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PAISAGISMO CIRCUNDANTE AO AVIÁRIO

Publicado: 27 de janeiro de 2015
Por: MANOEL INACIO PINTO
Sou proprietário de 6 galpões, aproximadamente 10000 m2, para produção de 120000/130000 frangos de corte. Os aviários são convencionais de 12 mts. de largura por 150 mts.de comprimento, totalizando 1800 m2, cada um. Para melhorar a ambiência, estou sendo orientado por técnico agrícola para arborizar os aviários com amoreiras (sem ou pouco fruto) do bicho da seda, que é uma planta que cresce rápido e de fácil manejo (poda).. Seriam plantadas na distância de metro em metro em toda a extensão dos 150 metros do aviário, 150 mudas, totalizando 300 mudas de amoreira nos dois lados do aviário.. O objetivo é elas crescerem e se encontrarem no alto do telhado, envolvendo todo o aviário. Com os comentários dos técnicos mais especializados acima, fiquei preocupado e gostaria de saber os prós e contra desta orientação.
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José Egilson Queiroga
28 de enero de 2015
Senhor Manoel, para que o senhor obtenha maiores e melhores orientações dos colegas e profissionais da área, seria interessante informar em que região o senhor está criando os seus frangos , qual a distância entre os galpões, qual a posição dos mesmos com relação à incidência do sol e dos ventos e, que equipamentos o senhor já disponibiliza aos seus frangos. Cada região do Brasil tem as suas características e, portanto, cada uma oferece algumas formas de como se proteger as unidades de criação. Aqui no Ceará os criadores de frangos, de algumas regiões, costumam utilizar-se de uma planta chamada Acácia para o plantio em redor e entre os galpões. Ninguém planta árvores e ou arbustos frutíferos em virtude da presença de abelhas. No caso da Acácia, caso o senhor queira pesquisar pode acessar algum site de universidades aqui do Ceará ou então procurar melhores orientações com profissionais da área de frangos. Temos várias grandes empresas aqui e com profissionais que já conhecem essa planta.
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Marcelo de Souza Lima
29 de enero de 2015
Prezado Manoel, atuo na região centro-oeste, onde ultimamente o sol tem demonstrado todo seu poder calorífero, elevando a temperatura e baixando drasticamente a umidade relativa do ar. Para quem tem 1800 m quadrados de telhado absorvendo essa luminosidade e transferindo-a para o interior do galpão, onde estão alojadas as aves, somando-se a baixa umidade relativa do ar, somente o uso da ventilação dos exaustores, teto rebaixado e nebulizadores, fica muito difícil atingir a zona de conforto para engorda das aves. Por esse motivo busca-se o recurso da arborização circundante, na busca de um microclima que deverá ser captado e insuflado para dentro do galpão, onde as trocas térmicas acontecem e, consequentemente, uma melhora na temperatura interna do galpão nas horas de pico durante o dia. Afirmo para você, Manoel, que já vi muita coisa e do que vi e vivi, afirmo que são muito poucos os técnicos, proprietários e o que mais estiver no campo vivendo a avicultura diariamente, que REALMENTE sabem o que estão recomendando aos produtores de frango. De bananeira em cabeçeira de galpão a amoreira ao longo do aviário, de neim indiano a leucena, ambos ao longo do galpão, a única coisa que consegui vivenciar no dia a dia foram muitas telhas quebradas, muitas folhas no teto do galpão que levaram a inúmeras goteiras por refluxo de água quando do início das chuvas, muita mão de obra para subir no telhado, repor telhas quebradas, beirais quebrados pelos galhos que crescem desordenadamente rumo ao galpão, acidentes com neim indiano com chuvas de vento, pois, os mesmos quebram que nem mandioca e por aí vai. Todas essas variedades citadas, fora o eucalipto que ficou de fora por ser mais utilizado entre os galpões, aceitam poda. Claro que as bananeiras também estão de fora por motivos óbvios. Gostaria de lhe expor algumas observações que vão servir de base para a minha afirmação no final, senão fica muito fácil falar e não sugerir uma solução plausível para o problema. 1- Você vai arborizar a lateral do seu galpão imaginando o que? Essa é a primeira pergunta a se fazer aos técnicos, uma vez que esses estão na busca da melhor condição para a ave, consequentemente, melhores resultados zootécnicos e financeiros, certo? Não sei qual vai ser a sua resposta, mas eles querem fazer isso usando o dinheiro do avicultor, não o dele. Afirmo isso por que o custo disso poderá não trazer o efeito projetado e você vai depois ficar na chapada sozinho, técnicos vem e vão, conforme resultados da região das integradoras. Detalhe, sou médico veterinário, porém, enquadrado dentro do termo "técnicos". Isso se faz necessário por que muitos podem ler esse comentário e entender que sou contra técnicos, o que não é verdade. 2- Dentro da pergunta anterior, se a resposta foi o telhado, você acertou a pergunta e errou o objetivo. Veja o nascimento do sol e seu poente. Ele fará um ângulo de insolação sobre o seu telhado ao nascer e ao se pôr, mas, ao longo do dia, das 10h e 30 min até 15h e 30min todo seus 1800 metros quadrados de telhado receberão os raios solares 100%. Dependendo da cumeeira e das ondas da sua telha de amianto, esses lúmens são refletidos todos para o interior do galpão em ângulo de 90°, transferindo essa caloria para as aves, você sabia desse detalhe? Seu técnico lhe informou isso? Engenheiros no momento do cálculo da inclinação do telhado levaram em consideração esse dado? A espessura da telha foi citada? 