Explorar

Comunidades em Português

Anuncie na Engormix

Metabolismo recém nascidos

Metabolismo dos Recém-Nascidos

Publicado: 4 de maio de 2010
Por: Matheus Ramalho de Lima (Universidade Federal da Paraíba - UFP), Sérgio Antonio de Normando Morais, Fernando Guilherme Perazzo Costa, Edilson Paes Saraiva
Introdução
Para garantir a sobrevivência de todas as espécies, mesmo em condições de escassez de nutrientes no meio ambiente, os animais são capazes de estocar o excesso de calorias consumidas e não requisitadas para suprir suas necessidades metabólicas imediatas, como lipídios, proteínas e carboidratos. Os lipídeos por serem hidrofóbicos, podem ser armazenados em grandes quantidades dispensando a participação da água como solvente, e contém, por unidade de massa, mais do que o dobro de energia armazenada que os outros dois componentes, fornecendo mais energia metabólica quando oxidados.
O tecido adiposo é o principal reservatório energético do organismo. Os adipócitos são as únicas células especializadas no armazenamento de lipídios na forma de triacilglicerol em seu citoplasma, sem que isto seja nocivo para sua integridade funcional. Essas células possuem todas as enzimas e proteínas reguladoras necessárias para sintetizar ácidos graxos (lipogênese) e estocar triacilglicerol em períodos em que a oferta de energia é abundante, e para mobilizá-los pela lipólise quando há déficit de fonte de energia, ou em situações de frio, onde a necessidade de geração de calor endógena é maior, especialmente para animais recém-nascidos.
Nos mamíferos, existem dois tipos de tecido adiposo: o branco e o marrom. O adipócito branco maduro armazena os triacilglicerol em uma única e grande gota lipídica que ocupa de 85-90% do citoplasma e empurra o núcleo e uma fina camada de citosol para a periferia da célula. Já o tecido adiposo marrom utiliza esses ácidos gordos por mecanismos menos eficientes em termos energéticos, na medida em que induzem fundamentalmente o transporte de ácidos gordos, processos que representam um elevado consumo de energia e produção de calor que é transferido para a circulação e é o principal fator de termogênese independente do trêmulo muscular. O tecido adiposo marrom tem por isso funções fundamentais de sobrevivência e adaptação à exposição ao frio desempenhando um papel importante na sobrevivência em ambientes frios, na transição do ambiente quente do útero para o frio exterior, no despertar da hibernação, durante o arrefecimento do sono, na eclosão do ovo e no encurtamento dos fotoperíodos ou na vida em meios aquáticos.
Os animais recém-nascidos são homeotérmicos imperfeitos, aquecendo e esfriando com facilidade. Sabe-se que o resfriamento de recém-nascidos se acompanha de aumento da mortalidade.  As perdas de calor são maiores no recém-nascido, por ele ter área corpórea proporcionalmente maior em relação ao peso e menor isolamento térmico (menos tecido subcutâneo). A perda de calor se faz principalmente por irradiação ao ambiente exterior e, em menor parte, por evaporação, através dos pulmões, da pele e por meio da eliminação de fezes e urina (MORAIS, 1992). Assim essa maior perda de calor, além da maior área corpórea, a quantidade de gordura, muitas vezes, não é suficiente para manter a homeotermia e, como isso, os animais jovens, se comportam de forma diferenciada dos adultos quando em situações de frio, ou seja, não elevam o seu metabolismo a ponto de aumentar o consumo alimentar, mas de buscar alternativas para gerar ou ganhar calor.
Existe uma temperatura ambiente, chamada de neutralidade térmica, na qual é mínimo o gasto de energia para manter a temperatura corpórea, a qual permite manter a temperatura do corpo do animal normal. Todos os esforços devem ser feitos, para um bom cuidado no sentido de se manter no ambiente a temperatura de neutralidade térmica (SANGA, 2000; RAEVE e col. 2001). A termorregulação ineficaz é uma preocupação constante dos zootecnistas que trabalham com animais jovens. A conscientização da importância da assistência no cuidado e prevenção dos aspectos que influenciam negativamente na disfunção térmica dos animais recém-nascidos é fundamental, esperando-se, que a aplicação do conhecimento, baseada nas várias práticas encontradas, possa contribuir para melhorar a qualidade de vida dos animais jovens, melhorando, conseqüentemente o desenvolvimento e a eficiência da produção.
Desta forma, este documento tem como objetivo principal relatar considerações a respeito do metabolismo que ocorre nos animais jovens, em especial nos pintainhos, leitões e bezerros.
Características dos recém-nascidos  
O momento do parto é um dos momentos de grandes modificações fisiológicas para o recém-nascido, tendo em vista que deixa a vida fetal e ambiente uterino para ingressar em um ambiente extremamente hostil. Dentro do útero sua fisiologia é completamente diferente daquela do meio exterior, quando deixa um ambiente bem protegido para sofrer todo o tipo de estímulo externo. Talvez este seja o momento em que o organismo animal sofre as maiores transformações e agressões ambientais.
A adaptação ao "meio externo" requer grandes modificações na fisiologia adaptativa do novo ser, bastando imaginar a sua temperatura intra-uterina é muito maior do que a ambiental (na maior parte das vezes) principalmente se o animal nasce em lugares frios, no inverno ou sem abrigo. Tais variações podem variar entre as diversas espécies, pois, há animais que nascem protegidos e há aqueles que nascem ao relento, animais silvestres, bezerros em pastagens. Há, na verdade, uma preocupação maternal em dar à cria um local mais protegido possível como é o caso de aves que preparam ninhos protegidos, animais que dão à luz em cavernas protegidas e coelhas que preparam se "ninho" com pelos que vão depositando no local da parição.
Existe certo grau de desenvolvimento do animal ao nascer e que é característico da espécie, fazendo com que o recém-nascido possa ser mais ágil ou mais desenvolvido em seus movimentos logo após o parto. Desta forma temos animais que se locomovem poucos minutos após o nascimento, mama e consegue acompanhar a fêmea ou comunidade familiar (grupo mais velho ou família). Outros são extremamente indefesos, não se locomovendo, podendo levar muito tempo para se locomover sozinho (como a espécie humana - 10 a 11 meses de idade), Há os intermediários que se locomovem com certa dificuldade e têm seus olhos fechados durante certo tempo como cães e gatos e até mesmo ratos e camundongos que permanecem em ninhos por algum tempo. Exemplos de animais que têm boa agilidade e mobilidade ao nascer estão os ovinos, os bezerros, os potros e as cobaias (Cavia), em seguida vêm os suínos e as aves, seguidas dos cães e gatos. Os ratos e camundongos têm menos maturidade ao nascer do que os anteriores. É bem verdade que quanto mais imatura maior é a tolerância às variações, pois caso contrário morreria com muita facilidade e as células corporais parecem mais tolerantes. Mesmo assim todos os recém-nascidos devem receber atenção materna e até do homem quando os cria, pois devem ser bem protegidos e alimentados. Aparentemente um dos elementos que nascem com baixa maturidade é o hipotálamo que tem dificuldades em manter a termo-regulação em níveis adequados.
