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Avaliação da qualidade da água

Publicado: 2 de junho de 2010
Por: Julio Cesar Pascale Palhares
Qual o referencial que você utiliza para avaliar a qualidade da água servida aos animais da propriedade?
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Julio Cesar Pascale Palhares
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Iracema Maria De Carvalho Da Hora
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
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2 de junio de 2010
O ideal para avaliar a qualidade da água oferecida ao plantel, seria a realização de análises microbiológicas: CPP de Mesófilos e o NMP de coliformes termotolerantes, com a identificação de E.coli para se controlar a incidência de colibacilose. Abraços Iracema M. de Carvalho
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Hélio Cabral Júnior
2 de junio de 2010
A análise microbiológica é sim importante, mas os aspectos fisico-químicos são tão importantes quanto! Uma água muito dura por exemplo pode ser prejudicial ao balanço nutricional do animal e da atividade da microbiota ruminal. Há que se avaliar os minerais contidos na mesma e o ph. Uma água muito fria pode interferir negativamente na atividade desta mesma microbiota ruminal. Cordialmente, Helio Cabral Jr
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Augusto Fonsêca
2 de junio de 2010
Antes de tudo se faz necessário o cuidado com a desinfecção da água que será servida aos animais. Com o processo de desinfecção da água estaremos garantindo a eliminação de qualquer tipo de agente microbiológico que possa causar distúrbio aos animais. Recomendo que a desinfecção será orientada por um profissional da química e com o uso dos derivados do cloro de origem orgânicas a fim de dliminar a possibilidade de formação do subproduto trihalometano (substância cancerígena). Quando as águas que apresentam dureza poderemos corrigir esta característica com tratamento de quelação da mesma, principalmente pela importância que os elementos químicos cálcio e magnésio (responsáveis pela dureza da água) oferecem à saúde dos animais. José Augusto Costa da Fonsêca Químico Industrial - CRQ 19.200.165 alabr@uol.com.br
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Oldemar De Araujo Guedes
2 de junio de 2010
O melhor critério , no meu entender, quem me passou ,. foi um criador de porcos , localizado na serra junto a Maracanaú , no caminho para Maranquape - Ceará- Brasil. Como engenheiroquímico especialista em tratamento de águas para fins potávies, industriais e lançamento de efleuentes incluindo reuso, fiz uma pergunta para ele. Qual o critério que deverei utliizar para projetar uma estação de tratamento de água e o tratamento quimico para a água bruta que o Sr. utiliza de um riacho , ficar dentro dos padrãos para alimentar seus porcos ? Ele me respondeu de uma maneira bem simples, direta e rápida, como é comum no Ceará: Dentro do padrão para seres humanos , já que nos alimentamos desta carne! Ele quis dizer , padrões da Portaria 518 do Ministério da Saúde. Aguardo comentários dos especialistas em alimentação animal , já que a minha área é tratamento quimico de águas e efluentes.
