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Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz”

Publicado: 30 de janeiro de 2012
Por: Luciano C. França, Biólogo, Mestrando em Produção Animal Sustentável, Instituto de Zootecnia -IZ-, SP, e Prof. Dr. Vicente José Maria Savino e Prof. Dr. Antonio A. D. Coelho, Departamento de Genética, Setor de aves, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" -ESALQ-, Universidade de São Paulo -USP-, SP.
A primeira questão a ser tratada com relação à incubação é a aquisição dos ovos. Há necessidade de os ovos estarem férteis (galados), e este processo pode ocorrer de forma natural (monta natural do galo com a galinha) ou artificial (manejo do homem sobre o galo e a galinha): o último consiste na retirada do sêmen do galo por um estímulo manual (massagem) na região dorsal e a introdução do mesmo sêmen pela cloaca da galinha para a vagina, que tem como função o transporte dos espermatozóides ou o seu armazenamento na espermateca para as futuras fertilizações dos óvulos, dando início à formação do embrião.
Após a aquisição dos ovos férteis e de boa procedência (livres de contaminações, limpos, íntegros e uniformes), os ovos podem ser levados até as incubadoras mecânicas de portes variados (pequena, média ou grande). Se a quantidade de ovos existentes não for suficiente para seu propósito, ou não complete a lotação máxima da incubadora, é aconselhável, para um maior aproveitamento da máquina, o armazenamento dos ovos em câmaras frias, para se estocar uma maior quantidade de ovos que mais tarde serão incubados.
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 3
Se a aquisição dos ovos for feita através de empresas especializadas, é esperado que todos os cuidados na seleção dos ovos tenham sido tomados, garantindo sua qualidade. No caso dos ovos serem oriundos da produção doméstica de pequenas propriedades e com a finalidade de reproduzir linhagens já existentes, há uma série de medidas a serem seguidas na seleção dos ovos, medidas simples que contribuirão para uma perspectiva de sucesso no nascimento de pintos sadios.
Na coleta dos ovos é realizada uma classificação entre ovos incubáveis e não incubáveis (descartados). Inicialmente a escolha será por ovos intactos, descartando os quebrados, bicados e com possíveis rachaduras na casca. Descartar também ovos com formato muito arredondado, compridos, com casca muito fina e com qualquer deformidade aparente. Em contato com as mãos deve-se avaliar se a casca encontra-se com textura lisa, descartando ovos com casca áspera semelhantes a uma lixa, com a casca fina e com deposições anormais de cálcio em alguns pontos ("verrugas" no ovo). Descartar principalmente ovos sujos por fezes do animal, sobras de alimentos, enfim, por todo e qualquer elemento que possa contaminar e interferir na eclodibilidade deste ovo.
A uniformidade dos ovos pode ser feita comparando visualmente a maioria dos ovos, qualificando o tamanho em um padrão próprio (pequeno, médio, grande ou jumbo) descartando os muito grandes e os muito pequenos comparados com a sua média.
Esta medida pode garantir o nascimento de um plantel uniforme e de boa qualidade.
Após todo processo de seleção, é realizada a fumigação, como uma medida complementar para a sanidade dos ovos. Consiste na pulverização de uma solução nos ovos selecionados por meio de borrifador manual. Esta solução é composta basicamente por formol a 10%. Além da pulverização, a imersão dos ovos em soluções desinfetantes bactericidas e fungicidas é outra forma de se realizar a sanitização dos ovos. A desinfecção utilizando produtos químicos deve seguir rigorosamente as recomendações do fabricante na dosagem e no tempo de exposição. Caso essas recomendações não sejam seguidas, poderá ocorrer aumento nos índices de mortalidade embrionária. 
Esses processos são fundamentais para se eliminar possíveis contaminações por fungos e bactérias que entram pelos poros da casca. Os procedimentos devem ser realizados preferencialmente no máximo 30 minutos após a postura do ovo garantindo a qualidade dos ovos incubados. Todo processo decorrente da seleção dos ovos deve ser realizado de cinco a seis vezes ao dia. Quanto maior o tempo de espera do ovo no ninho, maior será a ocorrência de contaminação dos ovos. 
Os locais de armazenamento dos ovos (câmaras frias) devem ser higienizados e com controles de temperatura e umidade. A temperatura pode variar entre 12OC a 15OC, e a umidade relativa elevada. Este procedimento de armazenamento confere para o embrião uma redução metabólica do seu desenvolvimento, além da vantagem de se poder incubar em um mesmo lote ovos de períodos diferentes. Exemplo: ovos de dez dias de armazenamento incubados com ovos com um dia de armazenamento. É importante salientar que, quanto maior o tempo de permanência dos ovos na câmara fria, menor a porcentagem de nascimento dos pintinhos. Ao se retirar os ovos da câmara fria para a incubação, recomendase um descanso no mínimo de seis horas em ambiente fresco e arejado a fim de se evitar a condensação de água na casca do ovo, que proporciona um ambiente favorável a contaminações por patógenos.
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 4
As incubadoras artificiais devem garantir o controle de temperatura, umidade, fluxo de O 2 e CO 2 , como também a movimentação dos ovos para que todos os lados do ovo recebam, de forma homogênea, todas as condições apresentadas dentro de uma incubadora. O período de incubação de ovos de galinhas domésticas compreende um total de 21 dias. Neste período, as temperaturas ótimas ficam em torno de 37OC e 38OC, definindo uma temperatura ideal de 37.7OC. A umidade relativa varia de 50% a 60% (28OC a 31OC no bulbo úmido).
Durante 19 dias os ovos encontraram-se nesta situação, pois no 20O dia os ovos são transferidos para as câmaras de eclosão (nascedouros), com variações mínimas de temperatura (de 37.7OC para 37.8OC) e umidade de 60% a 70% (de 31OC a 33OC no bulbo úmido) que contribuirão neste último período do desenvolvimento do já chamado pinto para o seu nascimento.
Algumas das principais características do desenvolvimento embrionário de galinhas domésticas.
Primeiras 24 horas:
•Início da formação do trato alimentar.
•Formação da placa e tubo neural.
•Formação dos somitos.
•Aparecimento de ilhotas de sangue.
•Início da formação dos olhos.
48 horas:
•Formação de vasos sanguíneos; coração começa a bater.
•Fechamento do canal neural para a formação do tubo neural.
•Formação da vesícula auditiva.
•Formação de regiões do futuro cérebro e vesículas cerebrais.
•Aparecimento de âmnio.
72 horas:
•Aparecimento de vestígio da cauda.
•Início da formação dos membros.
•Presença de âmnio e córion.
•Formação das narinas pela placa nasal.
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 5
•Aparecimento de lentes oculares e cálice óptico.
96 horas:
•Completa-se a formação das membranas extra-embrionárias (âmnio, córion e alantoide).
•O embrião já apresenta forma de C.
•Formação de boca, língua e fossas nasais.
5º dia:
•Aumento do tamanho do embrião.
•Formação da estrutura externa dos olhos.
•Inicia-se a formação do sistema digestório (proventrículo e moela).
 