Temperatura Corporal
Os animais podem ser divididos em duas categorias quanto ao controle da sua temperatura interna, aqueles que não controlam sua temperatura são denominados pecilotérmicos, e aqueles que controlam sua temperatura são denominados homeotermos (PAULI, 1979). Esta capacidade dos animais homeotermos de manter sua temperatura corporal praticamente constante em detrimento da temperatura ambiental tem estimulando a curiosidade dos homens ao longo do tempo. O entendimento dos mecanismos básicos de produção de calor (termogênese) e sua dissipação (termólise) (GARCIA, 2002) são essenciais para o desenvolvimento de técnicas e protocolos onde o controle e a manutenção da temperatura dos animais são essenciais para a manutenção da vida.
As primeiras observações experimentais mostraram que a termogênese dependia das reações envolvidas com o metabolismo e que a manutenção da homeostase exigia a oferta adequada de oxigênio para os tecidos. De acordo com as idéias, Lavoisier (1993), propôs que o consumo de oxigênio seria pequeno quando o animal, em jejum, estivesse mantido em ambiente com temperatura confortável. Todavia, a demanda de oxigênio aumentaria durante o exercício e após a ingestão de alimentos ou em temperatura ambiente baixa (GARCIA, 2002)
O animal mantém, a despeito das variações da temperatura ambiente, a sua temperatura interna (BLIGH, 1973). Isso deve a existência de mecanismos regulatórios que controlam eficientemente a produção de calor corporal. Em ambientes frios, o calor gerado no interior do corpo deve ser conservado, enquanto nos ambientes quentes deve ser dissipado para o meio. A temperatura interna do corpo depende, assim, desse balanço (GARCIA, 2002).
Em 1876, Claude Bernard demonstrou que animais expostos ao frio produziam calor a partir de contrações musculares nos tremores do calafrio (termogênese mecânica) e reações bioquímicas exotérmicas (termogênese química) (GARCIA 2002). Estudos demonstraram que pequenos animais (ratos), aclimatados pelo frio, conseguiam produzir calor suficiente para as suas necessidades térmicas sem que fosse preciso recorrer a termogênese gerada pelo calafrio (GARCIA, 2002). Assim, nos animais quando submetidos a um ambiente que se esfria vagarosamente, podem compensar a sua demanda de calor, aumentando o seu metabolismo interno, sem recorrer à termogênese mecânica.
A termogênese química, apesar de mais lenta do que a termogênese mecânica, é o meio mais importante para a manutenção da temperatura corporal. O calor é produzido no corpo pelas reações exotérmicas que ocorre no metabolismo das gorduras, dos açucares e das proteínas (PAULI, 1979). As gorduras são uma fonte muito importante de energia térmica como visto anteriormente, sobretudo aquelas localizadas no tecido adiposo marrom. As células desse tecido convertem com facilidade a energia dos seus estoques (GARCIA, 2002) gerando uma boa quantidade de calor.
Qualquer recém-nascido, por mais resistente que seja, necessita de proteção contra o frio e contra correntes de vento. Assim, sempre haverá necessidade de boa calefação do ambiente, com piso adequado (não ser muito absorvedor de frio) que pode variar de acordo com o tipo de animal e a disponibilidade do produtor. De qualquer forma, os pisos de madeira são melhores do que o de cimento em bezerreiros ou baias para leitões. O uso de palha também aquece, mas deve ser trocada constantemente devido às descargas de urina e fezes (por causa da absorção fácil). As paredes laterais também são importantes por refletir o calor excessivo ou evitar os ventos "encanados"; o mesmo acontece com  a forração do teto do abrigo, pois telhas de amianto são muito mais calóricas do que as de barro, além disso, a pintura com cor clara pelo lado externo (branco p.ex.) e em preto pelo lado de dentro "refresca" o ambiente. 
A água é extremamente importante para sobrevivência dos seres vivos. Seu conteúdo abriga os minerais (eletrólitos) dissolvidos e mantém uma concentração que não pode sofrer grandes variações ou por tempo prolongado. Por exemplo, a concentração de sódio (Na+), cloro (Cl¯ ) potássio ( K¯ ) estão envolvidos diretamente com o impulso nervoso além do cálcio que também tem papel fundamental em várias funções celulares e no líquido extracelular. Os animais quando nascem apresentam maior teor de água corporal do que os adultos e por isto mesmo são mais sensíveis à desidratação e sua superfície corporal relativa é maior do que nos adultos. Por exemplo, os eqüídeos ao nascer chegam a ter 90% de água corporal, enquanto que os adultos de várias espécies apresentam teores de água desde 62% até 70%. Por tal motivo não deve faltar água "ad-libitum" para os animais e no caso de desidratação não se esquecer de repor a água e eletrólitos (a água pura, sem eletrólitos, pode ser fatal pelo desequilíbrio hidroeletrolítico). Alguns animais como o camelo e os jumentos podem ser mais resistentes à desidratação do que outros animais em virtude de condições especiais de seu meio interno A quantidade de água a ser ingerida deve ser mais ou menos igual ao que o animal perde por várias vias (diurese + suor + fezes e outras menos importantes).

O Tecido Adiposo Marrom

Em 1912, Polimanti foi o primeiro a realçar importância do tecido adiposo marrom como elemento termogênico, mas somente com os trabalhos de Silverman e Berger (1958) é que ficou bem demonstrada a sua importância para geração de calor no organismo dos animais homeotermos. Garcia, (2002) demonstrou que a gordura marrom é o principal substrato para a termogênese química. Esse tecido é encontrado por todo o corpo, mas, principalmente nas regiões escapulares, subescapulares e axilares. Suas células são inervadas pelo simpático e possuem grande quantidade de mitocôndrias, o que explica a sua grande capacidade de geração de calor.
