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Efeitos associativos da energia em dietas não limitantes em proteína degradável no rúmen

Publicado: 9 de março de 2011
Por: Harold Ospina Patino (Zootecnista. M.Sc., D.Sc. Universidade Federal de Rio Grande do Sul - UFRGS); Medeiros, F.S., A.L.F. Silveira, M. Knorr;G.M. Mallmann
RESUMO
Foi realizado um experimento convencional dedigestibilidade e consumo para avaliar o efeito deníveis crescentes de suplementação com milhomoído em uma dieta baseada em feno de azevém(Lolium multiflorum) (5,87% de proteína bruta;66,23% de fibra em detergente neutro) fornecidoà vontade sobre o consumo de matéria orgânicadigestível e aparecimento de efeitos associativos.Os tratamentos avaliados foram: SM: feno + 0,2%PV de farelo de soja e minerais; BM: SM+ 0,4% PVde milho; MM: SM + 0,8% PV de milho e AM: SM +1,2% PV de milho. Os tratamentos foram ajustadoscom a inclusão de uréia para que a relação entreo consumo de proteína degradável no rúmen e oconsumo de matéria orgânica digestível não fosselimitante (CPDR:CMOD). Foram utilizados 8 novilhosAngus, castrados, com idade aproximada de 12meses, peso médio de 260 kg, num delineamentocompletamente casualizado. A relação quadráticaobservada entre o nível de suplementação commilho e a digestibilidade da matéria orgânica,associada ao aumento linear no consumo dematéria orgânica resultaram em um aumento linearno CMOD. A resposta linear obtida para o CMODevidenciou a maior importância do consumo dematéria orgânica em relação a digestibilidade comoexplicação para as respostas produtivas. 
INTRODUÇÃO
Sob condições de pastejo, o principalfator limitante do nível de produção embovinos de corte é a disponibilidade deenergia (Minson, 1990). Alguns trabalhostêm mostrado que a suplementação comalimentos energéticos melhora o aproveitamentodas pastagens e o desempenho dosanimais (Bodine e Purvis II, 2003). Porém,dados de pesquisa têm demonstrado que autilização de suplementos energéticos, for mulados com alimentos ricos em amido,geram alterações no ambiente ruminal queprejudicam a disponibilidade de nutrientesmetabolizáveis (Chase e Hibbert, 1987) e,portanto, o desempenho dos animais, especialmenteem situações onde são utilizadosvolumosos de média e baixa qualidade,sendo estas respostas conhecidas comoefeitos associativos.Os efeitos associativos negativos,geralmente, estão associados a alteraçõesdo ambiente ruminal, que influenciam negativamentea atividade dos microrganismoscelulolíticos e o aproveitamento da fibracontida nos volumoso (Mould et al., 1983).
Um outro fator importante a ser consideradona explicação dos efeitos associativosda suplementação energética é a otimizaçãodo ambiente ruminal quanto ao suprimentoe relações entre nutrientes chaves para ocrescimento microbiano (amônia, peptídeos,aminoácidos, minerais, etc.) (El-Shazly, etal., 1961). Neste sentido, Klevesahl et al.(2003) mostraram que a adequação dadisponibilidade e relação de nutrientes anível ruminal pode reverter os efeitosassociativos negativos da suplementaçãoenergética. Contudo, ainda existem algumasdúvidas quanto ao nível de suplementaçãoque, sob condições de um adequadosuprimento de proteína degradável no rúmen(PDR), permita maximizar o consumo deenergia e, portanto, o desempenho animal. 
Este trabalho teve por objetivo avaliar aresposta animal, medida em termos de consumode matéria orgânica digestível da dieta,frente a níveis crescentes de suplementaçãoenergética, sob condições onde adisponibilidade de PDR não foi um fatorlimitante. 
MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi realizado nos laboratóriosde Nutrição de Ruminantes (LANUR) e deNutrição Animal Prof. Dulphe PinheiroMachado, ambos pertencentes ao Departamentode Zootecnia da UFRGS, no período de 13 de outubro a 14 de dezembro de 2003.Foi conduzido um ensaio convencionalde digestibilidade e consumo. Os tratamentosavaliados consistiram na suplementaçãode níveis crescentes de milho, através dasdietas definidas a seguir: SM- feno de azevém+ suplemento protéico e minerais; BM -SM+ 0,4% do peso corporal (PC) de milho moído; MM - SM + 0,8% PC de milho moído ; AM- SM + 1,2% PV de milho moído. 
