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Manejo pré-abate de frangos de corte

Publicado: 31 de agosto de 2015
Por: Rafael Belintani, Dra. Sarah Sgavioli, Prof. Dr. Rodrigo Garófallo Garcia. BRF S.A. Unidade de Dourados - MS; Faculdade de Ciências Agrárias – UFGD/Dourados - MS
Introdução
Dentro do complexo brasileiro de carnes, a avicultura é considerada por muitos como a atividade mais dinâmica. Desde o inicio da produção de frangos de corte no Brasil, a cadeia produtiva do produto modernizou-se, devido à necessidade de redução de custos e aumento de produtividade, tentando com isso não perder competitividade. Como consequência, tem sido uma das mais organizadas do mundo, destacando-se das demais criações pelos resultados alcançados não só em produtividade e volume de abate, como também no desempenho econômico, onde têm contribuído de forma significativa para a economia do Brasil. Outro fator favorável à criação de frango no Brasil é a alta produção interna de grãos, como o milho e soja, que servem de alimento para o plantel.
Dentre as informações existentes sobre as operações pré-abate, sabe-se que muitos são os fatores que contribuem com o estresse das aves durante estas etapas e que a intensidade destes efeitos determina o nível elevado de perdas por mortalidade na chegada (“Death on arrival” – DOA). No entanto, a busca pela localização destes pontos críticos tornou-se um dos principais desafios da cadeia produtiva de frangos de corte, com o objetivo de reduzir as perdas nesta fase, e consequentemente aumentar a lucratividade para todos os atores envolvidos no cenário avícola.
Assim, devido à importância desse tema, neste trabalho, serão apontados os principais tópicos do manejo pré-abate de frangos de corte, sendo estes: jejum, apanha, carregamento, transporte, tempo de espera no abatedouro, pendura, insensibilização e sangria, com ênfase no bem-estar das aves.
Bem estar
O tema bem-estar animal faz parte cada vez mais na consciência pública dos países desenvolvidos. Esse fato ocorre ao mesmo tempo em que há demanda por maior segurança alimentar e outras modificações de preferências pelo consumidor. A pluralidade da demanda dos consumidores e suas preocupações com o bem estar animal de um lado, e as opções dos produtores nos diversos tipos de criações e negócios, de outro, conduzem a uma aparente mudança nos sistemas de criação e no cuidado nas etapas de manejo pré-abate, tendo como objetivo conciliar o bem estar animal a uma produção sustentável.
Fatores relacionados ao bem estar e manejo pré-abate, envolvendo estresse nas ações de embarque, transporte até o abatedouro, desembarque, densidade de alojamento, além de período de descanso dos animais após o transporte, apresentam grande influência na qualidade da carne (GUARNIERI et al., 2002; 2004; DEVINE et al., 2006).
A melhoria do bem estar animal pode afetar positivamente vários aspectos da qualidade do produto, como por exemplo, na redução da ocorrência de carnes pale soft and exudative (PSE) e dark firm and dry (DFD) (SAMS, 1999; OLIVO et al., 2001; GUARNIERI et al., 2004; PETRACCI et al., 2004; BIANCHI et al., 2007; SIMÖES et al., 2009) bem como a incidência de quebra, contusões ósseas, redução do potencial e resistência a doenças, diminuindo o efeito imunossupressor do estresse crônico e a necessidade de antibióticos, claramente ligando a qualidade do bem estar para outros aspectos da qualidade dos alimentos e segurança alimentar (HUGHES e CURTIS 1997; JONES 1997, 2001; FAURE et al., 2003).
O número de aves mortas é o único indicador que oferece às empresas integradoras informações importantes sobre as condições oferecidas aos animais durante as operações pré-abate (Broom, 1993). Segundo o mesmo autor, outros indicadores também podem ser utilizados, como incidência de ossos quebrados e parâmetros fisiológicos, como por exemplo, a temperatura retal. No entanto, as chamadas mortes na chegada. possuem maior impacto econômico no setor. As perdas por mortalidade podem ultrapassar 1%, sendo que 40% das perdas são em função do estresse térmico (Ritz, 2003).
