Introdução
A produção bem sucedida de ovos depende da forma como as frangas de reposição são criadas, pois o peso ótimo ao início da postura e sua manutenção condicionam o desempenho por toda a fase de postura (Albuquerque, 2004). O desenvolvimento corporal no período de recria abrange do período de pré-postura ao término da formação da estrutura óssea, com o surgimento do tecido medular. Em seguida, ocorre rápido desenvolvimento dos órgãos associados à reprodução, simultaneamente ao aumento do peso de vísceras e de órgãos como o fígado.
De acordo com Bertechini (2006), o preparo fisiológico das frangas de reposição na recria requer cuidados especiais na formulação da ração, pois a ave passa por um estresse metabólico com variações hormonais e nas necessidades nutricionais, principalmente de cálcio. De acordo com Silva et al. (2000c), os recentes avanços genéticos proporcionaram às aves de postura redução do consumo de ração e melhor conversão alimentar, fazendo com que seja necessário atualizar as exigências nutricionais das mesmas periodicamente, devendo ser levadas em consideração às fases de criação e as diferenças entre as linhagens das aves.
Por outro lado, sérias discordâncias são encontradas na literatura sobre as recomendações dos aminoácidos e definições do início e término das fases de crescimento, tornando a formulação de ração para poedeiras em crescimento uma tarefa difícil (Silva et al., 2000c). Desta forma, os objetivos com a realização deste trabalho foram reavaliar as exigências em metionina+cistina total de frangas leves e semipesadas alimentadas de 12 a 16 semanas de idade com dietas farelada e peletizada, e avaliar o efeito dos tratamentos utilizados na fase de recria sobre o desempenho produtivo das aves no período de 22 a 40 semanas.
Material e Métodos
O experimento foi realizado no Setor de Pesquisas em Nutrição de Aves (SPNA) da UFPB, na cidade de Bananeiras-PB, no período de 31/05 a 20/12 de 2006. Foram utilizadas 800 aves, sendo 400 frangas da linhagem leve (FL) Dekalb White e 400 frangas da linhagem semipesada (FSP) Bovans Goldline, com doze semanas de idade e peso vivo inicial de 881,25±22,5 g e 1058,75±31,45 g, respectivamente. No período de um dia até o final das onze semanas de idade as aves foram criadas com uma dieta única, de acordo com as recomendações nutricionais e de manejo do manual da linhagem. Depois de identificadas por tratamento, às aves foram pesadas e alojadas em boxes de 1,0 x 1,5 m dispostos em duas fileiras, totalmente fechados com tela plástica à prova de pássaros, o piso era coberto com cama de maravalha e cada boxe continha uma lâmpada incandescente de 100 Watts, um comedouro tubular e um bebedouro pendular infantis.
A temperatura e umidade relativa do ar foram registradas duas vezes ao dia, utilizando-se um aparelho termohigrômetro digital pré-fixado no centro do galpão. As médias de temperatura e umidade relativa do ar mínimas, médias e máximas foram, respectivamente, de 22,14; 24,48; 25,99º C e 78,23; 85,59 e 97,49% no período de 31/05 a 05/07 de 2006. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, com 20 tratamentos em esquema fatorial 5x2x2, sendo cinco níveis de metionina+cistina total X duas formas físicas de ração X duas linhagens. Cada tratamento foi fornecido a quatro repetições de 10 aves cada.
Uma dieta basal foi formulada para atender as exigências das aves em todos os nutrientes, de acordo com as recomendações preconizadas por Rostagno et al. (2005) e pelos manuais das duas linhagens Dekalb White e Bovans Goldline, Granja Planalto (2005ab), visto na Tabela 1, exceto em metionina, que foi suplementada com DL-metionina (99%) em substituição ao amido (0,000; 0,050; 0,101; 0,151 e 0,202%), resultando em cinco níveis de metionina+cistina total (0,50; 0,55; 0,60; 0,65 e 0,70%), o que correspondeu aos níveis de 0,44; 0,49; 0,54; 0,59 e 0,64% de Met+Cys digestível.
Tabela 1. Composição em ingredientes e química da ração basal utilizada no período de 12 a 16 semanas para frangas leves e semipesadas1
1Recomendaçoes dos manuais das linhagens Granja Planalto (2005) e de Rostagno et al (2005).