3- A essa altura da leitura você já chegou a conclusão que eu chegueis depois de 25 anos tentando uma medida que fosse válida, sem esses modismos que cercam a avicultura de corte: Não adianta nada essa arborização lateral do galpão. Vale sim investir na arborização enter os seus aviários e respeitando a lateralidade da estrada de acesso a porta da pega e retirada da cama, igualzinho o que é feito para matrizes. Você não vê árvores na lateral de galpão de matrizes. 4- Outro equipamento que deverá ser utilizado são as placa evaporativas, para auxiliar os bicos nebulizadores e a velocidade de vento produzida pelos exautores. Para nós técnicos o entendimento é mais fácil do que para você criador, ma o fato é que não se consegue retirar temperatura de galpão de frango sem umidade relativa do ar e ventilação, por que o princípio é o da transferência do calor para as micropartículas de água da nebulização que se evaporam e são arrastadas pelos ventos dos exaustores. Esse processo de evaporação necessita de energia que vem da temperatura, por isso a temperatura caí. 5- Então, finalizando, se existe um micro clima envolvendo o aviário, a oportunidade de entrar um ar mais úmido devido a fotossíntese das árvores é maior do que as árvores isoladas do teto. Assim, os equipamentos do galpão, se bem programados poderão passar pelo período de peco de calor provocando menos stress calórico nas aves, potencializando a energia da ração para ganho de peso e não para mecanismos de liberação de calor. Dessa forma Manoel, retroceda as suas criações de lotes anteriores e imagine um cenário diferente para visualizar um quadro onde os nossos recursos possam ser melhor utilizados. Costumo dizer que ninguém precisa acreditar no que falo e escrevo, apenas valide essa afirmação e tire suas conclusões. É assim que a estatística valida dados matematicamente falando e, não nos esqueçamos, a unica coisa exata é a matemática. Um abraço. P.S.: Me envie o seu e-mail para que possa lhe enviar algumas fotos interessantes, você vai gostar, coloca em xeque muitas receitas de bolo de técnicos menos avisados.
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Lucas Ferreira Batista
2 de febrero de 2015
Caro amigo Marcelo, gostei dos seus comentários se puder me enviar mais detalhes lucasfbatista@gmail.com Um abraço
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Marcelo de Souza Lima
2 de febrero de 2015
Prezado Lucas, qual a sua dúvida maior, já que estamos quase no mesmo perímetro de latitude e longitude. Conheço um pouco a sua região, morei 3 anos em Catalão, quando a empresa onde trabalhava arrendou vários aviários da antiga CAVIC. Meu e-mail para maiores contatos é: marcelochapuleta@globo.com Podem fazer um bom uso dessa ferramenta virtual. Abraços.
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Gilberto Batista Mendes
5 de mayo de 2016
Sr Marcelo!! Li seus comentários a respeito do descaso das integradoras e o relato da Claudia Lana. O que você pensa da atividade avícola? se a mesma e rentável e se compensaria um novo investimento nesse nosso mercado atual.
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Marcelo de Souza Lima
7 de mayo de 2016
Prezado Gilberto Batista Mendes, sou um apaixonado por avicultura, pelo processo, pelas aves, pela tecnologia envolvida ,pela genética, pela entrega das aves ao processo de engorda, enfim, pelo todo que representa esse maravilhoso processo de produção de proteína animal de qualidade, sabor e seguridade. A sua rentabilidade está para o bolso, assim como o acerto das Mercedes estão para o Lewis Hamilton, embora o Nico Hosberg esteja dando um show, sem ser o campeão. Acredito que se reunir as condições necessárias para extrair o máximo de rendimento do galpão e de suas aves, vale muito a pena sim. Aqui na minha região, existem os bons, os médios e os ruins. Tiro por base o meu cunhado e compadre, que pediu demissão do HSBC para se dedicar a criação de frangos de engorda. Ele sempre estã entre os 5 primeiros de sua região de abate. Começou com 2 aviários, hoje está com 9, sendo que os 2 últimos estão alojados nesse momento com o seu primeiro lote. Recheado de tecnologia, ele está encantado com a eficiência dos coolers e placas evaporativas, acessório que eu sempre briguei para ele instalar e, como é muito pão duro, somente instalou agora por que é obrigatório, como o grupo gerador. Nesse mercado atual, no mercado do passado e, no mercado do futuro, vão ser competitivos e permanecer na atividade, aqueles que conhecerem a sua atividade, os gargalos e, principalmente, aqueles que se anteciparem as necessidades, forem rápidos na tomada de decisão e terem ao seu lado uma equipe, não euquipe. A Cláudia Lana é uma grande mulher que aprendi a respeitar pela sua grande insistência na atividade, pela bravura que enfrenta os obstáculos, mas atividade onde não se está coeso, unido, é como barragem de represa com uma fresta, vai estourar. Os técnicos de hoje em dia não estão a altura da atividade avícola, deixam muito a desejar, onde quem leva vantagem é a integradora, que no seu movimento de passivismo, lesa o integrado, que por sua vez, deveria ser o piloto dessa viagem, estando de passageiro, vê passar pela sua seu destino. Valho-me dessas opiniões tendo muito tempo de integradora nas costas, tempo como integrado produtor arrendado, como consultor do SENAR/AR-GO, com cursos de formação de mãode obra granjeira para a Brasil Foods, tanto em frango como em Perus e o dia a dia da minha região de Itaberaí-GO. Espero ter ajudado, grande abraço.