O tecido multilocular é denominado gordura marrom em virtude de sua coloração parda que é determinada pela rica vascularização e presença de grande quantidade de citocromos presentes nas mitocôndrias, conferindo esta coloração. As células deste tecido são menores que as do tecido adiposo comum, têm forma poligonal e formam massas compactas semelhantes a glândulas endócrinas. Além disso, estas células são carregadas de gotículas lipídicas no seu citoplasma e têm numerosas mitocôndrias (JUNQUEIRA & CARECÉM-NASCIDOEIRO, 1990)
Este tecido tem função importante na termogênese dos mamíferos superiores, pois é local de grande produção de calor. Apresentam-se abundantes nos animais que hibernam. Sabe-se que a gordura marrom tem importância significativa na primeira fase da vida, dos animais que a possuem, nos quais a quantidade deste tecido é grande e responsável pela produção de calor, protegendo o recém-nascido do frio excessivo, causado pelo gradiente de temperatura existente entre o corpo da mãe e o ambiente.
Este tecido quando estimulado pelo sistema nervoso simpático presente nas terminações nervosas em torno das células, oxida-se facilmente. As células do tecido multinocular geram energia em forma de calor, muito mais do que em forma de ATP. A iniciação da alimentação (a fome) parece resultar de uma queda transitória da concentração da glicose sérica e, com isso aciona-se o sistema nervoso simpático com produção de catecolaminas que estimulam a gordura marrom a produzir calor. Após a ingestão alimentar a temperatura atinge um limiar, cessando a vontade e necessidade de continuar a alimentação. Este mecanismo parece ocorrer no recém-nascido (MARCONDES, 2002).
O calor é gerado principalmente no fígado, cérebro, coração e músculos esqueléticos (GARCIA, 2002). São numerosos os fatores que afetam a termogênese, mas todos eles estão relacionados com o metabolismo interecém-nascidoo dos alimentos. Algumas situações alteram a taxa basal de produção e de perda do calor. O sono, a subnutrição, uma hipo-função da glândula tireóide, reduzem o metabolismo basal. Por outro lado, o hiper-funcionamento da tireóide, os estados de tensão muscular permanente, o calafrio, a alimentação e o exercício promovem a sua elevação (GARCIA, 2002).
A temperatura do corpo é regulada quase totalmente por mecanismos de controle nervoso por feedback, com quase todos eles operando através de um centro termorregulador localizado no hipotálamo. Porém, para que estes mecanismos de feedback possam atuar, é também necessário presença de detectores de temperatura para determinar quando a temperatura corporal fique excessivamente quente ou fria (GUYTON & HALL, 1998).
A temperatura corporal é mantida pelo balanço entre os processos de produção é eliminação de calor. Esse controle é feito pelo hipotálamo, glândula situada nas paredes e no teto do terceiro ventrículo cerebral. As lesões produzidas na região anterior da glândula levam ao aparecimento de uma hipertermia, enquanto a destruição do hipotálamo posterior produz hipotermia (HARRISON, 1962). Hoje se sabe que as regiões mais anteriores controlam a termólise, enquanto as posteriores estão relacionadas com a termogênese. O controle da produção de calor é feito através dos hormônios, que aumentam o metabolismo e também por meio do calafrio e da horripilação enquanto a termólise é controlada pelos processos de vasodilatação periférica e de sudorese (GUYTON, 1998).
O resfriamento da área pré-óptica do hipotálamo também aumenta a produção do hormônio liberador de tirotropina pelo hipotálamo. Esse hormônio é levado, por meio das veias porta do hipotálamo, até a adeno-hipófise, onde estimula maior produção de tiroxina pela glândula tireóide. O aumento da tiroxina aumenta o metabolismo celular em todo o corpo. 
Quando o animal jovem é submetido ao ambiente frio, responde com vasoconstrição das arteríolas da camada profunda da derme, reduzindo o fluxo sangüíneo aquecido das partes profundas para as partes periféricas. Essa resposta, embora não seja de primeira linha, está presente nos animais recém-nascidos. O mecanismo mais importante é a termogênese química sem tremor, através da metabolização da gordura marrom dos animais que a possuem. Os animais que nascem antes do tempo, ou seja, prematuros, têm pouca gordura marrom e podem não aumentar seu nível metabólico além de 25%. Em conseqüência há aumento do consumo de oxigênio, sendo esse aumento menos eficiente no prematuro, que tem menor capacidade de mobilizar oxigênio. Conseqüentemente, o prematuro encontra-se no limite de sua capacidade de regulação térmica (KENNER, 2001), assim, os cuidados com os animais prematuros devem ser maiores, principalmente, pela pouca capacidade de controle de temperatura quando comparado com animais nascidos em tempo normal, mesmo sabendo que esses têm dificuldades com o mesmo processo.
A estimulação simpática ou a epinefrina, e em pequeno grau, a norepinefrina circulantes no sangue, pode provocar aumento imediato do metabolismo celular. Esse efeito é denominado termogênese química. Todavia, é raro no adulto, que a termogênese química aumente a produção de calor em mais de 10 a 15%. Em lactentes, porém, a termogênese química pode aumentar a produção de calor em até 100%, constituindo provavelmente fator muito importante na manutenção da temperatura corporal do recém-nascido (KENNER, 2001).
No recém-nascido, a perda de calor é elevada em virtude da maior relação superfície / massa corporal o que acarreta em maior perda de calor pela evaporação. Uma vez que o recém-nascido possui pele fina, circulação periférica mais superficial e tecido subcutâneo escasso, este possui reduzida capacidade de isolamento térmico, perdendo calor por não ser capaz de flexionar extremidades sobre o tronco para evitar perda de calor, permanecendo em extensão e expondo maior parte de sua superfície corporal.
A hipotermia ou a hipertermia, podem causar alterações graves nos sinais vitais (incluindo taquicardia ou bradicardia, taquipnéia e apnéia) e aumento do consumo de energia. A hipotermia aumenta o consumo de oxigênio, de forma que quando começa, a temperatura da pele diminui primeiro, não havendo intervenção, a temperatura central cai e pode resultar em hipotermia irreversível, levando o recém-nascido ao óbito (KENNER, 2001). Durante a hipotermia, o corpo tenta compensar aumentando a taxa de metabolismo basal. Se esta taxa aumenta acima do nível basal normal, os suprimentos de energia podem se esgotar, levando a acidose. Isso, por sua vez, causa alterações no tecido subcutâneo, diminuindo a perfusão periférica podendo levar a uma cessação da motilidade gastrintestinal e hemorragia. Pode ocorrer também hipoglicemia à medida que a glicose é metabolizada em um esforço de atender às demandas celulares de energia. Menos comumente a hipotermia causa alterações de coagulação (KENNER, 2001).
Outras alterações que podem resultar da hipotermia incluem vasoconstrição pulmonar, diminuição da produção de surfactante e comprometimento do ganho ponderal (MARCONDES, 2002). Em relação ao peso corporal, o metabolismo normal do recém-nascido é aproximadamente o dobro do metabolismo do adulto, o que também explica o fato do débito cardíaco e o volume-minuto respiratório serem duas vezes maiores no recém-nascido (GAYTON & HALL, 1998), entretanto, como a área da superfície corporal é muito grande em relação à massa corporal, o corpo facilmente perde calor. Como conseqüência, a temperatura corporal dos recém-nascidos cai com facilidade.