Os suplementos foram formulados paraapresentar uma relação entre o consumo deproteína degradável no rumem e o consumode matéria orgânica digestível (CPDR:CMOD) de aproximadamente 13%, conformeo NRC (1996) preconiza para a otimizaçãodo ambiente ruminal. A formulação dossuplementos foi feita utilizando-se umaquantidade fixa de farelo de soja por animal(0,2% PV) e níveis crescentes de uréia emilho moído além de minerais. O volumosoutilizado foi feno de azevém (Lolliummultiflorum) em estádio de floração plenacuja composição média é apresentada juntocom a dos suplementos na tabela I.Foram utilizados 8 novilhos da raçaAngus, com idade aproximada de 12 meses,pesando em média 260 kg. Previamente aoinicio do experimento, os animais foramadaptados ao consumo de uréia e concentradoenergético e receberam aplicação decomplexo vitamínico ADE injetável eendectocida. 
Os animais foram alocados aleatoriamentea gaiolas metabólicas individuais dotadasde bebedouros automáticos e cochosseparados para volumoso e suplemento.Cada período experimental teve uma duraçãode 16 dias, sendo 10 dias de adaptação e 6dias de coleta total de fezes e determinaçãodo consumo voluntário sendo nesta últimafase fornecida uma quantidade de feno suficientepara que as sobras fossem de pelomenos 15% da oferta diária (Rymer, 2000). 
Durante os três dias intermediários daFase II do experimento de digestibilidade econsumo voluntário, amostras de fezes deaproximadamente 250 g foram coletadas diretamente do reto dos animais as 8:30 e16:30 h. Estas amostras foram pesadas e seupeso adicionado à produção fecal total. Asamostras foram imediatamente homogeneizadase sub-amostradas em 25 g. Estassub-amostras foram então misturadas a 50ml de água destilada e deixadas em repousopor 20 minutos, quando então foram realizadasas leituras do pH com aparelho digital,com eletrodos para pH e temperatura. 
Os coeficientes de digestibilidade aparenteda matéria orgânica, FDN, celulose ehemicelulose foram calculados conformeproposto por Rymer (2000). O coeficiente dedigestibilidade verdadeira da matériaorgânica foi calculado subtraindo-se doconsumo de matéria orgânica a excreção defibra em detergente neutro livre de cinzas,sendo este resultado dividido pelo consumode matéria orgânica (Mulligan et al.,2001). A digestibilidade da matéria orgânica dofeno foi calculada, descontando-se aindigestibilidade (100 -% NDT) assumidados suplementos, com base nos valoresobtidos para o milho por Ospina et al. (2003)e para o farelo de soja e uréia do NRC (1996),da produção fecal de matéria orgânica, sendoeste resultado subtraído do consumo dematéria orgânica do feno e dividido pelomesmo segundo metodologia utilizada porBodine et al. (2001). A excreção fecal metabólica,em matéria orgânica, como percentagemdo PC, foi calculada subtraindo-se aexcreção fecal de FDN livre de cinzas daexcreção fecal total. O resultado foi entãodividido pelo CMO, para ser apresentadocomo percentagem deste, dada a proporcionalidadedas frações (Van Soest, 1994). 
As análises laboratoriais de MS, MO,LDA e PB foram realizadas segundo AOAC(1995). As determinações de FDN das sobras,feno, suplementos e fezes foram realizadassegundo Van Soest e Robertson (1985), sendo suplementos e fezes analisadoscom a adição de amilase.
Tabela I. Composição dos suplementos utilizados em cada tratamento, nível de ofertaexpresso em percentagem do peso corporal (% PC, em base úmida) e composição químicamédia do feno e dos suplementos utilizados, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB),equivalente protéico em nitrogênio não protéico (EPNNP), fibra em detergente neutro(FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e lignina em detergente ácido (LDA). (Supplementcomposition in each treatment, supplementation level (% BW as feed) and chemical composition of thehay and supplements, organic matter (MO), crude protein (PB), protein equivalent in non protein nitrogen(EPNNP), neutral detergent fiber (FDN) acid detergent fiber (FDA) and acid detergent lignin (LDA)). 
Efeitos associativos da energia em dietas não limitantes em proteína degradável no rúmen - Image 1
O experimento foi conduzido em umdelineamento completamente casualizadocom 2 repetições por tratamento em 3 períodose submetidos a análise de variânciasegundo o seguinte modelo matemático: 
Yijk= μ + Ti + Pj + (TP)ij+ εijk
Onde:
Yjk= k-ésima observação no i-ésimo tratamento eno j-ésimo período;
μ= efeito médio;