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 6
6º dia:
•Início da formação do bico.
•Aumento do tamanho do coração, que encontra-se fora do corpo.
•Apêndices locomotores começam a apresentar forma característica de ave.
7º dia:
•Desenvolvimento das vísceras.
•O coração já se encontra dentro da cavidade torácica.
•Orelhas já visíveis.
•O alantoide cobre completamente a gema.
8º dia:
•Início da formação das penas.
•Asas e pernas completamente diferenciadas.
9º dia:
•Embrião já possui característica da espécie.
•Bico, apêndices superior e inferior e pogostílio bastante diferenciados.
10ºdia:
•Ocorre o endurecimento do bico.
•Os poros da pele já estão visíveis a olho nu.
11º dia:
•O corpo e pescoço assumem forma característica das aves.
•Cabeça mais proporcional ao tamanho do corpo
•Indivíduo já coberto por uma fina penugem.
12º dia:
•Inicia se a calcificação dos ossos.
•Dedos já formados, e começo da formação das unhas.
•Completa-se o empenamento.
13º dia:
•Aparecimento das escamas e unhas.
•Aparecimento da protuberância cálcica (diamante) sobre o bico, que é usado pelo pintainho na quebra da casca.
•Cabeça se move para a direita.
14º dia:
•O embrião já possui aparência de pintinho.
•A cabeça vai em direção à câmara de ar.
15º dia:
• Corpo e cabeça estão mais proporcionais em tamanho
•Ocorre a penetração do intestino para o interior da cavidade abdominal.
16º dia:
•Escamas, bico e unhas estão firmes e cornificados.
•Desaparecimento do albume.
17º dia:
•O bico está voltado para a câmara de ar.
•Há uma diminuição do líquido amniótico.
18º dia:
•A crista está visível.
•Encontra-se quase do tamanho normal à eclosão.
•Cabeça está sob a asa direita.
19º dia:
•Inicia-se a penetração do saco vitelino na cavidade abdominal
•O indivíduo ocupa quase totalmente o ovo, com exceção da câmara de ar.
20º dia:
•O saco vitelino está totalmente na cavidade abdominal
•O umbigo está aberto.
•O alantoide para de funcionar e começa a secar.
•O indivíduo rompe o âmnio e começa a respirar por meio da câmara de ar
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 7
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 8
21º dia:
•O pintainho bica a casca para rompê-la.
•Ele emerge da casca (eclosão).
•As penas secam e cicatriza-se o umbigo.
Manejo dos pintos
O período de eclosão dos pintinhos pode variar devido à diferença de tempo de armazenamento do ovo antes da incubação e também com relação à idade da galinha, sendo esta diferença de várias horas ou até mesmo de um dia para o outro. É necessário abrir o nascedouro assim que se completem os 21 dias para a retirada dos pintos já eclodidos.
Também é recomendada a retirada dos pintos quando aproximadamente 95% deles estiverem com as penas secas, evitando atrasos na retirada que contribuem para a desidratação dos pintos, prejudicando sua qualidade.Deve ser realizada uma seleção dos pintos avaliando suas características físicas, descartando os com más formações e selecionando os mais sadios e com integridade física garantida. O descarte é feito quando encontramos pintos com pernas tortas, com más formações de bicos, com umbigos não cicatrizados, etc.
Após a seleção os pintos devem ser vacinados ainda no incubatório e depois seguindo um protocolo de vacinas como mostram as tabelas seguintes:
 