Como resposta ao desequilíbrio térmico, o recém-nascido submetido ao resfriamento apresenta mudança postural (flexão), agitação, vasoconstrição periférica e termogênese química, com o aumento do metabolismo celular e queima da gordura marrom, a qual tem finalidade de gerar calor em situação de estresse pelo frio. No adulto, o calafrio é o mais importante mecanismo involuntário de regulação da produção de calor, enquanto que no recém-nascido predomina a termogênese sem calafrio.
Estes fatores relativos às características biológicas e termogênese, bem como a manipulação excessiva, justificam a necessidade de se dispensarem cuidados e recursos especiais aos recém-nascidos visando a manutenção de sua temperatura corporal, já que eles não suportam grandes variações da temperatura ambiente.
Aves recém nascidas
As duas primeiras semanas de vida das aves são as mais criticas. Nenhum outro período ou fase de vida demanda tanto cuidado e atenção por parte do produtor, pois erros cometidos não poderão ser corrigidos futuramente, afetando assim o desempenho final das aves. Os pintinhos na primeira semana de vida são mais susceptíveis às situações de estresse, podendo sofrer comprometimento do sistema imunológico, ficando vulneráveis a doenças e, por conseguinte, apresentando rendimento produtivo menor que o esperado.
A produtividade, expressa em ganho de peso e conversão alimentar do frango de corte, depende da interação entre as variáveis como peso pós-eclosão, nutrientes da dieta, qualidade da água e temperatura ambiente. No entanto, o desenvolvimento do pintainho, em particular na primeira semana de vida, é condição relevante para o desempenho futuro do animal, pois processos fisiológicos como hiperplasia e hipertrofia celular, maturação do sistema termorregulador e diferenciação da mucosa gastrointestinal, influenciará de maneira marcante o peso corporal e a conversão alimentar da ave até a idade de abate (Furlan, 2006).
Segundo Jones & Roper (1997), os pintainhos domésticos são atraídos pelos companheiros, por objetos, por desenhos e por odores familiares, podendo estas presenças reduzir o sentimento de medo dos animais jovens. Os pintainhos preferem aproximar-se mais das aves que estejam emitindo piados ou barulhos que caracterizam prazer ou satisfação, e preferem afastar daquelas que estejam em condição de fuga ou emitindo chamados de aflição (Sigman et al. 1978).
Segundo Newberry (1999), aves jovens são motivadas em procurar oportunidades de explorar novos estímulos. Os pintainhos mostrariam uma maior motivação para incorporar o espaço periférico se este contivesse novos objetos incorporados diariamente, recursos essenciais de alimentação, água, fonte de calor ou recursos suplementares de cama e de poleiros. Com o frio, como uma característica intuitiva da ave, o pintainho começa a piar incessantemente, procura proteger a parte do dorso buscando fontes de calor, correndo o risco de amontoamento, com asfixia e morte ou retardamento do crescimento futuro.      
Para que ocorra o crescimento corporal, alguns precursores metabólicos devem estar disponíveis. Durante o último estágio de desenvolvimento embrionário das aves, a gema é uma fornecedora de nutrientes sendo integralizada na cavidade abdominal nos últimos dias da incubação. Na fase de desenvolvimento embrionário, o saco vitelino constitui na única fonte energética para a ave. O seu conteúdo lipídico transfere-se para o sistema circulatório na forma de lipoproteínas. Próximo à eclosão, o saco vitelino restante se integra na cavidade abdominal e, ao nascimento, o intestino contém um material viscoso procedente da gema (Noy & Sklan, 2008).
Durante a eclosão, a gema com aproximadamente 8 gramas, o que corresponde de 20 a 25% do peso corporal da ave. Neste momento a gema é constituída de 46% de água, 20% de proteína e 34% de lipídeos, principalmente triglicerídeos e fosfolipídios, contendo também pequenas quantidades de ésteres de colesterol e ácidos graxos livres, sendo descrita como uma fonte temporária de energia para a ave até que seja fornecida outra fonte através da dieta. Sua absorção inicia-se logo após a eclosão atingindo uma redução de 50% do peso inicial nas primeiras 48 horas de idade da ave (Chambelee et al. 1992).
Nas aves, duas vias de utilização do saco vitelino são descritas, em que a primeira envolve a sua secreção para o intestino através do pedúnculo vitelínico, antes e após a eclosão, e a segunda, a principal forma na fase embrionária, através do transporte de lipídios para a circulação. Durante as primeiras 48 horas, a utilização do saco vitelino através do sistema circulatório permanece funcional, contudo, após estas horas, a transferência começa a reduzir-se. Células linfóides obstruem o pedúnculo vitelínico 4 dias após a eclosão. Avaliando a transferência de ácidos graxos e de insulina para o intestino e a circulação, Noy & Sklan (2008) observaram uma diminuição na transferência 48 horas após a eclosão.
Do ponto de vista fisiológico, a ave nasce com uma pequena reserva de carboidratos. Ao nascimento, ocorre uma relação inversa entre o peso e a reserva de glicogênio hepático, resultando em uma maior exigência metabólica em aves mais pesadas. Mesmo que este perfil possa ser mantido ao nascimento, as aves apresentam uma grande capacidade de glicogênese quando tem acesso à suplementação de carboidratos através da dieta (Moran, 1989). Embora haja a idéia de que uma das funções da gema seja o fornecimento de energia no inicio de vida da ave, a quantidade de energia fornecida pela mesma chega a 9 kcal EM, não atendendo suas exigências no primeiro dia de vida.
Noy & Sklan (2008) utilizando substancias marcadoras observaram a distribuição da gema nas porções proximal e distal do intestino, um dia antes e 6 horas após a eclosão. Os autores observaram uma maior proporção da gema na região distal, uma dia antes da eclosão. Isto demonstra ocorrer pequena hidrólise no lúmen intestinal embora haja atividade da lipase nesse período. Após a eclosão foi observado maior proporção da gema na região proximal do intestino, e isto indica que ocorre um aumento nos movimentos antiperistálticos após a eclosão, justificando assim esses resultados.
Nesse período imediatamente após a eclosão, várias mudanças ocorrem no intestino delgado das aves. Os processos de digestão e absorção ainda são pouco eficientes e a súbita passagem para a alimentação exógena promove o desenvolvimento do trato gastrointestinal e das glândulas (fígado e pâncreas) envolvidas nos processos de digestão.
