Brasil - AVISULAT anuncia segunda edição para 2010
Publicado:21 de novembro de 2008
Fonte :Avisulat 2008
Ao encerrar nesta sexta-feira, dia 21, o AVISULAT 2008, os coordenadores anunciaram a realização da segunda edição do evento em 2010, também em Bento Gonçalves, no mês de novembro, reunindo os setores de avicultura, suinocultura e laticínios. Ao fazer um balanço do I Congresso Sul-brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios, os presidentes das entidades consideram que as palestras e debates sobre mercado, produção de grãos e inovações tecnológicas, entre outros temas, foram importantes porque "em época de crises, quanto mais informações melhor", como afirmou o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos (SIPS), Osmildo Bieleski.
O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Luiz Fernando Ross, destacou a união dos três setores enquanto o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (SINDILAT), Gilberto Piccinini, salientou que o AVISULAT é um marco no agronegócio regional e que o peso dos três segmentos no agronegócio, que representam 15% do PIB, já justifica a participação em um evento único. O coordenador-geral, José Eduardo dos Santos, informou que um público de mais de 2 mil pessoas visitou a Feira e participou das atividades realizadas no Fundaparque.
Os impactos da crise internacional dominaram alguns debates e no painel desta sexta-feira sobre a produção de grãos e as perspectivas nacionais e internacionais, o analista de grãos e carnes da Safras e Mercados, Paulo Molinari, alertou que o grande risco de 2009 "é o risco de demanda". Ele projeta que o setor de carnes deverá apresentar forte retração nas vendas externas e terá de conter o ritmo de produção pelo menos no primeiro semestre de 2009. Molinari também considera que o ritmo de crescimento do consumo de etanol é a grande incógnita, "o consumo de milho para etanol será o balizador para a formação dos preços das commodities no mercado internacional".
Em meio às preocupações com o futuro do agronegócio, o diretor-geral da Alltech, de Curitiba (PR), Ari Fisher defendeu o conceito de geração mais verde e vila global. "A vila global tem três forças: energia, alimento e ambiente, que são na verdade os pontos preocupantes. Fisher ressaltou que geração verde não é uma questão filosófica e sim negócio. "É preciso ousar em soluções através da cooperação, mudar a situação da dependência energética e voltar a atenção para as plantações, por exemplo, que vão se tornar menos produtivas no futuro".