As galinhas possuem necessidades adicionais aos frangos de corte, por exemplo, pois além das necessidades corporal, há também a síntese de proteína do ovo, além, é claro, bem como de substancias que dependem dos aminoácidos para sua síntese, como serotonina, adrenalina, oxido nítrico, glutationa e carnitina. Neste sentido, as dietas de poedeiras podem ser formuladas à base de milho e farelo de soja, de forma que seja suficiente para atender as necessidades nutricionais dessas aves.
Muitas são as recomendações nutricionais de galinhas poedeiras disponíveis à consulta e adequação. Contudo, muitas já não são mais condizentes com a realidade atual e não demonstram eficiência no que diz respeito a o ambiente de criação, ou seja, são recomendações extrapoladas, muitas vezes, e isso prejudica o uso de tais recomendações por qualquer linhagem comercial em qualquer lugar do mundo. Outro fator que ainda mais prejudica o uso de algumas recomendações é que estas foram obtidas com aves que não mais existem no mercado, mesmo sabendo que a cada ciclo de quatro a cinco anos, uma nova linhagem é lançada e sempre mais eficiente e exigente nutricionalmente.
Inicialmente as dietas para aves eram formuladas com base na proteína bruta. Isso acarretava, muitas vezes, em excessos de aminoácidos na dieta e em alterações no corpo da ave que comprometiam o desempenho e a eficiência do lote. Entretanto, o conceito de proteína ideal, conceituado inicialmente por Mitchell, (1964), foi utilizado em suínos e só após que foi utilizado em dietas de frangos de corte por Baker & Han (1994).
Embora seja amplamente utilizado o conceito de proteína ideal, os ensaios que objetivam determinar os requerimentos nutricionais das galinhas poedeiras se baseiam em apenas um aminoácido. Sabendo da ampla diversidade de interação entre fatores genéticos, nutricionais e ambientais, a técnica que esta ganhando prática para tal avaliação é a das relações entre os aminoácidos da dieta, ou seja, não mais um aminoácido de forma específica, mas todos os possíveis de estudo, ampliando, desta forma, a veracidade das estimativas.
As galinhas poedeiras não possuem exigência de proteína, mas de aminoácidos. Assim, não mais se avalia os níveis protéicos das dietas como antes, pois o que importa realmente é o perfil aminoacídico das dietas empregadas.
Belo artigo Matheus! Grato.
Na maioria das regiões do mundo, as rações para suínos e aves são formuladas à base de milho e farelo de soja, que, normalmente, suprem as necessidades em energia e proteína, mas não completamente em aminoácidos essenciais. Durante muitos anos, as formulações de rações para monogástricos foram baseadas no conceito de proteína bruta, o que resultou em dietas com conteúdo de aminoácidos acima do exigido pelos animais.
Com a mudança desse conceito as empresas terão o máximo de lucro e eficiência dos animais.
Olá Cidnei!
É bom ver pessoas como você no Engormix.com!
Sobre o artigo, realmente tens razão. As dietas para galinhas poedeiras foram amplamente modificadas ao longos dos últimos anos e a cada dia paracem ser mais purificadas para atender as necessidades nutricionais das aves...
Vamos, neste espaço, discutir mais este e outros assuntos e no mês de Abril, nos encontrarmos no Simpósio sobre Exigências Nutricionais de Aves e Suínos em Viçosa, Minas Gerais.
Abraços,
Matheus