2Composição por kg do produto: Vit. A 10.000.000 UI; Vit. D3 2.500.000 UI; Vit. E 6.000 UI; Vit. K 1.600 mg; Vit. B12 11.000 mg; Niacina 25.000 mg; Ácido fólico 400 mg; Ácido pantotênico 10.000 mg; Selênio 300 mg; Antioxidante 30 g; Veículo q.s.p.
3Composição por kg do produto: Mg - 150.000 mg; Zn - 100.000 mg; Fe - 100.000 mg; Cu - 16.000 mg; I -1.500 mg; Veículo q.s.p.
4Baccitracina de zinco (150g/ton de ração).
5Coxistac (50g/ton de ração).
6Etoxiquim (100g/ton de ração).
7Caulim
Para a estimativa da metionina+cistina total e digestível foram tomados como base os valores totais e digestíveis desses aminoácidos nos ingredientes de acordo com Rostagno et al. (2005). O nível intermediário de Met+Cys total utilizado era o recomendado pelo manual da linhagem. As dietas experimentais eram isonutritivas para energia metabolizável (2.850 kcal/kg de EM), proteína bruta (15%), cálcio (0,85%) e fósforo disponível (0,35%). Os valores de composição química da matéria-prima utilizada na fabricação das rações durante o período experimental foi analisada antes da formulação das dietas (Tabela 2).
Tabela 2. Composição química do farelo de milho, farelo de soja e da dieta basal utilizados no período de 12 a 16 semanas para frangas leves e semipesadas.
1Analisado (Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos do CFT/UFPB).
2Tabelado (Rostagno et al. 2005).
3Calculado.
As rações foram fornecidas às aves na forma peletizada ou farelada. Os péletes apresentaram 5 mm de diâmetro e, em média, 6,2 mm de comprimento. Foi realizado o teste de índice de durabilidade de pélete (IDP), o valor médio obtido no teste foi de 84,89%, cujo resultado refere-se à porcentagem de péletes íntegros. De acordo com Briggs et al. (1999), frangos de corte requerem péletes com IDP acima de 80% e, possivelmente, este valor também pode ser considerado para frangas de reposição.
O desempenho das frangas em recria no período de 12 a 16 semanas de idade foi avaliado quanto ao consumo de ração total (CRT), diário (CRD), ganho de peso total (GPT), diário (GPD) e conversão alimentar (CA). Os dados obtidos semanalmente foram agrupados quando as aves completaram 112 dias de idade e encerrou-se a fase de doze a dezesseis semanas.
A porcentagem do peso padrão das aves em experimento foi calculada ao final da décima sexta semana, com base no peso médio sugerido nos manuais das linhagens leve (Dekalb White) e semipesada (Bovans Goldline) (Granja Planalto, 2005). Ao final da 13ª e da 16ª semanas, duas aves de cada parcela experimental foram selecionadas pelo peso vivo quando todas as aves da parcela foram pesadas e foi obtida a média da parcela; selecionaram-se duas aves ±5% dentro da média, as quais posteriormente foram abatidas e, em seguida, pesadas, depenadas e pesadas novamente. Um grupo controle de quarenta aves, vinte da linhagem Dekalb White e vinte da linhagem Bovans Goldline, com peso médio de 848,67±20,32 e 880,83±19,93g, respectivamente, foram abatidas com doze semanas de idade para estimar o peso de penas (PP), a porcentagem de penas (PPN) e o ganho de penas (GPN) no início do experimento, em comparação com as aves em experimento.
Para se obter o peso de penas, as aves foram totalmente depenadas manualmente, a carcaça limpa (sem penas) foi pesada e, por diferença, obteve-se o peso de penas (PP = ave com penas – aves sem penas). O ganho de penas foi estimado pela diferença entre o PP das aves do grupo do abate referência e o PP das aves abatidas no final das dezesseis semanas.
Durante a fase de postura (22 a 40 semanas), 480 aves remanescentes do período de recria, 240 poedeiras leves (PL) Dekalb White e 240 poedeiras semipesadas (PSP) Bovans Goldline, foram selecionadas pelo tratamento da recria, peso, produção de ovos e estado sanitário às 22 semanas de idade.