Ti= efeito i-ésimo tratamento (i=1, 2, 3, 4);
Pj= efeito do j-ésimo período (j=1, 2);
TPij= efeito da ij-ésima interação entre tratamentoe período;
ε ijk= k-ésimo erro associado a ij-ésima observação. 
Posteriormente, os resultados foramsubmetidos à análise de regressão linearconforme o seguinte modelo matemático: 
Yij= μ + β1Ti + β2Ti2 + β3Ti3 + εijk 
Onde: 
Yik= k-ésima observação associada ao i-ésimotratamento;
μ= efeito médio;
β1Ti= regressor associado ao efeito linear dotratamento;
β2Ti2= regressor associado ao efeito quadrático do tratamento; 
β3Ti3= regressor associado ao efeito cúbico do iésimotratamento; 
εij= j-ésimo erro associado a i-ésima observação. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A inclusão de níveis crescentes de milhona dieta produziu um efeito quadrático(p<0,01) sobre os coeficientes de digestibilidadeaparentes da matéria orgânica(DMO), sendo a máxima DMO obtida(66,11%) no nível de suplementação de 0,59%PC de milho (figura 1a).A suplementação de animais consumindovolumoso de média e baixa qualidadecom carboidratos rapidamente fermentáveisgeralmente resulta em efeitos negativossobre a digestibilidade da fração fibrosa(Chase e Hibbert, 1987). Freqüentementeestas respostas são atribuídas exclusivamentea aspectos relacionadas com adepressão do pH ruminal, apesar de algunstrabalhos terem mostrado que a manutençãoartificial do pH ruminal não reverteu osefeitos negativos da suplementação energéticasobre a digestibilidade da fibra (Mouldet al., 1983). Alternativamente, algunstrabalhos de digestibilidade in vitro e invivo têm demonstrado que a adição denitrogênio rapidamente degrádavel norúmen atenuam a depressão na digestão dafração fibrosa da dieta (El-Shazly et al., 1961; Bodine e Purvis II, 2000; Klevesahl etal., 2003) 
Efeitos associativos da energia em dietas não limitantes em proteína degradável no rúmen - Image 2
Figura 1. Regressão relacionando o coeficiente de digestibilidade aparente da matériaorgânica da dieta (DMO) e da matéria orgânica do feno (DMOfeno), expressas em percentagem(%) e o nível de suplementação com milho, expresso em percentagem do peso corporal (%PC). (Linear regression of diet apparent organic matter digestibility and hay organic matter digestibilityexpressed in percentage (%) and the level of corn supplementation, expressed in percentage of bodyweight (%BW)). 
O nível de suplementação com milhoafetou de forma quadrática a digestibilidadeda matéria orgânica do feno (DMOfeno)(figura 1b) entretanto, para os níveis desuplementação de até 0,8% PC só foramobservados pequenas depressões na DMOfeno (4,7 pontos percentuais). Estes resultadossão similares aos observados emtrabalhos onde dietas com adequadosuprimento de PDR foram suplementadascom níveis moderados de carboidratosrapidamente fermentáveis, sem que fossemdetectados efeitos significativos sobre adigestão da forragem (Bodine et al., 2001;Klevesahl et al., 2003).Níveis crescentes de milho deprimiramlinearmente a digestibilidade da fibra emdetergente neutro (DFDN= -5,52 Nível +56,79; R2= 0,63, epe= 1,96; p<0,01) ; sendoque a cada 1% PV de milho incorporado adieta, a DFDN foi reduzida em 5,5 pontospercentuais, ocasionando uma redução deapenas 6,2 pontos percentuais para o maiornível de suplementação. As reduções observadasna DFDN concordam com os resultadosencontrados em outros trabalhos(Garcez-Yépez et al., 1997) e foram inferioresaos resultados reportados por Goetschet al. (1991). 
Dos componentes da parede celularaquele que sofreu a maior depressão nadigestibilidade foi a hemicelulose, pois acada aumento de 1% PV de milho moídoincorporado a dieta, esta foi diminuída em15,6 pontos percentuais (DHEMI= -15,63Nível + 74,27; R2=0,84, epe= 3,15; p<0,01)enquanto a celulose foi reduzida em apenas3,40 pontos percentuais (DCEL= -3,40 Nível+ 63,05; R2=0,36, epe= 2,10 ;p<0,01). A maiordepressão na digestibilidade da hemicelulosepode ser explicada pelo fato que ospolissacarídeos que a constituem seremsensíveis à hidrólise ácida no abomaso eduodeno, sendo mais afetados por elevaçõesnas taxas de passagem do que acelulose, a qual apresenta maior parte de sua digestão total no compartimento ruminal(Merchen e Bourquin, 1994). 
