INTRODUÇÃO
Nas quatro décadas mais recentes, o interesse pelo cultivo do capim-elefante aumentou em decorr ência do seu bom valor nutritivo e elevada produ- ção de fitomassa. O desenvolvimento das pesquisas e divulgação dos seus resultados motivaram os pecuaristas a intensificarem o uso da espécie para corte (visando a produção de forragem verde, silagem e feno) e também para pastejo direto, haja visto a possibilidade de aumento na produção de leite em várias vezes a média nacional e os ganhos de peso de um quilograma por dia (RODRIGUES et al., 2000).
O capim-elefante, de modo similar a outras esp écies forrageiras tropicais, apresenta estacionalidade de produção durante o ano. Nos trabalhos de PEDREIRA (1976) com capim-elefante Napier, de GOMES et al. (1980) com as variedades ?Merkerón mejicano? e ? Selection 1?, e de PEDREIRA e MATTOS (1982), com oito cultivares de capim-elefante, verificaram-se que as produções de massa seca durante o período das secas foram 23%, 23% e 27%, respectivamente, da produção anual. Essa limitada produção de forragem durante o período seco tem sido apontada como um dos fatores que mais contribui para diminuir a produtividade dos rebanhos, sendo responsável pela queda acentuada no desempenho animal e mesmo pela grande redução na capacidade de suporte dos pastos, vindo a dificultar a eficiência da atividade pecuária (ROLIM, 1994).
As dificuldades encontradas nas regiões de clima tropical, para obtenção de produção mais uniforme de forragem durante o ano, podem ser superadas através da utilização de diversas tecnologias. Entre elas, destaca-se o manejo de fertilizantes nitrogenados, empregando-os em épocas estratégicas, como no final do período das águas (final de fevereiro a março para o Estado de São Paulo), buscando melhorar a distribuição da produção de forragem durante o ano, sem diminuir a produção total, reduzindo assim a necessidade de utilização de alimentos suplementares (WERNER et al., 2001).
Neste contexto, WERNER (1970/71) estudou épocas de utilização da adubação nitrogenada (100 kg ha-1) para o capim-colonião submetido a cortes mecânicos. Verificou que, embora a produção total anual de massa seca fosse similar para as épocas de adubação, a aplicação do nitrogênio em uma só vez em março resultava nos maiores percentuais de produ ção de massa seca no período das secas. Em contrapartida, quando o nitrogênio era todo aplicado em setembro, novembro, ou janeiro ocorria a maior concentração da produção de massa seca do capim no período das chuvas, com baixa produção no período das secas.
Baseado no trabalho de WERNER (1970/1971) MARTELLO et al. (2000) avaliaram, em sistema de cortes mecânicos, a produção de forragem do capimelefante, empregando manejo da adubação nitrogenada no final do período das águas e verificaram que a aplicação das doses de nitrogênio nesta época (março) proporcionou aumento linear na produção de massa seca nos três primeiros cortes e aumentou de 39 para 51% a proporção de forragem produzida no período das secas, quando se elevou a dose de nitrogênio de 60 para 240 kg /ha/ano.
Para os capins Aruana e Tanzânia GIACOMINI (2003) estudou a produção de forragem desses capins submetidos a 150 e 300 kg ha-1 de nitrogênio aplicados 2/3 em março/abril e os outros 1/3 em novembro/dezembro e encontrou que a massa de forragem produzida no período das secas correspondeu a aproximadamente 45% do total anual, para a média dos dois capins.
O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de doses de nitrogênio aplicadas no final do período chuvoso (início de março) na produção de massa seca, distribuição estacional da forragem durante o ano e na concentração e extração de nitrogênio do capim-elefante cv. Guaçu, na região de Brotas, SP.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em uma área da Estação Experimental de Brotas, SP, localizada na altitude de 650 metros, latitude de 22°16´S e longitude de 48° 07´O. De acordo com a classificação de Köppen, o clima da região de Brotas é Cwa caracterizado como tropical de altitude, com inverno seco e verão quente. Os valores de precipitação pluvial, armazenamento, excedente e déficit hídrico mensal de março de 1998 a março de 1999 estão apresentados na Figura 1(a) e os de março de 1999 a março de 2000 na Figura 1b.
