De acordo com dados publicados no Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo, Brasil (São Paulo, 2008), a agricultura regional do Noroeste Paulista (SP) está concentrada na produção bovina mista de carne e leite (mais de 80% das unidades de produção agropecuárias) e na crescente participação da cana-de-açúcar(40%). Isso está mostrando uma alta vulnerabilidade da agricultura regional quanto a alternativas de renda.
De fato, Votuporanga, SP, Brasil, representou apenas 2,6% da área de milho, na safra 2009/2010 do estado, com uma média estimada de 5.593 kg.ha-1de grãos. Muito menos expressiva é a produção de sorgo granífero e milheto, com superfície de 173,0 e 39,8 ha, respectivamente, segundo São Paulo (2008), sendo cultivados principalmente na safrinha.
A restrição de água durante 4,5 meses no ano, aliada a altas temperaturas na região, a baixa fertilidade de solos arenosos e a falta da capacitação técnica do produtor, refratário às mudanças e de idade avançada, são limitantes para a produçãotécnico-econômicade grãos na região, como assinala Fancelli (2007).
Na região oeste do Estado de São Paulo e na maior parte do Brasil Central, segundo Borghi (2007), o insucesso das culturas de safrinha, em muitas áreas dessas regiões, é determinante para que fiquem ociosas durante sete meses do ano e com baixa cobertura vegetal.
O cultivo consorciado de culturas como o milho (Zea mays L.), arroz (Oryza sativa L.), sorgo (Sorghum bicolor L.) e milheto [Pennisetum americanum (L.) Leeke] com plantas forrageiras do gênero Brachiaria, Panicume Andropogon proporciona aumento da disponibilidade de forragem em plena estação seca, com valor nutritivo suficiente para a manutenção nutricional dos rebanhos, podendo até promover ganho de peso e produção de palhada sem a necessidade de semeadura de plantas de cobertura no inverno/primavera (Maia et al., 2000).
Os sistemas decultivo consorciado possibilitam colheita de grãos durante o período necessário para o estabelecimento da forrageira, redução do custo do estabelecimento sem prejudicar a eficiência da implantação da forrageira eocustodo estabelecimento dapastagemficalimitado aocustodasemente.Outros benefícios são maior eficiência no controle da erosão, produção antecipadada forrageira, controle de plantas daninhas e agregação de nitrogênio ao solo, através das leguminosas forrageiras (Abreu et al., 2005).
Essa prática está de acordo com o programa ABC, inserido no Plano de Safra 2010/2011, dentro do conjunto de ações que visam à implantação de alternativas tecnológicas para minimizar os gases de efeito estufa, recuperando pastagens degradadas, e a implantação do sistema plantio direto (SPD), com desdobramento para IntegraçãoLavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Diversos autores concordam sobre as vantagens de cereais consorciados com capins sem afetar a cultura granífera e favorecendo a forrageira após a colheita de grãos, em virtude da adubação residual (Zanine et al., 2006; Borghi & Crusciol, 2007).
É importante procurar alternativas de renda em SPD, consagrado para a agricultura tropical, priorizando a cobertura do solo permanente, pela utilização de gramíneas com resistência à decomposição de seus resíduos, privilegiando o sistema consorciado de culturas, para um melhor aproveitamento da água de chuva.
O milho e o sorgo com finalidade forrageira, segundo Alvarenga et al. (2010), exercem maior poder de competição sobre outras espécies, pela interceptação da luz e pelo sombreamento, favorecendo sua utilização em consórcio com capins. Consórcios de milho e sorgo com capim Brachiaria brizantha, segundo resultados de Kluthcouski & Aidar (2003), demonstraram a capacidade de essas culturas apresentarem produção semelhante de grãos em sistemas consorciados e solteiros.
No estabelecimento de capim-tanzâniacom o milheto consorciado, Maia et al. (2000) verificaram que o rendimento de massa de matéria seca (MMS) da consorciação foi superior ao do capim-tanzâniacultivado de forma exclusiva e com qualidade da forragem equivalente.
Portes et al. (2000) observaram que o consórcio de milho, sorgo, milheto e arroz com Brachiaria brizantha cv. Marandumostrou-se viável na recuperação de pastagens degradadas, afetando o crescimento da mesma após a colheita dos cereais, com rápida recuperação, podendo ser utilizada 70 dias após a colheita dos mesmos.
Mateus (2007), avaliando o cultivo exclusivo e consorciado de milho e sorgo com B. brizantha e P. maximun,aplicando-se doses de 0, 50, 100 e200 kg.ha-1de N, não observaram diferenças na produtividade de grãos, sem interferência na nutrição das plantas.