Jejum
O jejum pré-abate inicia-se antes do carregamento das aves até o abate, e é definido como o período em que a ração é retirada, sendo fornecida a estas apenas a água (NORTHCUTT, 2000). A sua finalidade é minimizar a contaminação no abatedouro devido ao esvaziamento do sistema digestório, e melhorar a eficiência produtiva, pois não haveria tempo para que o alimento consumido fosse metabolizado e transformado em carne (MENDES, 2001).
Pesquisadores definiram um período entre8 a12 horas de jejum alimentar como o tempo ótimo para reduzir a incidência de contaminação e não afetar o rendimento de carcaça (SMIDT et al., 1964; WABECK, 1972; VEERKAMP, 1986; BARTOV, 1992; VEERKAMP, 1992). Porém na prática, este período pode ultrapassar 12 horas, dependendo do esquema e do tempo de espera na plataforma de abate que varia de um abatedouro para outro (NORTHCUTT et al., 1997). A água deverá ser retirada somente no momento do carregamento e nos meses de muito calor deve-se fazer a retirada escalonada, para que as aves fiquem o mínimo possível sem a disponibilidade de água. Jejuns inferiores à 6 horas são proibidos, conforme preconiza a Portaria 210 de 10 de Novembro de 1998 (BRASIL, 1998).
Com um jejum superior a 12 horas, a parede intestinal começa a se enfraquecer, com mais de 18 horas, ela pode se romper com muita facilidade (NORTHCUTT et al., 1997). O mesmo caso pode ocorrer com a vesicular biliar, que, após 14 horas de jejum, ainda contem bile, podendo se romper e contaminar a carcaça (BIGILI et al., 1997).
Com o aumento do tempo de jejum, as aves sofrem estresse, desestabilizando assim a sua flora intestinal, já que abre espaço para a entrada de bactérias oportunistas, auxiliando o desenvolvimento de Salmonella sp. no ceco. Os Lactobacillus sp. presentes no papo, controlam o pH por volta de 3,6, impedindo a multiplicação de Salmonella sp, pois o pH ideal para desenvolvimento dela é de6,5 a7,5. Entretanto, com o aumento do tempo de jejum, o pH do papo aumenta, possibilitando a proliferação de Salmonella sp. Com isso, associado à ingestão de cama devido à longa privação de alimento, a carga bacteriana no papo se eleva e este pode se romper no processamento, contaminando toda a carcaça (LUDTKE et al., 2008).
Além destes fatores, o clima deve ser considerado, pois, em dias com temperatura muito alta, as aves diminuem ou até cessam seu consumo de ração durante a tarde, o horário de pico de calor, e, se caso o jejum for iniciado no final da tarde, o período de jejum pode ser maior que o definido anteriormente. O contrário também é válido: em períodos mais frios, as aves tendem a se alimentar mais e se movimentarem menos, retardando o processo de digestão e aumentando o risco de, durante o abate, o papo estar cheio, elevando a contaminação da carcaça (ASSAYAG JR. et al., 2005).
Apanha
Entre todas as operações pré-abate, essa é a que mais gera estresse e injúrias físicas às aves, consequentemente acarretando maior prejuízo (CASTILLO e RUIZ, 2010), além de ser crucial do ponto de vista de qualidade da carne, uma vez que se a apanha da ave não for executada de forma correta ou por profissionais aptos para a função, poderá refletir em sérios danos á carcaça (LEANDRO et al., 2001).
Existem dois tipos de apanha: a mecânica ou automatizada e a manual. No primeiro, é possível que duas pessoas carreguem por volta de 7.200 frangos por hora, no entanto, além de seu alto valor, as modificações nas instalações dos aviários, no transporte e plataforma inviabilizam seu uso no Brasil. Por isso, a apanha manual é a forma utilizada. Nesse modo, são formadas equipes, geralmente de12 a14 pessoas, a baixo custo por ave. A equipe é coordenada e orientada por um líder (CONY, 2000). A retirada do lote para o abate permanece distante da automatização. O trabalho apesar de ser simples, exige treinamento da mão de obra e força física, além de ser considerada uma atividade desagradável.