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Julio Cesar Pascale Palhares
Embrapa
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3 de junio de 2010
Prezados, Concordo com as colocações técnicas de todos, mas destaco que exitem duas Resoluções do CONAMA que tratam desse assunto. A Resoluçao 357 de 2005 que classifica as águas doces superficiais e salobras determina que a água servida aos animais deve estar de acordo com os padrões da Classe 3. Se a fonte de água for subterrânea, a Resolução seguida é a 396 de 2008 a qual também estipula padrões para dessedentação de animais. No caso da avicultura a IN 56 do MAPA baseou-se na CONAMA 357 e também na Portaria 518 do Ministério da Saúde para determinar os parâmetros que devem ser considerados em um programa de monitoramento da qualidade da água para essa atividade. Estou de acordo com a utilização de técnicas de desinfecção da água, mas defendo que essas devem ser utilizadas somente após uma análise da qualidade da água que a propriedade dispõe. Atualmente, prinicipalmente na avicultura e suinocultura, vemos produtores utilizarem a cloração das águas sem fazer uma análise prévia, além de muitas vezes a cloração não ser necessária, as características da água podem diminuir a eficiência desta. Penso que devemos divulgar ao máximo a existência dessas Resoluções, pois são esses os referenciais que os órgãos de fiscalização estão utilizando. Num futuro próximo nossos produtores terão que obter a outorga de uso da água e irão pagar pela água que utilizam, conforme estipula a Política Nacional de Recursos Hídricos, então devemos educar as cadeias produtivas no sentido de reduzir possíveis conflitos. Julio Palhares
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Luiz Antonio Fernandes
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
IFMS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
3 de junio de 2010
Prezado Sr. Palhares. É de suma importância para todos os seguimentos da agro-pecuária que os recursos hídricos sejam monitorados, tanto no aspecto do cumprimento da legislação vigente, assim como melhoria constante conforme as realidades de nosso pais continente. Observo no campo como TA, que as prestadoras de serviço de assistência técnica rural, tanto públicas como subcontratadas(pelo menos aqui na minha região), não estão dando a ênfase necessária a este assunto. A contaminação da fontes de captura da água, é cada vez mais constante, e a falta de kit,s e principalmente como o Sr. tem dito, a conscientização do produtor, é fatal para as criações e plantações, gerando custos e facilitando que a biossegurança fique comprometida. Vejo aqui na região que nós os produtores do pronaf, estão preocupados com essa sua colocação, mas temos muita necessidade de acompanhamento, tanto das secretárias municipais de meio ambiente, agricultura e assistência técnica(emater). Seria muito interessante que houvesse um programa vinculado ao uso das portarias, vinculada a liberação de crédtos, com ampla distribuição e treinamento no programa de extensão rural, principalmente para assentamento,s através do Incra, Emater, Sagri e Sema. Afirmo que existe no campo uma preocupação muito grande sobre a sua colocação, só que, nós produtores rurais, somos como uma mola, temos que trabalhar em conjunto com as instituições, pois temos boa vontade e na verdade, muitas vezes, queremos fazer, mais não temos apoio do escalão superior, e, temos que cantar conforme a música, e como se diz por aqui: se vc não fizer do jeito q estão fazendo, é como peixe fora dagua at. Fernandes
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Alisson Willian
Alisson Willian
3 de junio de 2010
E suma importancia fazer uma analise e saber o PH da agua antes de servi-la a os animais mais importe ainda é ter uma fonte de agua de boa procedencia filtrada por como todos sabemos a água impacta no balanço nutricional dos animais ...
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Alisson Willian
Alisson Willian
3 de junio de 2010
Segue ai como deve estar água para cultura de suinos O suíno deve receber água potável. Alguns parâmetros são importantes para assegurar a potabilidade e a palatabilidade da água: ausência de materiais flutuantes, óleos e graxas, gosto, odor, coliformes e metais pesados pH entre 6,4 a 8,0 níveis máximos de 0,5 ppm de cloro livre, 110 ppm de dureza, 20 ppm de nitrato, 0,1 ppm de fósforo, 600 ppm de cálcio, 25 ppm de ferro, 0,05 ppm de alumínio e 50 ppm de sódio temperatura inferior a 20° C.