Tabela1
Vacinação para Galinha Poedeira “Caipira”
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 9
 
Tabela 2
Vacinação para Frango de Corte “Caipira”
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 10
OBS.: Aves que não sejam criadas com rações que contenham coccidiostáticos devem ser vacinadas também contra a coccidiose. Periodicamente todas devem ser vermifugadas
Realizada a primeira vacinação, os pintos já estão prontos para serem alojados ou transportados, tomando os devidos cuidados com a manutenção, principalmente da temperatura e, também, com o tempo de transporte, que deve ser o menor possível. Ao chegar ao destino, os animais devem ser rapidamente alojados colocando-os em lugar apropriado, higienizado e disponibilizando ração e água à vontade.
O local de alojamento dos pintainhos no primeiro dia servirá de abrigo até sua idade de abate. Deverá ser coberto e fechado com tela e cortinas nas laterais, evitando a ação do vento e da chuva, e impedindo a entrada de predadores. A orientação deste abrigo deve ser preferencialmente no sentido norte-sul, que permite a entrada do sol e evita a entrada do vento frio da região Sul, na criação semiextensiva.
Na criação industrial (intensiva) de frango de corte, esta disposição de galpão é inversa seguindo o sentido leste-oeste, evitando a entrada do sol no galpão. Os raios do sol aumentam a temperatura interna dos galpões, elevando os índices de mortalidade, já que neste tipo de criação as aves estão mais suscetíveis ao calor devido à alta densidade de animais alojados no galpão.
Inicialmente é preparado dentro deste abrigo um círculo chamado de pinteiro, que pode ser composto por tábuas de duratex ou chapas de metal com aproximadamente 1,5 m de diâmetro para cada 100 aves. Dentro deste pinteiro deve-se ter comedouros e bebedouros proporcionais ao tamanho da ave (infantil ou adulto) para fornecimento de ração e água, como também o local deve estar equipado com campânulas de aquecimento elétricas, a gás ou lâmpadas (250 Watts) suspensas no centro do pinteiro, com temperatura variando entre 30OC a 35 OC dependendo da temperatura ambiente. Devemos salientar também que a temperatura ideal deve ser obtida através da observação do comportamento dos pintainhos, na qual os mesmos podem buscar ou recusar o calor gerado pelas campânulas, conforme as figuras a seguir:
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 11
Figura 1. Os pintos encontram-se sob a campânula: isto indica que eles estão com frio e procuram a fonte de calor, permanecendo agrupados na tentativa de se aquecer. Neste caso recomenda-se abaixar a campânula.
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 12
Figura 2. Neste ambiente os pintos encontram-se longe da fonte de aquecimento central tentando fugir do calor: certamente a temperatura está muito elevada. Neste caso recomenda-se elevar a altura da campânula.
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 13
Figura 3. Nesta ilustração os pintos encontram-se agrupados em um lado do círculo, pois provavelmente há uma corrente de ar frio que está passando, fazendo com que as aves se agrupem buscando proteção e aquecimento
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 14
Figura 4. Pode-se observar através da figura que há uma distribuição homogênea dos pintos dentro do círculo de proteção, o que demonstra conforto (bem-estar para os pintos), no aquecimento.
(Adaptado de Embrapa Suínos e Aves)
O piso deste abrigo deve ser coberto por palha de arroz, maravalha de madeira, sabugo de milho triturado, casca de café, capins secos e triturados, casca de amendoim ou bagaço de cana bem seco, entre outros, que não retenham umidade e com altura de 3 a 5 cm. Esta cobertura tem a finalidade de manter o ambiente seco e deve ser sempre renovada a cada ciclo de criação.
No sistema caipira de criação de aves é obrigatório o uso de pasto, soltando as aves com no máximo 25 dias para pastejo. Neste pasto, as aves buscarão fontes alternativas de alimentos como insetos, minhocas, etc, além de proporcionar à ave um ambiente mais adequado para expressar seu comportamento natural. A idade mínima de abate neste sistema é de 85 dias; nesta idade, os frangos já estão prontos para serem abatidos. O abate pode não ser o destino final destas aves, mas isso vai depender da finalidade do criador, que também pode utilizar essas linhagens para a produção de ovos, o que vai ocorrer, em média, quando a ave atingir cinco meses de idade.
