Conceitos e aplicabilidade do manejo intensivo de pastagens ( MIP)
A primeira dificuldade está em determinar o que seria o MIP, já que vários autores divergem em sua conceituação.
Pessoalmente prefiro adotar uma classificação que considero ter boa abrangência e ser perfeitamente quantificável , podendo ser enquadrado o manejo d...
Aos amigos leitores comunico que ainda há as partes 3 e 4 que já foram enviadas ao site Engormix ( na verdade as 4 partes foram enviadas juntas ), e que por minha solicitação o artigo foi particionado para publicação de modo que não ficasse muito extenso e entediante de se ler.
Sintam-se todos bem a vontade em emitir suas opiniões e porque não dizer, correções que achem pertinentes.
Conto com a colaboração de todos para corrigir e enriquecer o artigo.
Cordialmente,
Helio Cabral Jr
Buenas tardes, muy buen articulo, felicidades.
En cuanto a la incorporacion de leguminosas con gramineas veo que no menciona a la leucaena, la cual es la unica leguminosa que si puede competir con pastos tropicales, por su altura, y que fija hasta 300 kgs. de nitrogeno por hectarea por año por lo que se pueden mantener cargas de 5 u.a. por hectarea con el uso del riego, sin nitrogeno extra.
esto ya se esta logrando en mexico con aumentos diarios de cerca de 1 kg. por todo el año. tal vez sea porque ustedes tienen suelos acidos, pero en suelos neutros o alkalinos funciona y muy bien. saludos del tropico bajo de mexico jaime
Tradução do comentário:
Boa tarde, Muito bom artigo, Felicidades!
Verifiquei que foi mencionado sobre leguminosas com gramíneas, mas não vejo nenhuma menção sobre leucena, que é a única leguminosa que pode competir com pastos tropicais, por sua altura, e que figura até 300 quilogramas de nitrogênio por hectare por ano, de modo a manter a carga de 5 U.A. hectare com o uso de irrigação, sem nitrogênio extra.
Isso já está sendo feito no México, com aumentos diários de cerca de 1 KG. Para todo o ano.
Talvez seja porque vocês (Brasil) tem o solo ácido, mas em posição neutra ou alcalina funciona e funciona muito bem. Saudações do México, Jaime.
Caro Jaime,
Muito obrigado por sua contribuição. Aqui no Brasil desconheço áreas de consórcio pastagem/leucena com esta capacidade de suporte médio por ha/ano que você cita.
A leucena não tolera solos ácidos, exigindo pelo menos 6 de ph. Deve ser inoculada com rhizobium específico e feito teste de germinação para se saber se há ou não necessidade de se escarificar as sementes.
O problema maior que vejo em seu uso em pastagens é a implantação da mesma, já que idealmente deve ser com mudas e estas tem que ser protegidas por cercas para não serem ingeridas/danificadas pelos animais.
Seu plantio em linhas intercaladas nas pastagens para pastejo direto também traz problemas, mesmo após a implantação inicial das mudas, pois não deve ser manejada com mais de 1,8/2m de altura ( alcance de pastejo dos animais ) e nem com menos de 40cm após pastejo, e nestas alturas mais baixas corre-se o risco de ter vacas de leite por exemplo tentando pular sobre a linha de leucena ou serem empurradas por outras vacas sobre a linha e sofrerem danos e ferimentos até severos em seus sistemas mamários e com isso, prejuízo na produção.
Mas se você está citando tais números é porque existem em sua região propriedades com tal sistema instalado assim aqueles dentre os leitores que tiverem interesse poderiam contactá-lo para que lhes passe o “know how” de tal sistema e as condições edafoclimáticas e de manejo nos quais estão implantados.
Mais uma vez, muito obrigado por sua contribuição.
Cordialmente,
Helio Cabral Jr
Buenas tardes, estimado helio cabral.
Efectivamente tengo implantadas 145 hectareas de leucaena con pasto en lineas para pastoreo directo en ebano y gonzalez, municipio cerca de tampico tamaulipas mexico. tropico bajo con temperaturas muy altas en el verano, suelos arcillosos con ph de 7.5, altos en calcio y bajos a medios en fosforo. me gustaria poder mandarte fotografias pues en realidad es impresionante la productividad y calidad de estas pasturas. acabo de plantar otras 35 hectareas y deseo plantar otras 135 hectareas antes de fin del 2010.
