A administração de vacinas via água de beber é um método bastante prático para a vacinação de grandes quantidades de aves por exigir menor manipulação. No entanto, está sujeito a erros inerentes à preparação e administração devendo ser observados os seguintes cuidados:
Cuidados antes da vacinação
• Planejar a vacinação com antecedência e seguir corretamente o cronograma de vacinação estabelecido pelo médico veterinário.
• Observar o prazo de validade das vacinas e manejá-las corretamente quanto à diluição, a via de aplicação e conservação.
• Conservar as vacinas ao abrigo da luz e calor e atender as prescrições do fabricante quanto às temperaturas e modo de conservação.
• Vacinar somente aves sãs e evitar assustá-las.
• As vacinas devem ser preparadas exclusivamente no momento de seu uso e serem administradas até duas horas após terem sido reconstituídas.
• Verificar a disponibilidade de bebedouros, em número suficiente, para que ao menos dois terços (2/3) das aves tenham acesso á vacina ao mesmo tempo.
• Lavar encanamentos e os bebedouros, eliminando toda sujidade, excrementos e limo, com água pura, sem usar desinfetantes ou medicamentos.
• Retirar desinfetantes (Cloro) e medicamentos da água de bebida no mínimo 24 horas antes da vacinação.
• Vacinar em horários com temperaturas amenas, especialmente pela manhã.
• Para estimular a sede nas aves e reduzir o tempo de consumo da água com a vacina, aplicar o artifício chamado “jejum hídrico” (corte no fornecimento de água para as aves antes da aplicação da vacina).
• De acordo com a temperatura ambiente recomenda-se o corte de disponibilidade da água, com uma hora (em clima quente) ou duas horas (em temperatura amena), antes da vacinação.
Cuidados durante a vacinação
• Não utilizar recipientes de metal para preparar ou distribuir a vacina. Utilizar somente recipientes plásticos.
• A adição de dois gramas de leite em pó desnatado por litro de água antes da diluição da vacina (2g/Litro água) ou pastilhas inativadoras de cloro, que são formas para estabilizar e proteger a solução vacinal do choque físico causado pela diluição do vírus numa grande quantidade de água (Fig. 1).
• Reconstituir o conteúdo do frasco com a vacina seca em um recipiente menor, com água sem cloro ou qualquer outro desinfetante nem medicamentos (Fig. 2) agitando-o suavemente (Fig. 3).
• Adicionar a vacina reconstituída ao volume total de água (Fig. 4), evitando fazê-lo diretamente na caixa d’água.
• Distribuir a água com a vacina reconstituída e diluída corretamente nos bebedouros (Fig. 5).
• A quantidade de água para diluir a vacina a ser preparada varia em função da idade das aves e a temperatura ambiente no momento da vacinação (Tabela 1).
• Toda a água contendo a vacina deve ser consumida no máximo duas horas após a administração observando-se que todas as aves tenham tido acesso.
Seqüência da reconstituição da vacina
Cuidados após a vacinação
• Fornecer água, sem desinfetante imediatamente após o término da vacinação e somente 24 horas após recolocar o desinfetante.
• Não armazenar a vacina após o frasco ter sido aberto.
• Após a vacinação proceder à destruição e incineração dos frascos e qualquer conteúdo não utilizado.
• No caso de quebra do frasco de vacina viva, desinfetar imediatamente o local e depositar os detritos em local apropriado.
• Usar todo o conteúdo do frasco de vacina e queimar o recipiente e todo o conteúdo não utilizado.
• Observar o período de carência da vacina, para consumo de aves e ovos, conforme as orientações do fabricante.
• Todo e qualquer medicamento, inclusive as vacinas, devem ser mantidas fora do alcance de crianças e animais domésticos.
• Todos os aviários devem ter uma ficha de acompanhamento técnico do lote.