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Julio Cesar Pascale Palhares
Embrapa
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4 de junio de 2010
Alisson, Alguns padrões que coloca não estão de acordo com a Resolução Conama 357, portanto se forem seguidos poderão levar o produtor para um estado de ilegalidade. Por exemplo, pode haver metais pesados como cobre e zinco, desde que seja obedecido o padrão o pH deve estar entre 6,0 a 9,0, nitrato máximo 10 ppm fósforo total, dependerá do tipo de ambiente aquático, mas o máximo é 0,15 ppm ferrro 5,0 ppm. Reitero a necessidade de seguirmos a legislação. Existem muitos trabalhos e legislações no mundo que mostram padrões diferentes dos estipulados pelo Conama, mas essa é a legislação vigente. Fernandes, concordo com suas observações. Infelizmente, se os outros atores das cadeias produtivas não se aliam aos produtores a fim de promover uma melhora na condição hídrica das produções, vocês terão que se unir para buscar isso. Água em quantidade e qualidade é sinônimo de segurança sanitária e ambiental para nossas criações. Portanto, o manejo hídrico deve ser uma prática cotidiana, assim como o manejo nutricional, reprodutivo, sanitário, etc. Não podemos esquecer que a água tem três dimensões em uma produção animal: recursos natural, fator de produção e alimento. O manejo dela deve abranger essas três dimensões. Abraços. Julio
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João Luis dos Santos
9 de junio de 2010
Apenas no que se refere a desinfecção: Portaria 518 Cap IV - Padrão de Potabilidade. Art. 12. Para a garantia da qualidade microbiológica da água, em complementação às exigências relativas aos indicadores microbiológicos, deve ser observado o padrão de turbidez expresso na Tabela 2, abaixo: Tabela 2 - Padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção TRATAMENTO DA ÁGUA VMP Desinfecção (água subterrânea) 1,0 UT em 95[percent] das amostras Filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta) 1,0 UT Filtração Lenta 2 ,0 UT em 95[percent] das amostras Art. 13. Após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição, recomendando-se que a cloração seja realizada em pH inferior a 8,0 e tempo de contato mínimo de 30 minutos. A desinfecção nunca deve ser uma alternativa e sim uma obrigatoriedade para toda água que envolva consumo humano, mesmo na produção animal. O motivo é muito simples uma água imprópria para consumo humano porque esta com níveis de metais pesados acima do do limite levará alguns anos para apresentar sintomas no homem. Tempo este que permite ser feita uma correção e tratamento adequado. Entretanto: Em 1991, a cólera causou a morte de milhares de habitantes do Peru, sendo a origem da doença a suspensão do processo de desinfecção por derivados clorados no tratamento de água potável, pela interpretação incorreta de uma diretriz da USEPA. http://www.crq4.org.br/default.php?p[equal]informativo_mat.php&id[equal]620 Tomando com base as 3 dimensões do uso da água como bem colocou o Palhares vemos que dependemos dela para tudo. Portanto neste momento nossa opção é: Fazer uso da água que temos disponível tal qual e correr o risco imediato, ou promover uma desinfecção enquanto buscamos outras alternativas viáveis de melhorar a qualidade desta água que insisto, jamais deixará de passar pela desinfecção. Esta é a decisão de risco que percebo ser a preocupação para quem lida com a água na produção rural mas que ha muito esta definida na visão do saneamento básico.
