Reduzir o impacto de odores na comunidade vizinha é uma parte essencial do manejo de dejetos. Infelizmente, geração, emissão e movimentação de odores são processos muito complicados. Várias tecnologias podem trazer significantes reduções de odores para as granjas de produção. Estas tecnologias variam de simples para complexas, de baixa manutenção para alta manutenção, de baratas para caras. Algumas dessas tecnologias têm demonstrado redução de odores baseando-se na mensuração cientifica enquanto a efetividade de outras é apoiada somente por evidências empíricas e certificados. Estas evidências empíricas são úteis, mas deveriam ser verificadas quando possível com atuais mensurações. Este trabalho faz uma revisão de tecnologias para controle de odores. Algumas têm sido rigorosamente testadas e outras que até o momento têm sido avaliadas e aceitas por alguns engenheiros e/ou produtores.
Fontes de Odor
É muito importante constatar que a emissão de odores da produção de animais é originada de três principais fontes: unidades de estocagem de dejetos, alojamento dos animais e aplicação de dejetos no solo. A tabela 1 mostra o resultado de um estudo de 1982 em United Kingdom (Hardwick, 1985) que identificou as fontes de odor e espécies animais justificáveis de denuncias. Isso mostrou que perto de 50% de todos os odores denunciados eram provenientes de aplicação de dejeto no solo, cerca de 20% era através de unidades de estocagem de dejeto e outros 25% era das edificações doa animais. Entre três espécies animais, suínos receberam mais de metade (54%) das denuncias, com bovinos e aves recebendo 20 e 24% das denuncias, respectivamente. Como também estas descobertas são de U. K., observações gerais em Minnesota e Midwest (EUA), parecem concordar com esta distribuição de fontes de odor. De qualquer modo, com a tendência de crescimento do uso da aplicação de dejetos no solo e maior tempo no tempo de estocagem de dejetos (maiores estruturas de estocagem), talvez uma mudança significativa no aumento da porcentagem de denuncias de odor deverão estar associadas com unidades de estocagem de dejetos e/ou edificações dos animais.
Observações em pesquisas da Universidade de Minnesota (EUA) concordam com as denuncias comuns de forte odor de unidades de armazenagem de dejetos durante os meses de abril e maio quando há um excesso em conseqüência da estratificação termal (Jacobson e outros 1997). Existem dados limitados na emissão de odores das edificações dos animais, mais pode ser presumido que estas emissões de odor são razoavelmente durante todo o ano, diferentes da variação de emissão de odor de cada unidade de armazenagem de dejeto assim como durante a aplicação de dejetos nas plantações.
As maiorias das tecnologias de controle de odor são freqüentemente específicas de fontes de odor de sistemas particulares de tratamento de dejetos. Portanto, algumas determinações para suas situações são necessárias, assim uma tecnologia apropriada pode ser escolhida para negociação com seu local específico de fonte de odor.
Redução de Odor Durante Aplicação no SoloAplicações de dejetos no solo tipicamente trazem a maioria de denuncias. Felizmente, odores de aplicações no solo podem praticamente ser eliminadas pela injeção ou incorporação imediata do dejeto dentro do solo. Esta técnica também aumenta a quantidade de nitrogênio e outros nutrientes úteis para crescimento da plantação. Infelizmente, injeção e incorporação são técnicas muito facilmente adaptadas para aplicação de dejetos líquidos. Incorporação de dejetos sólidos tipicamente requer outras ações com alguns implementos agrícolas. Isto é tão desgastante e custoso, mas é necessário para alcançar um efetivo controle de odor.
Outro aspecto de aplicação de dejetos que gera odores é a agitação de dejetos líquidos estocados para prévia facilitação para remoção dos dejetos. A agitação é necessária para a redução de sólidos formados na estocagem, quebrando alguma costa superior, assim homogeneizando os nutrientes para todo o dejeto. Relatórios de algumas granjas sugerem alguns aditivos nos sistemas de armazenagem, a fim de reduzirem os sólidos formados. Contudo, há uma pequena pesquisa universitária para sustentar esta alegação, esta técnica deve ser observada como um possível método de controle de odor. Aditivos químicos também tem potencial para reduzir específicas formações de gases como por exemplo sulfeto de hidrogênio durante agitação. Estes aditivos possuem efeitos de pequena duração na emissão de gases. Mais pesquisas são necessárias para determinar padrões de dosagem e custos desta tecnologia.
