Brasil - Universidade Uniquímica: peletização na alimentação animal
Publicado:12 de julho de 2007
Fonte :Uniquimica / Giovana de Paula
Dietas peletizadas melhoram a digestibilidade da matéria orgânica, energia, cinzas e proteína (O'Doherty et al., 2000; Wondra et al.,1995, Moran, 1987). Segundo Falk (1985) e Moran (1987) a peletização melhora a eficiência alimentar devido à combinação da umidade, calor e pressão, que gelatinizam ou rompem a estrutura das partículas dos alimentos, melhorando assim a utilização dos nutrientes.
Nos carboidratos ocorre a desagregação dos grânulos de amilose e amilopectina facilitando a ação enzimática, e nas proteínas ocorre uma alteração nas estruturas terciárias facilitando a digestão das mesmas. A peletização reduz a segregação ou a separação dos diferentes ingredientes, e garante um consumo balanceado da ração todo o tempo.
Também, existe um menor desperdício, devido ao animal não poder separar e consumir os ingredientes de maior palatabilidade. Todos esses fatores combinam-se para melhorar a eficiência alimentar.
A maioria dos autores concordam que a peletização diminui a carga bacteriana e microbiana das rações, evitando a deterioração dos nutrientes e transmissão de patógenos (Voeten e Van de Leest, 1989; Nillipour, 1993; Ferrer et al., 1995; Maiorka et al.,1999; Roos, 2000).
Ferrer et al. (1995), avaliando uma ração para leitões peletizada a 100ºC com uma pressão de 1 a 2 kg/cm2, concluíram que o processo de peletização empregado pode reduzir a carga bacteriana inicial ao redor de 6 vezes e em 20 vezes a carga máxima em relação a ração farelada. A peletização a 100ºC elimina a presença de coliformes na ração e pode reduzir a carga inicial de proteolíticos em mais de 7 vezes. Os fungos podem ser reduzidos em 15 vezes sua carga inicial e em 7 vezes sua carga máxima na ração peletizada.
Alessandra Schmidt, Engenheira Agrônoma Universidade Uniquímica