Prezada Colega Julian
A colega afirma que após os 30 dias o intestino não se modifica mais...apenas o turn over celular normal...
Porém sabe-se que o Índice Entero-Somático se altera, quando as aves sofrem repetidas agressões por coccideos. Este índice correlaciona o peso dos intestinos vasios com o peso total do corpo da ave viva.
Neste caso o organismo destina recursos (energia e nutrientes) para compensar a lentidão da digestão (fruto das lesões repetidas em maior ou menor grau)..
Se isto for fato, então há uma modificação significativa, mesmo após os 30 dias... e esta modificação interfere diretarmento no rendimento de carcaça.
Gostaria de seu comentário a respeito.
obrigado
Prezado Mário, bom dia!
Quando me refiro que após os 30 dias de vida o intestino não se modifica, me refiro as modificações referente ao desenvolvimento normal do órgão. observamos apenas substituição de tecido lesionado ou células velhas.
A modificação a qual o colega se refere se deve a uma agressão ao enterócito e não uma modificação natural.
Toda vez que os enterócitos sofrerem alguma alteração o organismo da ave irá recuperar o epitélio lesionado, destinando nutrientes para esse fim. A maior ou menor gravidade da lesão determinará o tempo e nutrientes necessários para que a estrutura volte a suas condições normais.
Mais ao final do texto comento isso, que a perda de desempenho da ave, em casos de enterite, não se deve apenas a menor digestibilidade do alimento mas também aos nutrientes que a ave destina para combater a infecção (na produção de anticorpos) e também para recuperar as estruturas lesionadas.
De toda forma, animais que não tiveram enterites no início de seu desenvolvimento têm maior facilidade de debelar infecções tardias, enquanto que animais que tiveram constantes enterites nas fases iniciais de seu desenvolvimento serão mais sensíveis a infecções e poderão apresentar diversos problemas de ordem entérica resultando em queda de desempenho final.
att,
Julian
Ok, tu falas que frangos após 30 dias, não modificam mais sua estrutura digestiva, se vivessem em ambientes controlados.
É que a minha visão é prática, ou seja, não existem, no campo, aves que não tenham sofrido agressões intestinais, mesmo com o uso dos insumos específicos para proteçao.
Assim a avaliação do Índice Entero Somático é uma forma indireta de medir o nível de agressão e resposta da população, e neste particular que temos trabalhado, incluindo aí o Índice Hepato Somático, também um excelente sinalizado do tamanho do problema.
Logicamente que todas ações preventivas, visando a produtividade devem ater-se a saúde intestinal, por ser a porta de acesso dos nutrientes bem como dos agentes infecciosos.
Obrigado
Prezado Mário!!
perfeito!! a informação passada refere-se a revisão de anatomia e fisiologia do animal.
Obviamente no campo não conseguimos promover ausência de infecção geral. Esse índice que você comenta representa um excelente parâmetro para se avaliar a incidência de enterites em lotes de frangos, podendo ser aplicado na prática.
Mas a idéia do artigo é essa mesma! é alertar sobre os problemas que enterites causam e sobre a importância de manejarmos os lotes, principalmente no início de seu desenvolvimento com o intuito de preservar a saúde intestinal dos animais.
abraços,