Há três formas de apanha manual: a apanha pelas pernas, sendo o método que mais causa lesão na carcaça e também o menos eficiente; o método do dorso é o mais utilizado, é a forma mais fácil de introduzir as aves dentro da caixa; e o terceiro método é a apanha pelo pescoço, na qual as aves são pegas três em cada mão e a grande desvantagem são os arranhões no dorso e coxas ao introduzir as aves nas caixas. Este último também pode aumentar a mortalidade no transporte, pois a apanha pelo pescoço pode provocar asfixia (CONY, 2000).
Para garantir o bem estar das aves no momento da apanha, alguns fatores devem ser respeitados. Preferencialmente, realizá-la no período noturno, devido à temperatura mais amena, e também para que as aves tenham a capacidade visual diminuída e não se agitem com a movimentação do manipulador.
Preconiza-se que as aves sejam subdivididas em grupos, podendo utilizar as caixas de transporte para isso, minimizando-se a atividade, facilitando a contenção e a apanha, diminuindo a incidência de lesão de pele, pois ela geralmente é provocada quando uma ave salta sobre a outra (LUDTKE et al., 2008). Nestes círculos devem ser contidos de150 a200 frangos em cada um. Outra recomendação é que as caixas sejam fechadas e deslizadas suavemente até o caminhão e, além disso, a água só deve ser retirada no início da apanha.
Carregamento
A densidade das aves por caixa deve ser ajustada de acordo com o peso das aves, condições climáticas e tamanho da caixa. Deve-se considerar que todas as aves devem ter espaço para deitar sem ocorrer amontoamento de uma ave sobre a outra. As caixas devem ser higienizadas e estar em bom estado de conservação, sendo necessário que a empresa observe o seu estado de conservação, substituindo as que estiverem danificadas, pois podem provocar lesões nas aves (UBA, 2008).
Densidades maiores refletem em grande produção de calor e em dias quentes, o problema se torna bem maior, pois a quantidade de calor é alta, bem como a de vapor d´água, resultando em aumento da umidade relativa (Delezie et al., 2007). Quando isto acontece, as aves apresentam dificuldades de trocas térmicas com o meio, aumentando o estresse térmico e consequentemente as perdas por mortalidade.
Sabe-se que, à medida que se aumenta o número de aves por caixa, aumenta-se a mortalidade, entretanto, há uma redução do valor do frete. Carvalho (2001) e Branco (2004) recomendam o peso de22 kgpor caixa carregada. A densidade deve variar conforme o peso das aves, o horário e a estação do ano, devendo ser menor em dias mais quentes e no período da tarde e obviamente em aves mais pesada (BARBOSA FILHO, 2008).
O número de aves colocadas em cada caixa transportadora deve receber atenção especial. A decisão para essa variável deve considerar o sexo e o peso das aves, além de fatores como clima e distância do aviário ao abatedouro. O número de fraturas ósseas é reduzido quando as aves podem mover-se no interior das caixas transportadoras.
Para transportar as caixas até o caminhão, deve-se utilizar um sistema de cano tipo PVC, que é distribuído no aviário, distanciados50 cm, facilitando o deslizamento das caixas, e um sistema de esteira para levar as caixas do chão à carroceria. O empilhamento de caixas no caminhão deve variar de sete a oito, pois as duas últimas fileiras são responsáveis por 40% das hemorragias de peito. As caixas devem ser bem presas, evitando o mínimo movimento. Para que tudo isso ocorra de maneira correta, é essencial que a equipe seja treinada (RIBEIRO, 2008).
Outra medida importante é evitar que a carga fique exposta ao sol durante o carregamento, pois as primeiras aves carregadas podem sofrer estresse térmico. Uma medida preventiva é a plantação de árvores ao redor do galpão, fornecendo sombra, ou a colocação de sombrite sobre a carga do caminhão até o fim da apanha (VIEIRA et al., 2009).