O problema de redução de odores e/ou certos gases como sulfeto de hidrogênio durante a agitação de dejetos estocados é muito crítico.
Condições de chuva, especialmente velocidade do vento/direção e umidade, devem ser avaliados antes do dejeto ser aplicado no solo para garantir mínimos impactos para as pessoas da vizinhança. As condições ideais de tempo são: menos quantidade de chuva é o apropriado para espalhar dejeto, bastante umidade e ventos leves, claro e as noites calmas. Estas condições impedem que odores se dispersem além de assim aumentar a possibilidade de criar um incomodo ou uma denuncia.
Redução de Odores de Dejetos Estocados
Unidades de dejetos estocados são aparentemente a maior fonte de odores em muitas propriedades rurais, especialmente se não há uma barreira visual entre o sistema de estocagem e os vizinhos ou pessoas que passam próximo. Sistemas de estocagem abertos são mais susceptíveis a efeitos sazonais, tais como esterqueiras, que dia após dia se alteram com o volume de chuva.
Edificações de armazenagem de dejetos podem ser a mais significante fonte de odores dentro da propriedade. De qualquer modo, várias tecnologias podem reduzir significativamente a emissão de odores na armazenagem de dejetos. Uma forma para reduzir este odor é com uma cobertura. Uma cobertura na estocagem de dejetos pode agir de um ou dois meios. Uma cobertura impermeável dos gases (Ex.: cúpula de um biodigestor), prenderá os gases e assim eles abandonam o dejeto. Estes gases precisam ser tratados usando um biofiltro, uma chama, ou alguma técnica antes de serem liberados.
Uma membrana gás permeável serve para aumentar a camada de divisão entre o liquido e o ar, o qual diminui a emissão de gás para o ar. Fazendeiros nos paises baixos tem feito uso extensivo de coberturas permeáveis para redução de emissão de amônia em tanques de estocagem de dejetos. Veja foto abaixo.
Lagoa Anaeróbia com dejetos de suínos coberta com membrana gás permeável – Minesota – EUA (1999)Uma cobertura orgânica flutuante ou crosta é uma combinação de uma cobertura gás permeável e um sistema de tratamento. A cobertura orgânica aumenta a camada de divisão do liquido assim reduzindo os gases que são liberados. Uma cobertura orgânica ou crosta podem aumentar naturalmente, dependendo do tipo de alimentação usado, sólidos totais contidos, condições de tempo, ou podem ser criadas artificialmente através do uso de palha ou outro material orgânico. Veja foto abaixo.
Lagoa Anaeróbia com dejetos de suínos coberta com palha de trigo – Minesota – EUA (1999)A digestão anaeróbia é uma tecnologia que reduz odores em estocagens de dejetos. Digestão anaeróbia é um processo que controla o processo de degradação microbiológica e resulta na geração de biogás (principalmente metano) o qual pode ser usado para gerar calor ou eletricidade (Sweeten et al, 1981). Cerca de alguns dias são necessários para obter um efluente liquido tratado que está relativamente estabilizado. O material tratado gera significativamente menos odor do que o dejeto cru, não tratado.
Aeração é outro meio bastante efetivo de controlar o odor de dejetos estocados. A aeração de dejetos resulta na aceleração da degradação biológica e estabilização do processo. Isto é alcançado otimizando o estoque de oxigênio para os microorganismos dentro da lagoa. O odor produzido é oxidado e degradado dentro de três a quatro dias de aeração continua (Svoboda, 1995). Embora a aeração é bastante efetiva na redução de odores, o preço da aeração pode ser bem elevado. Pesquisas de aeração incluem tentativas de fazer o processo de aeração mais eficiente, ou reduzir a quantidade de dejetos que é aerada criando uma camada de aeração perto da superfície do sistema de estocagem de dejetos líquidos.