Em geral, as gramíneas apresentam alta resposta a adubação nitrogenada e na região são escassas as informações sobre a eficiência de fertilizantes nitrogenados e ainda mais restritas sobre o conhecimento de resposta de diferentes gramíneas a essesinsumos. Campos (2004), citando diversos autores indica que a recuperação dos fertilizantes nitrogenados sob condições de campo varia de 30 a 90%, sendo que parte do nitrogênio (N) remanescente pode ser recuperado pela cultura subsequente, incorporado à matéria orgânica, perdido por lixiviação, denitrificação evolatilização ou retido pela biomassa do solo, através do processo de imobilização temporária.
O trabalho teve por objetivos quantificar a eficiência de recuperação de N-AS, aplicado em cobertura, em três culturas graníferas (milho, milheto e sorgo), cultivadas em sistema exclusivo, comparar a produção de grãos dessas culturas em sistema exclusivo e consorciado com Brachiaria ruziziensis e estimar a produção de MMS de ambos os sistemas de manejo.
Material e Métodos
O experimento foi desenvolvido no Polo Regional Noroeste Paulista,Votuporanga, SP, Brasil, entre agosto de 2007 e abril de 2008, em Argissolo Vermelho, eutrófico, A moderado, textura arenosa, teor de argila de 88 g dm-3na camada de 0 a 20 cm (Embrapa, 1999). Este trabalho analisa os resultados da safra 2007/2008, sendo parte de um estudo mais amplo desenvolvido entre a safrinha 2007 e a safrinha 2008, para avaliar o desenvolvimento técnico-econômico de três gramíneas (milho, sorgo e milheto) cultivadas em sistema exclusivo e consorciado com Brachiaria. Os registros de pluviosidade e temperaturas máximas e mínimas efetuados durante a safra 2007/2008 se observam na Figura 1.
Foram realizadas duas coletas de solo, antes e após a correção do mesmo, em maio de 2006 e agosto de 2007, respectivamente. Durante os meses de maio a julho de 2007, foram aplicados 300 kg.ha-1de superfosfato simples e 400 kg.ha-1de gesso agrícola emáre a total na superfície, com posterior incorporação à camada de 35 a 40 cm de profundidade, com a utilização de arado de aivecas, que também teve a finalidade de descompactar a camada superficial e subsuperficial de solo. Foi necessário tomar essa medida devido à alta infestação de plantas daninhas, solo compactado após medida de penetrometria e por ocorrência de estresse hídrico nas plantas na presença de veranico e baixas produtividades de milho observadas em safras anteriores, inferiores a 6.000 kg.ha-1de grãos. Posteriormente, foi passada grade niveladora e refeitas as curvas de nível. A caracterização química nas camadas de 0 a 20 e 20 a 40 cm de profundidade (Tabela 1) foi realizada nas duas épocas, a partir de 15 amostras simples, segundo métodopropostoporRaijetal.(2001),noLaboratório de Fertilidade de Solos do Instituto Agronômico de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
FIGURA 1.Distribuição da pluviosidade e temperaturas máximas e mínimas durante o período da safra 2007/2008. Votuporanga, SP, Brasil.
Em 08/10/2007, a área foi semeada com milheto ADR 300 (Sementes Adriana), a lanço, na dose de 10 kg.ha-1 e incorporada com grade, sem aplicação de fertilizante, visando à formação de cobertura morta antes da semeadura das culturas de verão. No dia anterior à dessecação do milheto, efetuada em 22/11/2007, com 1Lha-1 deglyfosate, foi amostrado material vegetativo, para a determinação de produção de MMS, utilizando-se quadrante de 0,5 x 0,5 m, com vinte repetições ao acaso, em área total. Em média, houve uma produção de 4.200 kg.ha-1de MMS, representando cobertura de 80% da área. A MMS determinada no dia anterior à semeadura das gramíneas (10/12/2007) diminuiu para um valor médio de 1.540 kg.ha-1. A MMS foi determinada pela secagem do material em estufa, com circulação forçada de ar a ± 65 °C até massa constante.
TABELA 1. Caracterização química das camadas de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm de profundidade, antes e depois da correção da área experimental.
