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A rastreabilidade dos produtos agropecuários do Brasil destinados à exportação

Publicado: 9 de maio de 2012
Sumário
INTRODUÇÃO O Brasil representa hoje uma das maiores potências mundiais do agronegócio, destacando-se como grande produtor e exportador de diversos produtos agrícolas. O agronegócio brasileiro foi responsável pela exportação de US$ 22,37 bilhões no período de janeiro a setembro de 2003, apresentando um aumento de 24,6%...
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Autores:
Dr. Iran José Oliveira da Silva
USP -Universidade de São Paulo
USP -Universidade de São Paulo
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Romão Miranda Vidal
9 de mayo de 2012

Infelizmente este artigo deverá ser publicado dentro de uns 15 a 20 anos futuros. Não é a realidade que o Brasil vive.Excelente na sua integra mas pecaminoso na sua essência de aplicação prática. Antes de Certificar um produto,seja ele qual for, necessário se faz Certificar Sistemas Produtivos. Por exemplo. Qual das ditas "certificadoras" tem competência para monitorar a ISO 26000? Ou ainda.Qual destas "ceertificadoras" saberia responder se a ISO 26000 Certifica ou Não? Colocar brincos, microchips, isto é coisa nascida e urdida dentro do MAPA para beneficiar segmentos. Para Certificar se faz necessário a adoção de no mínimo 19 Protocolos Técnicos, onde a presença multidisciplinar se faz necessária. Informar o número da partida, da data de vencimento, da marca da vacina, do nome do laboratório, do nome do vendedor da vacina, são funções assemelhadas à um Despachante de Trânsito Uma das razões que nos leva a duvidar do que se entende por Rastreabilidade não é exatamente o que o nobre autor cita. Infelizmente ou felizmente o Dr. Antonio Carlos Lirani não deve ter lido este artigo... Nós modestamente sempre batemos e com muita força no MAPA/SISBOV. Se o autor conseguir ler o que estava escrito naquela fatídica Instrução Normativa de 01 de janeiro de 2002 verá da falta de preparo de quem a editou ou da equipe de incompetentes que auxiliaram a elaborá-la.Mas vamos refrescar a memória: Objetivo. Identificar, registrar,monitorar, individualmente todos os bovinos e bubalinos nascidos no Brasil ou importados. Naquele ano o Brasil deveria ter um rebanho na ordem de 120.000.00 de Unidades Animais.O Brasil possui 5.560 municípios e praticamente em todos eles existem bovinos em sua maior parte. O custo estimado à época era de R$ 5,00 por unidade identificada o que representaria uma fatura de R$ 600.000.000,00 direto para os bolsos das "certificadoras" isto sem contar com as taxas de serviços prestados que na época deveria ser da ordem de R$ 3,00 ou seja, mas R$ 360.000.000,00. Sabe o que isto significa? ESTELIONATO, PURO 171. E pergunto daquelas "certificadoras" quantas restaram? Ou ainda das propriedades "certificadas" quantas ainda permanecem? Falar em EurepGap em um pais que ainda não tem consolidado sequer Zonas de Excelência em Pecuária de Corte, que não tem uma Norma, repito uma Norma sequer um Comitê que trate a respeito de Pecuária de Corte. As "certificadoras, o SISBOV/MAPA sequer sabem o que vem a ser uma Norma.
Vamos contribuir para eliminar a ignorância: "Norma é o documento técnico que estabelece as regras e características mínimas que determinado produto, serviço ou processo deve cumprir., permitindo uma perfeita ordenação e a globalização dessas atividades ou produtos. As Normas são fatores vitais para que a evolução tecnológica nacional acompanhe com sucesso o processo de globalização mundial. Com as normas, é possivel trabalhar com um padrão tecnológico, pois elas permitem que haja consenso entre produtores, governo e consumidores. Isso facilita o intercâmbio comercial e aumenta a produtividade e as vendas não só no mercado interno como também no mercado externo, pois ficam eliminadas as barreiras técnicas criadas pela existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países.
As Normas Técnicas propiciam o correto suprimento das necessidades práticas dos produtores e consumidores e são fundamentais para a eliminação de desperdícios de tempo, matéria-prima e mão-de-obra, o que resulta em crescimento do mercado, melhoria da qualidade e redução de preços e custos, fatores que alimentam o ciclo motor do desenvolvimento social.
No Brasil, as atividades de Normalização precisam ser intensificadas em rítmo acelerado, não só pelo crescente desenvolvimento do mercado, como para atender às exigências do Comitê Técnico OMC ? Organização Mundial do Comércio"