El ganado realmente mejora su salud al pastorear este consorcio. la leucaena la siembro, despues de muchos errores, a 1.5 mts entre lineas y busco que queden 10 tallos por metro lineal de manera que queden unas 60,000 plantas de leucaena por hectarea, la escarificacion de la semilla la hacemos con agua a 85 grados celsius por 2 minutos. la inoculacion con rizobium la hacemos con tierra que sacamos debajo de un arbol vigoroso y grande de leucaena. la leucaena es nativa de mexico y centroamerica por lo que no tenemos el problema de la mimosina ya que la bacteria que la desdobla esta presente. en cuanto a la altura de la planta, puede llegar a los 3 mts sin problema pues las vacas la doblan con el pecho y la consumen sin problema. cuando pasa de 3.5-4 mts. entonces si la cortamos y como son 10 plantas por metro lineal no engrosa el tallo por lo que es facil podarlas. como las temperaturas llegan hasta los 45 grados celsius en verano dejamos un surco cada 30 mts. que se haga arboles para que den sombra. me gustaria poder mandarte mas informacion en privado con fotografias y de lo que se esta logrando por aca en mexico. saludos jaime elizondo
Caro Jaime,
Mais uma vez lhe agradeço muito por sua contribuição e estou certo que os outros leitores também o farão.
Como você gentilmente se prontificou a me remeter as fotos destas áreas, eu fico muito feliz em lhe repassar meu e-mail:
Cordialmente,
Helio Cabral Jr
Prezado Senhor:
Artigo interesse e valioso.
Estou assumindo propriedade (média) da família (gado de corte), que utiliza sistema tradicional (pastejo contínuo), com 1,2 UA/ha. Procedi a análise do solo, que apresenta acidez (ph 4,2), mas ALUMINIO ZERO. Em razão disso já tive inúmeras e divergentes informações de agrônomos. Uns falam em colocar calcário - 500kg/ha outros que é desnecessário por não ter alumínio, outros que devo apenas colocar gesso agrícola outros, ainda, uma fórmula própria para pastagem (14-05-20 ou algo semelhante) de 50kg/ha. Outros querem vender o fosmag para pastagem, outros o yorin. Em resumo, não consegui chegar a um acordo e, por isso, estou pensando em colocar apenas cama de fango. 2 agrônomos falaram que os demais agrônomos que mandam colocar calcário desconhecem a realidade da região, ou mesmo confundem com outras, já que todos estudam ACIDEZ COM ALUMÍNIO e não ACIDEZ SEM ALUMÍNIO (0,00) como é o nosso caso. O sr. poderia aclarar a situação? Estou com pastagem em início de degradação e penseu em fazer sobressemeadura com leguminosa e fosfato. Mas coloco calcário ou não? Ou apenas gesso?
Cara Edimara,
A resposta à sua questão não é simples! O ideal é que um profissional que conheça a sua região e sua realidade produtiva lhe faça a indicação.
Mas há alguns fatos que podemos considerar: na sua análise você só cita o ph, mas faz questões com relação ao N, K e P.
Existem algumas desinformações na questão da acidez de solo, pois muitos profissionais acham que as plantas tropicais não toleram acidez, o que não é verdade. Elas na verdade não toleram é o Al+3 que é tóxico, e na maioria dos casos é o responsável pela acidez no solo ( o que não é o seu caso ).
Com relação à sua pergunta principal, seria sim viável usar o gesso agrícola para elevação de ph, já que ele penetra mais rapidamente e muito mais profundamente que o calcário ou o silicato de cálcio, e por isso é muito usado em correção de subsuperfície. Entretanto deve-se ter cuidado na dosagem deste gesso ( de acordo com o teor de argila do solo ) pois ele pode carrear nutrientes como N e k para camadas muito profundas do solo, fora do alcance do sistema radicular.
Como você pode ler no artigo, o ph tem bastante influencia no aproveitamento dos elementos N, K, P, S, Ca e Mg, e isto terá correlação direta com o tipo de uso da pastagem que você deseja, que me parece ser até bem modesto ( 1,2UA e não mais que 2UA, já que parece interessada no consórcio com leguminosas ).
Atente que o manejo de pastagens consorciadas não é tão simples como se apregoa por aí, e a sobre-semeadura das leguminosas em pastagens já instaladas, demanda além de um manejo correto da pastagem pré-semeadura, a seleção da leguminosa que melhor irá se consorciar com aquela pastagem já implantada e com o tipo de solo em questão.
Lembre-se também que leguminosas costumam ser muito exigentes em Ca e P.
Se você pudesse informar qual é a pastagem que você tem, e os níveis de P e K de sua análise, mais a CTC e principalmente o V[percent] ( saturação de bases ) talvez eu pudesse lhe dar uma resposta “menos errada”, já que nada substitui um profissional avaliando in loco a pastagem em foco.
Uma coisa que não se deve fazer nesta área é dar palpite, mas se eu tivesse que arriscar, diria que talvez você esteja com uma V[percent] em torno e até mesmo abaixo de 15[percent] nesta pastagem, o que é muito pouco mesmo para forrageiras menos exigentes.
No aguardo dos demais dados de sua análise de solo e tipo de forrageira.