Apesar do nível de suplementação terpropiciado um aumento linear no consumode matéria orgânica (y= 0,62x + 1,82, R2 =0,73; epe= 0,17, p<0,01) isto ocorreu às expensasde uma diminuição linear no consumode matéria orgânica do feno (CMOfeno)(figura 2), sendo o coeficiente de substituiçãoigual a 0,38 (a cada 1 kg de milhoconsumido, o CMOfeno foi reduzido em0,38 kg), revelando efeitos associativos dotipo substituição-adição. Os efeitos associativosobservados quando uma forragem ésuplementada estão na dependência daqualidade da forragem, e maiores coeficientesde substituição são observados à medidaque a qualidade da forragem aumenta(Moore et al. 1999).
Entretanto, Dixon eStockdale, (1999) destacam que a magnitudedos efeitos associativos observados estariamais ligada ao consumo da forragemfornecida do que a sua digestibilidade, pois,em situações onde o volumoso é de baixaqualidade, o principal limitante ao consumoseria o enchimento ruminal e a adição desuplementos ricos em grãos traria poucoefeito sobre ele, permitindo um maior CMO.O consumo de matéria orgânica digestível(CMOD), além de ser uma variável queintegra os dois principais componentes dovalor nutricional de um alimento (consumoe digestibilidade), está estreitamentecorrelacionada com o consumo de energia.No presente trabalho, o CMOD aumentoulinearmente com o fornecimento de níveiscrescentes de milho no suplemento e cadaaumento de 1% PV de milho suplementadopropiciou um incremento de 16,46 g deCMOD/UTM (figura 2b).O incremento linear do CMOD observadocom níveis crescentes de suplementaçãoenergética foi propiciado pelos maiores incrementosobservados no CMO, uma vezque houve depressões significativas sobrea DMO da dieta nos maiores níveis desuplementação, porém de magnitude insuficientepara causar prejuízos sobre o CMOD, obtido, provavelmente, pelos níveis adequadosde PDR na dieta. Isto pode serexplicado pelo fato do consumo de matériaseca ser responsável por 60 a 90% dasrespostas em consumo de energia, enquantoa digestibilidade responde por apenas 10 a40% dessa variação (Mertens,1994).  
Efeitos associativos da energia em dietas não limitantes em proteína degradável no rúmen - Image 3
Figura 2. Regressão relacionando os valores observados de consumo de matéria orgânicado feno (CMOfeno), expresso em percentagem e de matéria orgânica digestível (CMOD)expresso em gramas por unidade de tamanho metabólico (g/UTM) e o consumo de matériaseca de milho (CMS milho) expresso em percentagem do peso corporal (%PC). (Linearregression of observed hay organic matter intake expressed in percentage of body weight (%BW) anddigestible organic matter intake, expressed in grams per metabolic body units (g/UTM) and corn dry matterintake, expressed in percentage of body weight (%BW)). 
O pH fecal diminuiu de forma linear(p<0,01) com o aumento dos níveis desuplementação com milho, podendo ser umindicativo da passagem de maiores quantidadesde alimento potencialmente digestívelpara fora do ambiente ruminal (tabela II).Paralelamente, foi observada repostaquadrática na excreção fecal metabólica(EFM), expressa como percentagem do consumode MO (p<0,01). Níveis de suplementaçãocom milho entre 0,8 e 1,2% do PCaumentaram a EFM entre 17 e 70% em relaçãoao tratamento sem suplementação, consistentementecom baixos valores de pH fecal.Isto pode indicar uma intensa atividadefermentativa no intestino grosso, com aconcomitante produção de proteína microbiana(EFM), a qual é perdida pela via fecal.Bodine e Purvis II (2003) observaramelevação no pH fecal quando os animais,suplementados com um nível fixo de concentradoenergético, receberam uma dietabalanceada com níveis adequados de PDR,sugerindo que o adequado balanceamentoda dieta poderia favorecer a digestão ruminal,fazendo com que menores quantidadesde material não digerido deixassem o rúmen. 
Efeitos associativos da energia em dietas não limitantes em proteína degradável no rúmen - Image 4
CONCLUSÕES
Níveis adequados de PDR na dietapermitem que a suplementação com milho até níveis de 0,8% PC produza apenaspequena depressão sobre a digestibilidadedo volumoso e aumento no consumo dematéria orgânica digestível. 
BIBLIOGRAFIA
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Harold Ospina Patino
Universidad Federal Do Rio Grande do Sul UFRGS
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Harold Ospina Patino
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20 de febrero de 2012