Suínos recém nascidos
O leitão recém-nascido apesar de ser neurologicamente desenvolvido, ainda é fisiologicamente imaturo e algumas mudanças importantes ocorrem no início de sua vida, habilitando-o para a sobrevivência. Estas mudanças ocorrem principalmente nas primeiras semanas de vida, onde seu sistema termoregulatório ainda é ineficiente em manter eficazmente sua homeotermia.
Atualmente, as modernas linhagens genéticas de suínos apresentam desempenho produtivo diferenciado, em comparação àquelas disponíveis há duas décadas. Brown-Brandl et al. (2001) evidenciaram diferentes padrões termorregulatórios para suínos em fases de crescimento e terminação. Entretanto, poucos relatos na literatura destacam o comportamento e fisiologia de leitões lactentes. A maior parte dos estudos envolvendo comportamento é realizada com suínos em crescimento e terminação (SCOTT et al., 2006). Pandorfi (2002) avaliou, mediante observação de comportamento, o fornecimento de diferentes fontes de aquecimento para leitões lactentes, não envolvendo, entretanto, estudos de ingestão de leite ou desenvolvimento termorregulatório.
O leitão recém nascido apresenta limitada reserva energética disponível armazenada na forma de glicogênio e menos de 1% de gordura no corpo, além de pouco isolamento corporal por pêlos. Dessa forma, torna-se necessário mamar logo após o nascimento, evitando queda drástica nos níveis de glicose do sangue e conseqüentemente da temperatura corporal. O valor normal de 100 mg de glicose por 100 mL de sangue do leitão ao nascer pode cair para 10 mg ou menos nos dois primeiros dias caso o animal seja submetido à jejum alimentar. Ele conta, nas primeiras horas de vida, apenas com a glicose catabolizada a partir do glicogênio hepático como sua principal fonte energética, o que é suficiente apenas para cobrir suas necessidades por 15 a 20 horas.
Mesmo mamando, o leitão pode ter hipoglicemia quando associada ao estresse gerado pelo frio ou ainda combinada ao inadequado suprimento de leite pela porca. English (1998) enfatizou que a hipotermia é uma das principais causas de mortalidade de leitões recém-nascidos. É prática já conhecida e muito importante o manejo de acompanhamento de todos os partos na maternidade. O aleitamento dos leitões logo após o nascimento tem objetivo de melhorar as condições de nascimento, melhorar o índice de nascidos vivos/parto e evitar perdas de leitões durante o parto e também perdas de matrizes que poderão morrer devido a problemas durante o procedimento, se não houver assistência imediata. Além de se evitar as perdas de leitões durante o parto, outra vantagem que esta prática pode trazer é garantir que o leitão tenha acesso ao primeiro leite da porca (colostro) logo após o nascimento. A primeira mamada do leitão tem grande importância e acaba influenciando em toda a saúde e sobrevivência do animal durante seu ciclo produtivo. A importância da ingestão do colostro para o leitão é devido ao fato de que o animal nasce praticamente sem nenhuma proteção contra agentes patogênicos, que se encontram em seu novo ambiente, além disso, todos os anticorpos ou imunoglobulinas  desenvolvidas pela porcas e que darão proteção ao leitão contra infecções não são transferidos para esses animais pela placenta e portanto a única forma de fazer com que eles recebam esta proteção é através do primeiro leite da porca.
As imunoglobulinas e anticorpos presentes no colostro são transferidos para o trato digestivo do leitão e imediatamente vão para a corrente sanguínea. Entretanto o leitão tem uma capacidade limitada para absorver estes anticorpos, devido ao fato de que a parede intestinal dos leitões torna-se rapidamente impermeável às imunoglobulinas. Estima-se que esta capacidade de absorção começa a diminuir logo após o nascimento e de 24 a 36 horas após o parto já não ocorre mais.
Pereira & Passos (1998), trabalhando com leitões recém-nascidos nos quais a variação da temperatura corporal foi monitorada, concluiu que o controle da temperatura ambiental com o uso de escamoteadores e aquecimento são imprescindíveis para auxiliar os leitões recém-nascidos na manutenção de sua homeotermia, o que foi confirmado por Pandorfi (2002).
Da mortalidade na maternidade, cerca de 70%, ocorrem na primeira semana de vida. As causas são inúmeras e a grande maioria de natureza não infecciosa, como esmagamento e inanição. A inanição, por sua vez, causada por causa da agalaxia, exposição ao frio ou sangramento do umbigo. Na falta de aquecimento artificial, os leitões que não são amamentados, principalmente, tornam-se hipoglicêmicos e procuram aquecimento junto à mãe. Isso, muitas vezes, resulta no esmagamento destes indivíduos. Os leitões mais fracos são os mais atingidos, representando cerca de 65% do total de perdas nesta fase.
O melhor ganho de peso na fase de aleitamento apresentará reflexo positivo nas fases subseqüentes de crescimento dos animais. Assim, a descrição do comportamento e de parâmetros fisiológicos de leitões em lactação é de fundamental importância para propor técnicas de manejo que melhor se ajustem às novas linhagens genéticas de suínos existentes nas criações comerciais.
Em algumas raças de suínos ocorre uma hipoglicemia pouco tempo após o nascimento o que leva os animais à morte; assim, em tais animais é importante a adição de açúcar (glicose) à água de bebida dos mesmos. Há alguns anos se acreditava que o problema atingisse a todos os leitões, porém, hoje se sabe que há transferência genética (racial). A hipoglicemia produz uma queda de temperatura que se torna incompatível com a vida dos animais.
Bovinos recém nascidos
As duas primeiras semanas representam a fase mais critica na vida dos recém-nascidos bovinos. A mortalidade perinatal é caracterizada por acidentes ocorridos durante o parto, natimortos e mortalidades nas primeiras horas de vida, representam ao redor de 5 a 10%, o que corresponde à metade da mortalidade que ocorre no primeiro ano de vida. Já a mortalidade que se estende do período neonatal até 1 ano, deve-se às diarréias, no início de vida, geralmente atribuídas aos colibacilos, tristeza bovina, pneumoenterite e carbúnculo sintomático entre outras doenças que acometem os bezerros.
A placenta sindesmocorial dos bovinos protege o bezerro da maioria das agressões bacterianas ou virais, mas impede, igualmente, a passagem de proteínas séricas e principalmente as imunoglobulinas. O recém-nascido é, portanto, desprovido de anticorpos e desta forma particularmente sensível às infecções, adquirindo uma verdadeira proteção imunológica somente após a ingestão do colostro.
Sabe-se que o intestino do bezerro recém-nascido absorve as proteínas somente durante as primeiras horas pós-natal. As imunoglobulinas são absorvidas por um mecanismo chamado micropinocitose sob forma de pequenos glóbulos de tamanhos variados. As moléculas atravessam a membrana das células epiteliais embrionárias e caminham em direção à base das células. Em seguida ganham a circulação sangüínea exclusivamente através do canal linfático.