Figura 1. Dados de precipitação pluvial, armazenamento, excedente e déficit hídrico registrado de março de 1998 a março de 1999 (a) e de março de 1999 a março de 2000 (b) em Brotas, SP
O solo é classificado como Neossolo Quartzarênico, apresentando os seguintes resultados na análise para fins de fertilidade: pH (CaCl2) =5,0; matéria orgânica = 22,5 g dm-3; P = 9 mg dm-3; K= 0,71 mmolc dm-3, SB = 11,75 mmolc dm-3; T = 51 mmolc dm-3 e V = 27%.
Utilizou-se o capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) cultivar Guaçu, o qual foi avaliado no período de março de 1998 a março de 2000. O capim foi implantado na área em setembro de 1993 e, até janeiro de 1997, foi submetido a cortes mecâ- nicos em outro experimento. Em janeiro de 1996 foi realizado um corte de uniformização, a 10 cm do solo e aplicou-se calcário dolomítico à base de 2000 kg ha-1. Em março de 1997, após corte da forragem a 10 cm do solo, aplicaram-se 527 kg de cloreto de potássio por hectare em todas as parcelas e nitrogê- nio nas quantidades de 60, 120, 180 e 240 kg ha-1 nas parcelas que constituíram os quatro tratamentos do experimento. O delineamento foi o de blocos completos ao acaso, com 12 repetições, totalizando 48 parcelas de 6,00 x 4,80 m, espaçadas de 2 m. A área útil das parcelas foi de 9,6 m2 (4,0 x 2,4 m). As doses de N, da fonte nitrocálcio, foram reaplicadas em 07/03/1998 e 07/03/1999.
Os resultados de março de 1997 a março de 1998 constituíram o primeiro ano de avaliação do experimento e estão publicados emMARTELLO et al. (2000). Os dados de 07/03/1998 a 07/03/1999 e 07/03/1999 a 09/03/2000 constituem o primeiro e segundo ano do presente trabalho.
Em cada ano experimental foram efetuados cinco cortes. De 07/03/1998 a 07/03/1999 (primeiro ano do presente trabalho) os cortes foram efetuados em: 26/05/98; 10/09/98; 17/11/98; 14/01/99 e 15/ 03/99. De 16/03/1999 a 09/03/2000 (segundo ano) os cortes foram em: 12/05/99; 20/09/99; 22/11/99; 04/01/00 e 09/03/00. As produções correspondentes aos cortes de maio e setembro (crescimento de março a maio e de maio a setembro), de cada ano, corresponderam à produção do período das secas. As produções dos cortes de janeiro e março (crescimento de novembro a janeiro e janeiro a março) corresponderam à produção do período das chuvas. As do corte de novembro (crescimento de setembro a novembro) foram consideradas como intermedi árias entre a produção das secas e das chuvas.
Após o corte de novembro, de cada ano experimental, e em todas as parcelas, aplicaram-se 200 kg ha-1 de nitrocálcio (60 kg de N); 250 kg ha-1 de superfosfato simples (50 kg de P2O5) e 140 kg há-1 de cloreto de potássio (84 kg de K2O) e, após o corte de janeiro, mais 200 kg ha-1de nitrocálcio (60 kg N) e 340 kg ha-1de cloreto de potássio (204 kg de K2O).
O capim foi cortado manualmente a 10 cm do solo e o material colhido da área útil de cada parcela foi pesado, amostrado e as amostras secadas a 65°C. Depois de secas as amostras foram pesadas para a determinação da porcentagem de massa seca, para cálculo da produção de massa seca por área. A seguir foram moídas para determina ção da concentração de nitrogênio total, segundo metodologia descrita em SARRUGE e HAAG (1974).