Sobre a palha de milheto residual, foram semeados, com plantadeira de plantio direto, plantográfica de sete linhas Jumil Exacta 2900, milho híbrido simples 30F80 (Pioneer), milheto híbrido ADR 7010 (Sementes Adriana) e sorgo granífero híbrido simples superprecoce 85G79, sem tanino condensado (Pioneer), em manejo exclusivo e consorciado com Brachiaria ruziziensis R. Germ. & Evrard, valor cultural de 35%. O milho, o milheto e o sorgo foram semeados com espaçamento de 0,8, 0,4 e 0,4 m, numa densidade projetada de 70.000, 250.000 e 150.000 sementes.ha-1, respectivamente, em profundidade de 2 a 3 cm. Todas as sementes foram previamente tratadas com fungicida (tratamento padrão da marca comercial). Como adubação de base, foram utilizados, comuns às três gramíneas, 400 kg.ha-1[da formulação 10:10:10] + fritas BR-12, composta de ureia, superfosfato triplo e simples e cloreto de potássio. Nos tratamentos das gramíneas consorciadas, foram utilizados 12 kg.ha-1de sementes de Brachiaria, semeadas numa única fileira, nas entrelinhas das culturas, incorporadas a 2 cm, sem adubação, em 27/12/2007, 16 dias após a semeadura das gramíneas. O experimento foi estabelecido em blocos casualizados, em triplicata, composto de seis tratamentos de cultura-manejo. Cada repetição foi composta de sete fileiras de plantas com 15 m de comprimento. Foram efetuados dois parcelamentos de cobertura nitrogenada para os seis tratamentos de 40 kg.ha-1de N-AS, em 02/01/2008, em faixa superfícial, na entrelinha, no estádio de quatro a cinco folhas da cultura de milho, e em 16/01/2008, no estádio de sete a oito folhas do milho. A opção por SA foi para aumentar o efeito sinérgico de enxofre (S) e N na planta, como assinalam Maximo et al. (2005), devido ao baixo teor de S neste tipo de solo. Em virtude da quantidade e do enriquecimento disponível à época da aplicação da fonte SA-15N, somente nas repetições das culturas manejadas de forma exclusiva foram instaladas microparcelas de 1,5 m, compostas da faixa de fertilizante e as duas linhas adjacentes de plantas, onde foi substituído o fertilizante comercial por produto enriquecido com 15N. Nas repetições da cultura de milho, foi utilizado SA com 10,1% em abundância de átomos de 15N, e, no sorgo e no milheto, SA com 3,7% em abundância de átomos de 15N, evitando-se o manuseio desnessário, para uniformizar o enriquecimento em 15N da fonte que requereria uso de laboratório. Para cada cultura, foram instaladas três repetições de cada parcelamento, totalizando seis microparcelas. Previamente à colheita, foi retirada a parte aérea das plantas (parte aérea + espigas ou panículas), dentro de cada microparcela, no metro linear central da mesma, cortadas a 5 cm de altura, contabilizadas e, posteriormente,trituradas,homogeneizadaseretiradas para secagem em estufa com circulação forçada de ar a ± 65 °C até massa constante, para a determinação da MMS. Amostras de palha e grãos foram separadas para envio ao Laboratório de Isótopos Estáveis do CENA/USP, Piracicaba, SP, Brasil, para análise dos teores de N e de 15N, mediante espectrômetria de massa conforme método descrito em Barrie & Prosser (1996). ON-recuperado nas gramíneas, proveniente do fertilizante (Nppf), foi calculadoutilizando-se o método de diluição isotópica segundo as expressões (1) e (2):
Nppf (%) = [(A-C)/(B-C) x 100] x 2 (1)
Nppf (kg.ha-1) = (Nppf (%) /100) x N-total (kg.ha-1) (2)
em que:
A = concentração de 15N (% em abundância de átomos de 15N) do grão e parte aérea, B = concentração de 15N do fertilizante e C = concentração isotópica natural na planta (0,370% de átomos em 15N), respectivamente, e N-total= quantidadedeNnaparteaéreaegrãosdaplanta,em kg.ha-1. Como o fertilizante marcado foi aplicado na entrelinha de duas fileiras de plantas, cada fileira de plantas adjacentes tem a probabilidade de absorver 50% do fertilizante marcado e 50% do fertilizante comercial não marcado, pelo que o fator 2 corrige para 100% a absorção pela planta do fertilizante marcado, se tivesse sido aplicado em entrelinhas adjacentes, como assinalado por Campos (2004).
A eficiência de recuperação (E) do N-fertilizante(%) foi determinada pela expressão:
E (%) = [Nppf (kg.ha-1)/Nfa (kg.ha-1)] x 100 (3)
em que Nfa corresponde aoN-fertilizanteaplicado.
Aeficiencia de conversão de nitrogênio (ECN) foi calculada segundo descrito em Freitas et al. (2005) e expressa em kg.kg-1(expressão 4):
ECN = kg de MMS produzida/kg de N aplicado (4)
No estádio de florescimento de milho, em 15/02/2008, foi efetuada a amostragem foliar das gramíneas, 63 dias após a emergência, em ambos os sistemas de manejo,coletando-sea folha inferior oposta à espiga, na cultura de milho (Malavolta et al., 1997), folha na posição mediana da planta, para o sorgo e para o milheto (Coelho et al., 2002). Foram coletadas 15 folhas de cada gramínea, em triplicata, lavada sesecadas emestufa comcirculação forçadade ara ± 65°Catémassaconstante. Posteriormente foram encaminhadas ao Laboratório Unithal, Campinas, SP, Brasil, para a determinação da concentração de macronutrientes primários e secundários.