Evidências empíricas sugerem que quebra ventos podem aumentar a dispersão de odores provenientes das estocagens de dejetos. Estes ventos interrompidos criam turbulência na poeira de odor, aumentando a diluição de odores. Pesquisas de Iowa (Zahn et al., 1997) também indicam que a vegetação de árvores e outras plantas coletará certo componente de odores lançados de unidades de dejetos produzidos no local. Quebra ventos (windbreaks) e a criação de jardins podem reduzir a percepção de odor proporcionando uma barreira visual.
Redução de Odor com Práticas para InstalaçõesAs instalações das granjas são uma fonte de odores que é geralmente negligenciada. O mais significante problema com a redução de odores em edificações é a habilidade para controlar a geração de gás ou a captura de gases antes que eles sejam emitidos para a atmosfera. O cheiro dos gases são gerados pelo assoalho sujo de dejetos, animais, e muitos dejetos armazenados em baixo dos assoalhos. Cada uma dessas fontes de odor requer diferentes métodos de controle. O melhor para o controle do odor nas instalações parece ser eliminando a fonte de odor do que capturando o odor e tratando.
No s últimos 20 ou 30 anos, a genética animal e a formulação das rações têm melhorado a eficiência na conversão alimentar suína (Barker, 1998). Este melhoramento significa menos requisição de alimentos e menor produção de dejetos por um determinado número de animais. Presentes pesquisas em U.S. e Europa em manipulação de dietas indicam consideráveis progressos sendo feitos nesta área.
Uma obvia forma para reduzir odor que é permitida para instalações é modificar a dieta dos animais alojados assim os odores são minimizados. Trabalhos de pesquisa existentes trazidos de fora da Europa e dos EUA indicam que reduzindo a proteína bruta contida na dieta (Dieta RCP) reduz a concentração de cheiros e de Nitrogênio no esterco cru. Recentemente (Misselbrook e outros, 1997) mostraram que dietas RCP suplementadas com aminoácidos sintéticos para dar a relação ideal dos aminoácidos essenciais, resultou em redução de perda de N e melhorou a utilização do dejeto na pastagem. A perda de N se deve a volatilização da amônia que diminui 35%, comparando com o dejeto de uma dieta convencional. Dietas formuladas com o conceito de proteína ideal diminuem a volatilização da amônia.
Odores de assoalhos poderão ser reduzidos se os pisos são mantidos limpos e secos. Empíricas evidências sugerem que alguma forragem orgânica, palha, composto, ou jornais pode reduzir a emissão de odores. Pesquisas européias parecem apoiar o uso de alguns tipos de forragem (especialmente serragem), para reduzir odor a nível de produção em instalações e subseqüente diminuição na emissão de odor (Nicks e outros., 1997). Relativamente pequenos níveis de forragem podem ser suficientes para ter um efeito na geração ou emissão de odor. Recentes pesquisas preliminares no Canadá (Zhang e outros 1996) e em Minnesota (Jacobson e outors 1998), mostraram que a emissão de odor reduziu quando pequenas quantidades de óleo vegetal foram espalhadas em cercados de suínos em uma base regular (diariamente). Esta prática foi desenvolvida para redução interna de níveis de pó e partículas que podem transportar compostos mal cheirosos, desta forma reduzindo odores.
O controle de odores de dejetos armazenados embaixo dos assoalhos depende do tipo de dejeto estocado. Dejetos estocados por mais de 5 dias podem gerar gases mais ofensivos. Portanto, para reduzir odores provenientes de estocagem embaixo de assoalhos, o dejeto deveria ser removido pelo menos uma vez por semana. Freqüentemente limpezas semanais não são uma prática normal, mas podem vir a ser se o objetivo maior, quando da necessidade de controle de odores. Um método de manejo de pisos para o controle de odor que está ainda em debate é a prática da reutilização da água. Algumas construções reutilizam água limpa, outros reutilizam água reciclada e outros não fazem a reutilização. Evidências empíricas demonstram que usando água limpa ou água reutilizada tratada pode reduzir a emissão de odores comparando com o uso de água reutilizada. Mesmo assim, estas reduções são provavelmente muito dependentes da qualidade da água reutilizada.
