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Vitor
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Jairo Melo
Jairo Melo
26 de febrero de 2008
Gostaria de saber a escala dos alimentos mais comuns na utilização de fabricação de rações, como: milho, farelo de soja, farinha de carne, refinazil, calcário (grosso, fino e extra-fino), farelo d trigo, farinha de peixe etc. Desde já, agradeço a atenção e cooperação dos senhores. Jairo Melo Zootecnista Área de atuação: Avicultura: Frangos de corte, Poedeiras, Avestruz, Codornas.
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Alisson Willian
Alisson Willian
16 de septiembre de 2009
Por que as rações que vão produtos lactatos são PELETIZADAS com menos de 80 graus ? Se alguém poder esclarecer essa minha dúvida eu agradeço.
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Duarte Santos
Duarte Santos
8 de diciembre de 2010
Aqui no Canada, ao longo de vários anos de experiência com rações peletizadas, floculadas e farinadas, chegou-se “QUASI” à conclusão que todos os processos são aplicáveis, com bôa margem de sucesso, desde que os parâmetros de fabricação sejam correctos e devidamente aplicados. As temperaturas necessárias a peletização poderão interferir com a qualidade dos elementos nutricionais, p.ex. aminoácidos, vitaminas, alguns ácidos gordos essenciais por outro lado o uso de “mini-peletes”, como no caso das primeiras rações de leitões poderá ter vantagens, talvez mais do mecanismo de captação pelo animal do que, própriamente, da disponibilidade do mesmo. Como os suinos têm um trânsito intestinal bastante rápido o uso de rações farinadas proporciona um nível de contacto enzima-substrato mais efectivo do que a ração peletizada. O tempo para hidrolizar uma pelete é, sem dúvida, algo para se considerar. Ainda que existam inúmeras sugestões que se podem trazer ao argumento, eu creio que qualquer dos processos pode ser considerado bom desde que o padrão de qualidade também o seja e que, a formulação das rações, seja feita tendo em vista a textura que irá ser usada.
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Gian Marcassa
Borregaard
9 de diciembre de 2011
A correta avaliação leva em consideração os dois pontos: Durabilidade de Pellet e Produção de Finos, já que ambas as características se complementam. Elevando a durabilidade teremos mais pellets inteiros e menor produção de finos, reduzindo os finos temos menos reprocesso, maior eficiência do resfriador e evitamos seletividade por parte dos animais. Estudos mostram que a redução de 10% de finos melhora a conversão alimentar em 2 pontos. Sem dúvida, no processo de peletização muito se fala, pouco se sabe.
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