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 15
Para produção de carne e ovos, devem-se utilizar linhagens específicas, como as de dupla aptidão (Machos = Abate/Fêmeas = Abate ou Ovos). O Departamento de Genética da ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") em Piracicaba-SP, com o Projeto "Frango Feliz", entre outras empresas disponibilizam este tipo de linhagem, proporcionando ao criador a vantagem de se obter em um mesmo lote a produção de carne e de ovos, disponibilizando proteína animal de alta qualidade como também agregando valor ao produto. Este segmento está ganhando crescentemente mais espaço no mercado, em função de consumidores cada vez mais preocupados com a qualidade dos produtos alimentares e com o bem-estar animal.
Pesquisas genômicas realizadas na ESALQ auxiliam programas de seleção de aves 
Laboratório de Biotecnologia Animal identifica  genes de interesse comercial em frangos
Inovar. Este é o verbo mais conjugado pelos pesquisadores do Laboratório de Biotecnologia Animal, ligado ao departamento de Zootecnia (LZT) da ESALQ. Com objetivo de investigar com maior profundidade processos fisiológicos como reprodução, crescimento, resistência a parasitas, além do rendimento e qualidade da carne de bovinos e aves, por exemplo, a biologia molecular vem se mostrando a via mais promissora para que o processo de seleção de animais continue numa curva de aprimoramento constante. Para o coordenador do laboratório, professor Luiz Lehmann Coutinho, os estudos ali desenvolvidos têm contribuído no sentido de gerar novas tecnologias. "Ao longo do tempo temos atuado no melhoramento animal, identificando marcadores moleculares e realizando parcerias com empresas na execução de diagnósticos relacionados com análises de DNA". Uma dessas parcerias resultou em um projeto de pesquisa envolvendo diversas estratégias moleculares para identificar genes de interesse comercial em frangos.
Em 1999, a Embrapa Suínos e Aves e a ESALQ desenvolveram duas populações referência de frangos derivadas de cruzamentos entre linhagens de corte (TT) e postura (CC). Até 2002, cerca de quatro mil aves foram abatidas e as análises moleculares vêm sendo realizadas por pesquisadores do laboratório de Biotecnologia. Millor Fernandes do Rosário pretende construir um mapa consenso para essas duas populações. Segundo o pesquisador, a conclusão do seu projeto trará importantes avanços para o Projeto Brasileiro do Genoma da Galinha. "Desenvolver o mapeamento simultâneo de duas populações é algo inédito e permitirá trabalhar com um número maior de animais e, da união desses dados, poderemos afirmar se uma determinada região do genoma é responsável pelo ganho de peso, rendimento de carcaça e consumo de alimento, por exemplo", afirma.
Paralelamente, outra abordagem, utilizando estas mesmas linhagens está sendo desenvolvida por Érika Jorge, pesquisadora, que vem levantando informações sobre genes ligados ao desenvolvimento muscular de aves a partir de embriões. O objetivo da pesquisa é identificar genes que controlem o crescimento de tecido muscular em frangos nas fases iniciais do desenvolvimento embrionário
Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz” - Image 16
"O desafio da pesquisa é provar a existência de um novo gene e depois conseguir desenvolver ferramentas de análise molecular para contribuir com os programas de seleção de aves com maior quantidade de fibras musculares e menor quantidade de gordura, o que resulta em uma carne de frango mais saudável", destaca. "A maior limitação para o uso da genética molecular em programas de melhoramento genético ainda é a identificação dos genes responsáveis pelo desenvolvimento de características de interesse comercial. Mas a geração de recursos genômicos em larga escala promete tornar esta identificação eficiente e precisa", finaliza Coutinho.
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Autores:
Vicente José Maria Savino
USP -Universidade de São Paulo
USP -Universidade de São Paulo
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Comentário
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Marcelo de Souza Lima
4 de julio de 2014