As primeiras pesquisas mostraram que a absorção intestinal das proteínas ocorre, sobretudo no jejuno. Todavia, alguns pesquisadores afirmam que não há variação da absorção entre os diferentes segmentos do intestino delgado. Estudos mais recentes demonstram que o pico máximo de absorção intestinal é localizado nas ultimas porções do intestino delgado, jejuno e íleo.
A captação das imunoglobulinas por micropinocitose e a transferência para a circulação linfática são dois mecanismos independentes. Sabe-se que a absorção das imunoglobulinas é uma propriedade exclusiva das células embrionárias do epitélio intestinal do bezerro. As imunoglobulinas se encontram na circulação linfática, em seguida elas ganham a circulação sangüínea pelo canal torácico. O trajeto é diferente para as moléculas de peso mais baixo, como a soroalbumina, a β-lactoglobulina e a α-lactalbumina, que passam diretamente dos vasos linfáticos para a circulação sangüínea. As imunoglobulinas aparecem na circulação sangüínea após três ou quatro horas da ingestão do colostro pelo recém-nascido.
Nos bezerros que não recebem colostro, as imunoglobulinas intestinais são sintetizadas nas placas de Payer e na região das criptas da mucosa do intestino delgado. Todavia, os níveis de imunoglobulina só serão suficientes para uma verdadeira proteção após um mês de vida.
Considerações Finais
Com o aumento no grau de confinamento dos animais, o ambiente foi modificando para completamente artificial. Desta maneira, as instalações devem ser minuciosamente projetadas, para que não se tornem um problema na criação, permitindo adequado desenvolvimento dos animais, em especial aos recém-nascidos, que muitas vezes são esquecidos pelos produtores, mesmo sabendo que eles são os adultos adiante.
 O estudo dos processos fisiológicos que ocorrem nos animais recém-nascidos é de grande importância para que possamos avaliar as nossas condições atuais de manejo e melhorar cada vez mais a chance de tornar os animais cada vez menos estressados com o seu nascimento, decorrente de tantas mudanças que ocorrem nesse período, para que possibilite um desenvolvimento mais adequado dos animais, atingindo resultados ainda melhores.
Referências Bibliográficas
 
ALMEIDA, M. C. P. O saber de enfermagem e sua dimensão prática. 2. ed. São Paulo, Cortez, 1986.
ALVES, N. F. Manual de Perinatologia; Ed. Medsi; 2º ed., Rio de Janeiro, 1995.
AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Standards and recommendations for hospital care of newborecém-nascido infants. 6. ed. Illnois, 1997.
AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Standards and recommendations for hospital care of newborecém-nascido infants. Evanston, ILL., 1971.
ANTUNES, J. L. F. Hospital instituição e história social. São Paulo, Letras & Letras, 1991.
BAKER, J. P. The incubator controversy: pediatricians and the origins of premature infant technology in USA, 1890 to 1910. Pediatrics, USA, v. N. 5, p. 564-62, 1991.
BARCELO, C. F. Variaciones Del microclima de incubadoras infantiles condicionadas por la supresión de la humidificación. Rev. Cuba. Pediatría, v. 58, n. 4, p. 439-48, jul-ago. 1986.
BLIGH, J. (1973). Temperature regulation in mammals and other vertebrates. In: Neuberger, A. and Tatum, E. L. Editors, Frontier of Biology, p. 436, North-Holland, London.
CENTRO DE ESTUDOS PERINATAIS DE SAO PAULO. Normas de assistência hospitalar aos recém-nascidos: conceitos e definições. São Paulo, 1970.
CREASY R. K. & RESNIK R. Medicina materecém-nascidoo fetal: Principios y práctica. Ed. Médica Panamericana S. A., impresso en la Argentina,1987
CONSENTINO, A. & MALERBA, M. C. Intervenciones reguladas em el cuidado del recién nacido prematuro extremo: Protocolo de intervención mínima. Temas de Enfermeria Actualizados, Buenos Aires, ano 4, n.18, p.22-5, jul/ago.1996.
CORECÉM-NASCIDOELL, HM. Accidental hypothermia. J Pediat, v. 120, n. 5, p. 671-679, 1992
CUNHA, M. L. C. o cuidado com a pele do RECÉM-NASCIDO. Rev. Gaúcha Enfermagem, Porto Alegre, v.23, n.2, p. 6-15, julho 2004.
DELASCIO, D.G. Obstetrícia normal: Briquet. 3. ed. São Paulo, Sarvier, 1981. Cap. 2, p. 1-34: Evolução da obstetrícia.
DOWNES, John, J. Evolução histórica, estado atual e desenvolvimento prospectivo de tratamento intensivo pediátrico. In: CARLSON, Richard W e cols. Clínica de Terapia Intensiva. Tradução por André Luis de Souza Melgaço e Giuseppe Taranto. Rio de Janeiro: Interlivros, 1992. v. 1.
ESCOLA DE ENFERMAGEM ANA NERY. Centro de Documentação. Recorte de jorecém-nascidoal de 1935 (Doc. n. 04, caixa  n. 45)
FANAROFF, A. A. " Physical examination and care of the newborecém-nascido". In: Neonatal-Perinatal medicine: diseases of fetus and infant. 5. ed. Mosby Year Book, 1992. cap. 24. p.336-41.
FANEM LTDA. Documentação técnica sobre incubadoras. São Paulo, 1947-1992.
FREDDI, W. E. S. A enfermeira na unidade de berçário: Função administrativa. O mundo da Saúde, III trimestre, 1979
GARCIA E. A. C. Biofísica: Física Médica. 1.ed. Ed. Sarvier, São Paulo, 2002.
GARCIA-GONZALEZ, & RIVIERA-RUEDA, M.A., Neonatal dermatology: skin care guilines. Dermatology Nursing, Pitman, v. 10, n. 4, p. 274-275, 279-281, Aug. 1998
GLASSER, (1944). Medical Physics, The Year Book Publicshers Inc., Chicago, Illinois, p. 1523.
GOMES, A. M; OLIVEIRA, C. Planejamento de cuidados de enfermagem em UTIN. Rev. Brasileira de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 21, n.3, p. 323-328, jul./set. 1974.
GONÇALVES, R. B. M. Tecnologia e organização social das práticas de saúde: características tecnológicas do processo de trabalho na rede estadual de Centros de Saúde de São Paulo, São Paulo, Hucitec/ Abrasco, 1994, p. 278.