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Augusto Fonsêca
23 de junio de 2010
Muito bom a colocação feita pelo João Luiz. É de primordial importância a desinfecção da água para proteger os animais de se contaminarem por doenças de veiculação hídrica. Outro fator importante é a escolha da fonte de água que abastederá os animais, pois temos que escolhe a mesma de modo a garantir sua potabilidade. Muito importante contar com a consultoria de um profissional da química nesta decisão. Um cliente tinha problemas seríssimo de morte de leitões em virtude da água que bebiam estar contaminada por agentes patogênicos,despois que implantamos um sistema de desinfecção deixou de haver morte dos leitões. José Augusto Costa da Fonsêca Químico Industrial - CRQ 19200165 alabr@uol.com.br
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Marcelo de Souza Lima
25 de noviembre de 2010
Prezados amigos, esse tema é muito polêmico e, no meu entendimento, todos contribuíram muito até aqui para se chegar a um ponto central do uso da água e suas necessidades. Vejamos do ponto de vista do consumo. Os proprietários de terra ou do que dela tiram seu sustento, de maneira privada ou de financiamento, devem sim, estar informados e a partir dessa informação cobrar dos órgãos governamentais ou não as providências necessárias para o bom uso e manutenção dos nossos recursos hídricos. Não podemos mais ficar omissos, esperando o que melhor nos convier para acessar o crédito ou enquadramento em financiamentos. A responsabilidade é nossa, do produtor, vocês têm que saber o que estão fazendo. Se não sabem, busquem informação, por que os técnicos somente querem os deles, embora eu também seja um técnico. Falta comprometimento no nosso meio e na educação formal do país. Nas cadeias produtivas de alimento não se aceitam erros, lidamos com produção alimentícia para seres humanos, nossos semelhante. Então, não justifique, corra atrás e faça direito, todas as informações foram passadas aqui. Do ponto de vista técnico, não há o que discutir, todos os parâmentros estão expostos, cabe aos interessados na cadeia lerem e fazerem bom uso. Uma boa dose de coerência não faz mal a ninguém, o que não é aceitável é nenhuma ação, seja ela mais próxima do ideal ou mais afastada dela. Aqui precisamos de ação. Temos ainda a análise do ponto de vista das organizações creditícias que poderiam cobrar uma ação mais rígida no momento da aprovação dos projetos e librações do crédito, com isso estariam contribuindo para a manutenção do nosso estado de preservaçã e manutenção dos recursos naturais. Por último, fica as instituições de ensino, que deveriam implantar nas grades curricullares essas ações de preservação e manutenção dos recursos naturais, pois entendo como diferenciação profissional, aquee que detem maiores conhecimentos nessa área, uma vez que os mercados estão cada vez mais exigentes na obtenção de produtos que atendam as formalidades de anceio ecológico, mais natural ou ecológico possível. Portanto, vejo com bons olhos essa discussão e espero que consigamos disseminar uma ação de conhecimento e de atitude a partir da leitura desse quadro, por que cada um sabe muito bem o seu papel dentro da cadeia, basta somente agir, uns terão mais trabalho, outros um pouco menos, mais juntos teremos que agir em prol de um planeta melhor. Abraços a todos.
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Julio Cesar Pascale Palhares
Embrapa
Embrapa
25 de noviembre de 2010
Certamente, a educação é a porta para uma produção agropecuária ambientalmente mais amigável. Essa educação passa pelos bancos de nossas Universidades que não estão sabendo formar profissionais agropecuários que insiram o manejo ambiental em suas atividades diárias. Sem isso, fica muito difícil promover a mudança no campo.
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Mauro Pravato
Mauro Pravato
21 de enero de 2011