Bom dia, Gilberto,
Todas as informações que possam ser compartilhadas, com certeza farão uma grande diferença nesse post, por que creio eu, que independente do nível de conhecimento de cada um de nós, informação é tudo.
Gostei demais do seu projeto de chocadeira, pois, mesmo não sendo um profissional no assunto, como tem o hobby, atentou para os parâmetros corretos que influenciam no desenvolvimento dos embriões.
Fico muito contente quando ouço trocas de informações positivas e que são devolvidas em forma de feed back, já chequei a discutir isso com a mediadora do Engormix, chegando a pensar em parar de compartilhar minhas experiências justamente por causa de avaliações negativas de quem não entende nada do que faz e, pior, não compartilha nada, mostrando um egoísmo profundo e oportunismo desleal com quem perde um tempinho para se dedicar ao todo daqueles que buscam diferenciar e chegar ao sucesso, utilizando esse ambiente que a Engormix nos dispõe.
Quanto ao seu projeto de genético, continue, porque já está com excelentes resultados, pois 240 ovos é uma meta excelente, que somente um maravilhoso trabalho como o que vem sendo realizado pode obter esse ou um límite superior, parabéns.
Como sinto que já és um excelente profissional, sinto no dever de lhe propor uma oportunidade de melhoria, referente ao aumento de umidade na reta final de eclosão dos ovos, já que gostei demais do seu projeto de chocadeira. Pense em atuar como nas grandes incubatórios, ter seu ambiente separado, ou seja, tenha uma chocadeira e um nascedouro, para facilitar os nascimentos.
Como funciona? Incube os ovos em uma chocadeira sem a bandeja de incubação, no seu ligar, coloque mais uma bandeja de incubação. Na outra chocadeira, retire todas as bandejas de incubação, menos a bandeja de nascimento e substitua as bandejas de incubação por bandejas de nascimento, entendeu?
Ficaria duas chocadeiras de incubação para uma chocadeira de nascimento, isso facilita em muito o manejo, pois aos 18 dias, com a transferência dos ovos para a chocadeira de nascimento, você liberaria toda a chocadeira e depois de 3 a 4 dias, a segunda chocadeira poderá ser transferida para a nascedoura.
Diante do seu maravilhoso projeto, que gostei muito, só poderia sugerir essa oportunidade de melhoria.
Grande abraço.