Após serem selecionadas, as aves com peso vivo de 1,44±0,11kg e 1,78±0,13kg, respectivamente para a linhagem leve e semipesada, foram alimentadas com uma dieta única farelada até atingir 50% de produção de ovos, quando foram novamente pesadas em grupo por parcela e, finalmente, o período de coleta foi iniciado. As aves foram alojadas em gaiolas de arame galvanizado medindo 33 cm de largura e 45 cm de profundidade, cada uma contendo um bebedouro nipple para cada quatro aves alojadas e um comedouro tipo calha. A temperatura e umidade relativa do ar foram registradas duas vezes ao dia, utilizando-se um aparelho termohigrômetro digital pré-fixado no centro do galpão. As temperaturas e umidade, mínima, ambiente e máxima, foram de, respectivamente, 20,08; 23,84 e 29,60º C e, 49,12; 71,36 e 91,75%, registradas às oito e às dezesseis horas, respectivamente. Durante a fase de produção as aves foram expostas a um programa de luz de 17 horas (luz natural + luz artificial).
Uma ração farelada, para poedeiras em produção (Tabela 3), foi fornecida ad libitum a todas as aves com a finalidade de permitir a avaliação do efeito residual dos níveis de metionina+cistina do período de 12 a 16 semanas, sendo formulada para atender ou exceder as exigências das aves em energia metabolizável (2.850 kcal/kg), 16,34% de proteína bruta, 3,70% de cálcio e 0,34% de fósforo disponível, com base nas recomendações de Rostagno et al. (2005).
Tabela 3. Composição em ingredientes e química da ração basal utilizada no período de produção para poedeiras leves e semipesadas1
1Recomendações de Rostagno et al. (2005).
2Composição por kg do produto: Vit. A 10.000.000 UI; Vit. D3 2.500.000 UI; Vit. E 6.000 UI; Vit. K 1.600 mg; Vit. B12 11.000 mg; Niacina 25.000 mg; Ácido fólico 400 mg; Ácido pantotênico 10.000 mg; Selênio 300 mg; Antioxidante 30 g; Veículo q.s.p.
3Composição por kg do produto: Mg - 150.000 mg; Zn - 100.000 mg; Fe - 100.000 mg; Cu - 16.000 mg; I -1.500 mg; Veículo q.s.p.
4Etoxiquim (100g/ton de ração).
Os dados do período de postura foram obtidos em quatro subperíodos de 28 dias (22 a 40 semanas). No início e no final de cada período, as aves e rações foram pesadas. A produção de ovos foi anotada diariamente e os ovos produzidos nos últimos cinco dias de cada período foram pesados nos dias das coletas. As variáveis estudadas foram consumo de ração (CR), produção de ovos (PR) considerandos-e as aves vivas, peso (PO), massa (MO), conversão por massa de ovos (CMO) e gravidade específica (GE) pelo método de flutuação salina em soluções calibradas com densimetro de petróleo. O peso de ovo (PO) e porcentagens de gema (PG), albúmen (PA) e casca (PC) também foram obtidos em três períodos: aos 56, 84 e 112 dias de experimento. As somas de quadrados dos tratamentos foram desdobradas nos efeitos lineares, quadráticos, cúbicos e quadráticos, conforme procedimento do SAEG – Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas, desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa, UFV (1993).
Resultados e Discussão
A porcentagem de peso padrão foi de 92,10; 90,71; 89,17; 91,12 e 90,07% para as leves e de 83,37; 78,76; 81,26; 76,68 e 78,71% para as semipesadas, nos níveis de 0,50; 0,55; 0,60; 0,65 e 0,70%, respectivamente. Não foi observado efeito significativo (P > 0,05) dos níveis de Met+Cys sobre os pesos padrão das aves. Não houve efeito de interação (P > 0,05) entre os níveis de metionina+cistina total, a linhagem e a forma física da dieta (Tabela 4). Todavia ao se analisar o efeito dos fatores principais, observa-se efeito (P £ 0,001) dos níveis de metionina+cistina e da linhagem sobre o consumo de ração total e diário e o ganho de peso total e diário, além da conversão alimentar, enquanto a forma física da ração afetou os consumos de ração e a conversão alimentar (P ≤ 0,05).
Tabela 4. Consumo de ração total (CRT), consumo de ração diário (CRD), ganho de peso total (GPT), ganho de peso diário (GPD) e conversão alimentar (CA) de frangas de 12 a 16 semanas de idade em função dos níveis de metionina+cistina (Met+Cys), da linhagem e da forma física da ração.
ns = não significativo; Q = Efeito Quadrático; *(P ≤ 0,05); **(P ≤ 0,01); ***(P ≤ 0,001).
