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Uma nova forma de produzir ou uma nova forma de buscar um novo nicho de mercado? Parte IV

Publicado: 8 de outubro de 2013
Por: Romão Miranda Vidal, Médico Veterinário
Já falamos de como corrigir o solo em termos de acidez, da adubagem com elementos naturais que fogem do tradicional industrializado - NPK-, do não uso permitido da Uréia e das alternativas - Fixação Biológica de Nitrogênio – do uso das leguminosas, da necessidade de se proceder as análises de solo e até falamos mais uma vez dos benditos Protocolos, que seriam necessárias umas 200 folhas de papel sulfíte A4.
Faz-se necessário antes de prosseguirmos com alguns tópicos acima assinalados (Bem Estar Animal; Sanitários; Vermifugação; Combate a ectoparasitas e Dessendentação), falarmos a respeito das Certificadoras.
Em relação ao uso de medicamentos, não foge a regra o perfeito conhecimento aprofundado do Médico Veterinário que em consonância com o Engenheiro Agrônomo buscam na Fitoterapia a razão técnica dos princípios ativos e dos seus usos. Não foge a regra a Homeopatia.
Bem Estar Animal. Ultrapassadas as normas. Não se pode aplicar normas de Bem Estar específica para este ou aquele componente da propriedade. A regra não é de exceção. Entendo que Bem Estar Animal é o conjunto da somatórias de fatores totais, existentes em uma propriedade, que venha a permitir aos animais fazerem uso de todos os equipamentos necessários para o seu perfeito desenvolvimento e normal convivência, dentro de um ambiente o mais próximo possível do natural e com total obediência e respeito à vida. O Bem Estar Animal na Propriedade como um todo, está a nova postura global. Sepulta-se o egocentrismo Bem Estar Animal para este ou aquele tipo de equipamento relacionado com aquele tipo de exploração. Ar acondicionado na sala de ordenha? E na casa do funcionário que ordenha as vacas? Água em abundância e segura para os bovinos de corte. As caixas de água das casas dos funcionários não são limpas há mais de ...anos. O Bem Estar Animal na Propriedade deve ser entendido como um todo e não isolado.
Ao se falar em Dessendentação, não é aquela coleção de água barrenta, contaminada que se coloca à disposição dos animais. Há de se exigir o cumprimento de Normas Sanitárias específicas, que passam pela proteção das vertentes (minas e olhos d´água), fornecimento continuo de água, disposição dos bebedouros em relação ao número de animais (centímetros lineares/u.a).
TÓPICO –II-
CERTIFICADORAS E CERTIFICAÇÕES
O que se entende por CERTIFICADORA?
Avaliação de um determinado processo, sistema ou produto, segundo normas e critérios, que visa a certificar o cumprimento dos requisitos, conferindo ao final um certificado com direito de uso, de uma marca de conformidade, associada ao produto ou imagem institucional se os requisitos estiverem plenamente atendidos. Isto segundo o entender da Embrapa. 
Não vamos entrar no mérito da questão. Existem tremendas controvérsias e desinformações mil a respeito do que é uma Certificadora e o que se entende por Certificação. E para complicar ainda mais quais os passos a serem seguidos – Tracking? Ou Tracing? E ainda mais. Certifica-se o Sistema de Produção (Protocolos); Certifica-se o estabelecimento (Unidade produtora); Certifica-se o Produto? Todos ou só um? Qual deles? Produção? Estabelecimento? Produto final? Na realidade o que se tem hoje em termos de Brasil são obediências ao Codex Alimentarius. E quando se trata de Produção Orgânica, em termos de Brasil há de se considerar da exigência e existência de um Diploma Legal que, ao ser encarado e apreciado internacionalmente, possa ser aceito.
Vejamos;
ORGÂNICO BRASIL
A lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003, regulamenta a produção de orgânicos no Brasil, a partir daí o registro do produtor orgânico junto ao Ministério da Agricultura , através do SisOrg, é obrigatório.