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Marcelo de Souza Lima
15 de abril de 2013

Rute,
O período de incubação de ovos de galinha é de 21 dias, e são contadas as horas de embrião, dependendo da temperatura, que vai prolongar se a temperatura média for mais baixa que 38ºC e antecipar um pouco se a temperatura máxima for maior.
O grande problema é a idade embrionária dos ovos, pois, quando coletados aleatóriamente, você fica com muitos períodos de eclosão, o que na natureza não acontece, porque a galinha coordena essa tarefa.
Para nós coordenarmos essa tarefa, temos que ir coletando os ovos, marcando a data na casca deles e dentro de 7 dias de coleta de vários ovos, guardá-los na geladeira e, somente no final dos 7 dias, colocá-los para chocar.

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Marcelo de Souza Lima
4 de abril de 2013

Bom dia, Fabiano,
Já que estamos nós todos em fase de aprendizado, a partir do momento que temos a ciência do que ocorre, temos obrigação de crer e por em prática, correndo o risco de omissão, que segundo a Bíblia, é pecado.
Aí já não é comigo mais, pois somente cumpro as determinações divinas por acreditar num ser maior, recomendo que veja com ele o que seria melhor.
Grande abraço e boas incubações.

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Marcelo de Souza Lima
2 de abril de 2013

Prezado Fabiano,
Todos os ovos são dotados de uma película protetora que impede a contaminação dos mesmos, uma camada de verniz. Se ocorrer a contaminação é por que antes dessa camada de verniz secar, alguma parte da casca não foi protegida, ocasionando a explosão dentro da chocadeira ou do ninho. Dessa forma, a ovoscopia não interfere no processo de contaminação, sendo que não poderá ser visto pelo processo, sendo que uma boa inspeção visual e tátil poderá amenizar o problema, que só poderá ser solucionado com ninhos com material seco, limpo e macio para evitar trincas na casca ou áreas sem proteção.
Não reconheço o índice por você citado, mas existem materiais com furos por onde os ovos passam fazendo a seleção dos mesmos quanto ao tamanho e evidentemente peso, de maneira muito mais prática do que ter uma balança do lado. Agora, me preocupa a afirmação de resistência relacionada ao peso, caso não saiba, resistência vem da imunidade da mãe repassada aos filhos pelos ovos através de imunoglobulinas. Peso, vem do tamanho da gema, que depois de gerar um pinto, fica armazenada a sobra dentro do mesmo para aproveitamento nos 3 primeiros dias de vida dos pintos.
Como comentou, o assunto é muito atrativo, mas o relógio insiste em caminhar e o como as galinhas, o dia raia cedo.

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Marcelo de Souza Lima
2 de abril de 2013

Olá Fabiano Braga,
Obrigado pela sua colocação e é como disse, a terapia, o zelo, o cuidado, o prazer em selecionar os ovos, as contas para o dia da eclosão, a ansiedade nos dias que se aproximam do milagre da vida, tudo isso é uma imensa terapia, além de render uns caraminguas no final de tudo, afinal, dinheiro é bom, associado a prazer, melhor ainda.
Só não poderia deixar de comentar o fato da ovoscopia, que não consigo entender o por que ela é recomendada pelos fabricantes de chocadeira, por acreditar que a maioria, se não todos os criadores no campo, não saberão fazer a leitura e interpretação do que verão nessa "ovoscopia", procedimento que nem em incubatório comercial é realizada como prática frequente, somente em caso de extrema necessidade numa tomada de decisão.
Mas não é isso que vai tirar o brilho do processo, deixem o apelo comercial de lado e mão na massa.
Grande abraço a todos.