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Gilmar Antonio Dos Santos
Brasil Foods - BRF
7 de mayo de 2016
Realmente concordo plenamente com as observações do colega Marcelo.Contudo com tanta tecnologia não devemos dispensar o treinamento em mão de obra a motivação para que essa mão de obra esteja realmente envolvida no processo avicola, seja ela na engorda de frango ou como matrizeiro que é meu caso.Estamos passando por momentos turbulentos na avicultura brasileira,com desafios variados e para tanto não devemos nos privar de tais cuidados.
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Jhovan Meurer Potrich
8 de mayo de 2016
Escreves alguma coluna ou matéria periódica caro Marcelo ?
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Hermes Nogueira Gomes
8 de mayo de 2016
Bom dia Marcelo, Se puder me enviar documentários a respeito, ficarei muito grato. Meu E-mail: hng1000@gmail.com
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Marcelo de Souza Lima
8 de mayo de 2016
Prezado Gilmar, concordo contigo e em momentos de criSe, devemos cortar o "S", e com o que ficou "crie", nos re-inventarmos.CONHECIMENTO, sempre será a palavra chave, que muitos dizem educação, essa é a meta e, afirmo mais, essa atividade é a que mais nos oferece o meio para nos tronarmos vencedores.
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Marcelo de Souza Lima
8 de mayo de 2016
Prezado Jhovan, a responsável pelos fóruns do Engormix já me incentivou em fortalecer alguns textos para os quais participo, mas confesso que não me julgo conhecedor o suficiente para assinar textos abrangendo um conteúdo mais profundo. Como argumentei com ela, creio ser mais útil compartilhando com os participantes as dificuldades e acertos dentro daquilo que me proponho a fazer e, ou da atividades em que estou rotineiramente.
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Marcelo de Souza Lima
8 de mayo de 2016
Prezado Hermes, esse tipo de material vou lendo de artigos na net, trabalhos acadêmicos e assim vai.
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Walterley Neves
9 de mayo de 2016
Marcelo de Souza... Gosto da sua visão prática dos problemas e soluções, fugindo dos modismos e fazendo as abordagens teóricas onde necessárias. Sou Físico e estudo a produção de suínos e aves com a manutenção da qualidade do ar, eliminando fungos, bactérias, vírus e gases (amônia (NH3) e dióxido de enxofre(SO2)) o que resulta em animais de melhor qualidade e saúde para os operadores.) Mas nada é mais importante do que a manutenção da temperatura e umidade ambiental, Em razão das complexidades e das dimensões do nosso país, uma solução ótima para o sul é péssima para o centro oeste e vice-versa o que obriga o estudo de caso a caso. Aqui no sul desenvolvemos uma tinta fotocatalítica com nanopartículas, que aproveita a luz do sol para eliminar gases e contaminantes biológicos (pragas transportadas pelos pássaros da região) e os gases que exalam dos galpões. O mais importante é que a tinta reduz 30% da temperatura interna, melhorando muito as condições para os evaporadores e ventiladores. Estamos em testes finais sobre este processo e afirmo que o custo é compensador. Outra solução que encontramos é o uso de energia geotérmica, com poços artesianos sobre o Aquífero Guarani, onde isto é possível, ou aquecimento solar controlado por computador e utilizando um tanque subterrâneo com grande capacidade para guardar água quente (até 75ºC) para uso nos processos... Estamos também estudando os efeitos do ar limpo, sem gases nocivos e seguindo estudos internacionais que relatam um aumento de 12% no rendimento alimentar de suínos em ambientes isentos de amônia... Considerando a produção brasileira, estamos falando em milhões de toneladas de carne de qualidade, com melhores valores organolépticos. Se desejares, poderei mantê-lo informado dos trabalhos. Saudações. walterleyneves@gmail.com
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