A quantidade de nitrogênio extraída pelas plantas em cada corte (kg ha-1) foi calculada multiplicando- se a concentração de nitrogênio pela produção de massa seca por área.
Os resultados foram submetidos à análise de variância e, em função da significância no teste F (P<0,05) para doses de nitrogênio, efetuou-se o estudo de regressões polinomiais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os valores de produção de massa seca no primeiro ano foi significativo e linear entre doses de N, respectivamente, no primeiro, no terceiro, e soma dos três primeiros cortes, bem como no total anual, enquanto a soma da produção dos dois primeiros cortes variou segundo modelo quadrático com as doses de N (Quadro1). A produção do primeiro corte (maio/98), além de apresentar resposta linear às doses de N, atingiu bons valores em todos os tratamentos, principalmente se se considerar a eficiência de conversão do N fertilizante em forragem que foi de 64; 44; 30 e 24 kg MS/kg N, respectivamente para as doses de N de 60; 120; 180 e 240 kg ha-1, uma vez que as condições climáticas, após a aplicação de N (março/98), ainda se apresentavam favoráveis ao crescimento das plantas (Figura 1a).
Quadro 1. Produções de massa seca (MS) por cortes e do total anual do primeiro ano (7 de março de 1998 a 12 de março de 1999) do capim-elefante cv. Guaçu, com as respectivas equações de regressão, em função das doses de nitrogênio aplicadas em março, e produção relativa de alguns cortes em relação ao total anual
total anual seguiu modelo de regressão quadrático com ponto de máximo na dose de N de 177 kg ha-1, enquanto a soma dos três primeiros cortes para a produção de massa seca obedeceu modelo linear com as doses estudadas. Como média das doses de N, 49% da forragem foi produzida no período considerado das secas (crescimento de março a maio e de maio a setembro, avaliados nos cortes efetuados em maio e setembro, respectivamente) e 67% no período das secas já mencionado mais a do início da primavera (corte efetuado em novembro e resultante do crescimento de setembro a novembro) resultando numa expressiva melhoria na distribuição da produção anual do capim-elefante cv. Guaçu. PEDREIRA e MATTOS (1982), ao estudarem oito cultivares de capim-elefante com cortes a cada seis semanas no período das águas e a cada nove semanas no período das secas e adubando o capim com N a cada corte (portanto maiores quantidades de N aplicadas no período das águas), verificaram que a produ ção nas secas (maio a setembro), variou de 23 a 33% da quantidade de massa seca produzida no ano, dependendo do cultivar, valores estes que se encontram abaixo dos observados no presente experimento onde, maiores quantidades foram aplicadas em março, para as duas maiores doses de N estudadas.
As concentrações de N na parte aérea do capim- Guaçu no primeiro ano do presente trabalho apresentaram aumento linear com as doses de N para os dois primeiros cortes (Figura 2), similarmente ao observado para a produção de massa seca, o que está de acordo com MARTELLO et al. (2000). Concentra ções mais elevadas foram verificadas no primeiro corte, por ser realizado após a aplicação das doses de N, cujos efeitos diminuíram no segundo e cessaram no terceiro corte (9,7; 9,5; 9,9 e 10,0 g kg-1 respectivamente paras as doses de N de 60, 120, 180 e 240 kg ha-1). As concentrações de N no terceiro, quarto e quinto cortes não variaram significativamente (P>0,05) com as doses de N aplicadas em março, e para o quarto e quinto corte, a falta de resposta em concentração de N às doses de N coincidiram com o observado para a produção de massa seca pelas mesmas razões já mencionadas na discuss ão daquela variável.
A quantidade de N removida pelo capim-Guaçu no primeiro ano (março/98 a março/99) do presente trabalho apresentou efeito significativo para as doses de N, respectivamente, no primeiro, segundo e terceiro cortes (Figura 3) e a soma dos cinco cortes (Figura 4), e os resultados seguiram modelo linear.