Portanto meu caro autor, parabéns pelo seu esforço, muito bem escrito, uma didática fabulosa, excelente ilustração, mas quando o assunto é Rastreabilidade sou partidário do Ministro Roberto Rodrigues, que na sua gestão teve a moral e a coragem de afirmar, enquanto Ministro:O modêlo de Rastreabilidade adotado no Brasil é FAJUTO E NÃO CRÍVEL.
Meu caro autor, nós militamos há mais de 10 anos comentando, palestrando, participando de grupo de estudos e pouco o quase nada mudou. Estamos em termos de Rastreabilidade e Certificação,muito, mais muito longe do ideal. Para quem viu como eu sacos e sacos de brincos amarelos na plataforma de frigoríficos, para serem colocados à posteriori nos bois, para serem classificados para exportação, não precisa dizer mais nada. Mas concordo com o Ministro Roberto Rodrigues: O modêlo de Rastreabilidade adotado no Brasil é FAJUTO E NÃO CRÍVEL.
Assim como são Fajutos e não Críveis as "certificadoras".
Mais uma vez parabéns pelo excelente trabalho.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.

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Joseir Monteiro
Laboratorios Microsules
9 de mayo de 2012


Prezado Dr. Iran José Oliveira

Fica bem claro que, SISBOV foi uma forma encontrada pelo MAPA para identificar o rebanho bovino e bubalino brasileiro, visando garantir a rastreabilidade dos animais e manter as exportações da carne bovina, principalmente para a União Européia, reforçando assim o controle sanitário animal e a segurança do produto final.
Sendo assim a intenção do sistema é garantir a qualidade sanitária da carne brasileira e de gratificar financeiramente aqueles que aderiram ao sistema.
É totalmente equivocado termos como exemplo o sistema de identificação dos países europeus , pois ele foi desenvolvido para realidades totalmente diferentes. Pois todos sabem que naquele continente, as propriedades são em menor quantidade e menor área, quando comparadas às brasileiras e também o rebanho é muito inferior ao rebanho brasileiro. Isso faz com que a identificação nesse local seja facilitada, devido à menor quantidades de cabeças e aos pesados subsídios governamentais.
O fato de alguns produtores não aderir sistema esta ligada a vários fatores tais como: sócio-cultural, falta de visão empresarial, e falta de incentivos por parte do governo, e isso fazem os produtores acreditarem que não há necessidade neste tipo de inovação, levando os mesmo a um sério mal entendido e resistência.

Parabéns pelo excelente artigo.....

Dr.Joseir Monteiro
LABORATÓRIO MICROSULES DO BRASIL LTDA.

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Romão Miranda Vidal
9 de mayo de 2012

Meu caro Dr.Iran.
Ainda temos que considerar que para Certificar algum produto (no caso bovinos de corte), temos que Certificar - Sistemas de Produção- . Uma vez Certificado o Sistema de Produção, temos que Certificar a Propriedade e então passaremos a Certificar o Produto. O que na realidade no Brasil não se faz.. Primeiro não temos Profissionais com competência e formação na área da Medicina Veterinária, para atuarem neste ramo. Eu mesmo presenciei Técnicos Agrícolas "certificando' bovinos para serem abatidos e exportados.
A Rastreabilidade não é para ser aplicada de forma generalizada, por profissionais de outras áreas que não os da Medicina Veterinário. E isto não é uma posição classista, pelo contrário é uma posição que entende ser necessário a participação do Agrônomo para atuar no Protocol específico, do Administrado para atuar nos Protocolos que exigiram a sua participação, do Economista e assim por diante. Mas quem ira assinar o Certificado final deverá ser um profissional que entenda de Patologia Veterinária, de Farmacologia Veterinária, de Clínica Veterinária, de Nutrição Animal, de Reprodução Animal (não confundir com Inseminação Artificial pura e simples, pois a IATF é de competência única e exclusiva dos Médicos Veterinários), portanto Rastreabilidade é algo muito mais sério do que se está propugnando e aplicando.
Temo pelo futuro do Brasil e da pecuária nacional, ante os descalabros que andam praticando.

