A IMPOTÂNCIA DA MÃO DE OBRA RURAL E A ARTE DE BEM VIVER No princípio era comum o uso de mão de obra escrava. Milhares e milhares, estima-se que acima de 4 milhões de seres humanos, foram negociados entre homens, mulheres e crianças e depois escravizados. No caso em tela esse nefasto comércio se deu na sua totalidade pelos portugueses. Um nome se destaca na pouca história: Francisco Félix de Souza, considerado o maior traficante de escravos. Dados não muito precisos indicam que era comum esse tipo de comércio de vidas humanas, exercido pelos que se denominavam reis. Essa situação repercutiu no Brasil Colônia. Os tais navios negreiros aportavam no litoral da Bahia. “Entre 1811 e 1814, entraram na Bahia 78 navios negreiros, 60 dos quais vindos da Costa da Mina. Ao longo daqueles anos, a Bahia importou 17.912 cativos da região, cerca de 75% de todos os africanos O primeiro embarque registrado de africanos escravizados para o Brasil ocorreu em 1530, com a expedição de Martim Afonso de Souza. Acredita-se que os últimos embarques tenham acontecido entre as décadas de 1850 e 1860, quando o tráfico negreiro já era considerado ilegal. introduzidos na Bahia no período”. Fonte: https://www.google.com/search?q=martim+afonso+de+souza+escravagista&oq=m&gs Essa pequena introdução nos leva então, ao costume infeliz de usar esses contingentes como mão de obra, no cultivo da cana de açúcar, algodão e tabaco. Um pulo no tempo e estamos nos anos 2000. O Brasil passa a ser o grande fornecedor de alimentos para o mundo. As diversas culturas se fazem presentes. Que vai da Avicultura à Suinocultura, abrangendo quase que praticamente todo o abecedário. A profissionalização da mão de obra rural hoje é uma realidade. Atualmente a automação informatizada na agropecuária é uma nova realidade. Mas para se habilitar a fazer parte dessa nova geração – máquinas automatizadas / pessoal habilitado, passa a exigir um determinado grau de escolaridade e profissionalização. Está em jogo alguns milhares de R$ ao se pilotar uma colheitadeira ou gerenciar um complexo avícola – frango de corte ou postura comercial – exigirá uma formação técnica de Segundo Grau. São colocados sob administração direta alguns milhares de R$, representados por milhões de hectares de soja, milho, algodão a serem colhidos por operadores, que para tal se exige o mínimo de informática, de mecanização, de coeficiente técnico em relação a área sendo colhida e o sistema de coleta dos grãos - soja, café, cacau, parreirais ou na pecuária como suínos, bovinos com aptidão leiteira, bovinos de corte, produção em escala de peixes da água doce. A moderna agropecuária, já exige que a mão de obra se apresente com um grau de conhecimento específico e não generalista. A constante atualização de técnicas preventivas, administrativas e de gestão, é uma exigência real. No momento o agronegócio conta com entidades umbilicalmente ligadas às Federações de Agricultura e seus Sindicatos, que ofertam inúmeros instrumentais que englobam administração contábil das propriedades; gerenciamento informatizado de propriedades. Ou seja técnicos em Gestão Agropecuária é uma das grandes carências de merccado Um importante setor que ainda é um enorme TABU, chama-se PSICOLOGIA RURAL. Essa citação visa esclarecer algo a respeito: A Psicologia Rural é um campo de estudo que visa compreender a população rural a partir das suas especificidades. Os psicólogos que atuam em contextos rurais abordam questões como: A psicologia ambiental, A influência do meio social na formação do psiquismo, A importância dos vínculos comunitários. O trabalho do psicólogo rural é importante para a saúde mental e emocional dos moradores e trabalhadores rurais, além de estimular o paciente a enxergar as suas questões de outras formas. Fonte: ttps://www.google.com/search?q=PSICOLOGIA+RUAL&oq=PSICOLOGIA+RUAL. Esse passa a ser um quesito de grande importância para qualquer parâmetro comparativo de empresa rural. Há de levar em conta, que sempre existirão ligações comunitárias, sociais e religiosas. As quais devem ser analisadas minuciosamente, uma vez que se terão repercussões no modus operandis da empresa. A mão de obra rural, não significa se valer do trabalho de pessoas, com menor ou maior conhecimento cultural, educacional ou até técnico. Muitas empresas ao admitir esse ou aquele funcionário, o analisa sob o prisma da real e emergente necessidade de preencher tal vaga. Esquece-se do mais importante que é o relacionado com a Análise Psicossocial. Quando nos referimos aos itens: valores pecuniários x mão de obra. Vamos deixar bem claro. Por exemplo. Em uma exploração de ovos comerciais. Uma pessoa que não possua ou que não recebeu informações super detalhadas, poderá comprometer o desempenho do lote ou dos lotes. Mas se uma pessoa possuir todos os quesitos necessários para operar um exploração de ovos comerciais, for portador de alcoolismo? Ou usuário de estupefacientes? Como fazer? Na moderna agropecuária, os montantes de R$ são considerados. Razão pela qual se busca além da eficiência profissional a Análise PSICOLÓGICA RURAL, como forma e maneira de se complementarem. No momento estamos surfando nas ondas da AGROPECUÁRIA DE PRECISÃO e na INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL APLICADA NA AGROPECUÁRIA. Provavelmente ante essas duas citações, possa surgir um enorme funil de boca estreita futuramente, onde MÃO DE OBRA. O Brasil, independente das políticas protecionistas dos países importadores, já apresenta uma enorme consciência profissional e ambiental, em relação a Mão de Obra Rural. A introdução a respeito da Mão de Obra Escrava nos séculos passados é algo do passado. Hoje somos mulheres e homens livres. E nessa liberdade existe um item de livre escolha entre o empregado rural e o empregador rural. Pense nisso antes de contratar o próximo funcionário. Médico Veterinário Romão Miranda Vidal