Independentemente da linhagem da franga e da forma física da ração, os maiores consumos de ração total e diário foram verificados no nível de 0,61% de metionina+cistina (Figura 1), conforme as equações de regressão do consumo total (CRT = - 2003,7 + 21063x – 17228x2; R2=0,93) e de consumo diário (CRD = 4,5302 + 218,13x – 179,38x2; R2=0,82).
Figura 1. Consumo de ração total (grama/ave) em função do nível de metionina+cistina total na dieta.
Os ganhos de peso total (Figura 2) e diário máximos foram encontrados nos níveis de 0,60 e 0,62% de Met+Cys, respectivamente, conforme as regressões quadráticas de ganho de peso total (GPT = - 2090,9 + 9239,2x – 7676,1x2; R2=0,91) e ganho de peso diário (GPD = - 23,496 + 111,46x – 90,334x2; R2=0,89). Comportamento semelhante foi reportado por Silva et al. (2000c) ao estimarem exigências de lisina para frangas leves e semipesadas.
De acordo com Silva et al. (2000b), os efeitos negativos, causados por níveis extremos de lisina na ração sobre o consumo, sugerem relacionamento complexo, envolvendo basicamente três processos simultâneos: imbalanço, antagonismo e toxidez. Portanto, a redução no consumo das frangas nos níveis extremos de Met+Cys do presente estudo foi causada, a princípio, pelo imbalanço aminoacídico da dieta. Posteriormente, com o excesso de 10% dos aminoácidos sulfurados, acima da exigência das aves, ocorreu uma leve toxidez das aves em virtude de a metionina ser considerada, segundo Koelkberg (1991), um dos três aminoácidos mais tóxicos para as aves.
Portanto, o efeito depressivo dos níveis extremos de metionina sobre o consumo de ração e o ganho de peso foi, provavelmente, influenciado pelo imbalanço aminoacídico nas aves.
Figura 2. Ganho de peso total (grama/ave) em função do nível de metionina+cistina total na dieta.
A conversão alimentar foi influênciada de forma quadrática (P ≤ 0,001) pelos níveis de metionina+cistina na ração (Figura 3), em que a melhor conversão alimentar foi observada no nível de 0,60% dos aminoácidos sulfurados.
Figura 3. Conversão alimentar (kg/kg) em função do nível de metionina+cistina total na dieta.
Comportamento semelhante foi observado pelos mesmos autores em estudo anterior, fase de 5 a 11 semanas de idade, para esta mesma variável quando a exigência estimada foi de 0,64%, que é superior ao valor estimado nesta fase pela conversão alimentar pelos manuais das duas linhagens (Granja Planalto, 2005ab). Portanto, as exigências nutricionais para aves de postura em crescimento estimadas no presente trabalho corroboram as sugeridas pelos manuais das duas linhagens para a fase de cria (5 a 11 semanas) e recria (12 a 16 semanas).
A exigência média de metionina+cistina total para as aves das duas linhagens estimada neste trabalho foi de 0,60%, com base nas variáveis ganho de peso total, diário e conversão alimentar no período de 12 a 16 semanas de idade, e é superior à recomendação de Rostagno et al. (2005) de metionina+cistina total para aves leves e semipesadas no período de 13 a 18 semanas de idade, de 0,45 e 0,43%, respectivamente e do NRC (1994), de 0,42 e 0,39% de metionina+cistina. Estas diferenças não podem ser justificadas pelo teor de proteína da ração, pois o nível utilizado foi de 15% de proteína bruta, 1% acima do recomendado por Rostagno et al. (2005), de 14%. Uma possível explicação para este menor valor recomendado pelas tabelas é a maior extensão da fase (13 a 18 semanas) destas publicações em relação à recria de 12 a 16 semanas, sabendo-se que a exigência média tende a cair mais à medida que as aves amadurecem fisiologicamente. Outro fator que pode ter contribuído para as maiores estimativas de exigências de Met+Cys neste trabalho em relação as tabelas foram as diferenças existentes entre as linhagens. Frangas de linhagens modernas têm consumo mais baixo que aquelas de dez anos atrás (Silva et al., 2002c), exigindo níveis mais elevados de aminoácidos com o efeito compensatório para satisfazer suas necessidades em quantidades de nutrientes ingeridas diariamente.
A exigência de 0,60% de metionina+cistina estimada no presente estudo sugere um consumo diário de 405 e 439mg para frangas leves e semipesadas, respectivamente, no período de recria. O presente estudo corrobora as afirmações de Silva et al. (2000c) de que é necessário atualizar as recomendações, em especial das aves semipesadas, em virtude de as aves leves apresentarem exigências de lisina próximas àquelas recomendadas pelo NRC (1994), enquanto as exigências das frangas semipesadas foram bem superiores.
