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Febre aftosa e mercado internacional

Publicado: 6 de julho de 2010
Por: Maíra Vasconcelos
O mercado brasileiro de comercialização de sêmen, embriões e animais vivos, para venda no exterior, ainda sofre com o desconhecimento, por parte de possíveis países compradores, sobre o rigoroso controle sanitário da febre aftosa nos rebanhos do país ? É possível fazer uma avaliação de quando e se a febre aftosa será erradicada no país ? Espero comentários. Obrigada.
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Maíra M. Vasconcelos
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Romão Miranda Vidal
6 de julio de 2010
Srta. Maíra. Vamos dividiir este comentário em duas partes. Primeira parte. O Brasil exporta bovinos de corte em pé - vivos - para alguns países do Oriente, em especial Líbano. Este tipo de comércio dever andar na casa dos US$ 500.000.000,00. Exportar material genético de raças zebuínas - Nelore, Gir, Guzerá, Tabapuãn e Nelore Mocho - para quais países? Estas raças são criadas abaixo da Linha do Equador até o paralelo 24, ou até o trópico de Capricórnio e os países geograficamente situados em sua maioria estão no continente africano.Um país que tem condição: Senegal. Na realidade dos 54 países africanos,não mais que 5 apresentam condições para receber material genético. O Brasil praticamente alberga 60 raças bovinas com expertise em carne. Na América do Sul, permanece a mesma posição em relação ao continente africano, com um pequeno detalhe. Com um pequeno detalhe, nossos ermanos encontram-se organizados, como é o caso da Venezuela, Colombia, Paraguai. O Brasil é o maior criador de raças zebuínas do mundo e detém o maior e melhor banco genético das raças zebuínas. Na Índia poderá haver algo de 50 raças bovinas, onde provavelmente poderá ser encontrado material genético superior. Leve ainda em consideração não exportamos praticamente nada em termos de raças européias e nem sul-africanas. Exportar semem, embriões, novilhas, touros para quem? Afora os paises citados? Ainda temos as raças sintéticas, que em outros paises é plena e totalmente desconhecidas. 2ª Parte. O problema da Febre Aftosa é tão complexo que pelo menos 50 anos, serão necessários para se obter um Certificado Internacional de Livre de Febre Aftosa sem vacinãção. Exportar material genético poderia ser uma saída estratégica. Mas exportar para o continente africano é uma verdadeira via crusis. Alguns países africanos possuem doenças que não existem no Brasil. Concluindo. Poucos paises irão demonstrar interesse em importar material genérico bovino de corte do Brasil. Porquê? Por que raças européias suprem as necessidades dos países europeus. Estados Unidos e Canadá, idem. Atenciosamente. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal. CRMV-PR-0039
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