Luis, quando a gente deixa de ler, não sabe o que está desprezando. Eu li tudo, até o seu artigo, e quero dizer que ainda não tenho opinião formada, até porque, como o autor declarou, não estão disponíveis os dados nutricionais completos sobre o produto da FVH (DIVMS ou o NDT). Por outro lado, a chancela da FAO ao processo de FVH me leva a desejar mais informação. Quero agradecer ao autor que me despertou o desejo de me informar melhor, e peço ao Jose Luiz M Garcia referências bromatológicas ao milho tratado com cal.
Deixei de ler onde diz que adquiriu um "kit Hidroponia" para fvh. Provavelmente vai falar de teor nutritivo ms e mb, coisas do gênero, no século em que estamos só o facto de semear em terra já pode ser prejudicial para os animais! Mas começo pelo gasto de água: no método tradicional qual a quantidade de água desperdiçada? entre 40/60%? Na hidroponia o excesso de rega pode ser recuperado e reutilizado (a ivaporação também mas isso é outra historia)! Só aí já temos solução e não enganação!
Agora na nutrição, quando alimentamos um animal com FVH estamos realmente a alimentar o animal com planta, semente e a raiz; no método tradicional o animal alimenta-se da planta, a semente e a raiz ficam no chão! Solução 2 - Enganação 0! A forragem Hidroponica também alimenta animais como galinhas, pombos, etc., dos quais o excremento pode ser utilizado como nutrição da fvh, mais 1 ponto a favor da solução, e há muito mais a favor da solução!
A qualidade da semente é o segredo chave da agricultura geral.
Boa tarde, Como deve ser realizada (protocolo e concentrações) do grão de milho com água e cal. Att, Daniel Dalgallo - Porto União
Ramon,
Se na sua região tiver pluviosidade suficiente para a cana, opte por esta forrageira como fonte de alimento volumoso para o período seco, sendo usada triturada no cocho com correção à base de ureia e sulfato de amônio. Se a pluviosidade for muito baixa, na casa dos 600 mm anuais, o que significa que forçosamente suas pastagens sejam de gramíneas nativas ou uma pastagem plantada com espécies como o capim buffel (Cenchrus ciliares), a palma forrageira seria a opção economicamente viável como fonte de volumoso para o período seco.
Como a Srta. Romina Lindemann comentou com propriedade, a FVH demanda o aporte de água, que parece ser o problema em sua região. Em termos de logística, custo e uso de água, acho que seria economicamente e nutricionalmente mais interessante irrigar uma pequena área para produção intensiva de cana. Dependendo da luminosidade e temperaturas mínimas médias ao longo do período seco, talvez até uma pequena área intensivada de capim elefante para corte pudesse ser uma opção. Mas lembrando que nem mesmo ele supera a cana em produção de carboidratos totais por hectare.
O Sr. Jose L.m. Garcia bem lembrou um fato de grãos germinados terem maior digestibilidade, o que se confirma também no caso da FVH, entretanto a perda de nutrientes totais e o baixíssimo índice de fibra efetiva oriunda somente da FVH, sem contar o substrato fibroso normalmente utilizado, não compensam a maior digestibididade da matéria seca deste material.
O Sr. Jose L.m. Garcia também apontou uma solução, que é a hidratação do milho grão antes de ser servido aos animais. Esta era uma prática antiga que foi abandonada, e que voltou nos últimos tempos pelo real ganho em digestibilidade deste grão, em que pese haver uma pequena perda de carboidratos solúveis no processo.
Então, de forma resumida, se for viável opte sempre em primeiro lugar pela cana (só depende da pluviosidade média anual)! Mas faça análise de solo e o corrija, de forma a ter uma boa produção de MS com bom conteúdo de carboidratos (brix) em uma área menor, o que vai propiciar após a correção com uréia e sulfato de amônio um bom volumoso que atenderá seu rebanho de forma muito superior à FVH!
Abraço,
Hélio Cabral Jr
Prezados Participantes,
Creio que o autor Hélio Cabral Jr. demonstrou matematicamente que essa tecnologia não aumenta e nem melhora alguns parâmetros como o NDT, MS, etc...
Entretanto, como dizem os americanos, "a prova do pudim está no sabor ". Por "sabor" eles querem realmente dizer "resultados". Foi dada uma receita e a prova final deveria vir dos resultados obtidos como ganho de peso, aumento da produção leiteira, dados relativos a fertilidade e a reprodução, etc....
Não sei se os mesmos órgãos que promovem essa receita já fizeram o dever de casa e podem realmente afirmar que o FVH é realmente melhor que o milho seco triturado ou se tudo não passa simplesmente de um mero jogo de números, como demonstrou o autor do artigo, números esses criados por esses mesmos órgãos, muitas das vezes e/ou pelo status-quo acadêmico-científico.
É sabido que os grãos secos possuem os chamados "fatores anti-nutricionais" que são inibidores enzimáticos e também já é de conhecimento geral que todo grão germinado apresenta uma melhor digestibilidade e, por conseguinte, um aproveitamento melhor pelo organismo animal, independentemente de seus teores absolutos individuais tais como % de Proteína.
Vejam bem: A Nutrição está supondo que se o teor absoluto individual (como por ex. teor de Proteína - na verdade teor de N simplesmente) de um determinado nutriente for maior, esse produto deverá ser melhor que o outro, porém, nem sempre as coisas funcionam dessa maneira em organismos biológicos.
O autor demonstrou que o FVH é meramente um jogo de números. Ponto.
Por outro lado temos a evidência da germinação melhorar a absorção, e, em consequência, o aproveitamento dos grãos ao terem os seus fatores anti-nutricionais eliminados.
Eu tenho usado, há anos sempre que posso, o grão de milho simplesmente embebido em água de cal (pelo cálcio solúvel). Coloca-se o grão de milho submerso em água de cal por 24 a 48 horas e esse processo já é suficiente para eliminar os fatores anti-nutricionais e ao mesmo tempo aumentar bastante o teor de cálcio solúvel, e por conseguinte, assimilável.
Pode não ter fibras como o FVH , porém apresenta teores de cálcio mais altos e tenho certeza que a digestibilidade e o aproveitamento dos nutrientes será bem maior que o grão seco triturado. Além do mais, reduz consideravelmente o trabalho de moagem do milho e o uso de energia elétrica.
Jose Luiz M Garcia
Olá querido, se o seu problema é justamente a falta de água, não vejo como a hidropônia poderia lhe ajudar, sendo que ela precisa de muita água e produtos químicos. Sugiro armazenamento e captação de água de chuva em grandes reservatórios, e assim você conseguirá ter água para o ano todo, programando de acordo com suas necessidades alimentares, e dos animais também.
Hélio, tenho uma fazenda no interior de Pernambuco, e estou tendo muitas dificuldades com a seca.
Queria saber se a Hidroponia é uma solução viável para alimentar 40 gados leiteiros + 220 nelores (somente para sobrevivencia, não para deixá-los gordos).
Iria sair muito caro este investimento? E se sim, somente para o gado leiteiro seria uma boa saída? O que você acha da Aeroponía? Já que a questão da seca é algo sério por aqui.