A exigência média de metionina+cistina total para aves de reposição leves e semipesadas, estimada no presente estudo, é semelhante e corrobora aquela preconizada pelos manuais das linhagens Dekalb White e Bovans Goldline (Granja Planalto, 2005ab), de 0,60% para período de 13 a 18 semanas de idade.
A linhagem semipesada mostrou maior consumo de ração total e diário, ganho de peso total e diário e melhor conversão alimentar (P ≤ 0,01) (Tabela 22) em comparação com a linhagem leve. Os resultados do presente trabalho discordam parcialmente dos resultados obtidos por Silva et al. (2000c), que não observaram diferenças no consumo e conversão alimentar entre as linhagens, concordando em relação ao ganho de peso diário das semipesadas, que foi superior ao das leves.
No presente estudo, o consumo de ração diário das aves semipesadas foi aproximadamente 7,7% superior ao consumo das leves, mas a conversão alimentar foi 9% melhor. Com base nestes resultados, a linhagem semipesada apresenta desempenho superior ao da leve. A conversão alimentar pode ser usada como indicador desta situação, em que as aves da linhagem semipesada demonstrou resultado 9% melhor desta variável na fase atual de 12 a 16 semanas de idade.
Comparando os resultados de consumo médio diário de ração, 67,42 e 73,09g/dia para aves de reposição leve e semipesada, respectivamente, obtidos no presente trabalho, com os valores descritos nos manuais das linhagens leve 60,00g e semipesada 65,00g, observa-se que as aves leves e semipesadas apresentaram consumo diário de ração cerca de 11% superior ao preconizado pelos manuais das duas linhagens (Granja Planalto, 2005ab). Estes resultados reforçam a idéia de que as informações técnicas para aves de postura comercial devem ser reavaliadas periodicamente, pois a cada nova linhagem lançada no mercado, as exigências nutricionais e o desempenho tendem a ser modificados em detrimento do melhoramento genético aplicado às novas linhagens.
Os resultados observados no presente trabalho apóiam as afirmações de Neme et al. (2006), que observaram diferenças significativas no desempenho produtivo de aves semipesadas com a evolução na idade, concluindo que essas variações tornam-se mais acentuadas após as primeiras semanas de vida e nas semanas sebseqüentes.
Enquanto a dieta farelada aumentou o consumo de ração total e diário (P ≤ 0,01), a dieta peletizada influenciou melhor conversão alimentar (P ≤ 0,01). Os ganhos de peso total e diário não foram afetados pela forma física da dieta (P > 0,05) (Tabela 4). O menor consumo de ração total e diário das aves alimentadas com a ração peletizada pode ser justificado pelo efeito glicostático com o aumento da digestibilidade do amido da ração, em função do efeito do calor durante o processo de peletização, que rompe organelas celulares aumentando o aproveitamento dos carboidratos e proteína.
De acordo com Yo et al. (1997), a forma física da dieta também parece interferir no padrão de consumo das aves. Trabalhando com aves de 14 dias de idade em situação de livre escolha para balanceamento da dieta, os autores avaliaram o efeito da troca repentina da forma física de um concentrado protéico, quando houve a troca da forma física da ração (farelada por peletizada), e constataram que as aves reduziram o consumo durante as primeiras 24 horas, equilibrando o consumo depois de três dias de adaptação. Este período foi necessário para os mecanoreceptores do bico se adaptarem à nova partícula. A redução no consumo de ração também foi observada por Portella et al. (1998). Quando se trocou uma dieta com partículas de 1,18 mm por outra de 2,36 mm para poedeiras, a redução no consumo de ração perdurou por quatro dias. O tamanho do pélete da fase de 12 a 16 semanas pode ter influenciado o menor consumo de ração pelas aves.
No presente trabalho, a ração peletizada melhorou a conversão alimentar das aves em 7,8% em relação à dieta farelada. Desta forma, observa-se que aves de postura em crescimento aproveitam melhor os nutrientes das dietas peletizadas. Exceto para o peso vivo, houve efeito de interação entre os níveis de Met+Cys e a linhagem e a forma física (P ≤ 0,001) para o peso e a porcentagem de penas (Tabela 5).