Em 23/04/2008, em quatro fileiras de plantas de 10 m de comprimento de cada repetição, foram colhidas espigas limpas de milho e as panículas de sorgo e milheto, com correção de umidade para 130 g.kg-1. Por ocasião da colheita, foram contabilizadas as plantas efetivas com presença de espiga e panícula, em triplicata de cada tratamento, em três fileiras de plantas de 15 m cada.As panículas foram beneficiadas para a separação dos grãos. Nessa data, foi efetuada amostragem de fitomassa da parte aérea residual das gramíneas cultivadas em forma exclusiva econsorciada e de Brachiaria, sendo utilizado quadrante de 0,5 x 0,5 m para determinar a produção de MMS.
A avaliação das variáveis com as culturas manejadas de forma exclusiva, da população efetiva de plantas e de produtividade para cada cultura entre sistemas de manejo foi efetuada pela análise de variância em delineamento de blocos casualizados e as médias comparadas pelo teste de t (Student), ao nível de probabilidade de 0,05. Os teores foliares e a MMS residual, por ocasião da colheita de grãos, foram avaliados em esquema fatorial 3 x 2 (três gramíneas e doissistemasdemanejo)easmédias,comparadaspelo teste de t (Student), ao nível de probabilidade de 0,05.
Resultados e Discussão
Verifica-se, na Tabela 1, que houve melhoria nos atributos químicos de solo (P, K, S, Ca e Mg) e, consequentemente, naCTCeV% em ambasas camadas corrigidas. Cabe salientar o aumento nos valores de S-SO42-, pela aplicação do gesso agrícola, em relação ao teor original: de 1,0 e 8,0 mg.dm-3, nas camadas de 0 a 20cm e 20 a 40cm, respectivamente, para 10,0 e 13,1 mg.dm-3, após a correção, o que contribuiu também para o aumento no teor de cálcio.
A semeadura de milheto ADR 300, efetuada em 08/10/2007, objetivando iniciar a safra com cobertura morta, proporcional uma produção média de 4.200 kg.ha-1de MMS, diminuindo após o dessecamento, na vésperadasemeaduradasgramíneas(10/12/2008),para um valor médio de 1.540 kg.ha-1, evidenciando a rápida decomposição do material, influenciado tanto pela fase vegetativa, quanto pelo dessecamento, alta umidade e temperatura na época de início da safra. Comparando forrageiras B. brizantha, B. decumbens e milheto para a formação de palha de cobertura de solo, Timossi et al. (2007) observaram rápida decomposição do milheto em relação aos capins, 250 dias após a semeadura.
Os teores foliares de macronutrientes determinados para as culturas de milho, milheto e sorgo, cultivadas de forma exclusiva e consorciada, são apresentados na Tabela 2. As concentrações foliares de N não apresentaram diferenças significativas entre as culturas e as formas de manejo, sendo valores considerados adequados, segundo indicado por Fancelli (2000). O teor de K mostrou- se, para as três culturas, em nível deficitário ou próximo da deficiência, devido, provavelmente, à expressiva precipitação ocorrida entre a semeadura e a amostragem foliar: 568,4 mm, contribuindo para a lixiviação desse nutriente. O milho, tanto em sistema exclusivo quanto consorciado, mostrou os menores teores de Ca e Mg em relação a sorgo e milheto, evidenciando, provavelmente, o efeito de diluição desses nutrientes em maior desenvolvimento vegetativo. Por sua vez, a maior concentração no sorgo granífero poderia ser explicada pela própria arquitetura da planta, de porte baixo, favorecendo o maior teor. O milheto, pela sua característica de crescimento radicular a profundado, pode ter absorvido mais cálcio que o milho (Gonçalves et al., 2006).
Na Tabela 3, são apresentados os valores de MMS, N-totalabsorvido pela planta, o N-plantaproveniente do fertilizante e do solo, a eficiência de recuperação do N-fertilizantee a eficiência de conversão em MMS do N-fertilizanteaplicado (ECN), depois de realizado o primeiro parcelamento de N em cobertura (22 dias após a semeadura). A produção de MMS da parte aérea foi similar para o milho e o milheto e superiores à do sorgo. Em termos de produção de MMS total, foi, em ordem decrescente, de 19.874 kg.ha-1, 14.477 kg.ha-1e 7.445 kg.ha-1para o milho, milheto e sorgo, respectivamente. Quanto à partição do N-total entre a parte aérea e grãos, observou-se maior acúmulo de N nos grãos para o milho (120,8 kg.ha-1) e na parte aérea para o milheto (136,3 kg.ha-1). Em relação a outras culturas (Mombaçae Brachiaria), Braz et al. (2004) verificaram que o milheto acumulou maiorquantidade de N no limbo foliar em menor quantidade de tempo. A vocação do milheto como forrageira fica evidenciada pela maior quantidade de N na parte aérea de consumo animal, à diferença do milho, que transloca maior quantidade do N para o grão. Por sua vez o sorgo mostrou equilíbrio na partição de N entre a parte aérea e os grãos (50,6 kg.ha-1e 55,8 kg.ha-1) respectivamente. Em termos de N-total absorvido, o milho e o milheto apresentaram valores semelhantes e superiores ao sorgo. O N-SA mostrou partição similar nas três gramíneas conforme observado para o N-total. O Nppf , no milheto, foi superior às outras gramíneas (32,2 kg.ha-1), correspondendo a 80,5% doN-aplicado.Omilhoeosorgoapresentarameficiência deN-recuperado total do fertilizante de 61 e 54%, respectivamente. A ECN foi superior para o milho (496,9 kg de MMS para cada kg de N-fertilizanteaplicado), em função da maior produção de MMS nesse estádio de desenvolvimento das culturas. Para o milheto e o sorgo, a ECN foi, respectivamente, de 361,9 kg.kg-1e 186,1 kg.kg-1(Tabela 3).