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Dr. Iran José Oliveira da Silva
USP -Universidade de São Paulo
USP -Universidade de São Paulo
9 de mayo de 2012
Prezado Romão, Primeiramente gostaria de salientar que essa publicação foi realizada a pelos menos 7 anos atrás, quando ainda se discutia a Rastreabilidade nesse país. Com toda a certeza existe uma diferença entre o ideal, e o que realmente é praticado nesse país. Concordo plemanente com alguns apectos dos seus comentários relacionados a questão da Rastreablidade, afinal da mesma forma que você, nós palestramos nesses rincções pelo menos desde de 2000 quando surgiu as primeiras contaminações com dioxina, depois a "vaca louca", posteriormente as medidas "emergenciais do MAPA com relação ao SISBOV, que na minha humilde opinião NASCEU MORTO. Falou-se de rastreabilidade, sem saber o que era, falou-se de certificação sem conhecimento, e ainda credenciou-se certificadoras que só visavam lucros, e rastreavam-se pelo celular...Acredito que o colega sabe muito bem desse desastre na área. Eu como militante da área de produção animal, no qual trabalhamos com sistemas de qualidade visando atender os diferentes mercados, focando em sistemas de bem-estar animal, rastreabilidade de produtos, devendo a necessidade de formação de recursos humanos, massa critica profissional para atuar nas diferentes cadeias, sem politicagem e com uma postura mais técnica. Como profissional e acadêmico, procuro atuar no mercado formando profissionais que visam um trabalho sério e que acreditam que apesar de sermos um dos maiores produtores de proteína animal do planeta temos que deixar de lado o amadorismo. É fundamental sermos técnicos... Como pesquisador acredito também, que a visão do profissional que atua em pesquisa tem que estar a frente do seu povo...vislumbrar o futuro, porém como havia dito no início desse texto, esse artigo foi redigido no passado, onde se discutia o que era, para quem era, e como era a formatação dos diferentes sistemas de rastreabilidade que naquela época era discutida no mundo. Infelizmente, temos muito que melhorar, mas eu ainda creio que precisamos formar massa critica... Por exemplo atuamente encontra-se aberto as inscrições para Curso de especialização em rastreabilidade em produtos de origem animal, na Faculdade Cantareira de São Paulo, onde o foco é justamente formar massa critica e profissionais que possam atuar diretamente nesse mercado...ainda amador... De qualquer forma, os seus comentários são pertinentes e salutar, contribuindo e demonstrando como estamos carentes e outros profissionais para trilhar nesse caminho! Atenciosamente, Iran Oliveira - NUPEA/ESALQ/USP.
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Oswaldo José Ribeiro
1 de noviembre de 2012
Dr.Iran, parabéns! Material muito elucidativo e atual. Questionamentos e auxílios: estamos assumindo propriedades no MS, queremos implantar o SISBOV baseado em RFid com uso de transponder umbilical. Nossa propensão e o Umbilical65 com dupla função, isto e, além de fornecer o número único, transmite também a temperatura do animal, acreditamos que isso trará grandes benefícios a nossa gestão e ao nosso produto. O sr conhece alguma propriedade que já se utiliza dessa tecnologia? O sr a indica? Nossa intenção e nos preparar para melhorar nossas margens, utilizando-se da rastreabilidade para consegr melhores preços ao nosso produto. Aguardo seus comentários como também possíveis auxílios de quem ler esses meus comentários. Desde já agradeço a todos, Oswaldo
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