Tabela 5. Peso vivo (PV), peso de penas (PP), porcentagem de penas (PPN) e ganho de penas (GPN) de frangas leves (LV) e semipesadas (SP) na décima sexta semana de idade, em função dos níveis de metionina+cistina total (Met+Cys), da linhagem (Lin) leve (LV), semipesada (SP) e da forma física da ração (FF) farelada (FAR) e peletizada (PEL).
(a,b) = Letras minúsculas distintas na coluna diferem pelo Teste F (P 0,05); *(P ≤ 0,05); **(P ≤ 0,01); ***(P ≤ 0,001); ns = não significativo.
Pela Tabela 6 observa-se que os níveis de Met+Cys não tiveram efeito sobre o peso e a porcentagem de penas de cada linhagem, mas as semipesadas apresentaram maior peso de penas que as leves em todos os níveis de Met+Cys e maior porcentagem no nível de 0,65% de Met+Cys (P ≤ 0,05). A falta de efeito dos aminoácidos sulfurados no peso, porcentagem e ganho de penas das linhagens contraria a teoria de que, sendo as penas ricas em aminoácidos sulfurados, a adição crescente destes aminoácidos estimularia o crescimento de penas nas duas linhagens.
Tabela 6. Efeito da interação entre os níveis de metionina+cistina (Met+Cys) e da linhagem leve (LV) e semipesada (SP) sobre o peso e porcentagem de penas ao final das dezesseis semanas de idade.
(a,b) = letras minúsculas distintas, na linha, diferem entre si pelo Teste F (P ≤ 0,05); ns = não significativo; Q = efeito quadrático (P ≤ 0,05); L = efeito linear (P≤0,05).
Enquanto os níveis de 0,60% de Met+Cys proporcionaram a máxima porcentagem de penas na ração farelada, inexplicavelmente o nível de 0,65% de Met+Cys na ração peletizada influenciou a menor porcentagem de penas, sugerindo que a porcentagem de penas pode ser influenciada pela forma física da ração (Tabela 7).
Tabela 7. Efeito da interação entre os níveis de metionina+cistina (Met+Cys) e a forma física farelada (FAR) e peletizada (PEL) sobre o peso (PP) e porcentagem de penas (PPN) ao final da décima sexta semana de idade
(a,b) = letras minúsculas distintas, na linha, diferem entre si pelo Teste F (P ≤ 0,05); ns = não significativo; Q = efeito quadrático (P ≤ 0,05); L = efeito linear (P≤0,05).
Figura 4. Porcentagem de penas com o uso de dietas farelada e peletizada em função do nível de Met+Cys na dieta.
O nível de Met+Cys para máxima porcentagem de penas utilizando a dieta farelada foi de 0,60% (Figura 4), valor que corrobora as recomendações do manual da linhagem (Granja Planalto, 2005ab), de 0,60% de Met+Cys para frangas leve e semipesada na fase de recria. Entretanto, pior percentual de penas foi verificado no nível de 0,59% de Met+Cys, com o uso da dieta peletizada (Figura 4).
A idade ao primeiro ovo foi observada para as aves leves e semipesadas, sendo que os níveis de metionina+cistina na dieta não tiveram influência sobre a idade ao primeiro ovo, a qual foi de 116 dias (16 semanas) para as aves das duas linhagens, independentemente do tratamento a que foram submetidas no período de recria. A idade ao atingir 50% de produção, de 121 dias (17 semanas), também não foi influenciada pelos níveis de metionina+cistina total avaliados no período de recria. Estes resultados diferem dos observados por Silva et al. (2000c), que avaliando as exigências de lisina para aves de reposição, afirmaram existir influência dos diferentes níveis do aminoácido sobre o desempenho na fase de produção.
Não foram observados efeitos de interação (P > 0,05) entre os níveis de metionina+cistina e a linhagem e a forma física da ração. A concentração de metionina+cistina total utilizada na dieta da aves no período de 12 a 16 semanas afetou de forma quadrática (P ≤ 0,001) o consumo de ração, a produção, o peso de ovo, a massa de ovo e a conversão alimentar por massa de ovos de poedeiras leves e semipesadas no período de produção (Tabela 8). Apenas a gravidade específica da casca dos ovos não foi afetada pelos níveis de metionina+cistina da ração.