Olá Prezados,esse assunto é sem duvida de MAXIMA IMPORTANCIA,e ja adianto,tenho visto muita gente usar CLORO em demasia para desinfectar a agua de beber de frangos,e sentimos de longe o odor de cloro,claro,está exagerado,mas como é feito o teste de PPM???NARIZÃO...Pasmem,ja vi isso muitas vezes,outro caso do caboclo colocar 5 pastilhas de cloro dentro da caixa dagua do plantel e meter o dedo dentro e provar na lingua dele mesmo,AQUI ISSO É COMUM,mas acho ridiculo e o despreparo ajuda,pois todo mundo fala em 0,5...0,2.....0,o quê?PPM?mg/L???Cabe ao GOVERNO e aos Quimicos de plantão chegarem a um conscenso a respeito da dosagem do bendito cloro,ja que as sobras dele...todo mundo sabe que tem ajudado em desenvolver cancer. Mas,isso foi so um comentario do que vejo,é opinião minha. Eis um exemplo CLÁSSICO:Todo mundo anda as avessas com os projetos(fornecidos por algumas integradoras,ja vi muitas que funcionam a 100[percent]) e a falta de R$ pra terminar o mesmo,sempre com a corda no pescoço,aí...Tem que perfurar um poço artesiano(sei la a profundidade)mas,o custo disso é bem ajeitado,aqui está em torno de 15mil,e depende do FURO,se é de 6,8 ou 10 POLEGADAS,se é encamisado e etç etç etç...Ja vi alguns de chegar a 50mil reais. Como acontece de chegar ao fim do projeto e ao fim da grana,ocorre o seguinte:O cidadão faz um orçamento do valor da BOMBA SUBMERSA,e da com os burros nagua,então ele opta por uma bomba de menor vazão,devido ao preço e ao Furo do poço,logicamente. Agora a pergunta.Se eu tenho uma bomba pequena,de 5mil litros/hora,tenho 100mil frangos no meu plantel,o que acontece com a agua do meu poço?Se os frangos em uma determinada idade bebem 120mL o que pode ocorrer com o poço?Os sólidos totais irão se misturar com o lençol devido a vibração causada pela bomba?Qual a ocorrencia que poderá ser causada pelos sólidos totais dissolvidos?Tem algo a haver com isso? Alguem se habilita? Abraços
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Edilene Cotrim
HIDROALL
24 de enero de 2011
Prezados Uma condição básica para se falar em água é conhece-la. A Portaria 518 pode ser o inicio de tudo ela fornece parâmetros que atendem ao padrão de potabilidade. A água a ser forcecida aos animais deve ser a mesma consumida pelos seres humanos. Com relação à cloração da água a ser consumida, existem infinitos estudos e comprovações, de que principios ativos como o dicloro e tricloro não são cancerigenos e já existem vários estudos sobre a cloração de água a ser fornecida às aves, qual o teor a ser utilizado e porque, o principio ativo mais eficaz, equipamentos, etc. Vários profissionais da área (Médicos Veterinários, Técnicos, Zootecnistas) estão capacitados para orientar o avicultor qual a melhor maneira de proceder com relação à água.
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Augusto Fonsêca
20 de abril de 2011
Esclareço que o tratamento de desinfecção de água é uma atividade exclusiva do profissional da química (Resolução Normativa 114 do CRF), portanto qualquer outro profissional que estiver atuando nesta área exerce ilegalmento o exercício profissional. Portanto os usuários de água de poço ou outra fonte de água deve procurar um profissional da área da química para executar o tratamento de potabilização da mesma. TRATÁGUAS Consultoria e Serviços Ltda. José Augusto Costa da Fonsêca Químico Industrial - CRQ 19200165
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Julian  Borosky
Trouw Nutrition
20 de abril de 2011
prezado Julio, boa tarde! Não existe nenhuma regulamentação do MAPA para qualidade de água fornecida para animais. Assim os profissionais do campo tem utilizado a Portaria 518 do Ministério da Saúde para avaliar a qualidade da água. um colega fez um comentário muito pertinente, a água fornecida aos animais deve ter a mesma qualidade da consumida por humanos. Eu costumo fazer uma analogia em palestras, em que boas condiçòes de sistema hídrico em granjas é aquela em que o produtor tenha coragem de tomar a água que sai do bebedouro do animal... na verdade é um extremo, para lembrar que não basta analisar a água da fonte de capitação, mas também do bebedouro, uma vez que sistemas hídricos (caixas d'água, tubulaçoes e o próprio bebedouro) são fontes de contaminação microbiológica e fisico-química para a água. é importante entender a qualidade físico quimica da água, tanto no intuito de entender o fator pH e a quantidade de sólidos dissolvidos totais (que estao diretamente relacionados com a dureza da água), pois a eficiencia dos produtos