Bom dia Ákila,
Como se trata de uma engorda em semiconfinamento, a pastagem assume papel importante na oferta de nutrientes, certo? Dessa forma, pesquise na sua região e estude a possibilidade de plantio de Leucena, uma árvore frondosa, que terá folhas no período de seca, importante para sombreamento e, a melhor parte, por ser uma leguminosa, seus galhos e folhas ofertados aos animais é fonte de proteína, seja in natura ou triturado, mantendo assim as copas da melhor maneira que lhe convier, além de garantir uma economia na ração.
Akila
Uma árvore interessante seria a Monguba, ou "falso cacaueiro". Além de crescimento relativamente rápido, produz boa quantidade e qualidade de sombra, por ter copa globosa. Além disso, adapata-se bem em ambientes úmidos.
att,
Sulivan Alves
Olá pessoal,
tema extremamente polêmico e ótimo para que possamos evoluir no sentido de dar uma condição ambiental favorável aos aviários e consequentemente, as aves.
Me recordo bem da edição da APINCO onde a professora Irenilza, maior autoridade em ambiência na época, lançava os primeiros desafios para nós, técnicos de campo e empresários da área avícola, em busca de melhorias no clima. Me recordo que assim que cheguei a minha unidade de trabalho, analisei tudo o que poderia ser feito. Não me recordo bem, mais creio que isso foi em 1995.
De lá para cá, já vi de tudo. De bananeiras a leucenas, de nein indiano a eucaliptos e, sempre com prós e contra.
Ao ler o comentário do colega Romão, concordo com a sua posição e, hoje, passados alguns dias daquele simpósio com a ilustra professora, sempre no campo, vejo com receio as propostas de sombreamento.
Claro que as considerações expostas são todas fundamentadas e reais, mas creio que temos que potencializar as trocas térmicas dentro do aviário, valendo-se de ventilação e nebulização, bem como pressão nos aviários. De fato, todas as temperaturas citadas acimas como incremento calórico devem ser levadas em consideração.
São muitos aviários com telhas quebradas, com acidentes de quedas de galhos, com folhas impedindo o escoamento das águas, dentre outros atrapalhos que arrepio só de pensar na implantação.
Conheço granjas com boa arborização, não sou contra, que fique bem claro, que ajuda sim no micro clima do aviário, mas não é fácil não.
Dr. Paulo.
De fato a importância de um sistema de proteção contra ventos dominantes, assim como as ações mitigatórias de elevação de temperatura, favorecem em muito o ambiente, de forma direta onde as aves são criadaas.
No entanto preocupa o fato de que a medida que se ofertam estes ferramentais de proteção, aumentem o número de aves silvestres que eventualmente possam ser portadoras de patologias e possam vetorizar agentes patógenos. Uma vez que além de pousarem nos galhos e ramos, podem nidar nestas árvores e nos seus ninhos potencializarem as ações de patógenos.
Outro fator que chama a atenção, embora não se possa fazer o uso devido, muitas vezes obstaculizados pela topografia e dimensões territoriais, se refere a posição dos galpões direcionados corretamente para mitigar a insolação e ventos dominantes com chuvas.
Médico Veterinário Romão Miranda Vidal.
Boa tarde.
Apesar dos comentários (pertinentes) acima, acredito que a arborização é profícua e natural. Quanto à possibilidade de patógenos através das aves selvagens, galhos possam impedir a circulação de água nas calhas, vejo com bons olhos, só alertando para o cuidado com o que vou chamar de manejo quanto a instalação para a mitigação do excesso de temperatura evento. A palavra de ordem para esta escolha é muito cuidado.
Tanto o professor Marcelo de Souza, o veterinário Romão Miranda, além de estarem certos, alertam cuidado a mais.