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Fumonisinas na dieta de suínos: Produtividade em xeque

Publicado: 25 de abril de 2022
Por: Rafael Grando - Coordenador de Técnico Suínos
As fumonisinas são produzidas por fungos do gênero Fusarium e Alternaria, a sua ocorrência é mais comum quando ocorrem estações secas seguidas de alta umidade e temperaturas moderadas, o que explica sua alta prevalência em cereais de inverno e milho de segunda safra, atingindo 80% de positividade em 2020 com contaminação média de 1.275 μg/kg.
O principal órgão alvo da fumonisina em suínos é o pulmão, sendo os sinais clínicos característicos da intoxicação aguda a dificuldade respiratória e cianose e da intoxicação crônica o edema pulmonar severo. Estas toxinas podem também afetar o fígado e coração, causando problemas produtivos de grande impacto econômico, pois levam a redução na ingestão de alimentos, menor produtividade, queda no ganho de peso e piora na conversão alimentar e podem levar a alterações nos esfingolipídeos, os quais são considerados biomarcadores desta intoxicação.
As intoxicações com baixas dosagens tem maior probabilidade de serem encontradas a campo. Segundo Souto (2015), intoxicações em baixas concentrações (3,0mg FB1/kg de ração) por períodos prolongados (28 dias) não causaram lesões macroscópicas ou histopatológicas em esôfago, rins, coração e fígado porém foram observadas lesões histopatológicas nos pulmões e redução na resposta imunológica a vacinas, tornando os suínos mais susceptíveis a doenças.
Dietas contaminadas por fumonisinas alteram a microbiota intestinal, predispondo a ocorrência de doenças infecciosas (Oswald, 2003) e pode também apresentar um possível sinergismo para a Circovirose (Fernando, 2008).
Um fator que dificulta o correto diagnóstico de intoxicações por estas toxinas é a ocorrência de fumonisinas ocultas no milho. Segundo Oliveira (2015) o total de fumonisinas numa amostra é de 1,5 a 3,8 vezes maior que a quantidade de fumonisinas livre.
A família de adsorventes Toxfree apresenta eficácia comprovada por testes in vivo e in vitro na prevenção dos danos causados por fumonisinas em suínos, melhorando os resultados zootécnicos e protegendo órgãos alvo.

Referências:
SOUTO, P.C.M.C. Efeitos da administração prolongada de baixos níveis de fumonisina B1 em suínos: Avaliação de parâmetros de desempenho, histologia de órgãos, resposta imunológica e resíduos em materiais biológicos, 2015. Tese (Doutorado)- Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2015.
Fernando V.B. , Neide L. S., Juliana A.C., Aline V., Carlos A.M. Janice R.C-Z. ANALYSIS OF THE EFFECT OF FUMONISIN B1 IN PORCINE CIRCOVIRUS TYPE 2 (PCV2) REPLICATION AND INDUCTION OF APOPTOSIS IN VITRO. IPVS - Biennial International Congress - South Africa, 2008 by International Pig Veterinary Society, 2008
Adisseo, Pesquisa de micotoxinas no milho, Adisseo Brasil 2019, 2020, disponível em https://opresenterural.com.br/pesquisa-de-micotoxinas-no-milho/
Oliveira, M. S., Diel A. C.L., Rauber, R.H., Fontoura, F. P., Mallman, A., Dilkin, P., Mallman, C.A., Free and hidden fumonisins in Brazilian raw maize sample, disponível em www.elsevier.com/locate/foodcont
Adisseo, Levantamento das micotoxinas do milho: Adisseo Brasil 2020, 2020, disponível em https://opresenterural.com.br/levantamento-das-micotoxinas-do-milho-adisseo-brasil-2020/

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