Srs.e Sras.
A Acadêmia, e aqui falo sob Medicina Veterinária, ainda não conseguiu definir parâmetros técnicos pedagógicos relacionados com a Residência Obrigatória para os formandos e formandas, daí a dificuldade de cultivarmos um tecido cultural e técnico em vários segmentos da Medicina Veterinária, dentre eles a Pecuária de Leite, que por si só exige ou apresenta um enorme conteúdo, ou uma atividade multifacetada, que permite ao futuro profissional da Medicina Veterinária se especializar. Mas cabe ressaltar que a Pecuária de Leite, nas suas formas de exploração, exige por sua vez a interdisciplinaridade. Como o caro colega Dr. Paulo cita no exposto a respeito de produção de leite à pasto, a presença inequívoca e primordial de um ou uma profissional da área de Engenharia Agronômica para intervir técnicamente em todas as etapas protocolares exigidas para a implantação de uma pastagem. Exemplificando e respeitando a ética, o mapeamento de solo, coleta de amostras de solo, encaminhamento, interpretação fisíco-química-orgânica dos resultados, as recomendações, as análises dos fungos e micorryzas, as patologias do solo com seus Nematóides, as trocas catiônicas, os ajustes de pH, os quantitativos de NPK ou quando a produção é orgânica, os quantitativos de sementes e tantas outras ações básicas para uma exploração de pecuária de leite à campo. Portanto na Medicina Veterinária às suas competências legais assim como na Engenharia Agronômica, qual seja, duas profissões que se completam e interagem em pról de um sistema produtivo desejado e almejado. Ao autor Dr. Paulo Mülhbach, nossas considerações e respeito.
Atenciosamente.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
Fiquei satisfeito ao ver o vídeo do professor Mulhbach, pois compartilhamos a opinião sobre os sistemas de produção leiteira. Desejo ressaltar que temos uma grande deficiência de profissionais capacitados no campo em serviços de consultoria contínua por longo período. Estes profissionais revestidos de conhecimentos teóricos e práticos sobre gerenciamento e manejos da atividade transformam a propriedade e trazem dignidade e lucro ao produtor. Infelizmente, somos poucos no meio rural convivendo com a família do campo.
As universidades têm poucas iniciativas neste meio, até porque seu exercício é mais interno. Cabe então a outros serviços de instrutoria como o Senar, Emater e etc. que na verdade são encontros rápidos, eficientes, mas que não acompanham e vivem as condições do produtor. O caminho do progresso do setor leiteiro passa por este processo, é lá na origem que as coisas acontecem e precisam da intervenção técnica. Obrigado.