TABELA 2. Teor foliar de macronutrientes das gramíneas, milho, sorgo e milheto, cultivadas em sistema de manejo exclusivo e consorciado com B. ruziziensis. Votuporanga, SP, Brasil1.
A proporção de N-fertilizante(Nppf) em relação à quantidade de N absorbido pela planta, proveniente do solo (Npps), foi de 13,1, 18,2 e 25% [(Nppf/Npps)x100] paraomilho, omilhetoeosorgo, respectivamente. Silva et al. (2006) comprovaram que para doses crescentes de N-fertilizanteusadas (30 até 180 kg.ha-1) na sucessão milheto/milho, o Nppf foi inferior ao Npps, variando essa relação de 13 até 45,8%.
No segundo parcelamento (35 dias após a semeadura),observou-semais nítido o contraste de comportamento quanto à partição do N-fertilizantena planta (Tabela 4). No milho, 7,9 kg.ha-1de Nppf foram determinados na parte aérea da planta, equivalentes a 19,8% do N-recuperado. Entretanto, para o milheto, 21,8 kg.ha-1do Nppf foram determinados na parte aérea, equivalentes a 54,5% do N-recuperado. Na fração de grãos foi observado o comportamento oposto, ficando a maior parte do N-fertilizante absorvido no milho (19,4 kg.ha-1). No milheto, somente 9,2 kg.ha-1foram determinados. O sorgo mostrou uma distribuição similar entre a parte aérea e grãos de 13,4 e 17,7 kg.ha-1, respectivamente, como observado no primeiro parcelamento de cobertura nitrogenada. Nesse estádio de desenvolvimento das culturas, a eficiência de recuperação doN-fertilizante foi similar para as três gramíneas: 68,3, 77,5 e 77,8% doN-aplicado, indicativo de melhor aproveitamento doN-aplicado pelas culturas em função de um maior desenvolvimento do sistema radicular. Por sua vez, a ECN foi inferior à observada no primeiro parcelamento, para as gramíneas, evidenciando umaproduçãodecrescentedeMMSporkgdeN-fertilizante aplicado.
TABELA 3.Massa de matéria seca (MMS), nitrogênio total absorvido pela planta(N-total), N na planta proveniente do fertilizante (Nppf), proveniente do solo (Npps), eficiência de recuperação deN-fertilizante (E) e a eficiência de conversão de nitrogênio (ECN) pelas culturas de milho, milheto e sorgo granífero, após a aplicação de 40 kg.ha-1de N, no primeiro parcelamento de cobertura (22 dias após a semeadura), cultivadas de forma exclusiva. Votuporanga, SP, Brasil1.
A quantidade de N-total acumulado pelas gramíneas, após a aplicação de 80 kg.ha-1de N-SAem cobertura, e a eficiência deN-recuperado do fertilizante, são apresentadas na Figura 2.
O milho, o milheto e o sorgo absorveram 51,7, 63,2 e 52,7 kg.ha-1, respectivamente, dos 80 kg.ha-1aplicados nos dois parcelamentos de cobertura, correspondentes a 64,6, 79 e 65,9% doN-aplicado, não havendo diferença significativa na absorção entre as culturas. A melhor tendência observada pelo milheto foi devido principalmente, à absorção significativa ocorrida até o primeiro parcelamento. Alves et al. (2006), efetuando balanço de N nas culturas de milho e algodão, observaram eficiência de N-recuperadosimilar, de 62 e 71%, respectivamente, apósa aplicaçãode45kg.ha-1 de N, aos 26 dias depois da emergência (DAE), e de 50 e 72%, aos 45 DAE, não sendo estatisticamente diferentes das obtidas aos 26 DAE, na comparação dentro de cada cultura. A população efetiva de plantas na colheita de grãos e a correspondente produtividade das gramíneas se mostram na Tabela 5.
