A Salmonelose é considerada uma das zoonoses transmitidas por alimentos de maior relevância para a saúde pública. Apesar das matérias-primas de origem animal estar relacionadas ao aumento no risco de contaminação por salmonela, atualmente sabe-se que os ingredientes de origem vegetal (milho, soja, sorgo, farelo de arroz, farelo de algodão) podem frequentemente estar contaminados pelo mesmo agente (JONES e RICHARDSON, 2004). Desde a proibição em 1996 do uso de farinha de carne e ossos na Grã-Bretanha, houve uma maior demanda na utilização de óleos de sementes, o que tem sido associado ao aumento na prevalência de toxinfecções por Salmonella em humanos no mesmo período (DAVIES e HILTON, 2000).
A soja é uma das matérias-primas mais utilizadas na produção animal, como fonte de proteína, tanto para ruminantes como para monogástricos. Contudo, o alto teor de gordura é uma fonte disponível de nutrientes para que os microrganismos possam se desenvolver durante o armazenamento (PONT et al., 2001). Vários estudos foram realizados avaliando a qualidade das matérias-primas. Soares et al. [1] avaliaram 653 amostras de farelo de soja provenientes de 3 industrias processadoras e observaram a presença de salmonela em 11,2% das amostras, sendo que, a área de estocagem e expedição foram os locais mais infectados. Cardoso et al. [2] avaliaram 513 amostras, das quais 11,6% foram positivas. Dentre as diferentes matérias-primas avaliadas a maior ocorrência de positividade foi observada em farinha de carne (31,66%) e farelo de soja (31,66%), sendo que os outros 36,68% de positividade se distribuíram entre os resíduos de soja, cascas para adicionamento, farelo peletizado de soja, farinha de vísceras, milho, cascas e vagem de soja.
Tabela 1. Nível de contaminação por Samonella sp. em diferentes ingredientes.
Várias estratégias têm sido utilizadas no controle da contaminação de matérias-primas e rações por salmonela, e estas incluem tratamentos físicos e uma ampla variedade de tratamentos químicos. O uso de ácidos orgânicos e seus sais são amplamentes difundidos como forma de proteger matérias-primas e rações destinadas a alimentação animal contra a contaminação por fungos e bactérias (LIN e CHEN, 1995; GOULD, 1996; GUYNOT et al., 2005).
Figura 1. Tratamento de grãos no porto de Rotterdam (NL) com ácidos orgânicos tamponados.
A maior vantagem quanto à utilização dos tratamentos químicos está no efeito antimicrobiano residual, que pode persistir após o armazenamento, auxiliando na proteção do alimento contra a recontaminação.
Figura 2. Fysal Feed tem menor volatização compardo com formaldeído impedindo a recontaminação.
Fysal® Feed é um produto inovador no controle eficaz de Salmonela e outras enterobactérias como Campilobacter e E. coli em matérias-primas ricas em gordura (farelo de canola, soja etc) e produtos com uma alta capacidade tampão (ração para reprodução, farinhas de origem animal etc). A atividade detergente em Fysal® Feed torna a Salmonela acessível para os ácidos orgânicos via dispersão de gordura. A combinação de ácidos orgânicos em Fysal® Feed tem um forte efeito de desestabilização da membrana celular da Salmonela levando a um controle eficaz do agente em matérias-primas e ração.
Figura 3. Modo de ação do Fysal Feed com controle de salmonela.
Figura 4. Fysal Feed elimina completamente a contaminação de salmonela em matérias-primas.