Após o carregamento, tem-se adotado uma prática fundamental, com o objetivo de reduzir o efeito do estresse calórico na ave, que é a pulverização de água sobre as aves no momento da saída dos veículos da granja para o abatedouro. Isso causa não só o aumento do conforto das aves, mas também a redução das perdas por mortalidade e diminuição do estresse pré-abate (VIEIRA, 2008).
Vale relembrar que a condição térmica básica para molhar a carga deve ser a de temperatura ambiente elevada e umidade relativa baixa. Ou seja, umidade elevada (acima de 85%) certamente dificultará trocas térmicas das aves, pois a evaporação da água passa a ser limitada em função da quantidade de vapor d´água na atmosfera.
Nota-se que a observação das condições térmicas do dia deve ser uma prática constante entre os responsáveis pelo transporte das aves. Isto pode ser feito por meio de consultas à previsão do tempo ou com o uso de termo higrômetros instalados na parte externa das granjas.
Transporte
O transporte consiste na tarefa de encaminhar as aves do aviário até o abatedouro, podendo ser executada em diferentes condições, distância e tipos de vias (BARBOSA FILHO, 2008). Alguns estímulos podem estressar os frangos, comprometendo o bem estar e a qualidade da carne. Os fatores estressantes são: estresse térmico devido à elevada temperatura e umidade, estresse pelo frio devido à alta velocidade do veículo de transporte e umidade, estresse social, decorrente da alta lotação nas caixas, vibração, aceleração, barulho (JORGE, 2008).
Uma taxa de mortalidade aceitável durante o transporte, deve ser inferior a 0,1%. Aves susceptíveis ao estresse, no entanto, podem apresentar taxa dez vezes maior. A duração do transporte não é o fator principal que contribui para o aumento destes números, sendo a restrição alimentar o fator que tem maior peso. As perdas quase dobram, em dias quentes e úmidos acima de25ºC(SANTOS, 1997).
Os motoristas que transportam aves devem ser bem treinados e ter noção exata da carga que estão transportando, ter ideia do número de aves que morrem normalmente no carregamento e transporte, além do conhecimento das lesões que podem ocorrer.
Durante o transporte, a ventilação é desuniforme, tendo mais efeito nas caixas diretamente expostas ao vento (as caixas de cima, na parte superior e frontal do caminhão, por exemplo) e menor nas camadas do meio. Em estudo realizado recentemente no Brasil, Barbosa Filho (2008) relatou a ocorrência destes "bolsões" térmicos em vários pontos da carga, relacionados com a menor ventilação nestes locais.
A disponibilidade de oxigênio é um fator importante, pois seu baixo nível pode causar asfixia nas aves, sendo preciso que ocorra uma separação entre as fileiras de caixas que devem estar limpas, porque o acúmulo de fezes e penas atrapalha a circulação do ar (ABREU e AVILA, 2003).
O planejamento antecipado do tempo de viagem é vital para poder adequar a distância do aviário até o abatedouro com as condições climáticas. Longas distâncias não podem ser associadas com períodos mais quentes do dia, pois as aves seriam submetidas a um calor excessivo por mais tempo. As chuvas também devem ser consideradas, pois estradas que não são pavimentadas podem ficar intransitáveis (VIEIRA et al., 2009).
O estresse térmico muitas vezes é apenas associado às altas temperaturas, no entanto, as baixas também devem ser consideradas. Com o aumento da velocidade do veículo de transporte, eleva-se a ventilação e, consequentemente, as aves sentirão mais frio. O estresse pelo frio é agravado quando as aves estão molhadas, pois há perda de temperatura pela evaporação da água, por isso em dias chuvosos recomenda-se colocar uma proteção na parte superior da carga, e em temperaturas baixas não molhar as aves (RIBEIRO, 2008).
Espera
A permanência no galpão de espera assume um papel fundamental no reequilíbrio térmico das aves recém-chegadas do transporte devido ao efeito de climatização (VIEIRA, 2008). Contudo, não basta apenas a locação do espaço onde os caminhões permanecerão estacionados durante o tempo, mas também é importante a preocupação com o ambiente térmico que facilite as trocas entre os animais e o meio.