Tabela 8. Efeito residual sobre o consumo de ração (CR), produção (PR), peso de ovo (PO), massa (MO), conversão alimentar por massa de ovo (CMO) e gravidade específica da casca de ovo (GE) de poedeiras leves e semipesadas submetidas a dietas farelada e peletizada contendo diferentes níveis de metionina+cistina total durante o período de recria (12 a 16 semanas).
ns = não significativo; Q = Efeito Quadrático (P <0,001).
O maior consumo de ração foi observado no nível de 0,60% de metionina+cistina para poedeiras leves e semipesadas, considerando o efeito residual dos níveis do aminoácido utilizado no período de recria (12 a 16 semanas) das aves (Figura 5).
Figura 5. Consumo de ração (grama/ave/dia) de poedeiras leves e semipesadas, submetidas a diferentes niveis de metionina+cistina total no período de 12 a 16 semanas de idade.
A produção e o peso dos ovos também foram influenciados pelos níveis de metionina+cistina na dieta utilizados durante a fase de 12 a 16 semanas, sendo a exigência para produção de ovos (Figura 6) estimada em 0,61% e 0,60% para peso de ovos (Figura 7), pelo modelo de regressão quadrático.
Figura 6. Produção de ovos (%/ave/dia) de poedeiras leves e semipesadas submetidas a diferentes niveis de metionina+cistina total no período de 12 a 16 semanas de idade.
As aves leves apresentaram maior (P ≤ 0,01) produção de ovos (82,96%) em relação às semipesadas (78,97%), sendo esta uma característica inerente às poedeiras de linhagens leves. Entretanto, as semipesadas produziram ovos mais pesados (65,69 x 62, 89g), e vários estudos têm mostrado que as aves mais pesadas produzem ovos de maior tamanho (Keshavarz & Nakajima, 1995; Leeson & Summers, 1997 e Silva et al. 2000c).
Figura 7. Peso de ovos (grama) de poedeiras leves e semipesadas, submetidas a diferentes níveis de metionina+cistina total no período de 12 a 16 semanas de idade.
Níveis reduzidos e/ou elevados de metionina+cistina total afetaram negativamente a massa de ovos, sendo a exigência estimada em 0,61% (Figura 8). A exigência de metionina+cistina para se obter uma melhor conversão alimentar por massa de ovos foi pouco inferior ao nível intermediário de metionina utilizado durante o período de recria das poedeiras leves e semipesadas, estimado em 0,59% de Met+Cys (Figura 9) pelo modelo quadrático de regressão.
Figura 8. Massa de ovos (grama/ave/dia) de poedeiras leves e semipesadas submetidas a dietas com diferentes concentrações de metionina+cistina total no período de 12 a 16 semanas de idade.
Figura 9. Conversão alimentar por massa de ovos (kg/kg) de poedeiras leves e semipesadas, submetidas a dietas com diferentes concentrações de metionina+cistina total no período de 12 a 16 semanas de idade.
Avaliando o desempenho das poedeiras Dekalb White (leve) e Bovans Goldline (semipesada) durante o período de produção, observa-se que as aves da linhagem leve obtiveram maior produção de ovos (P ≤ 0,01). Entretanto, as poedeiras semipesadas produziram ovos mais pesados e apresentaram melhor conversão alimentar por massa de ovos (P ≤ 0,01). Durante o período de produção, não houve diferença significativa (P > 0,05) sobre o consumo de ração, a massa de ovos e a gravidade específica para as duas linhagens de aves estudadas. No entanto, ao se calcular a diferença em porcentagem do consumo de ração das aves leves e semipesadas, observa-se que ela é menor que um por cento (0,6%), uma diferença mínima; porém, observando essa diferença com base nos manuais das duas linhagens, atinge-se um percentual de 6% entre o consumo de ração das leves e semipesadas. Esse fato pode estar relacionado às mudanças existentes nas exigências nutricionais ocorridas desde o lançamento dessas duas linhagens no mercado brasileiro, no ano de 2005.
A forma física da ração utilizada no período de 12 a 16 semanas de idade não teve influência (P > 0,05) sobre o desempenho subseqüente das poedeiras leve (Dekalb White) e semipesada (Bovans Goldline) para nenhuma das variáveis avaliadas.
O peso de albúmen e a porcentagem de casca foram afetados linearmente pelos níveis de Met+Cys na dieta de recria (P ≤ 0,001) (Tabela 9). O peso da gema foi afetado de forma quadrática (P ≤ 0,001), bem como o peso da casca e as porcentagens de albúmen e gema (P ≤ 0,05).