TABELA 4. Massa de matéria seca (MMS), nitrogênio total absorvido pela planta(N-total), N na planta proveniente do fertilizante (Nppf), proveniente do solo (Npps), eficiência de recuperação deN-fertilizante (E) e a eficiência de conversão de nitrogênio (ECN) das culturas de milho, milheto e sorgo granífero, após a aplicação de 40 kg.ha-1de N, no segundo parcelamento de cobertura (35 dias após a semeadura), cultivadas de forma exclusiva. Votuporanga, SP, Brasil1.
FIGURA 2.Eficiência de recuperação de N-sulfato de amônio acumulado pelas culturas de milho, milheto e sorgo, cultivadas de forma exclusiva após a aplicação de 80kg.ha-1 de N parcelado em cobertura nas afra 2007/2008. Votuporanga, SP, Brasil. Nppf-P1eNppf-P2,respectivamente, N na planta proveniente do fertilizante no primeiro e no segundo parcelamento. Letras maiúsculas comparam entre culturas (DMS = 7,2 e CV = 14,4%) e minúsculas comparam parcelamento dentro de cada cultura (DMS = 12,6 e CV = 11,3%) segundo o teste de t. Entre parênteses está expresso o percentual do N aplicado.
Para cada gramínea estabelecida em sistema de manejo exclusivo e consorciado, não houve diferença significativa na população de plantas e a produtividade de grãos, evidenciando que a presença da forrageira não afetou a produtividade de grãos, embora tenha sido observada tendência a maior produtividad enas gramíneas consorciadas. Inibição da nitrificação biológica, pela liberação de inibidores de raízes de Brachiariaestaria aumentando a disponibilidade de N-NH4+ no ambiente radicular, podendo ser uma estratégia para a melhoria na recuperação de N pela cultura consorciada (Castoldi, 2011). Cobucci et al. (2001) observaram que a presença da forrageira não afetou a produtividade de grãos de milho. O rápido sombreamento do milho teria afetado o crescimento do capim, inibindo a concorrência pelo fertilizante. Lara Cabezas & Pádua (2007) verificaram, na cultura de milho consorciada com B. ruziziensis, recuperação do N-fertilizante de 97,1%, no milho, e 2,9%, na Brachiaria, o que está indicando que nessa forma de manejo, a pastagem não afeta a cultura principal e, consequentemente, a produtividade. Borghi & Crusciol (2007) verificaram maior produtividade do milho consorciado com capim no espaçamento de 0,45 m em relação a 0,90 m, evidenciando maior dominância do cereal. Na colheita de milheto, houve perda de grãos, observado visualmente no campo, devido a que as panículas estavam entre 2,5 e 3,0 m de altura e a plataforma de milho utilizada na colheita não teria sido eficiente.
TABELA 5. População efetiva de plantas e produtividade de grãos das gramíneas milho, milheto e sorgo, em manejo exclusivo e consorciado. Votuporanga (SP).
A MMS da parte aérea das gramíneas manejadas de forma exclusiva e consorciada, assim como da Brachiaria por ocasião da colheita de grãos, se mostra na Figura 3.
Em ordem decrescente, a MMS produzida na colheita foi milho>milheto>sorgo, havendo, em todos os casos, tendência a menor produção nos cultivos manejados de forma consorciada. A arquitetura do sorgo granífero (porte e produção de MMS inferior às outras gramíneas) favor eceu o maior desenvolvimento da Brachiaria: 6.950 kg.ha-1de MMS, superior à produzida em consórcio com o milho e o milheto: 1.442 kg.ha-1e 2.817 kg.ha-1, respectivamente. A maior penetração de luz no interior da entrelinha de plantas favoreceu a maior produção de MMS do capim, contribuindo para o aumento da cobertura do solo. Considerando os valores médios acumulados de MMS total produzida por ambos os sistemas de manejo, houve um acréscimo médio de 19,1% de MMS total nos cultivos consorciados, em relação aos cultivos manejados de forma exclusiva [(17.825 - 14.964)/14.964) x 100], sem afetar a produtividade de grãos, como comentado anteriormente. Portanto, o sistema em consórcio contribui efetivamente para o aumento da cobertura de solo. Para regiões com restrição hídrica, essa forma de manejo da cultura de grãos é mais eficiente que o sistema de cultivo exclusivo. Portes et al. (2000) verificaram que o consorciamento de cereais (milho, sorgo, milheto e arroz) com B. brizantha cv. Marandu foi um sistema viável para a reimplantação de pastagens degradadas, afetando o crescimento da Brachiaria, em função do crescimento do cereal.
Conclusões
O milheto é mais eficiente na recuperação doN-SAem relação a milho e sorgo, no primeiro parcelamento de cobertura nitrogenada (22 dias após a semeadura), sendo similar para as três gramíneas, após a aplicação do segundo parcelamento. A maior proporção do N-fertilizanteestá na parte aérea do milheto e nos grãos, na cultura de milho. Por sua vez, o sorgo apresenta uma distribuição similar entre a parte aérea e os grãos.