A adequação e o controle ambiental no galpão de espera são importantes, a fim de maximizar o efeito convectivo do ar (RITZ et al., 2005). No entanto, com a carga parada durante a espera, a sensação térmica dos frangos piora ainda mais, devido à produção de calor e vapor d água dos animais.
O objetivo de um ambiente de espera num abatedouro consiste em prover as melhores condições térmicas para as aves, diminuindo as chances de perda por mortalidade durante esta etapa. Isto pode ser explicado pela impossibilidade do abate imediato, ou seja, a logística perfeita entre a granja e a linha de abate. Na maioria dos casos, além de eventuais problemas, como por exemplo, falhas mecânicas na linha de abate, a saída de muitos caminhões de uma mesma granja indica a necessidade de mantê-los dentro da empresa, aguardando a ordem de descarga das aves na linha de abate (VIEIRA, 2009).
O tempo de espera não deve ser superior a duas horas, porém, nem sempre as integradoras conseguem cumprir esse tempo, devido ao excesso de caminhões na espera para o abate e, em decorrência de quebras nos equipamentos do frigorífico. Neste caso, sendo necessário muitas vezes parar a linha de abate para realizar a manutenção (BRANCO, 2004).
No galpão de espera, as linhas de nebulizadores devem ser alternadas com as linhas de ventilação. As primeiras devem ser distribuídas uniformemente entre os pilares e o teto, a fim de que se consiga climatizar todas as caixas. O reservatório de água deve estar instalado na sombra. É fundamental que seja instalado nas laterais e no centro do galpão um termo higrômetro para a aferição da temperatura e umidade (VIEIRA et al., 2009).
Temperaturas acima de 18º C aumentam as perdas ocasionadas durante o transporte das aves. Esse fato torna-se agravante quando predomina o calor úmido, pois as aves apresentam maior dificuldade de eliminar o calor corporal, aumentando assim sua temperatura interna e consequentemente prejudicando seu bem estar. Em situação mais drástica o incremento dos batimentos cardíaco pode levar a ave à morte. A qualidade da carne é prejudicada com a adição de fatores estressantes tais como, temperatura mais elevada predominante durante o período mais quente do ano como também temperaturas muito baixa (WARRIS et al., 1993).
É de suma importância que a área de desembarque seja coberta e que as caixas sejam descarregadas com cuidado, evitando movimentos bruscos e devendo ser colocadas na esteira individualmente, evitando estresse e lesões nas aves. As caixas devem ser abertas no momento da pendura, procurando evitar que as aves fujam e, caso isso ocorra, elas devem ser capturadas e penduras na nória imediatamente (GONÇALVES, 2008). As aves que chegarem mortas devem ser retiradas das caixas e deve ser realizado o procedimento de desnuque, afim de garantir a morte da ave.
Pendura
Em seus momentos finais de vida as aves são retiradas das caixas, penduradas pelas pernas em uma linha com ganchos que se encaminham para a insensibilização. Neste momento as aves tendem a se debater bastante, comprometendo o bem estar e potencialmente danificar a qualidade do produto.
De acordo com López (2007) na plataforma que deve haver cuidado de colocar os encaixes das caixas com um espaço mínimo de5 cm(ideal10 cm). Assim viabiliza-se a recirculação do ar pela climatização desta área, eliminando em minutos só o calor evaporativo que rodeia as aves. O piso pode ser demarcado com faixas amarelas, padronizando e garantindo este espaçamento.
Diferenças de resistência física e altura entre trabalhadores da área de pendura podem influenciar a pressão imposta sobre a ave durante a colocação na linha (nórea), ocasionando a produção de hematomas nas pernas (VIEIRA, 2009).