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Marcelo de Souza Lima
29 de marzo de 2013

Bom dia pessoal,
Como já tive oportunidade de expressar a minha opinião nesse site de debates, continuo afirmando que a melhor maneira de crescer é expondo conhecimento e acatando aqueles que ainda não conhecia.
Bem, vamos lá com a dúvida do amigo. É necessário que alguns conhecimentos básicos sobre incubação e embriologia sejam colocados, que deveriam vir no manual das chocadeiras ou o próprio criador antes de iniciar uma incubação deveria ter a curiosidade de buscar, para não ter tanto sofrimento e não cometer um pintocídio coletivo.
Brincadeiras à parte, como citou nosso amigo biólogo, a falta de energia e o tempo que pode durar essa falta vai depender da idade do embrião, podendo ficar mais tempo no início do crescimento e menos tempo no final desse crescimento. Se vocês imaginassem o quanto é simples a solução desse problema, poderiam ter um troço, mas como precisamos de vocês para aumentar a produção aviária artesanal, se segurem na aba do chapéu.
É necessário saber que uma chocadeira, seja de qual marca e tamanho, vai controlar alguns fatores importantes para o crescimento dos embriões, são eles: temperatura, umidade e a ventilação. O embrião já é um ser vivente quando da sua entrada na chocadeira, por isso é muito importante a idade deles nos ovos. Aqui então uma dica importante, não coloque na chocadeira ovos galados com idade embrionária muito grande, isso reflete no momento da eclosão. A solução para isso está em uma lenda: ovo de geladeira choca ou não?
Não quero entrar no mérito do ser ou não ser, mas o correto é que se estiver galado e a temperatura estiver na faixa de temperatura de geladeira (12 a 18ºC), esse ovo galado, vai eclodir se colocado na chocadeira.
Essa prática é necessária, senão não consigo a quantidade de ovos necessária para enchimento da minha chocadeira. Portanto, certifique que os ovos estão galados. Como? Através de uma visita no seu fornecedor de ovos, analisando o galo, o terreiro, os ninhos e o histórico dessa criador.
Dessa forma então, caso a falta de energia ocorra, abra imediatamente a porta da chocadeira, porque esses embriões respiram e o que matará os bichos é a intoxicação por CO2, eliminado através das trocas respiratórias, que normalmente a ventilação põe para fora por aquela aberturas da chocadeira, que devem ser reguladas conforme a idade embrionária.
Voltou a energia? Feche a porta da chocadeira e pronto. Ah, não se esqueçam da viragem dos ovos, é importante para não cansar as calazas.
Boa incubação a todos.

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Luiz Eduardo Mitraud Tofani
24 de julio de 2020
Ao Dr Marcelo, uma pergunta para a qual não consigo respostas, nem nos livros especializados: para se conseguir ovos férteis, a partir de quanto tempo é necessária a presença do galo? 5,7 10 dias?Agradeço a atenção
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Israel de Oliveira
5 de diciembre de 2018
O pintinho nasceu e está com resto de algo no reto que faço pra eliminar ? Muito novo.
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Tonyarles2000@gmail.com
19 de noviembre de 2018
Estou comecando com chocadeira na criacao da galinha d angola quantos dia devo desligar o virador pra comeco da eclosao ?
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Helena Maria sinoka
13 de marzo de 2018
Gostei das informações completas e didática. Tem um amigo japones que trabalha na seleção de pintinhos no Japão. Está passando pelo Brasil e gostaria de conhecer um pouco deste trabalho no Brasil. É possível uma visita? Tel 11 998065605 watzap
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