FIGURA 3.Produção acumulada de massa de matéria seca das gramíneas manejadas de forma exclusiva e consorciada e da B. ruziziensis à colheita de grãos. Safra 2007/2008. Votuporanga, SP, Brasil. SO-CO= sorgo consorciado,SO-EX= sorgo exclusivo,MIL-CO= milheto consorciado,MIL-EX= milheto exclusivo,MI-CO= milho consorciado,MI-EX= milho exclusivo.
A produtividade de grãos das gramíneas milho, milheto e sorgo não é afetada pela presença da pastagem consorciada.
As culturas de maior desenvolvimento vegetativo, como o milho e o milheto, inibem o crescimento da pastagem consorciada, sendo que o menor desenvolvimento vegetativo do sorgo favorece o maior desenvolvimento da pastagem consorciada.
O consórcio de gramíneas com B. ruziziensis aumenta em 19,1% a MMS de cobertura de solo, importante para regiões com outono/inverno seco.
Agradecimentos
O autor agradece à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) o apoio financeiro recebido para o Projeto N°06/06204-3,do qual este estudo fez parte, sendo extensivos os agradecimentos à Fundação AGRISUS/FEALq, que também contribuiu com apoio financeiro. Ao pessoal de apoio do Polo Regional Noroeste Paulista (SAA/APTA Regional), que realizou as atividades de campo.
Referências
ABREU, G. T.; SCHUCH, L. O. B.; MAIA, M. S.; ROSENTHAL, M. D.; BACCHI, S.; PEREIRA, E.; CANTARELLI, L. D. Produção de biomassa em consórcio de aveia branca (Avena sativa L.) e leguminosas forrageiras. Revista Brasileira de Agrociências, Pelotas, v. 11, p.19-24, 2005.
ALVARENGA, R. C.; PORFIRIO-DA-SILVA,V.; NETO, M. M. G.; VIANA, M. C. M.; VILELA, L. Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta:condicionamento do solo e intensificação da produção de lavouras. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 31, n. 257, p.59-67, 2010.
ALVES, B. J. R.; ZOTARELLI, L.; FERNANDES, F. M.; HECKLER, J. C.; MACEDO, R. A. T.; BODDEY, R. M.; JANTALIA, C. P.; URQUIAGA, S. Fixação biológica de nitrogênio e fertilizantes nitrogenados no balanço de nitrogênio em soja, milho e algodão. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 41, p. 449-456, 2006.
BARRIE, A.; PROSSER, S. J. Automated analysis of light-element stable isotopes by isotope ratio mass spectrometry. In: BOUTTON, T. W.; YAMASAKI, S. (Ed.). Mass spectrometry of soils. New York: Marcel Dekker, 1996. p. 1-46.
BONAMIGO, L. A. A cultura do milheto no Brasil, implantação e desenvolvimento no cerrado. In: WORKSHOP INTERNACIONAL DE MILHETO, 1999, Planaltina. Anais... Planaltina: Embrapa Cerrados. 1999. p.31-65.
BORGHI, E. Produção de milho e capins Marandu e Mombaça em função de modos de implantação do consórcio. 2007. 142 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu.
BORGHI, E.; CRUSCIOL, C. A. C. Produtividade de milho, espaçamento e modalidade de consorciação comBrachiariabrizanthaem sistema plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 42, p. 163-171, 2007.
BRAZ, A. J. B. P.; SILVEIRA, P. M. da; KLIEMANN, H. J.; ZIMMERMANN, F .J. P. Acumulação de nutrientes em folhas de milheto e dos capins Brachiaria e Mombaça. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 34 p. 83-87, 2004.
CAMPOS, A. X. de. Fertilização com sulfato de amônio na cultura do milho em um solo do cerrado de Brasília sob pastagem de Brachiaria decumbens. 2004. 119 f. Tese (Doutorado em Solo e Nutricao de Plantas) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
CASTOLDI,G.Nitrogênio no sistema solo-planta após a dessecação de Brachiarias. 2011. 83 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu.
COBUCCI, T.; KLUTHCOUSKI, J.; AIDAR, H. Sistema Santa Fé: produção de forragem na entressafra. In: WORKSHOP INTERNACIONAL PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO AGRICULTURA E PECUÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAS SAVANAS SULAMERICANAS, 2001, Santo Antônio de Goiás. Anais... Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2001. p.125-135.
COELHO, A. M.; WAQUIL, J. M.; KARAM, D.; CASELA, C. R.; RIBAS, P. M. Seja o doutor de seu sorgo. Arquivo do Agrônomo, Piracicaba, n. 14, 24 p. 2002. Encarte.
FANCELLI, A. L; DOURADO NETO, D. Produção de milho. Guaíba: Agropecuária, 2000. 360 p.