Há poucas opções para reduzir a geração de odor de dejetos estocados em baixo dos assoalhos em profundas covas. A administração do sistema de ventilação das covas para regular ou minimizar a emissão de odor foi investigada por um estudo canadense (Choiniere e outros 1997). Eles descobriram que a emissão de odor pode atualmente ser aumentada com certos tipos de sistemas de ventilação. Existe um balanço entre manter uma boa qualidade do ar dentro das instalações e minimizar a emissão de odores para o meio ambiente.
Odores de instalações também podem ser capturados e tratados, desde que as instalações sejam mecanicamente ventiladas. O ar de uma granja pode ser passado totalmente em um biofiltro. Um biofiltro é uma cama de material orgânico onde a atividade microbiana aeróbia se aloja e quebra os odores superficiais. Biofiltros tem sido muito bem sucedidos tratando gases de escape em processos industriais e águas poluídas em usinas de tratamento. Pesquisas na Universidade de Minnesota (EUA) agora sugerem que a tecnologia de biofiltro é efetiva e econômica para o uso agrícola. Veja foto abaixo.
Montagem de Biofiltro em Galpão de Aves de Postura – Minesota – EUA (1999)
Planos de Administração de OdorÉ a formação de um modelo pratico para obtenção de um plano de administração de dejetos que promova à um sistema de produção animal documentar o próprio manejo e aplicação do dejeto em lavoura. Do mesmo modo, em um futuro próximo, um similar plano de administração de odor pode ser necessário para a produção animal indicando que tecnologias de controle e estratégias poderão ser implementadas para a redução de emissão de odores de uma granja ou criação de aves.
Desta maneira um plano necessitaria de uma listagem sistemática de cada uma das potenciais fontes de odor de uma fazenda particular incluindo as três fontes descritas neste artigo: aplicação de dejetos nos solo, unidades de estocagem de dejetos e instalações mais o método da granja de disposição dos animais mortos. Depois deste inventario estar pronto, cada instalação, unidade de estocagem, método de aplicação e o sistema de disposição das carcaças necessitam ser avaliadas no potencial de odor. Se uma fonte especifica tem um potencial acima do nível limiar fixado, regularmente durante um curto período de tempo durante o ano, algumas estratégias de controle deveram ser sugeridas e implementadas para reduzir a emissão de odores abaixo do nível razoável. Estratégias de controle poderiam ser tecnologias como as listadas na tabela 2, praticas de administração ou uma combinação de ambas.
Como planos de manejo de dejetos, planos de manejo de odores podem ser opcionais ou em alguns casos requerem a mesma importância para o processo de licenciamento ambiental da propriedade rural. Desta forma, planos podem servir para difundir algumas controvérsias entre produtores e vizinhos sobre a direção da discussão das estratégias e praticas que ajudarão a abrandar os problemas.
Indivíduos inteligentes para fazer estas avaliações e fomentar planos de manejo de odor estão em falta até o presente momento. Quando pesquisas de odor e aplicações como estas tornarem-se acessíveis, mais pessoas serão abeis para tomar estas decisões e avaliações.
SumárioO debate continuará no quanto de controle de odor é suficiente. Todavia, um fato permanece, odores formados por sistemas de produção animal devem ser reduzidos na ordem para produtores permanecerem no negócio e ainda coexistir com os vizinhos e a comunidade. Algumas tecnologias são correntemente acessíveis para reduzir odores, infelizmente, a economia muitas vezes veda tais tecnologias para existência dos implementos. Correntemente, há um substancial empenho através de pesquisas universitárias, representações industriais e grupos de produtores para descobrir e implementar tecnologias no controle de odores. Estes esforços podem ser acentuados através dos esforços de cada um envolvido na criação de animais. Produtores, engenheiros, técnicos, consultores, veterinários, nutricionistas e outros devem unir suas habilidades com os princípios básicos da geração de odores, emissão e dispersão para desenvolver e implementar práticas soluções de controle de odor.
Tabela 02 – Amostra de Planos de Manejo de Odor· O potencial risco de reclamações é correntemente uma opinião subjetiva, baseada no senso comum, experiências e um entendimento de como os odores são gerados. A maioria dos operários das fazendas e proprietários são capazes de tomar estas decisões.
Tabela 03 Sumario de Tecnologias para Controle de Odor
Sumario de Tecnologias para Controle de Odor
Sumario de tecnologias para controle de odor
Sumario de Tecnologias para Controle de odor