Recomenda-se que o ambiente da pendura possua iluminação reduzida, que as nóreas disponham de anteparo para o peito (para peito) ao longo da linha entre a pendura até a entrada na cuba de insensibilização (UBA, 2009). Além disso, recomendam-se para a pendura evitar os pré-choques; capturar e pendurar as aves soltas na plataforma de recebimento em intervalos máximos de uma hora; fazer com que a disposição da linha de abate entre a etapa da pendura e insensibilização seja o mais linear possível, com o mínimo de curvas e mudanças em sua altura; fazer com que o tempo entre a pendura e o atordoamento seja o menor possível e não superior a três minutos. Para abatedouros habilitados a exportarem para a União Europeia, preconiza-se atender o item 5.2 do Regulamento 1099/2009 que diz: As linhas de suspensão são concebidas de modo a que as aves nelas suspensas não permaneçam conscientes mais do que um minuto. Todavia, os patos, os gansos e os perus nelas suspensos não devem permanecer conscientes mais do que dois minutos.
Salienta-se que as linhas de transporte não devem ter curvas em excesso, uma vez que cada curva é um estímulo para as aves se debaterem e de possíveis deslocamentos, fraturas, arranhões e hematomas (VIEIRA, 2009 e UBA, 2009).
Insensibilização
Em aves a insensibilização deve ser feita preferentemente pela eletronarcose, sob imersão em líquido (BRASIL, 1998) sendo o método elétrico o mais comum no Brasil devido ao baixo custo.
Segundo Gonçalvez (2008) e Kolesar et al. (2009), o atordoamento elétrico aplicado em aves acontece quando essas são imersas em uma cuba de insensibilização com água eletrificada, e são submetidas à aplicação de uma corrente elétrica durante um período médio de sete segundos, de modo que a corrente flua da cuba para as aves, dissipando-se para o gancho, para submetê-las à perda da consciência imediata (KOLESAR et al., 2009).
O equipamento deve dispor de registro de voltagem e amperagem proporcional à espécie, tamanho e peso das aves, considerando-se ainda a extensão a ser percorrida sob imersão (BRASIL, 1998).
A eletronarcose é reversível, provoca epilepsia pela despolarização imediata dos neurônios. É um método eficiente, porém, é importante que os parâmetros elétricos estejam programados para que a ave não retorne à consciência antes de ser sangrada e ocorrer a morte (KOLESAR et al., 2009), além disso, se feita de forma inadequada, provoca defeitos na carcaça como fraturas, contusões e coloração anormal, que reduzem a qualidade da carcaça (ALBINO e TAVERNARI, 2008 apud FERREIRA, 2010).
Do ponto de vista do bem estar animal, e de acordo com recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a corrente mínima que deve ser aplicada em cada ave é 120 mA por um tempo mínimo de 3 segundos, podendo haver variações de acordo com a velocidade da linha de abate em relação ao comprimento da cuba de insensibilização, voltagem e frequência aplicada (KOLESAR et al., 2009).
A insensibilização não deve promover, em nenhuma hipótese, a morte das aves e deve ser seguida de sangria no prazo máximo de 12 segundos (BRASIL, 1998).
Para avaliar a eficiência da insensibilização recomenda-se o monitoramento e o registro diário em intervalos de duas horas. Todos os equipamentos que insensibilizam aves através da eletronarcose devem possuir monitores que permitam a visualização dos parâmetros de amperagem, voltagem e frequência. Lembrando que os parâmetros elétricos e seus efeitos sobre as aves devem ser monitorados em conjunto, e as devidas correções serem feitas de acordo com o observado (BRASIL, 1998; UBA, 2008).
A eficiência da insensibilização está associada a vários fatores que devem ser controlados, tais como, se recomenda que a imersão das aves seja feita até a base das asas; recomenda-se que os ganchos estejam sempre molhados e limpos antes de as aves serem penduradas; a condutividade elétrica da água varia conforme sua composição mineral, recomenda-se adicionar soluções de Cloreto de Sódio (NaCl) a 0,15% no início do turno de trabalho (UBA, 2008; KOLESAR et al., 2009).
Os sinais característicos de uma ave adequadamente insensibilizada são: aves com o pescoço arqueado; asas junto ao corpo e pernas estendidas; ausência de respiração rítmica; expressão ocular fixa e vidrada; ausência de reflexo corneal e da membrana nictitante; ausência de vocalização. Os sinais de retorno à consciência e/ ou má insensibilização são: movimento coordenado das asas; retorno da respiração rítmica; tentativa de endireitamento na nórea (NOTTO, 2005; UBA, 2009; FERREIRA, 2010).