Figura 2. Concentração de nitrogênio do capim-Guaçu no primeiro e segundo cortes do primeiro ano, em função das doses de nitrogênio
O total de N extraído pelo Guaçu neste ano foi sempre menor que as aplicações. Nas duas doses mais baixas de N (60 e 120 kg em março, mais duas aplica ções de 60 kg ha-1 nas chuvas) os valoresde extra- ção de 153 e 193 kg ha-1 se aproximaram das doses aplicadas com uma recuperação do N aplicado de 67% indicando um melhor aproveitamento do N pelo capim. Para os tratamentos que receberam as oses mais elevadas de N (180 e 240 kg em março, mais duas aplicações de 60 kg ha-1 nas chuvas) ocorreu, proporcionalmente menor extração (200 e 233 kg ha-1, respectivamente), provavelmente devido às maiores perdas do N aplicado, principalmente considerando o alto volume de chuvas ocorrido no per íodo entre o quarto e quinto cortes. MARTELLO et al. (2000), na condução do mesmo experimento no pedríodo de março de 1997 a março de 1998 encontraram também extrações proporcionalmente mais altas nas doses mais baixas de N, o que também coincide com os resultados de VICENTE CHANDLER et al. (1974). Entretanto, as extrações de N em todas as doses no primeiro ano do presente trabalho (mar- ço/98 a março/99) foram mais baixas quando comparadas àquelas obtidas por MARTELLO et al. (2000), provavelmente devido a diminuição das reservas de N do solo, já que a forragem cortada era removida da área. PACIULLO (1997) relatou decréscimos nos rendimentos forrageiros com o suceder dos cortes do capim-elefante adubado com doses de N variando de 0 a 300 kg ha-1 que, segundo o autor, evidencia a diminuição da fertilidade do solo na ausência da adubação nitrogenada ou mesmo com baixas doses de N. Assim, como o curto período do efeito residual da aplicação de N de 75 kg ha-1, que apenas resultou em elevada produção de forragem no primeiro corte.
Figura 3. Extração de nitrogênio pelo capim-Guaçu no primeiro, segundo e terceiro cortes do primeiro ano e no primeiro, segundo e quinto cortes do segundo ano, em função das doses de nitrogênio
Figura 4. Extração de nitrogênio pelo capim-Guaçu soma dos cinco cortes do primeiro e do segundo ano, em função das doses de nitrogênio
No segundo ano, a produção de massa seca do capim-Guaçu no primeiro, terceiro e quinto cortes e no total anual variou significativamente com as doses de N, de acordo com equações de segundo grau (Quadro 2). As máximas produções de massa seca para estes cortes e para o total anual foram obtidas respectivamente com doses de nitrogênio de 193; 182; 163 e 180 kg ha-1. A produção de massa seca do segundo corte (setembro/99) mostrou aumento linear em função da aplicação das doses de N, mesmo com as condições climáticas desfavoráveis para o desenvolvimento do capim, como temperaturas mais baixas e precipitação pluviométrica reduzida (Figura 1b) observadas durante o período de crescimento que precedeu este corte (maio a setembro).
As menores produções de massa seca observadas no terceiro corte (novembro/99) do segundo ano, independentemente das doses de N, ocorreram provavelmente por causa da baixa precipitação pluvial no período de setembro a novembro como mostrado na Figura 1b. Com relação à produção do quarto corte, realizado em janeiro/2000 (987; 1245; 1050 e 1320 t ha-1 de massa seca respectivamente para as doses de nitrogênio de 60, 120, 180 e 240 kg ha-1 aplicados em março mais 60 kg em novembro para todos os tratamentos) a não diferenciação entre as doses de N aplicadas em março foi reflexo dos baixos valores de precipitação pluvial observados entre novembro e dezembro/99, que correspondeu ao período de desenvolvimento da gramínea precedendo a este corte. A retomada das chuvas e a recupera ção da água disponível no solo, a partir de meados de janeiro, resultou em aumento na produção de massa seca do quinto corte que variou significativamente e de forma quadrática com as doses de N, refletindo ainda efeito residual das doses de N aplicadas em março, devido, provavelmente, ao menor aproveitamento pelo capim nos crescimentos de setembro/novembro e novembro/janeiro, devido à anormalmente baixa precipitação pluvial.
