Uma vez que a contaminação por aflatoxina tem efeito acumulativo em humanos, o ideal seria um consumo zero. Nesse sentido, é preocupante a detecção de até 60% de AFB1 nas rações testadas, ainda que em teores abaixo do permitido. Gostaria, se possível, que o autor:
a) informasse o nível de tolerância de AF em rações, adotado pela União Européia.
b) em um artigo subsequente, recomendasse práticas visando minimizar a ocorrência do fungo nas rações, sobretudo nas silagens.
Creio que a presença de micotoxinas na alimentação de gado leiteiro é responsável por grande parte das intoxicações e outras consequências aos animais. Infelizmente o diagnóstico de campo dos colegas veterinários é limitado por deficiência tecnológica, o que agrava a situação. As silajes produzidas estão aquém da qualidade necessária para ser fornecida aos bovinos de leite, daí vem minha grande preocupação, já que os produtores fazem anualmente este procedimento de reservas alimentares sem uma dedicação com relação ao valor nutritivo deste alimento. Por isso a pesquisa ilustrada pelo autor tem fundamento e desperta o interesse de todos que labutam com o leite, pois as toxinas são transportadas aos alimentos e para os animais, deste para o leite ingerido pelo ser humano. Obrigado.
Inicialmente, agradeço os comentários feitos ao artigo. Em resposta aos comentários, seguem abaixo os dados bibliográficos deste artigo:
Oliveira, CAF, Sebastião, LS, Fagundes, H, Rosim, RE, Fernandes, AM. Determinação de aflatoxina B1 em rações e aflatoxina M1 no leite de propriedades do Estado de São Paulo. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.30, p.221 - 225, 2010.
O limite para aflatoxina B1 em rações para o gado leiteiro na União Européria é 5 ug/kg.
Com relação às práticas agrícolas para prevenção de fungos e aflatoxinas, especialmente em silagens, recomendo o artigo a seguir: Prandini, A, Tansini, G, Sigolo, S, Filippi, L, Laporta, M, Piva, G. On the occurrence of aflatoxin M1 in milk and dairy products. Food and Chemical Toxicoloogy, vol. 47, p. 984-991.