Cordialmente,
Helio Cabral Jr
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Edimara Soares De Souza
8 de noviembre de 2010
Dr. Hélio:
Atendendo à sua solicitação, tentei anexar a analise de solo, mas não consegui. Por isso, anoto abaixo os dados solicitados. ANÁLISE DO SOLO – Pastagem com brachiária: Marandu e MG5
P -FÓSFORO [equal] 1,30 mg dm-3
C – Carbono [equal] 2,73
pH (CaCl2) [equal] 4,85
Al - Alumínio (AI ³+) [equal] 0,0
Acidez Potencial (H+ Al³+) [equal] 2,74
Cálcio + Magnésio [equal] 1,63
Ca – Cálcio [equal] 0,88
Mg – Magnésio [equal] 0,75
K - Potássio [equal] 0,10
SB – Soma das Bases [equal] 1,73
CTC [equal] 4,47
V [percent] Saturação p/bases [equal] 38,67
Saturação p/Calcio [equal] 19,59
Saturação p/Magnésio [equal] 16,79
Saturação p/Potássio [equal] 2,30
Calcio/Magnésio [equal] 1,17
Calcio/Potássio [equal] 8,53
Magnésio/Potássio [equal] 7,31
No caso do gesso, informe qual seria o ideal por hectare (me informaram 300kg/ha).
Aguardo retorno. Grata, Edimará.
Cara Edimara,
Vamos procurar ser o mais simples e eficiente possível: pelo método de cálculo por saturação de bases, vamos tentar elevar a sua saturação de bases a pelo menos 55[percent], para isso necessitaremos de 900kg/ha/calcário. Para fins deste cálculo foi usado um calcário com PRNT de 83[percent] se na sua região o silicato de cálcio ( escória de alto-forno ou o nome comercial de agrosilicio ) chegar a um preço competitivo com o do calcário, dê preferência à ele ( o PRNT também é em torno de 83/85[percent] ), portanto seria usado a mesma quantidade por ha.
Quanto ao gesso deverá ser usado cerca de 20[percent] do total do calcário, ou seja, cerca de 180kg/ha importante: esse gesso não é para substituir parte dos 900kg/ha de calcário, mas para ser adicionado e misturado ao mesmo quando for lançado em cobertura!
Essa correção deverá ser feita agora, neste início de período de chuvas, para que no próximo período o solo já esteja apto a receber alguma fertilização ( se assim o desejar ).
Matéria orgânica ( esterco de curral preferencialmente curtido, cama de frango, etc ) pode ser jogada em cobertura ao longo deste ano para aumentar o teor de MO no seu solo.
Essa calagem por si só NÃO aumentará em praticamente nada a produção de MS de suas pastagens, entretanto a deixará pronta para dar maiores respostas inclusive à adição de MO e principalmente a qualquer fertilização que deseje fazer no próximo ano agrícola.
Com o devido MANEJO, essa calagem poderá permitir a partir de fevereiro um pequeno aumento da lotação e maior tolerância da pastagem à veranicos.
Adição de P ( vai precisar ), somente em meados do ano que vem, quando o solo apresentar um bom teor de liteira ( material orgânico de folhas, talos, etc revestindo a camada superficial ).
Rapidamente e de forma sucinta é isso!
Cordialmente,
Helio Cabral Jr
Prezado, gostaria de saber se existe a possibilidade de semear brachiaria e qual o tipo mais indicada em área de morros, sem acesso a nenhum maquinário agricola, pedregulho e com declividade, já que ouvi falar que a planta é muito agressiva/invasora.
At.
Gilson Miranda
Gilson,
Se não há acesso a nenhum tipo de maquinário, e com este tipo de solo que não deve ter boa fertilidade, há a opção de se usar a brachiaria humidícola cv comum em um mix de 70/30 com a brachiaria Dicttoneura - humidícola cv llanero ( setenta por cento comum e 30 por cento dictyoneura ), plantada via arado de tração animal ou com matraca.
Se o solo tiver um pouquinho mais de fertilidade ( SB 35 a 40% ) acho que a brachiaria humidícola cv Tupi poderá ser usada.
Se no plantio puder joagr um pouquinho de super simples a formação do pasto serámais vigorosa!
Lembrando que esta sugestão está baseada nas suas informações do tipo de solo e que não há análise de solo ( seria ideal que tivesse ).. Estas espécies irão fechar bem o solo e evitar erosão.
Abraço,
Helio Cabral Jr
Hehehehehehe
Marcelo, vindo de uma Mestre como você isto é um grande elogio para mim e me sinto muito honrado!
Há 4 anos já que estou "afastado" da terra e estou um pouco desatualizado, mas felizmente existem companheiros como você que sabem muito mais que eu e podem corrigir qualquer eventual besteira que eu venha a escrever.
O importante é não permitirmos nunca que os amigos produtores rurais percam dinheiro em projetos duvidosos.
Um grande abraço meu amigo e sou-lhe muito grato pela sua gentileza para comigo!
Helio CabralJr
Meu Caro Hélio,
quem sou eu para retocar artigos tão completos e de uma excelente simplicidade de palavras, capaz de
atingir a todos com um pouco de entedimento, como é o meu caso.
O teu cárater ilibado e tua sabedoria são sólidas muralhas. è um imenso prazer ser amigo de pessoa tão distinta e digna.
Um forte abraço, prezado amigo.
marcelo erthal
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