GORDON, H. H. Perspectivas em Neonatologia -1980. In: AVERY, G. B. Neonatologia, fisiopatologia e tratamento do recém-nascido. 2ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1984. cap. 1, p. 1-9.
GUYTON, A. C. e HALL, J. E.; Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças; Ed. Guanabara/Koogan; 6º ed. Rio de Janeiro, 1998.
HAHN L. P. Pele do Recém-Nascido Prematuro. 2001. Monografia Departamento de Pediatria, Hospital de clinicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2001. Disponível em: http://www.hc.ufpr.br/acad/pediatria/visitas/luciana.htm. Acesso em 19 nov. 2005.
HARRISON, T. R. (1962). Medicina Interecém-nascidoa. Ed. Guanabara Koogan S. A., Rio de Janeiro (p. 68);
HARUNARI, L. O. Sistema de alojamento conjunto para RECÉM-NASCIDO e mãe em materecém-nascidoidade ou em unidade obstétrica como contribuição para assistência integral ao RECÉM-NASCIDO. Porto Alegre: CESC/CEBRAE, 1977.
HENNINGSSON, A.; NYSTROM, B. & TUNNELL, R. Bathing or  washing babies after birth? The Lancet, London, v. 2, n. 8260/8261, p. 1401-1403, Dec. 19-26, 1981.
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP). Relatório de Atividades 2003. Disponível em: < http://hcrp.fmrp.usp.br/>. Acesso em: 14/08/2005.
JERMAN, A. & TUNELL , R. Bathing of washing babies after birth? London, v. 1, p. 204-206 Ouct/ 1981
JUNQUEIRA, L. C. U. & CARECÉM-NASCIDOEIRO, J. Histologia Básica. 7ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990, 388p.
KAMADA, I. Assistência ao recém-nascido e sua organização a nível hospitalar: revisão de literatura. Rev. Paul. Hosp., v. 38. n. 5-8. p. 65-73, mai. -ago., 1990.
KENNER C. Enfermagem Neonatal; Ed. Reichmann & Affonso; 2º ed.; Rio de Janeiro: 2001.
KLAUS, M.H.; MARTIN, R.J. & FANAROFF, A..A. O ambiente físico. In: KLAUS, MH, FANAROFF, AA. Alto risco em neonatologia. 4 Ed., rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1995. cap. 5, p. 86-97.
KLAUS, M. H. & FANAROFF, A. A. care of the ligh risk neonate, 1979.
L´HERAUT, J.T. The effectiveness of a thermal mattress in stanbilizing and maintaining dug the transpot of very low birth weight newbons. Appl. Nurs. Res., Philadelphia, v. 14, n. 4, p. 210-219, nov. 2003.
LEONE, C. R. & TRONCHINI, D. M. R. Assistência Integrada ao Recém-Nascido. 1º ed. Atheneu. São Paulo. P. 378. 2001.
LEONE, C.R. & RAMOS, J.L.A.,. O recém-nascido pré-termo. In: MARCONDES, E. Pediatria Básica. 8. ed. São Paulo: Sarvier, 1994, p. 333-338.
LONG, J. C.; LUCEY, J. F.; PHILIP, A. G. S. Noise and hypoxemia in the intensive care nursey. Pediatrics, Evanston, v. 65, v. 1 p. 143-4, jan. 1980.
LUND, C. H. Prevention and management of infant skin breakdown. Nursing Clinics of North America. Philadelphia, v. 34, n. 4, p. 907-920. Dec. 1999.
MARCONDES, M. B. Pediatria Básica, Tomo I Pediatria Geral e Neonatal. 9ºed. Sarvier. São Paulo. P. 843. 2002.
MARCONDES, E. S. & TOLEDO, G. S. Ecopediatria a força do ambiente sobre a saúde da criança. São Paulo: Sarvier, 1981.
MARRESE, A. M. El ambiente de la UCI neonatal y su influencia en el desarrollo del prematuro: um desfio para enfermeria. Medicina Perinatal y Neonatal, Chile, v. 1, n. 1, p. 17-9, jul/ago. 1996.
MARQUES, M. B. Contribuição ao estudo do movimento interecém-nascidoacional de proteção á materecém-nascidoidade e á infância. Projeto PEPPE/22.1. Rio de Janeiro, Fiocruz/Finep, 1978.
MAYFIEL M. R.Temperature measurement in term and preterm neonates. J Pediat, v. 104, n. 2, p. 271-275, 1984.
MAUAD, F. & MORAIS, E. N.; Medicina Materna e Perinatal, Ed. Revinter. Rio de Janeiro, 1987.
MERECHI, M.A.B. Assistência de enfermagem ao prematuro: alguns procedimentos básicos. Ver. Esc. Enf, v. 19, n. 3, p. 231-237, 1985.
 
MORAN, M. E cols. Mal Kangaroo (Skin-Toskin) care in the NICU begiming 4 hours postbirth, MCN, Hagerstown, v. 24, n. 2, p. 74-79, mar./abr 2000;
MORELLI, J. G. & WESTON, W. L. Soaps and shampoos in pediatric pactrice. Pediatrics, Evanstons, v. 80, n.5 p. 634-637, nov. 1987.
MUSON, K. A. A survey of skin care pactrices for premature low birth weight infants, Neonatal newtwork, San Francisco, v. 18, n. 3 p. 25-31, Apr. 1999.
NETO, M. L. Distúrbios do sono. Jorecém-nascidoal de Pediatria. Rio de Janeiro, v. 78, supl. 1, p. S63-72, jul. 2002.
NOPPER, A.J. Topical ointment therapy benefits premature infants. Jourecém-nascidoal of Pediatrics, Evanston, v. 128, n. 5, p. 660-669, May 1996.
OLIVEIRA, I. C. S. Incubadoras e Respiradores: influencia na assistência de enfermagem ao RECÉM-NASCIDOPT hospitalizado. Esc. Anna Nery, Rev. Enferm., Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 99-108, dez 2001;
ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE. Centro Latino-Americano de Perinatologia. Guia de Organização e Normatização Básica da Assistência Neonatal. N. 1028, 1983.
PACHECO, S. T. de A.; VALLE, E. R. M. do ;SIMOES, S. M. F. Cuidado prestado pelo acadêmico de enfermagem em UTI neonatal na ótica da mãe. Revist. Brás. Enferm., v. 54, n. 4, p. 589-596, out/dez.2001
PAULI R. V. Física Básica. São Paulo: EPU, 1979. p. 152.
POIAN, V.R.; LOUZADA, M.L.C. &, SCHEBELLA, G.M. O uso do plástico na manutenção do ambiente termoneutro para o recém-nascido de pré-termo. Rev. Gaúcha Enferm., v. 7, n. 2, p. 275-285, 1986.
