Cinco anos de monitoramento de esquemas vacinais com vacinas virais vetorizadas contra laringotraqueíte infecciosa em uma região altamente povoada por galinhas poedeiras
Publicado:1 de junho de 2022
Por:Willian H.M. Santos, Leticia B. de Oliveira, Philipe A. Leão, Izabella G. Hergot, Raphael R. Wenceslau, Christiane M.B.M. da Rocha, Helena L. Ferreira, Mauricio Resende, Nelson R.S. Martins, Stephen J. Spatz, Roselene Ecco
RESUMO:
A efetividade das vacinas recombinantes vetorizadas para o controle da laringotraqueíte infecciosa (LTI) nas aves de uma região (Minas Gerais, Brasil) com aproximadamente 10 milhões de poedeiras foi avaliada em condições de campo, no período de 2014 a 2018. Durante este período, somente as vacinas recombinantes “turkey herpesvirus” (rHVT) ou “fowl poxvirus” (rFPV), que expressam antígenos do vírus da laringotraqueíte (Gallid herpesvirus-1; GaHV-1) foram utilizadas. Galinhas poedeiras (n=1.283), de oito diferentes granjas produtoras de ovos, foram individualmente amostradas e examinadas por monitoramento ativo e, na ocorrência de notificação de doença respiratória aos veterinários do serviço oficial, por monitoramento passivo. Exames clínicos, macroscópicos e histopatológicos foram realizados para o diagnóstico de LTI, bem como técnicas moleculares para a detecção e caracterização do DNA de GaHV-1 da traqueia e gânglio trigêmeo. As galinhas poedeiras pertenciam a lotes e granjas que usavam diferentes protocolos de vacinação (não vacinadas, uma dose ou tipo de vacina e duas doses ou tipos de vacina). Este é o primeiro longo estudo a campo sobre a efetividade das vacinas vetorizadas em uma região com população elevada de poedeiras de múltiplas idades. Utilizando vários métodos de diagnóstico, a ocorrência da infecção por GaHV-1 e a LTI clínica em poedeiras de uma região interditada do Brasil foi investigada. O número de galinhas positivas para o vírus GaHV-1 e para casos clínicos de LTI nas granjas foi menor quando todas as aves estavam vacinadas com, pelo menos, um tipo ou dose de vacina. Entretanto, a diferença na taxa de detecção da infecção por GaHV-1 foi significativa somente quando a comparação foi realizada entre granjas com aves vacinadas com duas doses e aves de granjas vacinadas com uma única dose de HVT-LT.
Esse artigo foi originalmente publicado em Pesq. Vet. Bras. 42:e07037, 2022 DOI: 10.1590/1678-5150-PVB-7037 | https://www.scielo.br/j/pvb/a/QhzHx7WT6WDHtwb4BHz3BVz/abstract/?lang=pt. Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.