Prevalência de zearalenona em trigo utilizado na alimentação humana no ano de 2002
Publicado:13 de junho de 2013
Por:Márcia Dilkin, Bolsista Fatec – Acadêmica do Curso de Farmácia, Universidad Federal de Santa María -UFSM-, RS; Lisandra Mürmann, Carlos A. Almeida, Claudia H. Kowalski e Paulo Dilkin, Pesquisadores da UFSM, RS, e CA Mallmann, Orientador – Prof. Dr. Coordenador do Laboratório de Análises Micotoxicológicas -LAMIC-, UFSM, RS.
A micotoxina zearalenona é um metabólito tóxico produzido por fungos do gênero Fusarium. Ocorre principalmente em alimentos produzidos em climas de alta umidade e baixas temperaturas podendo incidir em grãos de trigo e de outros cereais culivados em clima subtropical. O consumo humano de derivados de trigo contaminados por zearalenona pode levar ao hiperestrogenismo. O objetivo deste estudo foi verificar o nível de contaminação de trigo por zearalenona. No ano de 2002 foram analisadas 116 amostras de trigo no Laboratório de Análises Micotoxicológicas (LAMIC) da UFSM. A extração de zearalenona das amostras foi realizada empregando metodologia automatizada, preconizada por MALLMANN et al. (2000) e a identificação e quantificação por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Uma alíquota de 50 g da amostra foi homogenizado com 100 ml de Acetonitrila: H2O (84:16, v/v), filtradas, concentradas e ressuspendidas em 1 ml de Acetonitrila: H2O: Ácido Acético (840:160:5, v/v/v). A seguir, as amostras foram clarificadas com uma mistura de sílicas de troca iônica e exclusão, com posterior injeção em sistema de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Foram usados os seguintes parâmetros cromatogáficos: fase móvel composta por água ácida (2% ácido acético):metanol (50:50, v/v); detecção por fluorescência com comprimento de onda de excitação de 310 nm e emissão de 460 nm; injeção de 50 μL de amostra e quantificação através de Sistema HP Chem Station ®. Com este trabalho foi observado que 12,1% das amostras de trigo estavam contaminadas com zearalenona, com nível médio de 263,7 μg/Kg e máximo de 917 μg/K. Os níveis de contaminação encontrados justificam a necessidade de um monitoramento adequado da ocorrência da micotoxina no cereal, sendo esta a única forma da garantirmos um alimento livre deste contaminante natural.
****Pesquisa realizada no Laboratório de Análises Micotoxicológicas (LAMIC), UFSM.