FANCELLI, L. A. Alternativas para a formação de palha. In: WORKSHOP SOBRE O SISTEMA PLANTIO DIRETO NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2007, Piracicaba. [Anais...]. Piracicaba: Fundação Agrisus: FEALQ; Campinas: InstitutoAgronômico, 2007. p.22-27.
FREITAS, K. R.; ROSA, B.; RUGGIERO, J. A.; NASCIMENTO, J. L.; HEINEMAM, A. B.; FERREIRA, P. H.; MACEDO, R. Avaliação do capim mombaça (Panicum maximum Jacq.) submetido a diferentes doses de nitrogênio. Acta Scientiarum Agronomy, Maringá, v. 27, p. 83- 89, 2005.
GONÇALVES,W.G.;JIMENEZ,R.L.;ARAÚJOFILHO, J.V. de; ASSIS, R. L. de; SILVA, G. P.; PIRES, F. R. Sistema radicular de plantas de cobertura sob compactação de solos. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 26, p.67-75, 2006.
KLUTHCOUSKI, J.; AIDAR, H. Implantação, condução e resultados obtidos com o Sistema Santa Fé. In: KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L. F.; AIDAR, H. (Ed.). Integração lavoura- pecuária. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2003. p.407-441.
LARA CABEZAS, W. A. R.; PÁDUA, R. V. Eficiência e distribuição de nitrogênio aplicado em cobertura na cultura de milho consorciada com Brachiaria ruziziensis no sistema Santa Fé. Bragantia, Campinas, v. 66, p.131-140, 2007.
MAIA, M. C.; PINTO, J. C.; ANDRADE, I. F. Estabelecimento de capim-tanzâniausando milheto como cultura acompanhante. Revista Brasileira Zootecnia, Viçosa, MG, v. 29,p.1312-1319, 2000.
MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. Piracicaba: Potafos, 1997. 319 p.
MARTINEZ, H. E. P.; CARVALHO, J. G. de.; SOUZA, R. B. de. Diagnose foliar. In: RIBEIRO, A. C.; GUIMARÃES, P. T. G.;
ALVAREZ, V. V. H. (Ed.). Recomendação para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5a. aproximação. Viçosa, MG: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 1999. p. 143-168.
MATEUS,G.P.Doses de nitrogênio na cultura de milho e do sorgo em consórcio com forrageiras. 2007. 149f.Tese(DoutoradoemAgronomia)-Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista “Júlio De Mesquita Filho”, Botucatu.
MAXIMO, E.; BENDASSOLLI, J. A; TRIVELIN, P. C. O.; ROSSETE, A. L. R. M.; OLIVEIRA, C. R.; PRESTES, C. V. Produção de sulfato de amônio duplamente marcado com os isótopos estáveis 15N e 34S. Química Nova, São Paulo, SP, v. 28, p.211-216, 2005.
PORTES, T. A.; CARVALHO, S. I. C.; OLIVEIRA, I. P.; KLUTHCOUSKI, J. Análise do crescimento de um cultivar de brachiaria em cultivo solteiro e consorciado con cereais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 35, p.1349-1358, 2000.
RAIJ, B. van; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J. A.; FURLANI,A. M. C. Recomendação de adubação e calagem para o estado de São Paulo. Campinas: IAC, 1997. 285 p.
RAIJ, B. van; ANDRADE, J. C.; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A. Análise química para avaliação da fertilidade de solos tropicais. Campinas: Instituto Agronômico, 2001. 285 p.
SÃO PAULO. Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. Instituto de Economia. Agrícola Levantamento censitário de unidades de produção agrícola do Estado de São Paulo - LUPA 2007/2008. São Paulo: SAA/CATI/IEA, 2008. Disponível em: <http://www.cati.sp.gov.br/projetolupa>. Acesso em: 10/03/2011.
SILVA, E. C.; MURAOKA, T.; BUZETTI, S.; VELOSO, M. E. C.; TRIVELIN, P. C. O. Absorção de nitrogênio nativo do solo pelo milho sob plantio direto em sucessão a plantas de cobertura. Revista Brasileira de Ciência de Solo, Viçosa, MG, v. 30, p. 723-732, 2006.
SISTEMA Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília, DF: Embrapa Produção de Informação; [Rio de Janeiro]: Embrapa Solos, 1999. 412 p.
TIMOSSI, P. C.; DURIGAN, J. C.; LEITE, G. J. Formação de palhada por braquiárias para adoção do sistema plantio direto. Bragantia, Campinas, v. 66, p. 617-622, 2007.
ZANINE, A. de M.; SANTOS, E. M.; FERREIRA, D. de J.; CARVALHO, G. G. P. de. Potencialidade da integração lavoura-pecuária:relação planta- animal. Revista Electrónica de Veterinaria REDVET, Málaga, v. 7, n. 1, 2006. Disponivel em: <http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/ n010106/010601.pdf.>. Acesso em: 10/04/2011.
Dado bibliográfico: Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v.10, n.2, p. 130-145, 2011