RAEVE, P. D. Two mattresses for neonates compared for costs and quality of nursing care. Connect crit. Care Nurs. Enr., London, v. 1, n. 1, p. 5-10, Spring 2001;
ROCHA, I. E. Avaliação de alguns parâmetros fisiológicos em RECÉM-NASCIDOPT em posicionamento ventral. Centro Univ. São Camilo, São Paulo, v. 9, n.2, p. 86-95, abr/junh. 2003.
ROCHA, S. M. M. Características tecnológicas do processo de trabalho em berçários. Revist. Brás.,Enferm., Brasilia, v. 52, n. 3, p. 349-354, jul/ set. 1999;
SANGA, A. A Comparison of four methods of normal newborecém-nascido temperature measurement. MCN, Hagerstown, v. 25, n. 2, p. 76-79, mar/abr. 2000;
SCOCHI, C. G. S. Cuidado individualizado ao pequeno prematuro: o ambiente sensorial em UTI Neonatal. Acta Paul. Enferm.,São Paulo, v. 14, n. 1, p. 9-16, Jan/ abr. 2001;
SCOCHI, C. G. S. A organização do trabalho na assistencia ao recém-nascido em berçarios da regional de Ribeirão Preto- SP- Brasil - 1992. Rev. latino-am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 5 n. 1 p. 27-36, jan. 1997. 
SCOCHI, C. G. S. Termorregulação : Assistência hospitalar ao RECÉM-NASCIDOPT. Acta Paul. Enferm., São Paulo, V. 14, n. 1, p. 72-78, jan./mar.2002;
SCOPES & AHMED, I.; Range of critical temperatures in the sick and premature newborecém-nascido babies. Arch. Dis.Child., 41: 417, 1966.
SEGRE, C. A. M. & ARMELINI, P. A. RECÉM-NASCIDO.1ed. Sarvier, São Paulo, 1981.
SEGRE, C. A. M.; ARMELINI, P. A. RECÉM-NASCIDO. 2. ed. São Paulo: Sarvier, 1985. p. 416.
SILVA, R. N.M. Aspectos Comportamentais do Bebê Pré-termo na UTIN. In: Corrêa F. L.. Novos Olhares sobre a gestação e a criança até os 3 anos. Saúde Perinatal, Educação e Desenvolvimento do Bebê. Brasília: L.G.E. 2002.
SILVERMAN, W. A. "Incubator-baby side shows". Pediatrics, v. 64, p. 127-41, 1979.
SILVERMAN, W.; FERTIG, J.; BERGER, A. "The influence of the thermal environment upon the survival of newly borecém-nascido premature infants". Pediatrics, v. 22, p. 876, 1958.
TAMEZ, R., Silva, M. P. Enfermagem na UTI neonatal. Assistência ao RECÉM-NASCIDO de alto Risco. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999;
TORREIRA, R. P. Elementos básicos de ar condicionado. São Paulo: Hemus, 1976.
VARDA, K. E.; BEHNKE, R. The effecto of timing of nitial bath on newborecém-nascido´s temperature. Jounaul of Obstetric, Gynecology and Neonatal Nursing, Philadelphia, v. 29, n. 1 p. 27-32, Jan. /Feb. 2000.
WAECHTER, E. H. & BLAKE, F. G. Assistência de enfermagem a prematuros. In: Enfermagem pediátrica 9.ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1979. cap. 11, p. 183-196.
WITT, A. B. "Assistência ao recém-nascido: aspectos relacionados ao material e equipamento em berçários". Rev. Paul. Hosp., v. 25, n.1, p. 18-21, jan. 1977.
WONG, DL. Warley & Wong Enfermagem Pediátrica: elementos essenciais á intervenção específica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Public health aspects of the low buth weight. Geneva, 1961 (technical Report. Sovies 1217).
BROWN-BRANDL, T. M.; EIGENBERG, R. A.; NIENABER, J. A. Thermorregulatory profile of a newer genetic line of pigs. Livestock Production Science, Amsterdam, v. 71, p. 253-260, 2001.    
DEL-CLARO, K. Comportamento animal: uma introdução à ecologia comportamental. Jundiaí: Conceito, 2004. 132 p.         
ENGLISH, P. R. Improving piglet survival, growth to weaning and post weaning performance. In: SEMINÁRIO INTERECÉM-NASCIDOACIONAL DE SUINOCULTURA, 3., 1998, São Paulo. Anais... São Paulo: [s.n.], 1998. p. 17-36.         
FERREIRA, R. A. Maior produção com melhor ambiente para aves, suínos e bovinos. Viçosa: Aprenda Fácil , 2005. 374 p.        
LEWIS, A. J.; SOUTHERECÉM-NASCIDOL, L. Swine nutrition: feeding and feed. 2. ed. Flórida: CRC, 2001. 1009 p.        
LIMA, J. A. F. Suinocultura. Lavras: UFLA, 1995. 217 p. Apostila.        
NOY,Y; SKLAN, D. differents types of early feeding and performance in chicks ans poults. Jourecém-nascidoal Applied Poultry Research, v.20, p. 16 - 24, 2008.    
PANDORFI, H. Avaliação do comportamento de leitões em diferentes sistemas de aquecimento por meio da análise da imagem e identificação eletrônica. 2002. 89 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia - Física do Ambiente Agrícola) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2002.         
PEREIRA, C. Z.; PASSOS, A. A. Informe técnico: cuidados especiais. Revista Suinocultura Industrial, [S.l.], n. 134, set. 1998.
SCOTT, K.; CHENNELLS, D. J.; CAMPBELL, F. N. The welfare of finishing pigs in two contrasting housing systems: fully-slatted versus straw-bedded accommodation. Livestock Production Science, Amsterdam,
v. 103, p. 104-115, 2006.
Tópicos relacionados:
Autores:
Matheus Ramalho
UFERSA
UFERSA
Recomendar
Comentário
Compartilhar
Profile picture
Quer comentar sobre outro tema? Crie uma nova publicação para dialogar com especialistas da comunidade.
Usuários destacados em Avicultura
Daniel José Antoniol Miranda
Daniel José Antoniol Miranda
Trouw Nutrition
Lic. en Ciencias Animales, Doctor en Filosofía - PhD, Ciencia Animal (Ciencia Avícola) / Gestión de micotoxinas en las Américas
Estados Unidos
Eduardo Souza
Eduardo Souza
Aviagen
Vice-Presidente de Investigación y Desarrollo en Norte América
Estados Unidos
Vitor Hugo Brandalize
Vitor Hugo Brandalize
Cobb-Vantress
Cobb-Vantress
Director de Servicio Técnico en América Latina y Canadá
Estados Unidos
Junte-se à Engormix e faça parte da maior rede social agrícola do mundo.