A Santec (*)aplica as normas brasileiras para praticamente todos os produtos agrícolas.
JAS -JAPANESE AGRICULTURAL STANDARD
É a norma Japonesa para as diretrizes de produção, processamento, rotulagem e marketing de produtos orgânicos que foi aprovada pelo Codex Alimentarius.
A Santec está credenciada a conceder o uso do logotipo JAS Orgânico nos produtos produzidos ou fabricados em conformidade com essas normas.
USDA ORGANIC
Programa Norte Americano de Orgânicos ( NOP –National Organic Product ) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, desenvolve, implementa e administra critérios para produção, manuseio e normas de rotulagem.
Certificando produtos orgânicos para o mercado da União Européia (EEC 2091) e EUA (NOP USDA Organic), a SANTEC representa com exclusividade no Brasil a certificadora FOODSAFETY.COM.AR
(*)A SANTEC AUDITORIAS E CERTIFICAÇÕES representa com exclusividade, no Brasil, reconhecidas certificadoras internacionais tais como: PrimusLabs.com, LSQA-Latu System Quality Austria, CPS, National Britannia, Food Safety, entre outras.
Foi fundada em março de 2000, mas sua origem é vinculada à AGTEC, fundado em 1963, em Recife.
GLOBALGAP é a associação global para uma agricultura segura e sustentável, criada por 24 grandes redes de supermercados que operam em diferentes países da Europa
EUREPGAP. Outro sistema organizado com a finalidade de unificar prodecimentos de produção, obedecendo parâmetros técnicos de Qualidade, Ambiental e Segurança Alimentar. Com um pequeno detalhe: só alimentos vegetais.
No caso específico – Pecuária Orgânica ou Nova Forma de Buscar um Nicho de Mercado, que o tema deste trabalho, cito:
“Segundo Vidal (2004), para a exportação dos produtos brasileiros, os produtores tiveram que adotar certas medidas como: sanidade, freqüência, assiduidade, possibilidade de aquisição, respeito aos hábitos alimentares regionais, valorização do produto regional, qualidade, origem e métodos empregados no sistema produtivo, transporte, conservação, embalagens e estocagem, pois os mercados importadores fizeram tais exigências.
Para isso, os agropecuaristas passaram a se interessar em melhor gerir suas propriedades e adotar sistemas de gestão empresarial. Daí o surgimento de grandes complexos agroindustriais, o surgimento dos consórcios e integrações de produtores evoluíram de tal forma que se permitiu a obtenção de alimentos quase que de forma excedente”.(**)
(**)A RASTREABILIDADE NA BOVINOCULTURA DE CORTE -ASPECTOS FACILITADORES E LIMITADORES SOB A ÓTICA DO PRODUTOR RURAL
ELERI HAMER; JAQUELINI GOULART SCHMITZ; JUAREZ ORSOLIN.
CESUR/FACSUL, RONDONÓPOLIS, MT, BRASIL.
APRESENTAÇÃO ORAL SISTEMAS AGROALIMENTARES E CADEIAS AGROINDUSTRIAIS. A RASTREABILIDADE NA BOVINOCULTURA DE CORTE -ASPECTOS FACILITADORES E LIMITADORES SOB A ÓTICA DO PRODUTOR RURAL-.
XLV CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL – 22 A 25 DE JULHO DE 2007, UEL-LONDRINA-PR-.
(VIDAL, Romão Miranda. Considerações a respeito da segurança alimentar e a agropecuária).
Finalizando.
A Pecuária Orgânica difere da Pecuária Boi Verde.
Denominações que se definem de forma mais didática e pedagógica da seguinte forma:
Uma nova forma de produzir ou uma nova forma de buscar um novo nicho de mercado? Parte IV - Image 1
Isto posto, são no nosso entender algumas breves e resumidas anotações a respeito da Pecuária Orgânica.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal 
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