Sangria
A sangria consiste em seccionar os grandes vasos de circulação sanguínea do pescoço. A operação de sangria deve ser iniciada logo após a insensibilização do animal, de modo a provocar um rápido, profuso e mais completo possível escoamento do sangue, antes que o animal recupere a sensibilidade, o tempo mínimo exigido para a sangria total é de 3 três minutos (BRASIL, 1998).
A sangria pode ser realizada de forma manual ou automática. Na automática um equipamento mecânico de corte de pescoço é utilizado, podendo ter uma ou duas lâminas, já que podem ser programados para cortar todos os principais vasos sanguíneos no pescoço, nessa modalidade deve haver uma pessoa encarregada pelo repasse manual quando a ave não for bem sangrada pelo equipamento.
Métodos mecânicos são normalmente usados quando o abastecimento da linha é rápido (UBA, 2008; KOLESAR et al, 2009). Isso é muito importante em relação aos aspectos humanitários (FILGUEIRA, 2013).
Na sangria manual corta-se a parte ventral do pescoço logo abaixo da cabeça para romper as carótidas e veias. Quando o corte é realizado na região da nuca, as carótidas não são completamente atingidas (GONÇALVES, 2008).
Comprometimento da carcaça e dos cortes
Em geral a condenação da carcaça e/ou comprometimento dos cortes se deve aos ossos fraturados e contusões, que podem ocorrer durante o manejo pré-abate. As fraturas de asas e fraturas de pernas são as mais comuns. Os fatores que causam fraturas são muito variáveis. Normalmente provocadas quando os frangos são mal manuseados (LUDTKE et al., 2012).
Do ponto de vista do bem estar, é mais importante identificar as fraturas que ocorreram nas aves vivas e as do processamento da carcaça. Ossos quebrados em aves vivas são acompanhados de hemorragia ao redor da fratura, o que não ocorre quando há fratura após a sangria. Poderá ocorrer ainda desarticulação das asas em alguns métodos de apanha (SILVEIRA, 2013).
As contusões podem ser provocadas durante o manejo pré-abate, sua localização e coloração são importantes para definir ações corretivas. Lesões mais antigas apresentam coloração amarelada ou esverdeada, as mais recentes apresentam coloração vermelho intenso. Na operação da apanha, o percentual de contusões nas coxas aumenta quando realizada através da suspensão das aves pelos pés. Na etapa de pendura, dependendo de como é feita e da pressão exercida, haverá contusões (SANTOS, 2010; SILVEIRA, 2013).
Santana et al. (2008) relataram que o maior índice para fratura/contusões e hematomas observados em um frigorífico foi relacionado à ineficiência na apanha e dependentes dos tratamentos pré-abate (ROÇA, 2002). Os principais pontos de lesões provocadas pelo manejo pré-abate em aves são: contusão na coxa; contusão no peito; fratura da asa; desarticulação da asa; ponta da asa vermelha (KOLESAR et al., 2009; FILGUEIRA, 2013).
Considerações finais
O manejo adequado do pré-abate deve estar presente em todas as fases para garantir o bem estar das aves desde o jejum, apanha, carregamento, transporte, galpão de espera, pendura, insensibilização e sangria, para evitar injúrias físicas e estresse térmico e mortalidade.
O manejo pré-abate de frangos de corte é um assunto amplo com diversos pontos ainda a serem explorados que devem ser verificados e monitorados sempre a fim de minimizar o sofrimento animal, e consequentemente a qualidade do produto final.
Portanto, deve-se considerar que o manejo adequado, com pessoas treinadas para a execução das tarefas e a ambiência é fundamental para a redução de perdas, no final do processo de produção de frangos de corte.
Referências
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Autores:
Sarah Sgavioli
Universidade Federal da Grande Dourados- UFGD
Universidade Federal da Grande Dourados- UFGD
Rodrigo Garófallo Garcia
Universidade Federal da Grande Dourados- UFGD
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Rafael Belintani
Universidade Federal da Grande Dourados- UFGD
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