Mario, gostaria de te lembrar que ao desmame (210 dias ) o bezerro é um ruminante funcional. Considero que em sistemas extensivos de produção a suplementação tem que ser encarada com uma ferramenta nutricional estratégica para otimizar o rúmen e permitir um melhor aproveitamento da forragem. Se o valor nutritivo da forragem é muito baixo e se tem pouca disponibilidade do mesmo (kg MS/ha) a suplementação pode ajudar a atingir metas de produção almejdas pela empresa (kg bezerro/ha). A pesar de saber que dentro das categorias animais de gado de corte o bezerro é o melhor conversor de alimento em carne, também é certo que a rentabilidade nos sistemas extensivos de produção depende da otimização no uso das pastagens, via de regra fugindo da susbtituição de pasto por suplemento

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Mário Pinto Furtado
19 de febrero de 2012

Bezerros desmamados apresentam apresentam uma exigência maior do que os animais adultos devido sua capacidade digestiva não esta totalmente desenvolvida e a dependência nutricional para o crescimento corporal. A suplementação nesta fase de vida é fundamental num sistema extensivo de produção onde a qualidade da pastagem cai muito com avanço do ciclo. Que tipo de suplementação seria ideal, somente para garantir a mantença ou para evolução de um ganho compensatório.

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Harold Ospina Patino
Universidad Federal Do Rio Grande do Sul UFRGS
Universidad Federal Do Rio Grande do Sul UFRGS
17 de febrero de 2012

Mario:
A suplementação com milho em condições de pasto de baixa qualidade tende a diminuir o consumo de materia orgânica digestível (leia-se energia metabolizável). Este efeito associativo de depressão no consumo e na digestibilidade é uma consequência de alterações no ambiente ruminal que prejudicam o trabalho das bactérias celulolíticas. A oferta de suplemementos energéticos potencializa o crescimento de bacterias amilolíticas que apresentam uma maior taxa de crescimento do que as bactérias celulolíticas, consumindo o pouco nitrogênio degradável disponível no rúmen. Nestas condições é de fundamental importância equilibrar a oferta de Nitrogênio degradável no rúmen e trabalhar com níveis moderados de suplementação.

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Mário Pinto Furtado
17 de febrero de 2012

Gostaria de saber sobre suplementação a base de milho para bezerros desmados submetidos a pastagens que perdem qualidade com o avanço do ciclo. Considerando a redução da digestibilidade da forragem com aumento da fibra e o baixo teor da proteina bruta, consequentemente redução a ingestão da forragem e menor eficiência do aproveitamento do NDT(energia) do milho. Obrigado.

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Mário Pinto Furtado
17 de febrero de 2012

Gostaria de saber sobre suprimentação a base de milho para bezerros desmados submetidos a pastagens que perdem qualidade com o avanço do ciclo. Considerando a redução da digestibilidade da forragem com aumento da fibra e o baixo teor da proteina bruta, consequentemente redução a ingestão da forragem e menor eficiência do aproveitamento do NDT(energia) do milho. Obrigado.

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Andre Oliveira
Provimi
16 de diciembre de 2011
Gostei muito do artigo. Seria interessante saber o efeito sobre a quantidade diária de MS ingerida por animal por dia. Suspeito que o efeito associativo de que fala tenha muito que vêr com o aumento da taxa de passagem da MO pelo tracto digestivo.
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