Tabela 9. Efeito residual sobre a qualidade interna dos ovos de poedeiras leves e semipesadas submetidas a diferentes níveis de metionina+cistina total durante a fase de recria
Q = Efeito Quadrático; L = Efeito Linear; CV = Coeficiente de variação. *(P≤0,05), **(P≤0,01), ***(P≤0,001).
O peso do albúmen também foi afetado de forma linear pelos níveis de Met+Cys utilizados nas dietas das aves no período de crescimento, conforme a Figura 10.
Figura 10. Peso de albúmen (grama) em função dos níveis dietéticos de metionina+cistina utilizados para poedeiras leves e semipesadas na fase de 12 a 16 semanas de idade
De acordo com os resultados obtidos no presente estudo, verifica-se que o peso do albúmen torna-se pior quando as aves são submetidas a níveis mais elevados de aminoácidos na dieta; os resultados do efeito residual provocado pelos níveis utilizados na fase de 5 a 11 semanas também confirmam essa observação. O peso da gema foi afetado de forma quadrática (Figura 11), sendo o nível ótimo estimado em 0,59% de Met+Cys para se obterem ovos com maior peso de gema.
Figura 11. Peso de gema (grama) em função dos níveis dietéticos de metionina+cistina utilizados para poedeiras leves e semipesadas na fase de 12 a 16 semanas de idade
O peso da casca foi afetado de forma quadrática (Figura 12), sendo o nível ótimo estimado em 0,59% de Met+Cys para se obter uma casca de ovo de melhor qualidade. Porém, foi observado que a gravidade específica dos ovos não teve influência dos níveis de Met+Cys utilizados na fase de recria.
Figura 12. Peso de casca (grama) em função dos níveis dietéticos de metionina+cistina utilizados para poedeiras leves e semipesadas na fase de 12 a 16 semanas de idade
A porcentagem de albúmen foi afetada de forma quadrática pelos níveis de Met+Cys total, avaliados nas dietas de poedeiras leves e semipesadas durante o período de recria, sendo a exigência em Met+Cys total estimada em 0,68% para se obterem ovos com uma melhor quantidade de albúmen (Figura 13).
Figura 13. Porcentagem de albúmen (%) em função dos níveis dietéticos de metionina+cistina utilizados para poedeiras leves e semipesadas na fase de 12 a 16 semanas de idade.
A porcentagem de gema (Figura 14) foi afetada de forma quadrática pelos níveis de Met+Cys total na dieta, com exigência estimada em 0,66% de Met+Cys total
Figura 14. Porcentagem de gema (%) em função dos níveis dietéticos de metionina+cistina utilizados para poedeiras leves e semipesadas na fase de 12 a 16 semanas de idade.
A porcentagem de casca dos ovos (Figura 15) de poedeiras leves e semipesadas submetidas a dietas contendo níveis crescentes de Met+Cys durante a fase de recria foi afetada de forma linear (P £ 0,001).
Figura 15. Porcentagem de casca (%) em função dos níveis dietéticos de metionina+cistina utilizados para poedeiras leves e semipesadas na fase de 12 a 16 semanas de idade
Com base nos resultados do presente trabalho, verifica-se uma exigência média de metionina+cistina total para poedeiras leve e semipesada de 0,63% para se obterem ovos de melhor qualidade, com base nas variáveis peso de gema, peso de casca, porcentagens de albúmen e gema.
Considerando-se os diferentes níveis de Met+Cys observados na avaliação de diferentes variáveis, os autores sugerem a utilização de um valor médio de Met+Cys, obtido através do somatório dos valores de todos os níveis de Met+Cys encontrados no presente experimento.
Conclusão
Recomenda-se 0,62% de metionina+cistina total para aves de reposição leves e semipesadas de 12 a 16 semanas de idade, ou 418 e 453 mg de Met+Cys total/dia, respectivamente. A exigência estimada de Met+Cys digestível é de 0,56% para as duas linhagens ou 378 para as leves e 409 mg de Met+Cys digestível para as semipesadas, considerando uma ração com 2.850 kcal/kg de energia metabolizável.
A forma física da ração de recria não afeta, de forma residual, a produção de ovos das aves no período de 22 a 40 semanas de idade.
Agradecimentos
Ao Técnico em Química da Empresa Guaraves Alimentos, Silvio Rogério Ramos Ferreira pela realização das análises de qualidade e durabilidade de péletes.
A Granja Planalto pela doação das aves utilizadas na realização deste trabalho.
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