desinfectantes e as condições de desenvolvimento microbiológico são afetados por esses fatores. Além disso, o fisico-quimico interfere também na palatabilidade da água de bebida (principalmente para suínos) e também está associado a várias desordens metabólicas, variando desde uma simples diarréia até problemas reprodutivos ou morte dos animais (em suínos) Considerando a influencia do físico químico sobre a influencia dos agentes sanitizantes... vários colegas comentaram do cloro. realmente é o principal produto sanitizante utilizado em água de bebida tanto para animais como para humanos, no entanto, esse produto é efetivo em pH baixo e na ausencia de matéria organica. Há um trabalho em que mostra que a eficiência do cloro reduz a abaixo de 10% em pH de 8,5. Considerando que a portaria 518 considera pH normal da água de bebida entre 6,5 a 8,5, acaba-se questionando a real eficiência do cloro em condições normais.. Se pensarmos ainda em bebedouros tipo taça para animais de produção onde é fácil o acúmulo de matéria orgânica como ração ou excrementos, compromete ainda mais a eficiência do produto. Quanto a questao microbiológica, a referida portaria avalia unicamente bactérias (coliformes totais e fecais), no entanto a água é fonte de contaminação para diversos agentes como virus, leveduras, fungos e protozoários.. Se considerarmos que as tubulaçoes em condições normais são propicias para o desenvolvimento de fungos e leveduras, temos então uma fonte de contaminação constante desses agentes à água de bebida dos animais.. deveriamos pensar tb numa forma de descontaminacao do sistema hidrico da granja de forma sistemática, principalmente em regiões com característica de água dura. os ácidos orgânicos, como o Selko pH ou Selko Aqua Control, sao ferramentas extremamente eficazes para o tratamento da água de bebida, por vários motivos: 1) reduz o pH da água de bebida a patamares de 3,5 a 4,0. O que não compromete o consumo (podendo até estimulá-lo em determinadas situaçoes, principalmente em suinocultura). Essa redução atua de forma direta na desinfecção da água de duas formas - a primeira se dá pela exclusão dos microorganismos indesejáveis pela simples queda do pH (considerando que o pH limite inferior para sobrevivencia das principais enterobactérias se encontra em torno de pH 4,5 - 5,0) e estimulando a eficiência do cloro como agente desinfectante, pois o mesmo trabalho citado acima, demonstra que o cloro tem 100% de eficiencia em pH abaixo de 4,5. 2) os produtos continuam ativos na água de bebida mesmo com presença de material organico, além de serem seguros, uma vez que são constituídos de ácidos orgânicos, que não se dissociam por completo qando em solução Aquosa. Estudos tem demonstrado que mesmo errando a dosagem em 3 x o pH da água se mantém constante, próximo do indicado acima. 3) o produto também serve de sanitizante do sistema hídrico, uma vez que atua sobre leveduras e fungos, retirando assim o biofilme do sistema.. 4) e além de tudo ainda é ativo no organismo do animal, combatendo microorganismos ao longo do trato gastro intestinal do animal. Esse efeito se dá pois a forma de ação dos ácidos orgânicos sobre os microorganismos é diferente a dos ácidos inorgânicos, pois atua tanto pela redução do pH do meio como pela permeabilidade que sua porção não dissociada apresenta sobre a membrana celular do agente, atuando assim de forma direta sobre sua multiplicaçao e sobrevivência. Assim, como dito anteriomente, o controle da qualidade da água de bebida é de extrema importância para os animais de produção, muito embora esse fator seja quase que esquecido pela maioria dos produtores e técnicos, pois influencia diretamente no bem estar e sanidade dos animais. atenciosamente, Julian C Borosky médica veterinária
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Julio Cesar Pascale Palhares
Embrapa
Embrapa
20 de abril de 2011