Quadro 2. Produções de massa seca (MS) por cortes e do total anual do segundo ano (12 de março de 1999 a 12 de março de 2000) do capim-elefante cv. Guaçu, com as respectivas equações de regressão, em função das doses de nitrogênio aplicadas em março, e produção relativa de alguns cortes em relação ao total anual
Neste segundo ano não houve efeito significativo (P>0,05) das doses de N na porcentagem do per íodo das secas em relação ao total anual (37; 35; 36 e 38%, respectivamente para as doses de N de 60; 120; 180 e 240 kg ha-1, quando se considera o primeiro mais o segundo cortes) e na porcentagem do período das secas mais o do início da primavera (soma dos três primeiros cortes) em relação ao total anual (47; 47; 47 e 49%, respectivamente para as doses de N de 60; 120; 180 e 240 kg ha-1). Considerando- se a média das doses de N, 37% da produção foi obtida no período considerado das secas e 47% no período das secas mais início da primavera, o que resultou conseqüentemente, em melhoria na distribuição da produção anual do capim-Guaçu.
As concentrações de N na parte aérea do capim, por ocasião do primeiro, segundo e terceiro cortes do segundo ano, apresentaram aumento linear com as doses de N (Figura 5) o que está de acordo com relatos de PACIULLO (1997) e com os resultados de MARTELLO et al. (2000).
As concentrações mais elevadas de N neste segundo ano foram observadas no primeiro (12/05/ 99) e quarto (04/01/00) cortes. As do primeiro corte constam da Figura 5 e as do quarto foram 18,6; 19,2; 19,4 e 19,6 g kg-1 de N. Isto deve ter ocorrido no primeiro corte, por se tratar do corte realizado após a aplicação das doses de N e, no quarto, pela aplicação de N de 60 kg ha-1 em todos os tratamentos conjugados com o menor período de crescimento (44 dias) entre os cinco cortes realizados no capim, além do efeito de concentração devido à baixa produção em função das baixas precipitações pluviais no período. No quarto e quinto corte do segundo ano não houve diferença (P>0,05) nas concentrações de N entre tratamentos (para o quarto corte as concentrações foram mencionadas arás, e para o quinto foram: 13,7; 14,0; 15,3, 14,5 g kg-1 de N, respectivamente para as doses de N 60, 120, 180 e 240 kg ha-1), provavelmente por terem todos eles recebido adubações com nitrogênio de 60 kg ha-1 após o terceiro e quarto cortes, além de serem efetuados em datas já distantes da aplicação das doses de N aplicadas em março.
Figura 5. Concentração de nitrogênio no capim-Guaçu no primeiro, segundo e terceiro cortes do segundo ano, em função das doses de nitrogênio
A quantidade de N extraída pelo capim-Guaçu no segundo ano do presente trabalho sofreu efeito significativo e linear das doses de N para o primeiro e segundo cortes (Figura 3) e para a soma dos cinco cortes (Figura 4) e efeito significativo e quadrático para o quinto corte (Figura 3). Geralmente a extração de nutrientes do solo pela planta é proporcional aos rendimentos obtidos. Verifica-se que as baixas extrações de N ocorridas neste ano foram devidas às baixas produções de massa seca, que por sua vez foram devidas às baixas precipitações pluviais ocorridas no período considerado de março de 1999 a março de 2000 (Figura 1b).
CONCLUSÕES
As doses de N aplicadas em março além de aumentarem as produções de forragem no período crítico e no total anual, melhoram a distribuição de forragem ao longo do ano.
As concentrações de N na forragem aumentaram com as doses de N em quase todos os cortes.
A extração de N pelo capim Guaçu foi proporcionalmente maior nas doses mais baixas que nas doses mais altas de N.
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***O trabalho foi originalmente publicado no Boletim da Indústria Animal (BIA), do Instituto Zootecnia (IZ/APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, Brasil.