Aviários Gigantes são capazes de alojar cerca de 90 mil aves
Publicado:22 de julho de 2009
Fonte :AviSite
Possuindo três vezes a largura de um galpão convencional, os aviários gigantes são capazes de alojar cerca de 90 mil aves. Um dos primeiros a implantar a idéia no Brasil foi Evandro Carlos dos Santos, quando precisou construir dois aviários e teve a idéia de transformá-los em apenas um de 155m X 30m, em Espigão Alto do Iguaçu, PR. Essa novidade na avicultura brasileira é tema de matéria na edição de julho da Revista do AviSite, a Produção Animal - Avicultura.
Não é a toa que com o tempo essa novidade foi se expandindo pelo estado, chegando mais tarde em Santa Catarina e São Paulo. Segundo Evandro, a mão-de-obra nessas estruturas torna-se mais barata e o retorno do investimento, mais rápido. Além disso, o custo por ave alojada em um aviário de 4800 m2 é menor do que em quatro galpões de 100m X 12m. A vantagem se encontra na capacidade de alojar mais frangos: como os aviários gigantes permitem o alojamento de duas aves a mais por metro quadrado (falando em frango griller), a produção tem um retorno adicional de cerca de R$2.600,00 por lote, ou seja, de R$20 mil à R$23 mil a mais na produção no final de um ano.
Bem-estar e Saúde animal Em relação ao bem-estar animal, Lúdio M. Gomes, assistente técnico da Fort Dodge, afirma que não há problemas maiores no aviário gigante - em relação ao tradicional - desde que a densidade não ultrapasse os 30kg/m2 e tenha um sistema de ventilação e resfriamento adequado e muito bem dimensionado. Caso contrário, poderá acarretar no acúmulo exagerado de amônia, levando a graves problemas respiratórios.
Quanto às vacinas, o assistente técnico da Fort Dodge comenta que em aviários maiores as chances de erros de vacinação via água de bebida aumentam. Para ele, por possuir cerca de quatro vezes mais aves, é justo ter a exigência de um sistema de biosseguridade semelhante àquele de matrizes com banhos, arcos de desinfecção, entre outros. Lúdio Gomes ainda cita algumas dicas de precauções comentando a necessidade de coleta de carcaças de aves mortas, que se torna mais trabalhosa nos aviários gigantes. "As carcaças podem favorecer a proliferação de Clostridium e, conseqüentemente, a produção de toxinas, entre elas a botulínica, que se ingeridas podem matar as aves. Outro problema é a possível falha no sistema de compostagem causada pela falta de módulos para granjas acima de 60 mil aves".
A íntegra da matéria dos Aviários Gigantes está disponível para os assinantes Nela estão mais detalhes sobre essas estruturas, além de considerações de Ângelo Melo, Gerente da Unidade de Negócios de Suínos e Aves da Pfizer, sobre os cuidados que devem ser tomados com o controle sanitário, do Gerente de Fomento Agrícola da Coasul, Juarez Carlos Gobbi e do avicultor Evandro dos Santos.