Julian, Obrigado por suas colocações técnicas e considerações a esse fórum. O sentido dele é esse mesmo, discutir um tema de extrema relevância para a produção animal, mas que é tratado por técnicos, produtores, agroindústria, etc., ainda de forma marginal e pontual. Aprendemos que a água é o principal alimento dos animais, mas esquecemos desse ensinamento e não cuidamos dela como deveríamos. Além de alimento, a água é um insumo e um recurso natural, então devemos abordá-la nessas três dimensões para preservarmos e conservarmos sua quantidade e qualidade. Uma de suas colocações é um tema que vez por outra converso com os colegas e agora aparece neste fórum. Você diz que o MAPA não tem nenhuma normativa determine a qualidade da água para os animais de produção. Em minha atividade profissional, quando avalio a qualidade da água para consumo de animais, tenho como referenciais a Conama 357, para águas superficiais, e a 396 para subterrâneas. Ambas determinam a qualidade física, química e microbiológica que a água deve ter. A 357 diz que para consumo de animais uma água pode conter até 1.000 coli termotolerante/ml. O que contradiz a 518, que é voltada para potabilidade da água, visando o consumo humano. Não vejo problema em o setor pecuário adotar o padrão microbiológico da 518, o que contesto é que no campo há algumas realidades que não estamos encarando: 1- exigir uma água com ausência de microrganismo para os animais quando o produtor toma água de qualidade duvidosa não deve ser aceito. A Política Nacional de Recurso Hídricos determina que o humano é o referencial maior. Então devemos, também, trabalhar a qualidade da água que nossos produtores estão tomando, isso é um caso de saúde pública e qualidade de vida; 2- Principalmente, nas atividades avícolas e suinícolas, a cloração é um manejo já internalizado, muito por pressão das agroindústrias que não querem que a água seja uma ameaça a segurança dos produtos gerados. Cloração ou qualquer outra tecnologia de desinfecção não deve ser sinônimo de manejo da água na propriedade rural. Esse manejo é muito mais complexo, sendo a desinfecção, uma parte dele. O que não vejo no campo e nas ações ambientais são ações de manejo hídrico. Quanto mais formos negligentes no uso da água desde a captação até a disposição dos efluentes no ambiente, mais dependentes estaremos da desinfecção e mais cara ela se tornará. Hoje discutimos retirada de microrganismos, o que tecnicamente é fácil, comparado a termos que retirar nitratos, metais, etc. das águas servidas aos animais. Já passamos da hora de internalizar o manejo hídrico no cotidiano das produções animais, pois a Água é uma das maiores vantagens produtivas que temos para produzir proteína animal Abraço. Julio
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Antonio Roset Balcells
Arvet veterinaria SL
21 de abril de 2011
Hola : Es un placer poder valorar vuestras opiniones y reflexiones sobre la calidad del agua. Como veterinario que trabaja en explotaciones porcinas y avícolas he llegado a la conclusión que la calidad del agua deber como la de consumo humano, bacteriologicamente ausente de contaminación, libre de coliforme, enterecocos, E.. Coli, Clostridium . etc. Estamos trabajando con Dioxido de Cloro , estabilizado (DIOX VET), que se obtiene de la mezcla de dos componentes y que se genera en la propia explotación. DIOX VET (dióxido de cloro, estabilizado) tiene importantes ventajas: * No limitado por le PH, actua entre 4-10 * Eliminación del biofilm * No crea residuos cancerígenos como los cloros (cloraminas, THM, etc) * No corrosivo como los peróxidos * NO crea resistencias por su forma< de actuar * Actúa bien con altas cargas de materia orgánica en suspensión Más información en : www.arvet.eu Estamos buscando colaboradores para el mercado brasileño
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Marcelo de Souza Lima
21 de abril de 2011
Prezados amigos, vejam o quanto conseguimos crescer o nosso conhecimento a respeito de água de consumo para os nossos animais, ou melhor os nossos frangos. Como veterinário que atua na área, convicto da necessidade de produzir um alimento seguro, dentro de parâmetros de bem estar animal, ecologicamente correto e com seguridade e qualidade que atinja exigências mercadológicas, agradeço, em nome dos nossos colegas de trabalho, as aves, todos vocês que estão se desdobrando em compartilhar seus conhecimentos e experiências, tornando o hábito de aprender altamente prazeroso. Feliz Páscoa a todos.
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